O voo

Ainda no quarto, Bella após se vestir, se deita e fica com a imagem daquele homem em sua mente e pensando com ela mesma.

Bella: Você só pode estar louca mesmo bater de frente com um homem desconhecido como aquele?

Ao fechar os olhos e respirar fundo, Bella ainda sente o perfume daquele homem, a sensação que arrepiou seu corpo por completo apenas com seu olhar. Pensa com ela mesmo tentando entender o que seria aquela sensação causada por ele.

Como um desconhecido poderia fazer ela suspirar daquela forma, em todas às vezes que saiu e viu os casais abraçados imaginava como seria aquele sentimento que deixavam as pessoas daquela forma, claro que desejava quando conquistasse sua liberdade descobrir essas sensações que muitas vezes escutava suas colegas contarem.

Bella toca seu rosto e sente o calor de suas bochechas que coravam ao se recordar do dia que o viu apenas enrolado numa toalha, imaginando como seria aquele homem nu e ao mesmo tempo sentiu vergonha de si mesmo e seus pensamentos.

No dia seguinte, todos do grupo estavam tomando café já para se prepararem e serem levados para o aeroporto quando Flora informa que por um problema técnico, o voo para Cuba seria prorrogado para o final do dia.

Alguns aproveitam para dar mais um passeios e comprar suvenires, Bella apenas informa que iria ficar aquela manhã no quarto, não sentia vontade e nem tranquila caminhar sabendo que poderia encontrar novamente aquele homem e naquele momento preferiu não entrar mais em discussões.

Mas Ravier sim teria uma surpresa naquela manhã, ele recebe o convite de Enzo e Lúcifer para tomar café numa confeitaria e assim já discutir a data do envio das cargas.

Eram umas 10 h quando ele chega no endereço indicado, após um excelente café, Enzo passa as datas e Ravier fica encarregado de informar em qual porto ele iria recebê-las.

Então Enzo aproveita para explicar um pequeno equivoco sobre o comentário de Ravier no dia anterior.

Enzo: Amigo, preciso esclarecer algo, ontem você comentou sobre uma brincadeira que fizemos.

Ravier: Foi bom tocar nesse assunto, onde arrumou aquela noviça rebelde cara?

Lúcifer: Noviça? Deve ter algum engano.

Ravier: Não há engano, era uma noviça sim.

Enzo: Lúcifer até avisou o hotel, mas eu esqueci de contratar, então se alguém enviou uma prostituta não fomos nós e muito menos uma vestida como noviça rsrsrsrs

Nesse momento Ravier se recorda das vezes que Bella lhe diz estar com um grupo, das coisas que disse a ela, da forma que ela ficou ao vê-lo e seu jeito totalmente sem graça diante de sua ousadia e até mesmo o tapa que lhe deu, percebeu que realmente teria se equivocado e por mais que fosse um filho da put@ não trataria uma moça descente como uma de suas prostitutas.

Ravier: Bom, de qualquer forma, provavelmente nunca mais verei aquela moça, então não se preocupem. Bom eu envio as informações assim que chegar em Cuba, preciso resolver umas coisas antes do voo agora a tarde.

Lúcifer: Quando quiser apareça, será um prazer recebê-lo.

Mais que depressa Ravier precisava saber se realmente existia um grupo de excursão ali hospedado, precisava de alguma forma consertar a merda que fez, mesmo que nunca mais visse Bella novamente.

Ravier entra no hotel e direciona a recepcionista para tirar a dúvida que tinha.

Ravier: Tem algum grupo de excursão hospedado nesse hotel?

— Sim senhor temos vários, um deles inclusive está partindo hoje.

Ravier: Saberia me dizer se em algum deles tem uma pessoa chamada Bella?

— Deixe me ver, só um instante. Ah, aqui está temos sim uma moça chamada Bella Moreau que faz parte do grupo que parte hoje, o senhor deseja deixar algum recado?

Ravier: Santa mierda! (Put@ que pariu), Não obrigado.

O dia passa, chega a hora de partir para seu novo destino, ao se acomodar no avião, Bella que faria aquilo pela segunda vez, não se sentia confortável, ficava o tempo todo com os olhos fechados sentindo o pavor. Assim que são avisados sobre a decolagem ela se segura no braço do assento e as mãos de alguém sobre as dela e uma voz que não lhe parecia desconhecida, mas seu medo era tanto que apenas entrelaça seus dedos e segura com força.

— Calma, moça, não precisa sentir medo.

O avião decola e aquela sensação passa a fazendo abrir os olhos, se vira e ao ver quem estava do seu lado parece não acreditar, aquele homem a qual passou o dia todo evitando estava bem ali, parecia até um castigo ou coisas do destino.

Bella: Não acredito, que seja você.

— Falando nisso, meu nome é…

Bella: Não me interessa saber seu nome, aliás não quero ficar ao seu lado. Aeromoça por favor.

Ravier: Vai mesmo querer trocar de lugar só por que sou eu estar ao seu lado?

A aeromoça se aproxima de Bella querendo saber o motivo de chamá-la, mas é impedida por Ravier que a dispensa dizendo ser um equivoco.

Ravier: Você não precisa sair, prometo não te incomodar.

Bella: Fico muito agradecida.

Ravier: Se não for pedir muito, será que a senhorita pode largar minha mão?

Bella fica corada ao perceber que ainda o segurava com força, solta a mão e cruza os braços, Ravier sorri disfarçadamente percebendo que a deixou sem graça e a forma que o olhou aquilo por mais que negasse o excitava e agora estariam partindo para o mesmo país.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***