Dormiram juntos e nada aconteceu, ela levantou muito cedo, andou pela casa, lavou roupa escondida na máquina, quando a faxineira chegou as 7:00 pegou ela no pulo, ainda ajudou a mexer na secadora, ela já guardou todas as roupas limpas e secas, se trocou, colocou um shorts jeans curto desafiado, croped preto, passou maquiagem nos olhos rímel e lápis forte, ela era tipo rockeira e muito branca, ficava com aparência mais pálida ainda com tanta maquiagem. Ela fez pão na chapa, suco natural e levou na cama para o Bernardo, o chamou deitando em cima
- Garoto preguiçoso, acorda, fiz pão pra você.
Ele despertou muito sonolento, a abraçando beijando rosto pescoço afetuoso
- Bom dia, dormiu bem?
Ela correspondeu, disse que sim, o serviu ficou sentada próxima enquanto ele comia, o celular dele começou tocar, era a irmã, que ao não ser atendida, mandou um áudio
" Bom dia Tato, onde você tá em? Vai vir ou não? Eu vou sair com a mãe, depois do almoço eu volto, aí a gente vai "
Ele respondeu por áudio
- Bom dia pra você também Pitica, depois eu vou, tô com o Pedro. O pai tá em casa?
Ela disse que sim, ouvindo tudo a garota misteriosa ficou quieta, pensativa, ele agradeceu o pão, perguntou se ela ia mesmo embora, ela levantou
- Uhum, mais não precisa me levar, nem no terminal. Na verdade, eu tô bem atrasada, preciso ir ou vou perder o ônibus. O ponto é ali em baixo!
Ele queria levá-la, por pouco ela não sai o ignorando, ele se vestiu rápido, foi até o ponto de ônibus junto, perguntou quando iriam se ver de novo, ela disse que estava sem bateria, mais que era pra ele marcar o número dela, passou um número qualquer, se despediu com um abraço e um selinho
- Adorei te conhecer, de verdade. Não vai perguntar meu nome pra salvar o contato?
Ele sorriu irônico
- Acho que esse número nem existe mesmo. Também gostei de te conhecer pessoalmente, de verdade te curti muito, só que não gosto de mentiras, levei na esportiva a noite toda, eu não sou bobo! Acha que eu simplesmente esqueci de tudo oque conversamos por meses? Seus detalhes, sua voz, o jeitinho de falar meu nome.
Ela interrompeu com cinismo
- Que bom né, que não é bobo. Meu ônibus é esse, tchau!
Ele nem teve tempo de conversar, ela foi embora sem dar muita importância as cobranças. Ele voltou pra casa intrigado e na esperança dela falar algo, mandar mensagem, o Pedro criticou ela, falou que estava com um m.au pressentimento, o Bernardo caiu na risada
- Você não gosta de menina normal né primo? Que bobeira, acho que ela é tímida ou como você disse, namora. Sei lá!
Ele ressaltou
- Não é isso de normal, ela tá com pilantragem, só abre o olho.
O Bê ficou super desanimado
- Acho que ela vai sumir, aposto que inventou estar menstruada com medo de eu tentar alguma coisa. Devo mandar mensagem ou deixar quieto?
Ele disse que era pra deixar, porque não ia adiantar ficar fazendo perguntas, ela não ia ser sincera mesmo. Ele foi pra casa do pai, os dois estavam lavando as motos e o carro, querendo se abrir como sempre fez, ele comentou que ficou com uma menina e curtiu muito, mais não disse toda a verdade, estava quase na hora do almoço a fake mandou mensagem
" Oi "
" Pode conversar? "
Ele não estava com o celular, demorou pra responder, ela mandou outra mensagem
" Não fica bravo comigo "
" Posso te ligar?? "
" Desculpa "
Ela esperou um tempo, desativou o perfil, foi pra casa, escondeu o celular no jardim enrolado em uma sacola, levou uma sur.ra de cinta assim que entrou, porque fugiu saindo escondida e passou dias fora, sua mãe Cintia, era muito religiosa, mais não do tipo que realmente seguia oque pregava, ela não permitia nada mundano em casa, forçava a Íris ir a igreja, jogava as coisas que ela gostava fora só pra castigar, não a deixava nem comer direito as vezes, depois invertia todo o jogo, sempre dizendo que a culpada era a filha, por não fazer nada direito, uma ingrata que sempre teve de tudo e não valorizava nada. Os m.aus tratos só não eram piores, porque o padrasto intervia quase sempre, só que ele também pegava no pé dela, por causa do estilo, a boca suja. Ele era obreiro na igreja e a mãe dela também, por lá todos sabiam o quanto a menina era perturbada e de má índole, as vezes Íris realmente aprontava, de propósito, porque quando pequena não entendia porque sua mãe parecia a od.iar, com dois anos começaram os tapas na boca e puxões de orelhas, aos três as varadas nas perninhas, eram punições por m.au comportamento apenas, com quatro anos ela derrubou o prato de comida em um almoço com pessoas da igreja, na hora nada aconteceu, mais em casa, sua mão foi prensada a porta, Cíntia segurou a mão da filha a força e bateu com a porta duas vezes, tampando a boca da menina a sufocando para os vizinhos não ouvirem o grito de ag.onia e d.or. ela disse que era pra ela aprender a segurar as coisas direito. Os familiares moravam longe e quase nunca as viam, tinha alguém que ajudaria, Felipe o irmão mais novo de Cíntia, só que ele havia se assumido hom.oss.exual quando Íris ainda era bebê, toda a família o afastou, ele nem fazia idéia do que a sobrinha passava.
Com seis anos Íris gostava de brincar com crianças e fez uma amiguinha nova, que era mais pobre humilde e amava todas as Barbies que Íris tinha, elas brincavam muito quase todos os dias, a amiguinha viu oque não devia, os pais namorando, contou para Iris que ficou curiosa, ela tentou espiar o padrasto se trocando um dia, ele a pegou e brigou, deixou de castigo e não contou a Cíntia, sem entender nada e ainda curiosa, começaram brincar com as bonecas namorando, pegaram um boneco menino que era do irmão da menina, colocaram ele e a Barbie beijando, se esfregando, a Cíntia viu pela janela, saiu aos berros, bateu na Íris com a boneca, puxou o cabelo, deu tapas no rosto, a amiguinha viu um pouco, foi pra casa assustada e contou a mãe, ela mesmo pequena entendia que era errado oque viu, na mesma hora a mãe da menina foi até lá tirar satisfação ameaçando chamar o conselho tutelar, a Cíntia primeiro bateu na filha na garagem provocando a vizinha, deu várias chineladas nas pernas, quando a mulher começou surtar querendo entrar, chamar polícia, ela disse que gravou tudo, a menina tocando as partes ínti.mas da Íris, beijando na boca, inventou toda uma história ameaçando denu.nciar, disse que com certeza aquela menina era a.bu.sa.da dentro de casa, o barraco foi grande e nada aconteceu, pelo menos por um tempo, ela não agre.diu mais a filha, logo se mudaram e com vizinhança nova, foi tudo voltando a rotina, tapas por fazer perguntas simples, puxões de cabelo pra fazer a lição de casa, horas ajoelhada no milho ou feijão, por tirar notas ruins, com oito anos a Íris entendeu que indo a igreja, sua vida podia melhorar, o padrasto que era negligente, até gostava dela e a tratava bem, dava carinho ainda que pouco, fazendo tudo certo os m.aus tratos melhoraram, com dez pra onze anos o corpinho começou mudar, as amizades na escola também, em um domingo ao questionar um vestido muito infantil diferente das outras meninas, Íris irr.itou sua mãe, que a deixou de jejum orando dois dias seguidos.
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Atualizado até capítulo 165
Comments
Josi Gomes
O BERNARDO GOSTA MESMO DE GAROTAS ESTRANHAS
2023-09-07
1
Josi Gomes
COITADA DA ÍRIS, FOI MUITO TORTURADA .
2023-09-07
0
Jociane Barbosa
eca , a Cinthia nem pode ser chamada de mãe
2023-07-12
1