Fico perturbado com o motivo dela ter saído do hospital sem nem ter me dito nada. Ela apenas foi embora e a Enfermeira disse que ela não poderia doar o sangue.
Vamos para casa e deixo Mellie deitada, ela acaba dormindo e isso me deixa mais tranquilo, então eu saio sem que ela veja. Vou até a casa de Liv quero saber o que aconteceu, era só uma doação de sangue, as pessoas fazem isso o tempo todo. Porque ela não pôde fazer também?
Dirijo até lá, quando chego e vou tentar abrir a porta com a minha senha e não abre, tento usar a chave, ela não funciona também. Toco a campainha e Marisa vem atender, ela sempre esteve aqui comigo, e agora com a Liv.
Quando eu faço menção em subir para o quarto Marisa me impede.
— Essa casa é minha!
— Era. Vocês assinaram o divórcio e você agora tem outra casa, Jack não me faça ser rude com você. O amo muito.
— Marisa, não vai me deixar entrar?
— Entrar sim, como uma visita, e esperar na sala. Eu vou chamar ela.
Marisa fala como se eu fosse apenas uma vista mesmo. Não entendo isso. Até que Liv aparece no alto da escada, ela deve ter ouvido a minha voz eu acabei falando um pouco alto.
Ela fala:
— Pode deixar Marisa, já estou aqui. E você também, porque?
Ela age com total indiferença a mim.
— O que houve? Porque saiu do hospital sem doar o sangue?
— Só o que me faltava agora. Tá falando sério? Você está se ouvindo?
Ela fala e eu sinto um tom de ironia e muita raiva.
Devido a interromper e respondo.
— Eu não estou brigando Liv, o que houve? Porque não doou?
— Eu não doei, proque eu estou com anemia. E mesmo que eu não tivesse, eu não ia fazer isso. Mas como não valeria a pena brigar com você, fui. Muito obrigado por isso, assim pelo menos eu sei que tenho uma doença e preciso me cuidar melhor. Obrigada querido.
Ela fala e eu percebo que não foi atoa a sua negação. Mas mesmo assim, fico irritado por ela não querer.
— Você não vê que ela está doente, e precisa de ajuda? Você não tem compaixão?
— Você está maluco? Eu não tenho compaixão? Ela precisa de ajuda sim, de um psiquiatra. Eu não sou médica, não sou psiquiatra e nem banco humano. Então resolva seus problemas e fora da minha casa. Não temos nada mais para resolver. Saia e feche a porta, e da próxima vez que voltar aqui, se digne a tocar a campainha. Você não mora mais aqui.
Ela fala tudo de uma vez, como quem guardasse isso por muito tempo. Fico parado olhando pra ela, me aprece que ela chorou, seus olhos estão vermelhos e sua pele me parece pálida, será que não é algo mais grave?
Mas agora não é problema meu, ela me mandou sair e fechar a porta. Não me quer aqui. O que eu poderia fazer? Fui eu quem acabou com tudo.
Ela sai andando e me deixa ali sozinho. Marisa me olha com pesar e coloca a mão no meu ombro como apoio. Mas eu sei que eu sou o culpado.
— Não leve a sério meu menino. Já vocês se acertam.
— Eu vou me casar Marisa, a Mellie está doente e é a única coisa que ela quer. Se casar comigo. Ela fez tudo por mim, me esperou esse tempo todo. É o mínimo que eu posso fazer.
— Você acha que está fazendo o certo?
— Não sei. Só sei que eu não posso deixar ela.
— Você é adulto agora. Não posso mais te dizer o que fazer. Só posso dizer uma coisa. Cuidado. Observe tudo, confie em poucos e fala menos. Apenas isso.
— Você sempre foi muito sábia. Obrigada Marisa.
— Nada meu filho. Vai com Deus. Eu cuido dela. Fica tranquilo.
Marisa me abraça e eu saio indo pro meu carro. Vou pra casa ainda com raiva, e quando chego minha raiva cresce. A mãe da Mellie está aqui. Ela não gosta de mim e sempre deixou isso muito claro. Não aceitou o fato de eu ter me casado com a Liv.
Entro e quando a cumprimento ela me ignora.
— Minha filha ao estaria assim se não fosse por você. Você é o culpado.
— Eu vou pro quarto querida.
— Mãe! Não faz isso. Desculpa Jack.
Falo e vou pro quarto. Logo Mellie vem e me diz que ela vai ficar aqui por uns dias. Então eu decido que não vou conseguir aturar ela.
Me troco e ligo pro meu irmão, combinamos de ir a um bar, preciso beber e vou passar essa noite na casa dele.
— Vou dormir no Cris, amanhã venho te vê.
— Amor não vai.
— Você vai ficar bem. Fica com ela, ela veio te vê. e cuidar de você eu vou ficar bem, qualquer coisa me liga.
Dou um beijo nela e saio, pego minha bolsa com algumas roupas e quando estou saindo ouço ela falar.
— Isso faça isso. Você sempre fez isso mesmo. Deixou ela de lado. Não será a primeira e nem última vez.
Saio e bato a porta, entro no meu carro e tento esfriar a minha cabeça. Cris me liga e avisa que está numa boate e me pede que o encontre lá. Quando chego entro e vou até onde ele estava.
Me sento e ficamos conversando.
— Você só faz merda em Jack! Deixar uma mulher como a Liv pra ficar com a Mellie? Você é doido.
— Não quero falar disso.
Falo e vejo um garçom e peço um whisky. Ele trás e eu bebê de uma vez, Cris pediu logo uma garrafa e ficamos bebendo enquanto conversamos. Mas logo meus olhos encontram uma figura muito conhecida.
Mesmo que de longe eu a notaria em qualquer lugar.
Vejo ela chegar e sentar no bar, ela pede alguma coisa e bebe de uma vez. Pelo visto a noite vai ser longa.
— Que porra de vestido. Ela está linda.
Vejo que logo Dalila cega sua melhor amiga, elas se abraçam e ficam conversando, e logo Dalila a puxa pra dançar e é aí que eu fico hipnotizado.
Ela dança tão lindamente. Não é vulgar e nem destrambelhada. Ela dança bem e muito feliz,. Como se tirasse um peso de suas costas.
— Crlho heim, olha quem tá aqui! A Liv. e está com aquela amiga linda dela.
— Eu já vi.
Falo bebendo outro copo.
— Vai lá cara, dança com ela. Olha os caras querendo chegar junto. Vai deixar?!
— Ela agora é solteira pode fazer o que quiser.
Falo e penso que estou me iludindo com isso, mas que porra de vestido é aquele?
Mas uma vez ela pede um drink, pelas minhas contas esse já é o 6/7 não sei mais. Nunca vi ela bebendo tanto assim.
Ela vai até o bar e se senta, e mais uma vez Cris vem no meu ouvido.
— Tô te falando se não tomar uma atitude vai dar ruim. Os caras vão chegar.
— Porra Cris cala a boca.
— Ah quer saber que se dane.
Ele fala e senta de pernas cruzadas, um garçom vem até nós e eu faço um pedido. Ele sai e vejo que ela estava pedindo mais um drink.
O garçom avisa o bartender que coloca uma garrafa de água e um copo com gelo. Ela reclama, claro que reclamaria, e olha pra trás e quando me vê, eu percebo que ela xingou.
Não seria ela, ela tem características que poucas mulheres tem. E isso sempre me chamou atenção nela.
Se por acaso eu pensei que ela fosse beber? Claro que não. Ela reclama e vem até mim com o copo de água e gelo na mão.
— Que palhaçada é essa?
— Olá.
— Oi cunhadinha. Que saudade.
— Olá Cris. Bom te vê.
— Boa noite pessoal.
Dalila fala e Cris se anima todos. Enquanto isso Ela continua me encarando com o copo na mão.
— Pra que essa porcaria?
— Você já bebeu muito!
— Eu não estou com sede!
— Que bom. É bom hidratar!
— Então se hidrate você.
Ela fala e quando eu acho que ela estava muito calma sinto o gelo molhar minha pele do rosto e ouço Cris rindo.
— Boa noite Cris, até o jantar.
— Até cunhadinha.
Ela simplesmente taca em mim e sai, eu fico olhando com ódio e muita raiva, mas não posso fazer nada. Foi eu quem provoque ela.
— É meu irmão. Eu te avisei. Vem vamos embora.
Ele me chama e eu vou com ele, quando chegamos na saída vejo que o mundo está caindo em água lá fora. Liv e Dalila estavam paradas esperando acho que o Taxi, não sei porque ela não usa o motorista.
Vejo que alguns homens passam por elas e mexem com elas e Liv fica irritada, um dos homens voltam e mexem de novo.
— Porra eles não vão parar.
Cris fala e vejo que ele estava irritado já, até que um dos homens pegam no braço de Dalila e outro no da Liv, eu não aguento e vou pra cima.
Chego perto e vejo que Cris foi mais rápido, ele lança um soco na cara de um dos caras e eu não perco tempo e dou um suco no outro cara que segurava a Liv.
A chuva não parava de cair e logo estavamos no meio da rua, meus seguranças vem e seguram os caras. Vou até Liv que estava chorando e Cris segura Dalila que tremia toda molhada. Em algum momento da briga elas devem ter vindo pra chuva.
Eu pego Liv nos braços e entro no carro com ela. Cris deve ter feito o mesmo, porque não vejo mais eles. Liv estava muito molhada então eu pego meu blase que estava no carro e coloco sobre ela.
Ela agradece e encosta a cabeça no encosto do banco, e depois me olha..
— Obrigada.
— Disponha.
Ficamos o caminho todo sem falar nada. Quando chegamos na casa que agora é só dela.
— Pode dormir no sofá se quiser, o mundo está desabando lá fora.
— Obrigado.
— Deve ter roupa sua ainda aqui. Pode pegar.
— Não precisa. Tenho uma bolsa no carro.
Falo e peço para pegarem, ela sobe as escadas e vou para o quarto que eu usava.
Tomo um banho e troco de roupa. Desço para pegar alguma coisa na cozinha e vejo ela descendo as escadas, com uma camisola linda que caia perfeitamente nela.
Ela vem até mim e pega um copo de água. Deixa ele na bancada e sai andando sem falar mais nada.
Vejo ela subindo as escadas e quando ela sai eu me permito respirar e nem sabia que eu estava segurando o ar.
Olho meu celular e ele estava acho que queimado, não tem nada, não acende não tem vida. Então sei que amanhã terão caminhões de mensagens da Mellie. Decido ir dormir. Amanhã o dia será longo.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Izaura Pessi
Mais gente praque ficar repetindo, não precisava disso AFF
2024-01-12
1
Celia Chagas
Que situação complicada 😲😮
2023-12-23
0
odia Costa
Agora vai ver que ama ela
2023-09-30
2