CAPÍTULO 18 -Centro das atenções

Quando eu fui descer as escadas, percebi o salão cheio, precisava descer o mais rápido possível,mas para o seu azar, parecia que todos resolveram olhar ao mesmo tempo, para a escada e focar naquele vermelho se destacando ali.

"Vou matar a Tika quando ela aparecer". Esse era meu pensamento naquele momento, logo vermelho ? Ela queria expor-me mesmo.

Ergui minha cabeça e desci poderosa, focando meu olhar na única pessoa que tinha em mim um olhar de admiração: meu pai. Não queria ver o olhar de desprezo de Micaela, muito menos o de raiva da minha mãe.

Papai parecia sentir meu desconforto e foi até a escada me esperar. Quando me aproximei ele beijou minha testa e disse:

-- Minha filha é uma mulher, linda...

De braços dados, fomos até mamãe, que me fuzilava com o olhar. Papai era só sorriso e me apresentou ao velho amigo , de aparência impecável. Provavelmente, na juventude, roubou muitos corações.

Tentei fingir que não estava dentro daquele vestido ousado e ser o mais natural possível. Dei o meu melhor sorriso:

— Prazer em conhece-lo, espero que esteja gostando dessa pequena recepção.

-- Minha querida, tudo fica perfeito diante de tanta beleza. — falou aquele senhor com um sorriso estampado no rosto.

Sorri em agradecimento, o que eu queria mesmo era fugir dali, mas o homem segurou-me pelo braço e saiu a caminhar rumo ao jardim. Ele estava calado, parecia querer apenas fugir um pouco das pessoas. Aceitei o silêncio dele e apenas o acompanhei.

— Sabe menina, parece que você é especial, não se parece com a sua irmã, é mais calma e prestativa.— falou o homem — A propósito, sou Otho, pai do "noivo".

— Muito prazer, sou Luca, ou melhor, Ana Lúcia e não sou a noiva.

Aquele senhor simpático, apenas sorriu, como se não se importasse com o que estava acontecendo.

— Eu e o seu pai somos amigos de infância, muitos anos passaram-se, mas ainda guardo a nossa amizade no coração.— falou com um certo saudosismo na voz.

— Sim, meu pai fala dessa amizade.— falei tentando deixar claro que era contra casar-me.

— Sabe menina, você parece-se muito com ele, mas olhando atentamente, lembra muito a sua mãe. — olhou atentamente — Sim, é uma versão mais jovem da sua mãe.

Achei estranho, não me parecia com mamãe, nem na aparecia e muito menos nos gostos refinados dela, mas achei melhor não dizer nada.

Quando chegamos num lugar mais afastado, longe do barulho e dos olhares de todos, ele sentou-se num banco, levando-me com ele.

— Estou cansado, mais do que deveria. Sinto-me um ancião e com muitas saudades da minha esposa, se ela estivesse viva, seriam amigas.

Não estava entendendo aquela conversa, mas procurei ser educada e ouvi-lo atentamente, ele parecia solitário.

-- Minha mulher foi meu único amor. Quando ela se foi, tentei encontrar outra para tomar o seu lugar, mas depois muitas tentativas, descobri que não seria fácil, ou melhor, seria impossível. Preciso de netos. — falou com convicção — netos são os únicos que enchem o coração de alegria.

Ele pegou a minha mão e confessou:

— Estou pressionando o banana do meu filho para que ele comesse logo a produção. Ele está com quase trinta anos e não tem ao menos uma namorada.

— Talvez ele esteja procurando no lugar errado ou talvez tenha preferência sexual diferente. — nem bem falei e arrependi-me — desculpe, não deveria ter dito isso.

O senhor ao meu lado gargalhou com gosto, ao invés de sentir-se ofendido.

— Não se preocupe, ele não tem esse "problema", o que ele tem é certamente dificuldade para escolher uma mulher apenas.

Rimos com a situação, até que aquele homem era divertido.

— Mas porque você se intitula "A que não será noiva"?

— Penso que casamento é algo bonito, deve ser por amor, respeito, confiança. É a base mínima para uma união feliz.

— Você está certa criança. Casamento deve ser assim, eu tive tudo isso com a minha esposa, não encontrei essa cumplicidade com ninguém mais.

Nesse momento percebi que alguém se aproximava silenciosamente, para minha surpresa e infelicidade era aquele abusador gostoso. Estava lindo, a camisa dobrada até o cotovelo era um convite a imaginação para quem como eu senti aquele abraço .O corpo todo definido era realçado pelo tecido finocda camisa. Aquele sorriso que parecia esconder segundas intenções... arrepiei-me, as pernas ficaram fracas, sorte eu estar sentada:

— O que você faz na minha casa?

— Boa noite para você também Luca. Olá Otho. — falou aquele infeliz, como se tivesse direito de estar ali.

— Sai da minha casa...

— Vejo que não está disposta hoje. Um convidado de honra como eu mereço um tratamento especial. — ele ousou ser sarcástico.

Eu estava fervendo de raiva, apenas me controlava por educação ao senhor Otho, que segurava a minha mão enquanto assistia à cena com um ar divertido.

— Não é bem-vindo na minha presença. — falei entre dentes, tentando não dar na cara dele.

— Nesse momento, Otho levantou-se, beijou a minha mão e olhando dentro dos meus olhos disse com carinho:

— Menina, tenha atenção nos seus sentimentos: eles são nobres e fortes. — olhando para o idiota do Marcus, falou — E trate bem essa moça, ela é um presente que deve ser valorizado. — dizendo isso retornou para o salão.

Ficamos por um tempo em silêncio, eu sentada no banco do jardim e ele em pé a minha frente. Levantei-me e quando fiz menção de sair,ele barrou a minha passagem.

— Não fuja. Já fugiu noite passada.

— Me deixa em paz. — falei com raiva.

Em resposta , fui puxada para um canto mais escuro ,onde ele simplesmente me beijou. Foi um beijo doce , carinhoso. Tentei resistir ficando imóvel, mas isso apenas o incentivou.Estreitando o abraço, precionou meus sei@s em seu tórax, desceu suas mãos até minha cintura e lentamente abriu espaço em minha boca, fazendo uma dança sensual com a língua dentro da minha boca.

Sem me conter, gemendo, levei as minhas mãos até a sua nuca,tentando mantê-lo assim, num beijo gostoso e cheio de promessas.

💥💥💥

AMADINHAS...

TENTANDO DIMINUIR OS HOT , MAS TÁ DIFÍCIL. ESSES DOIS TEM MUITA LENHA PARA QUEIMAR.

MAS A FOGUEIRA MESMO É A TIKA E O FABRÍCIO, QUE É AQUILO ?

BJS DE Luz 💓💓💓

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