Capítulo 10

Elly

Acordo em um quarto branco, Alonso me trouxe pro hospital provavelmente, olho pro lado meu pai e ele sentados ao me ver acordar correm até mim.

-Como você esta minha filha?

-Amor você quase me matou do coração.

Olho para os dois Alonso me chamando de amor, aff.

-Eu estou bem quero ir pra casa.

-Você esta em observação, porque não me disse que estava fazendo tratamento com insulina.

-Em qual momento?

-No leito de morte da minha mãe, no velório?

-Melhor ainda na cremação?

-Desculpa filha.

-Amor você precisa comer.

-Pare de me chamar assim Alonso.

-É isso que você é pra mim Elly nunca deixou de ser.

-Tudo que houve foi um erro!

-Meio tarde não acha?

Viro minha cabeça pro lado a verdade é que não quero falar com nenhum dos dois...

Alonso me magoou demais não sei se posso perdoar ele.

Minha mãe fazia o tratamento eu estava distante eu sei então brigamos feio e terminamos, minha mãe me convenceu que era um erro e então decidi ir até a casa dele eu ainda tinha a chave, pra resumir dois dias depois ele já tinha outra na sua cama peguei eles no ato..

Era a filha do prefeito da cidade e aos gritos ela dizia que o caso dos dois fazia tempo já, enfim se era a primeira vez como ele disse ou um caso antigo não importa doeu demais...

Já meu pai não preciso falar muito, todo abandono já fala por si...

-Ola senhorita Elly como esta?

Uma voz diferente soa e olho deve ser o medico.

-Estou bem, já posso ir para casa?

-Vamos fazer o exame de controle se estiver normal te dou alta, mas a senhorita tem que se alimentar direito e fazer o uso da insulina corretamente.

-Eu farei Doutor.

Enfermeiras entram e fazemos exame e graças a Deus estava normal já.

-Bom terminando esse soro você já pode ir pra casa Elly mas reforço se cuide se não o tratamento terá que ser mais severo, sei que não é fácil fazer uso de algo pro resto da vida, mas é absolutamente necessário.

-Eu sei Doutor foi um erro, mas devido a tudo que houve eu realmente não tinha cabeça para pensar em mim, mas prometo que vou fazer o uso corretamente e cuidar da minha alimentação.

-Certo Elly então espero não te ver tão cedo, se cuida.

Ele sai e volto meu rosto para a parede novamente Alonso vem tentar falar comigo e não respondo ele desiste e sai do quarto logo meu pai se aproxima:

-O soro acabou vou pedir para uma enfermeira vir retirar para podermos ir pra casa filha.

-Ok...

Ele sai e fico sozinha escuto meu celular vibrar na mesinha ao lado e pego era um número desconhecido:

-Boa tarde Elly estou enviando mensagem para que salve meu número se precisar de algo pode contar comigo a qualquer horário.

-Quem???

-Me Desculpe esqueci de assinar, Derick Halley...

Meu coração bateu forte ele me mandou mensagem?

Vi que tinta mensagem da Ravena também, mas fui direto no número desconhecido.

Nesse instante lembro da reportagem dos dois juntos e nem sei porque o respondo secamente.

-Obrigada!

Sem mais olho a mensagem da Ravena sendo prestativa também mas a dela nem respondo.

A enfermeira vem e retira o soro e saímos dali Alonso estava no corredor falando no celular passamos reto dele e logo escuto os passos atrás, entro do lado do meu pai, e Alonso entra atrás.

-Quer que te deixe na sua casa Alonso?

-Não senhor, eu quero conversar com a Elly vou até a casa de vocês.

-Primeiro, não temos mais nada para conversar Alonso, e segundo a casa é minha apenas minha!

Os dois ficam em silêncio e meu pai segue até a casa que era dos meus avós, ou seja a minha casa agora. Eu saio do carro e vou reto porta a dentro pro meu quarto e tranco a porta última coisa que preciso é falar com Alonso.

Derick

A policia chegou os seguranças entregaram o Jack.

-Preciso que vocês nos acompanhem para fazer o Boletim de ocorrência.

-Claro nós vamos sim.

-Sabe me dizer se com isso a Ravena pode pedir uma medida protetiva?

-Com certeza senhor.

Seguimos para delegacia Ravena faz o pedido da medida protetiva fazemos o boletim de ocorrência mas infelizmente ele tem porte de arma é ex policial então sabemos que ele não vai ficar muito lá...

-Esta mais calma?

-Não sei se posso dizer que sim, sabemos que ele não vai ficar preso muito tempo.

-Estou pensado se não seria melhor me mudar daqui...

-Podemos pensar nisso, mas por hora respire vamos pra sua casa as crianças já devem estar sentindo sua falta.

-Você esta certo...

Quando chegamos na casa da Ravena ela logo foi ficar com os meninos e deixou o celular na mesinha aproveitei para pegar o número da Elly e mandar mensagem.

-Boa tarde Elly estou enviando mensagem para que salve meu número se precisar de algo pode contar comigo a qualquer horário.

-Quem???

-Me Desculpe esqueci de assinar, Derick Halley...

Esperei que ela mandasse algo para continuar uma conversa, mas ela só disse:

-Obrigada...

Eu esperava mais, claro que sim, mas com tudo que ela passou é normal eu acho...

Pego meu violão e começo a dedilhar uma melodia e uma letra tomam minha mente enquanto as imagens dela não saem da minha mente.

Imagino como seria o sorriso dela e se um dia eu teria a sorte de ver ele.

Aquele cabelos vermelhos tão brilhantes as sardas que pareciam ser salpicadas levemente no seu rosto seus olhos marejados de um tom azul mais lindo que eu já vi, que foram capazes de me hipnotizar de imediato.

A sensação que me tomava era que eu era ligado a ela de corpo e alma algo surreal que eu nunca tinha sentido, mas nunca vou falar isso em voz alta, eu não complicaria minha vida com um relacionamento.

Tudo que vi meu pai sofrer me mostrou que relacionamentos são só para isso, sofrer!

Minha mente viaja...

Eu tinha oito anos, meu pai trabalhava muito para minha mãe ter uma vida de rainha, minha mãe nunca trabalhou...

Ela me deixava sempre jogado sempre saia e o pouco que ficava comigo me tratava mal, meu pai sempre queria ter mais filhos e ela dizia que não dava conta nem de mim.

E meu pai aceitava, um dia ela simplesmente não voltou do salão, meu pai enlouqueceu ele procurava ela 24 horas por dia até que pediram um valor de resgate ele usou tudo que tínhamos para pagar achando que ela realmente tinha sido sequestrada.

O dinheiro foi entregue e ela não voltou meu pai começou a beber, perdeu o emprego e não cansava de procurar ela até o dia que descobrimos tudo, já fazia dois anos meu pai estava depressivo, em outro emprego já mas que não duraria se ele continuasse bebendo como bebia e sofrendo, mas tudo ainda podia ser pior, minha mãe tinha ido embora porque quiz, o sequestro foi um golpe e o dinheiro todo que ela tirou de nos foi para fugir com o amante.

Isso destruiu meu pai de vez e eu sempre tive que estar ali para catar os cacos que sobraram dele, e não eu não quero isso pra mim...

Saio das lembranças que eu mais odeio e volto pra realidade:

-Você está bem?

-Sim, sim estou pensando em uma musica nova.

-Vamos jantar?

-Claro, já pediu?

-Não o que quer comer?

-O que os meninos quiserem.

-Hamburger?

-Perfeito por mim.

-Vou pedir então.

-Não esquece a batata frita.