Cap.14

🎶 os velhos olhos vermelhos enganam

Sem querer

Parecem claros, frios, distantes

Não tem nada a perder.

Por que se preocupar por tão pouco?

Por que chorar

se amanhã tudo muda de novo.🎶

É isso Breno, não devo me preocupar, foi só um beijo, amanhã tudo muda, e ela nem deve se lembrar mais, pelo menos é o que acho.

Lembro, ele ainda está aqui, seu gosto e cheiro, está em mim. Não quero sentir, e o que farei para seguir?

Não sei!

Começo a arrumar o meu apartamento, sou muito organizado, não gosto de nada fora do lugar, empoeirado. Penso que me tornei assim, por ser sozinho e muita das vezes, não ter o que fazer.

Pego a vassoura, começo a varrer, e uma música lenta toca. Fecho os meus olhos, e imagino Lisa ali comigo, a puxo mais para mim, passo as mãos nas suas belas curvas, e dançamos bem juntinhos.

Chego perto do seu rosto, mais cade o rosto? Droga! Se a vassoura, tivesse cabeça, estaria beijando ela agora. Isso é loucura, preciso sair e tentar esquecer.

Abro a porta do apartamento, e me deparo com um técnico de internet que esta no vizinho novo. Fico ali enrolando, para ver quem é, porque a última senhora implicava com as minhas músicas. Mais demora a aparecer, nem deve estar em casa.

Então desço, subo na minha moto, e vou para o parque.

Estaciono a minha moto, olho ao redor, está cheio, não gosto muito, mas o que posso fazer.

Começo a caminhar, olhos as famílias ali, tão felizes, que fico emocionado, a minha mãe adoraria esse lugar, é lindo como ela.

Às vezes penso no meu pai, ele não me abandonou, por que nem sabe de mim, pode ser uma pessoa legal, assim não estaria sozinho.

Chego na parte do lago, onde gosto de nadar, e até umas crianças estão se refrescando, e dou uma risada, lembrando do dia que ajudei Lisa, e agora ela trabalha comigo.

Coincidência ou destino?

Estou outra vez pensando nela, isso não é bom.Não quero me apaixonar, já senti isso, no começo é bom, mais depois tudo desanda, não gostei nada do que passei.

_ não acredito! O meu bófe preferido, aqui no meu dia de folga?

Hoje acordei mesmo, sentindo que teria um belo dia._ Frederico fala, com o seu ‘poodle’ branco, na coleira me cheirando.

_ me devolve. _ falo.

_ devolve o quê? _ fala sem entender.

_essa intimidade que lhe dei_ falo sério.

_ já falei, você é o motivo dos meus sonhos mais safados, assim com esse jeito turrão?

_ não me torra Fred. Vim pensar um pouco, não enche o saco.

_ pensar? Numa certa médica de olhos brilhantes?_ debocha.

_ vou-me afastar, não posso começar a sentir essas coisas.

_o que vai fazer?

_ você verá.

_ espero que não se arrependa, agora deixa_ me ir, tenho um almoço, com um bófe mara de delícia. Hoje me acabo igual o meu cachorro, de quatro._ gargalha.

_Fred me poupe dos detalhes, por favor. _ reviro os olhos.

_ só falo, para ver o que esta perdendo. Fala passando a mão por seu corpo.

_ nem quero imaginar, bom apetite, Fred.

_ obrigado Breninho. _ fala, passa a mão no meu peito, e sai rebolando.

(...)

Resto do dia ,não foi muito agradável, fiquei o dia todo pensando em Lisa, se ela estava bem, depois do que aconteceu no hospital, mais não tenho número dela, nem sei onde mora.

Acordo depois de uma noite sonhado com ela, resumindo beijei muito, toquei no seu corpo todo, mais no sonho. Chego a rir da minha situação.

Tomo o meu café, por que café e vida, sempre disse isso, e sigo para mais um plantão, ao lado de Lisa, que Deus me ajude.

Chego no estacionamento do hospital, ando bem preguiçoso para vim a pé, estaciono a minha moto e sinto alguém cutucar a minha perna.

Quando me viro para olhar, tem uma garotinha, com um cachorro, com um ferimento na cabeça, no seu braço.

_ você é médico?_ ela me pergunta.

Me abaixo no seu tamanho._ sim, sou!

_ pode-me ajudar? O encontrei, está ferido._ fala querendo chorar.

Olho para ela, é para o animal e agora o que faço? Deve ser algum teste divino, só pode. Avisto um banco, e a coloco sentada.

Olho o animal, que está bem, só precisa de alguns pontos no corte na cabeça.

_ fica aqui,tá bem? Já volto.

Entro no hospital bem rápido, nem acreditando no que irei fazer. Pego tudo que preciso, para suturar e desinfetar o local e vou para fora, ao encontro na menina.

Merda! Ela se foi, e deixou o cachorro deitado no banco.

Me aproximo, sento e coloco ele no meu colo.

_ oi amigão! Irei-te ajudar, não vai doer nadinha, fica nem tranquilo.

Bem devagar para não assustar, dou a anestesia, ele se mexe um pouco, mais logo se acalma novamente.

Continuo o meu trabalho,limpando o local,vou conversando com ele,passando tranquilidade, e começo a suturar o ferimento.

_ precisa de ajuda?

_ Lisa?

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