Samantha paralisou, ao ver Jensen ali, parado, cara a cara com ela. Observou que ele estava absorto em si mesmo e viu que seus olhos estavam cheios de luxúria e percebeu sua excitação, não teve dúvidas, arrastou a mão pela lateral da cama e alcançou a campainha. Logo uma técnica de enfermagem entrou no quarto e Jensen despertou, mas já era tarde.
— Tire esse homem daqui, por favor.
— Sam, por favor, me escute.— pediu ele.
— Senhor, é melhor o senhor sair, a paciente precisa descansar. — disse a técnica.
— Espere um instante, preciso te pedir perdão, Samantha.
— SAI DAQUI!!! — gritou ela, perdendo a calma.
Rômulo havia terminado de preencher toda a papelada, na delegacia e resolveu dar um pulo no hospital, para ver como Samantha estava. Ao se aproximar do quarto, ouviu o grito dela, correu e entrou,
— O que está havendo aqui?
— Eu só queria pedir perdão, delegado.
— Com a barraca armada? — perguntou Samantha, olhando para o volume em suas calças.
Finalmente, Jensen percebeu a deplorável situação em que estava e se encolheu.
— Não consigo evitar, eu te amo, Samantha.
— Isso não é amor, é doença, SAI DAQUI!
Rômulo o pegou pelo colarinho e arrastou-o até o corredor.
— Fique aqui, vou ver como ela está e volto para conversar com você, entendeu? Não me faça te caçar. — Quando Rômulo assumia sua postura de autoridade, ninguém ousava desobedecer.
Entrou novamente no quarto,onde a técnica verificava os sinais votais de Samantha e depois que ela saiu, ele fechou a porta e foi até ela.
— O que foi isso, Sam?
— Foi ele, Rômulo. Ele é o pai de Philiph.
Os anos de trabalho na polícia, deram experiência suficiente a Rômulo, para manter a postura e não deixar transparecer a fúria que o invadiu.
— Que coincidência infeliz. O que quer que eu faça? — perguntou Rômulo.
— Mantenha-o distante de mim e não deixe que saiba de Philiph. Não passei tudo que passei, para ele se intrometer na minha vida agora e pior…
— …querer lhe tirar o filho. — completou Rômulo.
— Sim.
— Pode deixar, descanse. Sua mãe virá lhe ver pela manhã, o Jonas foi lá e pegou outra remessa. Está tudo bem.
— Minha preocupação é a feira…
— Descanse, Samantha, é uma ordem. — disse Rômulo, sorrindo.
Ela suspirou e recebeu um beijo na testa. Ele saiu e ela ficou olhando para a porta se fechando atrás dele.
— Por quê não me apaixono por um cara como você, Rômulo? Seria bem menos complicado.
Rômulo era delegado pela sua dedicação, pois ainda era novo. Foram anos de estudo e provas, mas agora era o mais novo delegado do Estado, com 30 anos. Era alto, forte, bonito. Cabelo castanho, cortado curto e barba sempre feita, somado ao uniforme sempre impecável, fazia as jovens da cidade suspirarem. Mas não ela, que amarrou seu coração, desde a infância, naquele cafajeste e ele o destroçou.
Rômulo não viu o homem esperando e foi até a recepção e ele estava lá, sentado em uma das cadeiras, de cabeça baixa.
— Ei, venha, vamos sair daqui. O ar puro vai refrescar sua libido.
Jensen levantou no automático e acompanhou o delegado. Já do lado de fora do hospital, caminharam, calados até uma pequena praça próxima e sentaram em um dos bancos. Se tinha algo de que Rômulo se orgulhava, era de manter a cidade "limpa" e a praça bem iluminada, mostrava o bom serviço, sem frequentadores inadequados.
— Então, senhor Colin,o que aconteceu lá dentro?
Jensen abaixou a cabeça, envergonhado e demorou um tempo para responder, até que contou:
— Conheço Samantha desde criança e sempre gostei muito dela, mas fazem cinco anos que não a vejo. Me exaltei.
— Exaltar não é a palavra certa, mas tudo bem. Estamos só nós aqui, me conte o que sentiu ou sente, realmente.
O homem desabou a chorar, pondo as mãos no rosto e quase deitando o corpo sobre as pernas. Rômulo esperou com paciência, embora sua vontade fosse surrar o homem e trancafiá-lo em uma cela. Resolveu dar um empurrãozinho na situação:
— Samantha é uma jovem muito querida na cidade. Ela chegou aqui muito abalada pela morte do pai e com a mãe em depressão. O imóvel que o pai havia comprado para viverem quando se aposentasse, estava muito deteriorado e as terras, abandonadas. Ela foi muito forte e cresceu como mulher e empresária. Ela me contou o que fez com ela, então me explique, o que foi aquilo lá dentro?
Jensen secou as lágrimas com as mãos, se aprumou, mas não olhou para o delegado.
— Ela era uma menininha linda, estava sempre sorrindo e acenando pra mim e eu correspondia, mas não podia me aproximar dos empregados. Conforme fomos crescendo, meu pai notou a interação entre nós e mandou que eu não me aproximasse dela e nem tivesse qualquer contato. Mas eu acenava, sutilmente, quando a via e levei uma surra por isso.
— Você está dizendo que é uma paixão recolhida?
— Tipo isso, um amor proibido, que não pode aflorar naturalmente e explodiu. Como hoje. Quando a vi naquela maca, a reconheci imediatamente e toda aquela paixão do passado, voltou.
— Isso está me cheirando a problemas. Você não vai deixá-la em paz, não é?
— Para ser sincero, não sei o que vou fazer.
— Sugiro que pegue sua noiva, vá embora e não volte. Esqueça essa história, ela pediu para não deixá-lo chegar perto dela.
— Juro que vou tentar, delegado, mas não garanto. Depois do que senti quando a vi, não posso ignorar meus sentimentos, querendo meu pai, ou não.
Rômulo entendeu a história, conseguiu juntar todos os pedaços que sabia de um e de outro e montou o quebra cabeça e se tinha alguma duvida, ela se foi. Faria uma investigação minuciosa e interrogaria Samantha, corretamente.
"Crime de estupro de menor, só prescreve depois de 20 anos e esse FdP, se depender de mim, vai pegar a pena máxima." Pensou Rômulo.
Avistou a noiva dele, caminhando até eles.
— O que pretende fazer com ela? É uma jovem meio avoada, mas parece gostar muito de você. — perguntou Rômulo, achando o comportamento de Jensen uma calhordice.
— Não tem outra coisa a fazer, a não ser terminar, não dá mais para me enganar e enganar a todos à minha volta.
— Cuide-se, resolva seus problemas e assuma a direção de sua vida. Chega de meninice.
O celular de Jensen apitou e era seu pai, avisando que estava chegando.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
angel.🌺
ainda não consegui sentir pena dele.🙄😡😡😡😡
2025-04-18
1
Boravercuriosa🌹🌪️
Cafajeste não, ele é um estuprador maldito.😡🤮
2025-04-11
0
Expedita Oliveira
Esse safado, merece ser prezo. E ele e a família é para perderem tudo que tem, para deixarem de ser preconceituosos 🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🐍😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍
2025-03-23
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