Assim que chego em minha casa pego Raven em meus braços e quando entro me surpreendo com a atitude de Saori;
— Raven??? Pai, o que está fazendo com a minha amiga nos braços?
— Ela...
Eu olho para a minha filha e depois para a Jovem mulher em meus braços e digo;
— Ela é a minha predestinada, meu amor. E você entende o que eu quero dizer, acho que não preciso usar as palavras certas para que você entenda o que ela vai ser minha daqui para frente.
E Saori diz claramente irritada comigo;
— Pai, o Senhor não pode fazer isso com a minha melhor amiga! Ela já sofreu demais, não faz isso com ela, por favor! Não a transforme em sua escrava de sangue, eu estou te implorando... Assim que ela me ver aqui e descobrir a verdade sobre mim vai me odiar!
— Minha filha, eu sinto muito, mas ela infelizmente se aproximou de mim o suficiente para me fazer querer rastrea-lá pela cidade e se eu não transformá-la em minha bolsa de sangue humana agora talvez daqui há não muito tempo o meu lado vampiro acabe sucumbindo aos meus desejos e vá atrás dela. E se isso acontecer não terei controle e acabarei matando a sua amiga!Então, diz para mim, o que você prefere? Que ela vire a minha bolsa de sangue humana ou que eu acabe perdendo meu controle e sugando todo o sangue do corpo dela e depois enlouquecendo?
Saori olha para mim com cara de choro, e diz;
— Não quero que minha melhor amiga morra... Eu a amo! Promete que não vai fazer ela sofrer? Porque ela já sofreu muito nessa vida, ela só merece o melhor.
— Meu amor, eu não posso deixar ela se apaixonar por mim... Então, eu terei que ser duro com ela às vezes e eu espero que me compreenda. Pois a relação que teremos agora vai acabar induzindo ela a se apaixonar por mim e você sabe que tenho uma noiva e tenho esperança de que ela volte. Meu coração pertence a ela. Então, terei que cuidar da sua amiga de uma forma um pouquinho mais brusca para que ela não se apaixone por mim e acabe sofrendo depois...
Saori me olha e parece muito magoada comigo agora e ela corre indo em direção ao seu quarto e Sayuri vai atrás dela.
— Parece que você acabou de magoar as suas queridas filhinhas... E você sabe onde está o maluco do Neo? Faz uns dias que não o vejo, sendo que eu também passei uns dias fora e voltei agora.
— Ele vai demorar para voltar, você sabe que ele gosta de descobrir lugares novos. Então, ele me disse que volta em 15 dias... Com relação às minhas filhas, vou me entender com elas depois. Agora, eu preciso ir, tenho que colocar Raven no quarto dela antes que acorde.
Vou até o quarto que mandei preparar especificamente para ela, coloco Raven deitada na cama e fico ali umas duas horas só observando a forma como ela dorme calmamente.
Seu rosto está sereno eu não sei a quantidade de sedativo que deram para ela, mas creio que acorde assim que amanhecer. Então não posso ficar aqui muito tempo aqui, eu coloco no quarto de Raven umas velas aromáticas com essência de lavanda e acendo todas.
Preciso dar um jeito de mascarar o aroma dela para que eu não acabe sucumbindo a minha sede do sangue dela. Quando percebo que está forte o suficiente o perfume de lavanda aqui dentro preciso sair do quarto, trancando a porta.
Caminho pelo corredor para ter certeza que o aroma dela não está por aqui, assim como quero ter certeza que o aroma dela não vai até o meu quarto. E eu consegui o que eu queria, eu só consigo sentir o aroma de lavanda e nada mais.
Assim que amanhece eu espero um pouco do lado de fora do quarto, até escutar a movimentação lá dentro. A verdade é que fiquei um tempo ali parado assistindo ela tentar empurrar a grade até se soltar, achei engraçado a tentativa dela de sair daqui.
Ela não percebeu quando entrei no quarto, ela não percebeu a minha presença aqui, até que eu falo com ela a surpreendendo. Raven está com medo de mim e isso não me surpreende, afinal de contas, ela não me conhece.
Deixo o carrinho com comida ali para ela e saio do quarto para dar privacidade. Sei que é muita coisa para ela assimilar... Mas ela precisa entender que aqui é o seu novo lar.
Eu saio do quarto dela e vou dar uma volta pela casa, as gêmeas ainda estão chateadas comigo, mas entendem o motivo de manter a Raven aqui. Eu disse para Raven que iria voltar no quarto e um tempo depois eu faço isso e levo outro carrinho de comida para ela.
Pois sei que os humanos precisam tomar café da manhã, almoçar e jantar. Comer algumas coisinhas durante o dia... Então levei o outro carrinho para ela com o seu almoço e algumas outras coisas para ela ir beliscando até a janta.
Mas cheguei no quarto e vi que ela não tocou no carrinho que eu trouxe, digo para a funcionária da casa levar o carrinho que estava aqui e deixar apenas o que ela trouxe agora. Raven está dormindo, eu me sento e fico ali observando-a.
Como os humanos são tão fascinantes, faz tanto tempo que não sei qual é a sensação de ser como ela... Que me faz querer admira-la. Eu fico ali perdido olhando para ela por tanto tempo que acabo esquecendo que em algum momento ela iria acordar e perceber a minha presença.
E de fato foi o que aconteceu... Só que a nossa conversa não foi muito boa e muito menos agradável. Ela acabou acertando um abajur em minhas costas, mas apesar de não me machucar aquilo me deixou muito irritado, pela primeira vez em muitos anos. Raven conseguiu me tirar do meu lugar calmo e me fez perder meu controle emocional.
Eu acabei me aproximando dela mais do que deveria, segurei em seu pescoço levantando o seu rosto fazendo-a olhar em meus olhos enquanto eu olhava nos dela.
Só que em algum momento eu senti a pulsação de seu coração pela veia de seu pescoço... E minha boca salivou, minhas presas saltaram e tive uma certa dificuldade em soltar ela.
Eu sai por aquela porta correndo praticamente... Quando ela me acertou o abajur não tive como controlar a minha raiva e cheguei nela em menos de um segundo. Espero que ela não tenha percebido, já que ainda não conversei com ela sobre a minha verdadeira origem.
E o que eu posso fazer com ela agora. Eu saí daquele quarto e fui direto para a cozinha, peguei três bolsas de sangue e me tranquei no porão da casa. Ali é o único lugar longe o suficiente que vai me segurar até essa vontade de sugar até a última gota de sangue dela passar.
Me tranco ali então e tomo todo o sangue que trouxe comigo, mas nenhum deles conseguiu saciar a vontade que eu estou de morder ela. Eu começo a socar as paredes, preciso me controlar. Preciso ter foco em algo para não sair daqui correndo e chegar naquele quarto cometendo o pior erro da minha vida.
Prometi a mim mesmo que não iria matar mas nenhum humano. Por que que essa mulher conseguiu me tirar a minha paz? Como ela conseguiu tirar o meu juízo me jogando apenas um abajur? E por que que aquilo me deixou tão irritado?
Eu não sou assim! Preciso manter a calma, continuo socando as paredes a minha volta até que eu paro para conseguir manter a minha mente em algo. Ao olhar a minha volta eu vejo o estrago que eu fiz nas paredes... E olha que são blocos de cimento. Esse lugar em particular está cheio de buracos feitos pelo meu punho.
E tudo isso porque eu não quero machucar aquela mulher que está lá em cima. Eu preciso ficar uns dias sem entrar naquele quarto, vou pedir alguém para colocar o carrinho de comida lá para ela. Eu me sento no chão e tento meditar um pouco.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Jane Silva
simples, amor.
2023-12-23
1
Diva
Uiaaa
2023-10-23
0
Diva
Que bom!
Eu pensei que era a da casa de Damon
2023-10-23
2