Capítulo 14

Ele disse que não, pediu desculpas e pra não contarem nada a avó, a festa acabou pra eles, foram embora juntos, ele dormiu na casa do pai, ficou sem conversar com a irmã e ela toda sentida por tudo.

O Raul foi falar com a Lidiane, contar oque estava acontecendo, ela ficou indignada, também acreditou e apoiou o filho, ficaram super apreensivos, esperando a bomba estourar, decidiram ir atrás de um advogado até. A Sílvia avó do Bernardo sabia que tinha algo errado acontecendo, mais foi poupada de tudo por ser mais velha, e não poder ficar passando nervoso.

A Maria ficou arrasada e confusa, queria saber sobre o perfil da fake, teve medo de ser a mesma que conversava com ela, já no domingo passou m.au o dia todo, com crises de pânico e ansiedade, nem saiu de casa. O aniversário ia continuar no domingo, o Gabriel foi e a Babi ficou, pra fazer companhia a Maria e cuidar dela, o Kaique se ofereceu pra ir buscá-la, talvez ficar lá pelo menos um pouco, ela não respondeu por horas, ele comentou com o João, que estava chateado preocupado, a Belinha ouviu, começou reclamar do comportamento da Maria, disse que ela era infantil, egoísta, a Layza ouviu tudo, falou com o José e a Vê, reclamando da Belinha, que já não era muito bem vinda por lá, a Vê foi tirar satisfação, chamou a Belinha de egoísta, fal.sa, ela estava triste com o distanciamento da Maria, falou que não podia fazer milagre, nem deixar de viver porque a Maria não queria nunca fazer nada, o João se posicionou em defesa da Belinha, por pouco a Vê não expôs o segredo.

A noite o Kaique foi até lá, levou um monte de doces fini, a Babi que saiu atender, falou que a Maria não estava bem, ele perguntou se podia vê-la, rapidinho, ela o convidou para entrar, levou até o quarto, a Maria estava deitada com os fones de ouvido, olhando para o Teto, quando viu ele na porta o olhou com espanto séria, a Babi falou saindo de perto

- Deixem a porta aberta, seu pai tá chegando.

Ela se sentou tirou os fones, sorriu toda sem jeito

- Oi, eu já vou dormir.

Ele disse que não ia demorar, se aproximou entregou os doces, deu um beijo no rosto, ela começou escolher

- Senta, quer um doce?

Ele sentou na cama

- Não quero valeu, e aí como cê tá? Na bad hoje? Essa carinha.

Ela mostrou a mão tremendo

- Tô em crise, não precisava ter vindo aqui, eu as vezes sumo, é normal. Já tomei remédio pra dormir! A qualquer momento tô babando aqui.

Ele sorriu acariciou seu rosto

- Eu só queria te dar um abraço. Posso?

Ela o abraçou forte

- Obrigada por ter vindo. Achei que ia ficar br.avo, porque fui embora ontem, sem me despedir.

Ele disse que oportunidades não iriam faltar, pra se despedir, ela colocou um doce dentadura na boca

- Não quer mesmo?

Ele se aproximou devagar, mordeu deu um beijinho, ela ficou rindo

- Fecha os olhos!

Ele fechou, ela colocou mais um doce na boca dele

- Achou que ia ganhar outra coisa né? Interesseiro!

Ele também deu risada

- É né, caloteira.

Ela se aproximou chupou a boca dele, perguntou se ainda estava devendo, deram um beijão de língua, ela deitou no colo dele rindo

- Meu pai vai te pegar, fica de bobeira pra ver só, ele é cachorro lou.co tá?

Ele disse que ia correr o risco, se ajeitou encostado na parede, com os pés pra fora da cama, ficou dando doces na boca dela, fazendo carinho no cabelo, ela deu um fone pra ele ficou quieta, logo adormeceu, o Gabriel chegou sorrateiro, parou na porta do quarto

- Ahhh já entendi porque saiu cedo de lá.

A Maria falou sonolenta se sentando

- Paiii não começa.

O Kaique falou que já estava indo embora, ela o abraçou

- Paiii da licença.

O Gabriel saiu rindo

- Maria Maria, vou deixar o portão aberto Kaique! Pode trancar quando sair. Boa noite!

Ela estava com muito sono, se desculpou, ele foi levantando

- Mah deita certo, deixa eu te cobrir melhor.

Ele a ajeitou na cama, ficou sentado perto, deu alguns beijinhos, só foi embora quando ela pegou no sono. O Gabriel estava só prestando atenção da cozinha, encostado no balcão

- Vida, acha que isso vai dar certo?

A Babi deu risada

- Gabriel deixa a menina crescer, não tem como saber do futuro. Pelo menos está dentro de casa, Deus me livre ser como a minha mãe, eu tinha que fazer de tudo escondido.

Ele ficou confuso

- Não entendi, fazer oque? Tá doida? Não, essas coisas de s.ex.o nem ferrando, pode ser quem for, a Maria é muito nova, ela não é como a Belinha toda perdida. Se quiser namorar, beijar até vai. Mais só ! Bárbara conversa com ela, eu falo sério.

Ela começou rir muito

- Conversar oque Gabriel? Na idade dela eu não era vir.gem e nem você. Vai acontecer a gente querendo ou não.

Ele ficou brav.o, disse que ia ficar de olho sozinho então, já que ela havia decidido ser liberal. No outro dia a Maria mandou mensagem para o Kaique de bom dia, com uma foto do cabelo todo bagunçado, ele trabalhava com o João na oficina de motos, respondeu dizendo que adorava o cabelo e o cheiro dela, ela estava na escola, conversaram um pouco, combinaram de se encontrar a noite, ir na pracinha juntos, a tarde ela ficou fuçando atrás da fake, acabou ficando nervosa, cancelou o encontro, já pediu pra ele não ir lá. No meio da semana ela se esforçou pra ficar bem, foi chamar a Vê pra sair, ir ver os meninos jogarem bola, no caminho a Maria falou sobre a fake, tiveram certeza que era a mesma pessoa, decidiram ir falar para o Bernardo no fim de semana.

Quando chegaram na quadra o Kaique estava sentado no banco de reserva, a Maria se aproximou falou oi, ele levantou deu um selinho, ela foi sentar, a Vê falou criticando

- Oque pensa que tá fazendo? Vai pegar homem pra mudar sua se.xu.alid.ade o ton.ta? Não disse que gosta de menina?

A Maria se irritou

- Porque te incomoda tanto? Tá afim dele? Sabia que eu só fiquei com um único menino? Além do Bê? Talvez o problema foi com quem eu fiquei, também posso ser bi. Eu não sei, da pra me deixar viver um pouco? O Kaique é muito gente boa! Você precisa começar viver sua vida e se importar menos com a dos outros.

A Vê ficou sentida não disse mais nada, a Layza e o José chegaram perto, o jogo estava acabando, ela falou que ia embora porque precisava fazer uma aula online, estava se despedindo quando os meninos saíram da quadra, o João se ofereceu pra levá-la, diferente de sempre, ela não estava bra.va, apenas triste, no fundo as críticas que recebia sobre ser cha.ta, a incomodavam.

Ela foi caminhando sozinha, não era muito longe, assim que saiu da quadra começou chorar, tomou um susto com o Léo se aproximando correndo

- Eiii, Valentina. As chaves, você esqueceu!

Ela enxugou os olhos rápido, pegou agradeceu, ele falou caminhando ao lado dela

- Posso te acompanhar? Caraca tô muito su.jo!

Ela não disse nada, ele continuou falando simpático

- Você estuda na Etec? Eu estudei lá, acho que tenho umas apostilas ainda, que ano você tá?

Ela estava esperando o semáforo fechar pra passar a rua, respondeu séria

- Lucas, eu não faço seu tipo, pode parar de ser simpático comigo, eu sou muito cha.ta, não perde seu tempo não.

Ele ficou surpreso rindo

- Bem sincera ela né, nem minha mãe me chama assim. Como sabe meu primeiro nome? Vê cuidado!!

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