Capítulo 3. Norma

O telefone tocou na casa de Samantha, Norma atendeu, simpática como sempre, embora estivesse preocupada com a demora da filha.

— Alô, boa noite.

— Oi, Norma, é Rômulo.

— O que a polícia quer com uma mulher idosa?

— Olha que você ainda dá um bom caldo… — riu, mas logo ficou sério, já que o assunto não era agradável. — Samantha sofreu um acidente, quebrou a perna, está no hospital.

— E você fala desse jeito, como se não fosse nada? Seu menino levado. Foi grave?

— Para ela, só um pouco, vai ficar de molho um tempo, mas para as pobres frutas que se entregaram a um bem maior, não houve escapatória. Se perderam todas e Jonas está desesperado. 

— Vou ver o que temos e liga pro Jonas. Obrigada por avisar.

— Amanhã, envio mais notícias. Boa noite, Norma. Beijinho no Philipp.

Desligaram e Norma juntou as mãos, fazendo uma prece por sua filha e depois foi ao depósito, preparar outra remessa de geleias para Jonas. Ainda bem que havia pedido a sua empregada, para ficar mais um pouco e ela estava cuidando de Philiph. Preparou as caixas e ligou para Jonas se virar e ir buscar.

Norma preparou um chá e sentou na varanda, em uma poltrona de vime, almofadada e ficou bebericando o chá, esperando aquele velho sovina  que sempre queria tirar vantagem e por isso fazia sua filha ir levar a encomenda, naquele horário horrível.

Viu os faróis do carro apontando no portão que vivia aberto e mostrou onde devia parar, para pegar as caixas e depois que ele carregou sua pickup, convidou-o para um chá e sentaram na varanda por um tempo.

— Sinto muito por Samantha.

— Sente nada, seu velho avarento. Podia ajudá-la e não exigir a entrega nesse horário absurdo.

— Então, agora a culpa é minha? Eu passei no local e vi o carro que abalroou ela. Um carro forte, uma SUV, não foi a minha entrega e nem a hora que fez aquilo, foi ele.

Norma não aguentou e deu uma risada gostosa. Conheciam-se desde que foram morar naquela cidade. Ela estava em uma profunda depressão pela perda do marido e logo depois que chegaram, descobriram a gravidez de Samantha. Foram dias muito difíceis e puderam contar com Jonas. Foi ele quem vendeu as primeiras geleias e agora que a fabrica engrenou, continuam fornecendo para ele, por gratidão.

— Por quê você não casa logo comigo e resolve esse meu temperamento. Já estamos viúvos há muito tempo e merecemos ter uma companhia para passar nossa velhice.

Norma riu mais ainda e olhou contemplativamente para o homem a sua frente. Ele tinha uns 70 anos as ainda aparentava a beleza da juventude, estava saudável e cuidava bem de sua mercearia. 

— Do jeito que você é, quer arrumar uma esposa, psra não pagar uma funcionária. — brincou ela.

— Não me deixe esperando muito tempo, porque não tenho.

Os dois riram juntos e ele se despediu, indo para seu veiculo e voltando para a cidade. Só então, Norma deixou cairem as lagrimas que estava tetendo. A saudade de seu falecido marido, ainda era latente dentro de seu coração e acreditava que levaria para o túmulo, sem nunca ser amenizada.

Foi ver Philip, antes de ir dormir. No dia seguinte iria ao hospital, ver como.estsva sua filha e ver quando.setia sua alta. Deixou uma bolsa com roupas e produtos que ela podia precisar, mas tinha esperança de que saisse logo. Enfim se deitou e conseguiu dormir, apesar de tudo.

*

Jensen deu seu depoimento na delegacia e passou a gravação de sua câmera instalada no retrovisor do carro, que deve ter pego o caminhão que o cortou. A seguradora já havia feito a vistoria, assim como a polícia rodoviária, o local foi liberado e a seguradora levou os veículos pata a oficina mais próxima. Só então, ele ligou para seu pai.

— Alô, filho? Por quê ainda não chegou?

— Um acidente na estrada. Precisei dar depoimento na delegacia e meu carro foi pra lanternagem.

— Alguém foi ferido? Como está Célia? Onde você está, vou te buscar?

— Valma pai, uma coisa por vez. Uma jovem foi ferida, quebrou a perna, Célia está bem, foi atrás de um lugar para comer. Estou em Mirante de Gravatá, conhece?

— Claro que sim, estarei aí em quarenta minutos, me aguarde.

— Pai?

— O que foi, Jen?

— A jovem que foi ferida…é  a  Samantha, lembra dela?

— Meu Deus! Claro que me lembro. Soube alguma coisa sobre ela?

— Só que ela fabrica e vende geleias. Estava indo fazer uma entrega e tudo caiu e se quebrou.

— Você não é mais aquele jovem imaturo e covarde, Jensen. Não perca o foco e aja corretamente. Estou indo.

— Ok, vou comer alguma coisa por aqui. Me ligue quando estiver chegando. Tchau.

Ele desligou e percebeu que Rômulo estava olhando para rle com a vara fechada, se despediu com um acenou e saiu atrás de Célia, sua noiva maluca. Enquanto andava pela calçada, lembrou das palavras de seu pai: " Você não é mais um jovem imaturo e covarde". Continuou andando e sem perceber, chegou ao hospital e entrou.

Na recepção,pediu para ver Samantha, disse que estava preocupado por ter lhe feito mal e sua fala conquistou a recepcionista que se penalizou pelo homem bonito a sua frente e permitiu que ele entrasse para ver a paciente. Forneceu um adesivo de identificação e ele foi para o quarto de Samantha.

"Como será, falar com ela depois de cinco anos? Tenho muito que me desculpar, por tudo que fiz e provoquei com menha covardia. Mas o que ninguém nunca soube é que ele era apaixonado pela menina de tranças, do sorriso carinhoso." Pensou ele, antes de abrir a porta e olhar para a jovem no leito.

Ela estava deitada, dormindo, com uma das pernas erguida, com várias hastes de titânio aparentes, indicando a cirurgia complicada que precisou fazer. Foi se aproximando e notou o corpo dela coberto com a camisola do hospital e notou como linda, com curvas na medida certa e seios redondos no tamanho ideal pas as mãos dele.

Os cabelos continuavam compridos, sedosos e loiros, com mechas cor de mel. Seu nariz arrebitado e sua boca carnuda, continuavam provocando sua libido e seu amigo se pronunciou, o que o deixou chateado por ela ainda tirá-lo do sério. Tentando se controlar, não percebeu que ela abriu os olhos e olhou diretamente para ele.

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Comments

Expedita Oliveira

Expedita Oliveira

Safado, estrupador escroto, Nojo...🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝🤮😝

2025-03-23

0

Gilvanise Azevedo

Gilvanise Azevedo

Que nojento 🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮

2024-12-12

0

Maria Alves

Maria Alves

Ele mesmo sem alma e sem coração 😢😢😢😢😢😢

2024-11-30

1

Ver todos
Capítulos
1 Capítulo 1. Geleia
2 Capítulo 2. Lembranças
3 Capítulo 3. Norma
4 Capítulo 4. Cara a vara
5 Capítulo 5. O Pai
6 Capítulo 6. Descontrole
7 Capítulo 7. Alívio
8 Capítulo 8. Novo Tempo
9 Capítulo 9. Lar
10 Capítulo 10. Terapeuta
11 Capítulo 11. Buquês
12 Capítulo 12. Alta Médica
13 Capítulo 13. Cartas na Mesa
14 Capítulo 14. Retaliação
15 Capítulo 15. Te Peguei!
16 Capítulo 16. Se Lascou!
17 Capítulo 17. Coração de Bananeira
18 Capitulo 18. Encontro
19 Capítulo 19. Frente a Frente
20 Capítulo 20. Será?
21 Capítulo 21. Confronto
22 Capítulo 22. Mais Um Dia
23 Capitulo 23. Encontros
24 Capítulo 24. Deixando o Passado
25 Capítulo 25. Fumacê
26 Capítulo 26. Invasão
27 Capítulo 27. Preocupação
28 Capítulo 28. Psicose
29 Capítulo 29. Advogados
30 Capítulo 30. Pôneis
31 Capítulo 31. Notícia Boa
32 Capítulo 32. Visita
33 Capítulo 33. Papai
34 Capítulo 34. Convite
35 Capítulo 35. Fábrica
36 Capítulo 36. Segurança
37 Capítulo 37. Sonho
38 Capítulo 38. Sabotagem
39 Capítulo 39. Veneno
40 Capítulo 40. Felicidade
41 Capítulo 41. Agora
42 Capítulo 42. Confiança
43 Capítulo 43. Ciúmes
44 Capítulo 44. Churrasco
45 Capítulo 45. Retorno
46 Capítulo 46. Confissão
47 Capítulo 47. Tumulto
48 Capítulo 48. Inferno
49 Capítulo 49. Alívio e dor
50 Capítulo 50. Enrolando
51 Capítulo 51. Choque
52 Capítulo 52. Questões
53 Capítulo 53. Novo Casal
54 Capítulo 54. Liberdade
55 Capítulo 55. Impulso
56 Capítulo 56. Fazendas 1 e 2
57 Capítulo 57. Herança
58 Capítulo 28. Segredo
59 Capítulo 59. Conversas
60 Capítulo 60. Arrancando o Passado
61 Capítulo 61. Pedido
62 Capítulo 62, Casamento
63 Capítulo 63. Final
64 Capítulo 64. Epílogo
Capítulos

Atualizado até capítulo 64

1
Capítulo 1. Geleia
2
Capítulo 2. Lembranças
3
Capítulo 3. Norma
4
Capítulo 4. Cara a vara
5
Capítulo 5. O Pai
6
Capítulo 6. Descontrole
7
Capítulo 7. Alívio
8
Capítulo 8. Novo Tempo
9
Capítulo 9. Lar
10
Capítulo 10. Terapeuta
11
Capítulo 11. Buquês
12
Capítulo 12. Alta Médica
13
Capítulo 13. Cartas na Mesa
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Capítulo 14. Retaliação
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Capítulo 15. Te Peguei!
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Capítulo 16. Se Lascou!
17
Capítulo 17. Coração de Bananeira
18
Capitulo 18. Encontro
19
Capítulo 19. Frente a Frente
20
Capítulo 20. Será?
21
Capítulo 21. Confronto
22
Capítulo 22. Mais Um Dia
23
Capitulo 23. Encontros
24
Capítulo 24. Deixando o Passado
25
Capítulo 25. Fumacê
26
Capítulo 26. Invasão
27
Capítulo 27. Preocupação
28
Capítulo 28. Psicose
29
Capítulo 29. Advogados
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Capítulo 30. Pôneis
31
Capítulo 31. Notícia Boa
32
Capítulo 32. Visita
33
Capítulo 33. Papai
34
Capítulo 34. Convite
35
Capítulo 35. Fábrica
36
Capítulo 36. Segurança
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Capítulo 37. Sonho
38
Capítulo 38. Sabotagem
39
Capítulo 39. Veneno
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Capítulo 40. Felicidade
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Capítulo 41. Agora
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Capítulo 42. Confiança
43
Capítulo 43. Ciúmes
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Capítulo 44. Churrasco
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Capítulo 45. Retorno
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Capítulo 46. Confissão
47
Capítulo 47. Tumulto
48
Capítulo 48. Inferno
49
Capítulo 49. Alívio e dor
50
Capítulo 50. Enrolando
51
Capítulo 51. Choque
52
Capítulo 52. Questões
53
Capítulo 53. Novo Casal
54
Capítulo 54. Liberdade
55
Capítulo 55. Impulso
56
Capítulo 56. Fazendas 1 e 2
57
Capítulo 57. Herança
58
Capítulo 28. Segredo
59
Capítulo 59. Conversas
60
Capítulo 60. Arrancando o Passado
61
Capítulo 61. Pedido
62
Capítulo 62, Casamento
63
Capítulo 63. Final
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Capítulo 64. Epílogo

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