Batendo de frente

Ravier estava inconformado por levar aquele tapa, após o comentário de seu amigo ele pede um copo de uísque e avisa ele.

Ravier: Matías, me desculpe mas vou atrás daquela vadia.

Matías: Para com isso, olha quanta mulher, vai querer tirar satisfação de uma que não te quis?

Ravier: O problema foi o que ela fez, tenho um nome a zelar, ninguém teve audácia de tocar em mim, não será uma mulher a fazer tal coisa.

Ele sai da danceteria e pede um táxi para retornar rapidamente para o hotel, Bella que já havia chegado, estava se sentindo muito mal, pois nunca havia sido tratada de tal forma.

Ela resolve tomar um banho e dormir, afinal de contas no dia seguinte estariam seguindo para Cuba, ela pega sua mala, arruma suas coisas, depois entra no banho ainda se lembrando das palavras daquele homem.

Bella: Prostituta, quem aquele homem pensa que é para me chamar assim? Tomara que nunca mais o veja, ser repugnante.

Porém minutos depois Ravier chega no hotel, caminha até a recepção e pede informações de uma hóspede.

Ravier: Moça, por favor preciso saber se tem alguma Bella hospedada nesse hotel.

— Só um minuto, senhor, bom temos sim Bella Moreau, quarto 145.

Ravier: Sabe me dizer se ela está aqui agora?

— Sim, passou a pouco tempo.

Ravier mal espera a moça terminar de falar e vai direto para o elevador, anda pelo corredor e encontra o quarto citado pela recepcionista, fica parado enfrente a ele e bate, dentro escuta alguém responder.

Bella estava terminando o banho ainda dentro do banheiro, escuta alguém bater na porta e pensa em se Flora e avisa.

Bella: Pode entrar, está aberta.

Ouvi o barulho e continua a falar...

Bella: Desculpe dona Flora, mas precisei vir embora, pois um idiota me chamou de prostituta, veja se pode…

***Narrado por Ravier***

Estava tão enfurecido que não tinha cabeça para ficar naquela danceteria, precisava tirar satisfação com àquela mulher, assim que a moça da recepção me fala o número do quarto, apenas penso em subir e tirar satisfação, pois mulher alguma teve a audácia de fazer aquilo, ela não seria a primeira, afinal de contas eu sou Ravier Stein, ando como louco pelo corredor e chego na frente do quarto.

Ao bater escuto a voz informando que a porta estava aberta, apenas entro e fico parado enquanto ela fala pelo jeito era sobre a minha pessoa.

Quando ela sai do banheiro, apenas enrolada numa toalha, arregala os olhos, na certa não esperava me ver ali, parecia envergonhada pela forma que se comportou, mas eu nem me preocupei, apenas caminhei até ela.

— Como ousa me bater daquela forma, sabe com quem está lidando moça?

***De volta a narradora***

Bella ao mesmo tempo que ficou envergonhada ficou também irritada com a audácia daquele homem em entrar no seu quarto daquela forma, mesmo com o seu jeito imponente ela não demonstrou medo.

Bella: Como entra no meu quarto assim? Saía agora ou vou chamar os seguranças desses hotel.

Ravier: Se quiser eu mesmo posso fazer isso, aliás posso comprar essa espelunca e obrigar a te colocar para fora pelo que fez.

Bella: O Senhor me ofendeu me chamando de prostituta, queria o quê? Mas não se preocupe estou indo embora e se Deus ouvir minhas preces espero nunca mais encontrá-lo na minha vida, agora saia.

Ravier: Olha aqui, eu deveria…

A raiva estava estampada nos olhos de Ravier que chega ainda mais perto da bela mulher enrolada na toalha branca que exalava o perfume do sabonete e xampu de seus cabelos claros recém-lavados, por alguns instantes ele a olhou fixamente e se perdeu naqueles olhos que não demonstrava nenhum medo e ao mesmo tempo parecia ter uma inocência e pureza na forma de falar.

Ravier fechou os punhos levantando-os a frente do rosto de Bella, fechou os olhos, depois se afastou se dirigindo até a porta.

Ravier: Quer saber de uma coisa? Eu espero o mesmo, pois no dia que cruzar meu caminho novamente não terei a mesma piedade que agora ouviu bem?

Então ele sai batendo a porta, Bella respira aliviada, vai até a porta e tranca se sentando na beirada da cama, seu corpo todo estremecia, Ravier sobe para seu quarto, ao fechar a porta da um murro na parede.

Ravier: O que acontece com você Ravier, por que essa mulher consegue te tirar do sério? Até parece que não consegue intimidá-la.

Fala ele consigo mesmo, respirando ofegante e ainda com a imagem dela e seu cheiro que ficou impregnado o fazendo levar as mãos aos cabelos com aquele pensamento.

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