2•. mamãe preocupada

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Capítulo 2

**Uma Noite Diferente**

Aquela noite começou como qualquer outra. Helena se preparava para contar uma nova história enquanto as crianças se acomodavam em seus lugares preferidos. Mas antes que ela pudesse começar, Eduard começou a passar mal.

— Mamãe… — disse ele, com a voz fraca, segurando a barriga.

De repente, ele vomitou, manchando o chão da sala. Helena correu para ampará-lo, e todos olharam assustados.

— Meu filho! — exclamou ela, apalpando sua testa. — Você está queimando de febre!

Dylan observava a mãe com um misto de preocupação e medo. O semblante dela estava pesado, algo que ele raramente via.

— Vai ficar tudo bem, meu amor. Vou cuidar de você — disse Helena, tentando esconder o desespero na voz.

A febre de Eduard oscilava. Às vezes parecia melhorar, mas logo voltava com mais força. A noite foi tensa. Todos se recolheram aos quartos, mas Dylan não conseguia dormir. Às três da manhã, um som baixo o despertou.

— Choro? — pensou ele, levantando-se na ponta dos pés para investigar.

Seguiu o som até o quarto de Eduard, cuja porta estava entreaberta. Ele espiou e viu o irmão sentado na cama.

— Edward? — sussurrou Dylan, entrando devagar. — Você está bem?

Antes de tocá-lo, Dylan sentiu o calor irradiando do corpo do irmão. Mas, para sua surpresa, Eduard sorriu.

— Quem era você, Ordóquio? — murmurou Eduard, com os olhos brilhando.

Dylan congelou. "Ordóquio?", pensou ele. Esse nome não era desconhecido, mas como Eduard poderia conhecê-lo? Decidiu não interromper e ficou apenas observando o irmão, que parecia feliz, apesar da febre.

Na manhã seguinte, enquanto todos dormiam, Dylan correu para o jardim. Precisava encontrar Ordóquio. Mas, ao chegar ao outro lado, algo estava errado. Ordóquio não estava lá.

— Senhor Coelho! — chamou ele, encontrando o amigo apressado. — Onde está Ordóquio?

O coelho, com seu olhar sempre atento, respondeu:

— Ele foi embora ontem, Dylan. Um menino o convidou para uma viagem. Desde então, não voltou.

Dylan sentiu um frio na espinha. Ele ligou os pontos rapidamente. "Eduard… foi ele!", pensou.

De volta à casa, Dylan foi direto ao quarto do irmão. Lá, encontrou Eduard sentado na cama, sorrindo e conversando com… Ordóquio!

— Como assim?! — disse Dylan, perplexo. — Você consegue ver meu amigo?

Eduard riu.

— Claro que consigo, mano. Ele veio me visitar ontem à noite. Disse que faria uma fogueira para me aquecer…

— Mas… como você o conhece? — perguntou Dylan, ainda sem acreditar.

— Não sei — respondeu Eduard, com um sorriso inocente. — Ele só apareceu quando eu estava com frio.

— Ele é do paraíso, Eduard — disse Dylan, com seriedade.

— Do paraíso? Onde é isso? — perguntou o irmão, intrigado.

— É difícil explicar. É um lugar mágico, onde os animais falam e tudo é possível. Mas… só podemos ir se eles nos chamarem.

Eduard parecia entender, mas antes que pudesse responder, Helena entrou no quarto.

— Nossa! Você parece ótimo hoje, filho! — disse ela, tocando sua testa. — A febre passou.

— Eu disse que estava bem, mamãe — respondeu Eduard. — Foi porque Ordóquio cuidou de mim. Ele fez uma fogueira enorme!

Helena congelou por um momento, sem entender.

— Ordóquio? — perguntou, desconfiada.

Dylan tentou desviar o assunto.

— É só um amigo imaginário, mamãe…

Helena olhou para os filhos, confusa, mas decidiu não insistir. Saiu do quarto e foi para o seu, onde começou a orar em voz baixa.

— Obrigada, meu Deus, por salvar meu filho… — murmurava, mas Dylan, que a ouvia de fora, percebeu algo mais. Em meio às palavras de gratidão, havia um tom de choro.

Naquela noite, Helena contou uma nova história.

— Essa é a história de dois irmãos… — começou ela, sua voz carregada de emoção.

A história prendeu a atenção de todos, principalmente Dylan e Eduard. Tratava-se de gêmeos, um deles muito doente, salvo por uma planta mágica que curava qualquer mal.

Helena descreveu com detalhes o perfume da flor, a textura de suas folhas e o brilho misterioso de suas pétalas. Os olhos de Dylan brilhavam.

— Parece o meu paraíso… — murmurou ele para si mesmo.

Quando a história terminou, Mônica já havia adormecido. Perla ainda estava acordada, mas foi Dylan e Eduard que ficaram mais impactados.

— Será que também há algo mágico cuidando de nós, mano? — sussurrou Eduard, olhando para Dylan com olhos cheios de esperança.

Dylan apenas sorriu.

— Talvez… talvez exista mais do que a gente imagina, Eduard.

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