O cúmulo, Jackson achar quá eu tenho que fazer isso, mas eu nunca vi ele assim antes, ele está com medo ou apavorado, sie lá, só sei que ele segura em meus bracos e sai me arrastando até o carro, quando entro ele não fala nada, vai durante todo o caminho sem dizer uma palavra.
Quando chegamos, ele me deixa na sala para coleta e sai andando pelo hospital, procurando por ela. Claro, sempre ela, nós dois nunca tivemos chances. Ela sempre esteve ali, mesmo não estando, sempre esteve e ponto.
Quando a enfermeira começa a coleta ela diz que vai fazer um teste antes, colhe o sangue, minutos depois volta com o resultado, olha e diz:
- Você não pode doar, não vai poder ajudar a sua amiga.
Amiga? Haha Tá bom, não queria mesmo, mas por quê?
Pergunto querendo saber o motivo, pois sempre tive uma saúde de ferro. Até, que ela me responde.
- Você está anêmica.
- Ah sim. Vou me alimentar melhor.
Eu respondo e levanto quase saindo, até que escuto ela dizer.
— Sua amiga está morrendo, ela precisa de você.
— Minha amiga? Ela nunca foi. Só a vi uma vez apenas. Ela não é minha amiga. Estou indo.
Saio do hospital e vejo que está se armando um grande temporal, entro no táxi e vou embora.
Durante o caminho eu fico totalmente fora de mim, tente me concentrar e não consigo. Quando eu chego em casa, pago o valor da corrida, vou para o me sento na cama, tento manter firme a minha respiração e a minha sanidade mental.
Ódio e raiva é o que passam pela minha mente agora. Como ele pode fazer isso comigo. Me forçar a doar sangue e fazer isso tudo porque? Que amor é esse?
Deixo meu corpo cair pra trás e as lágrimas escorrem pelo meu rosto, me permitir senti aquilo, medo e angústia. Me vejo sozinha no mundo. Isso porque eu sempre tive Jackson mesmo que de longe. Agora estou só, e por mais difícil que seja, eu preciso fazer isso. Sinto dor e muito medo, mas eu vou dar um jeito.
Meu celular apita e é uma mensagem da avó dele, que sabe que eu voltei e quer me chamar para o jantar de aniversário do avô do Jack.
Responde que estarei presente e que eu não perderia por nada. E não mesmo. Sempre me receberam muito bem e fizeram de tudo pra que nós dois ficassemos juntos. Né jogo na cama e fico com meus pensamentos.
Estou aqui deitada quando ouço o voz do Jack na sala, me levanto e vou até ele. Vejo que Marisa minha governanta está falando com ele. Ele quer subir, mas ela não permite.
— Pode deixar Marisa, já estou aqui. E você também, porque?
— O que houve? Porque saiu do hospital sem doar o sangue?
— Só o que me faltava agora. Tá falando sério? Você está se ouvindo?
Falo com ironia e muita raiva, como ele pode pensar só neles? Até que ele responde!
— Eu não estou brigando Liv, o que houve? Porque não doou?
— Eu não doei, proque eu estou com anemia. E mesmo que eu não tivesse, eu não ia fazer isso. Mas como não valeria a pena brigar com você, fui. Muito obrigado por isso, assim pelo menos eu sei que tenho uma doença e preciso me cuidar melhor. Obrigada querido.
Falo com ironia e tentando esconder o meu nervosismo, mas seu interrompida por ele.
— Você não vê que ela está doente, e precisa de ajuda? Você não tem compaixão?
— Você está maluco? Eu não tenho compaixão? Ela precisa de ajuda sim, de um psiquiatra. Eu não sou médica, não sou psiquiatra e nem banco humano. Então resolva seus problemas e fora da minha casa. Não temos nada mais para resolver. Saia e feche a porta, e da próxima vez que voltar aqui, se digne a tocar a campainha. Você não mora mais aqui.
Falo e subo as escadas voltando para o meu quarto, e sinto minhas pernas tremerem, eu nunca falei assim com ele, e ele nunca falou assim comigo. Ouço o barulhos de raios e trovões. Me sento na cama e fico pensando. Sei que algo está errado, mas sei que eu não vou nunca mais me submeter a situações que eu não quiser. Ele que se dane.
Posso até ama-lo, mas antes disso eu me amo, e jamais vou deixar que alguém me humilhe ou me coloque em uma posição que eu não mereça estar.
Vou até o banheiro e tomo um banho, coloco uma roupa fresca e me deito na cama. Quando estava quase dormindo sinto fome.
Me visto e vou até a cozinha, como alguma coisa e ligo para minha melhor amiga. Combinamos de sair hoje, não posso beber, mas posso viver.
Volto para o quarto e me arrumo, coloco um vestido e me Maquio, coisa que eu não sou muito de fazer, mas eu também de estar bem e bem vestida.
Me arrumo e desço as escadas, vou direto para a boate que marquei com a Dalila, vamos dançar um pouco e aproveitar a noite.
Quando chego, desço e vou até a entrada, eu e Dalila sempre vínhamos aqui, então eu nem entro na fila, já entro direto e vejo que o lugar lá está cheio, costumávamos vir quando éramos mais. novas, dançamos e nos divertimos. Não bebo então a diversão sempre foi melhor, porque eu sempre cuidei dela.
Vou direto ao bar e me sento pedindo um drink sem álcool e não demora muito vejo ela chegar, abalando geral. Linda e muito extrovertida como só ela.
— Já chegou enchendo a cara né?
Ela fala implicando comigo mesmo sabendo que não bebo.
— E eu virei você né? Vem aqui. Que saudade.
Falo abraçando ela enquanto ela me aperta.
— Ainda está gostosinha e com tudo no lugar. Que delicinha. Que saudade.
Era sempre assim com ela. era uma alegria fora do comum.
— Vamos beber.
Ela grita e o garçom coloca uma tequila pra ela. Porque ele já sabe o que ela bebe.
— Minha amiga voltou e eu vou comemorar.
— Para garota.
Eu falo e ela bebe a tequila e me puxa pra piata de dança, e então vamos dançar e nos divertir essa noite.
Eu começo a dançar e me esqueço de tudo. Só sei que eu tenho que viver. E eu fazer isso comigo mesma.
Enquanto dançamos ela me puxa para o banheiro, apenas uma tequila e já quer ir ao banheiro. Vamos e ela fica na fila por uns 5 minutos. Logo que acaba voltamos para a pista, mas antes eu peço outro drink e volto a dançar.
Quando não sinto mais os meus pés, eu chamo ela para sentar e conversar.
Ficamos conversando por algum tempo, falo tudo o que aconteceu, e conto que agora sou uma mulher divorciada e que em breve meu querido ex marido será casado com outra.
Ela como sempre ri da minha desgraça e diz que é bem feito. Porque quando meu pai me disse para casar eu não fui contra e aceitei. Tudo bem que não foi assim, mas, é, foi assim mesmo. O que eu fiz? Nada?
Aceitei e me casei, e agora eu estou aqui divorciada e possivelmente grávida. Que ironia né? Quando assino os papéis do meu divórcio, descubro que ele vai se casar com outra. Seria cômico se não fosse trágico.
Conto que recebi uma mensagem dos avós dele para o jantar de aniversário do avô dele. Ela já de prontificou para ir, mas quando digo a hora e o dia ela desiste, porque vai trabalhar.
Ficamos ali por algum tempo e vejo que o garçom quando eu chamo não vem, e quando vem me entrega uma garrafa de água e um copo com gelo.
Eu não entendi nada, mas quando eu olho, ele está apontando para trás e vejo um homem sentado de pernas cruzadas me dando tchau.
— Mas que merda!
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Celia Chagas
Eita será Jack 🤔🤔
2023-12-23
2
odia Costa
Quem será
2023-09-30
2
Rosangela Ramos Soares
espero q seja uma mulher q se valorize q se ame...não uma idiota q fica rastejando se humilhando por migalhas. atrás de um gde escroto babaca
2023-07-17
0