Wang
– O que ta acontecendo?! – Tai chega falando e o homem degola a cabeça da jovem ali mesmo, e em movimentos rapidos ele vem para cima do Tai. – WANG! – Ele me chama e então paço a frente de Tai e puxo a mão do homem com a faca e entorto para suas costas, fazendo com que ele fique preso. – Quem é voce?? – Diz bravo, mas o homem se recusa falar. – QUEM É VOCÊ!? – Certamente Tai não é uma pessoa com muita paciência.
– *cospe em Tai* – Ele leva um soco na boca fazendo com que desmaie logo depois.
– Tai! – fico surpreso e então solto o homem e pego sua faca que esta coberta de sangue.
A menina está morta, o quarto esta cheirando a sangue fresco, pego o corpo da mesma que está quase se dividindo no meio de tão mole, então carrego para fora. Tai me pergunta o que estou fazendo mas apenas ignoro e jogo o corpo da menina em um lago proximo.
[•••]
Se passaram – ao menos– 30 minutos desde que joguei a Sol no pequeno rio aqui ao lado, ela era jovem mas morreu de um jeito sem custo nenhum. Já o seu homicida está a beira de seu parecimento.
— O que vai fazer? — pergunto a Tai que esta mais calmo, sentado numa cadeira.
— Ainda não sei.. Será que ele é um dos que fizeram isso? — ele olha para a janela, sinalizando para que entenda do que esta falando.
— Ainda não sabemos, mas se você continuar socando-o não vai conseguir nada, alem de mata-lo! — digo em diretas palavras.
O homem está com suas mãos amarradas, deitado na cama onde aconteceu o desastre na ultima vez que ele subiu.
—...— O homem começa a querer falar.
—Tai, ele está acordando! — o mesmo vem em minha direção tomando toma meu lugar.
Estou faminto não comi nada, apenas pego uma maçã. É como se meu corpo estivesse esgotado... essa maçã é o mínimo que preciso depois de uma flechada.
— Eu não falarei nada!! Se afaste! Vocês irão morrer!! — O homem que ainda não nos deu nem brecha para saber seu nome. Seu grito de uma forma que não me é estranha, sua voz se parece com a de um soldado da fronteira.
— Me fale de onde você veio — chego mais perto ainda com a maçã em minha mão.
— Wan-Wang? — seus olhos se arregalam ao me ver. — mil desculpas senhor! — falando dessa forma...
— Mas.. mas.. que? — ele é um soldado da fronteira, Li.—
— Vocês podem me explicar o que ta tendo aqui? — Tai pergunta.
— Ele é — me interrompo — ou melhor.. era um soldado da fronteira, um dos que impediram a entrada de vocês para Dalai — suspiro — Desprezível...
— Ta.. mas e ai? O que faremos com um dos "seus"? — ele ainda não confia em mim.
Burrice minha so de pensar que ele realmente se parece com Yan Jin, uma pessoa doce muito diferente desse ao meu lado.
— Ele não é um dos meus, apenas faça o que quiser! * reviro os olhos *
— Me desculpe senhor! Eu posso explicar tudo! Não me matem! Não façam nada comigo... — parece que será mais facil de conseguir informações agora.
[•••]
NARRADORA
Li um homem qualquer que estava jurando de sua vida para defender Dalai, o Reino de Wang e seu pai Hu. Li como soldado recebeu uma messagem do Monarca avisando-os – junto de Li e os outros – que iria haver uma guerra. Li era um infiltrado do outro Reino Rubya. Assim então não dando a mínima importância para a carta descartando-a logo depois de ler. Muitas pessoas morreram mesmo com o Monarca pedindo rendição! Ninguém estava preparado o suficiente, Hu achou que os soldados dariam conta, mas mesmo assim acabou morrendo com uma espadada em seu coração.
O que eles queriam? Crianças novas e recém nascidas para crescer em Rubya e fazerem parte dos soldados, mas sabendo que ninguém entregaria os próprios amados de mão beijada, decidiram fazer uma destruição.
Algo que foi desnecessário e injusto com todos.
O esperado é que Li não fosse levado junto para Rubya e morrece junto com os outros, pois o seu contrato ja estava feito.
Porém ele não sabia e foi sendo iludido por muito tempo, e sendo descartado logo quando acabou tudo.
Wang
— Tudo, TUDO isso por uma coisa extremante idiota?? — solto tudo que está engasgado em minha garganta — E VOCÊ deixou ? mesmo jurando que estaria junto de Dalai ate a sua MORTE?? Você é uma vergonha e nem deveria estar vivo! Acha que o que? Vamos deixa-lo vivo para voltar junto de seus amigos e voltar 'pra nos matar? Não, não.. você ta errado. — estou em Fúria! Meu Reino destruido por um homem que cedeu para Rubya.
— Não adianta gritar agora, Wang. Ele irá morrer em algum momento, sua existência não leva a nada.. — Claramente nossa decepção esta estampada em nossos rostos, o jeito que Tai fala suave e raivoso é a mesma vontade que tenho de esganar o Li aqui mesmo.
Se passou 1 dia desde que entregamos Li aos lobos.
Não me sinto aliviado e sinto que o Tai também não, a vingança nunca é o lugar para onde deveremos correr, porém não dei importância a alguem que matou por tabela muitas pessoas e ainda deixou levar crianças inocentes!
— Você está melhor? — ouço Tai falar meio envergonhado.
— Não é uma das melhores situações.. mas estou bem — dou um sorriso desanimado e envergonhado — e você, como 'ta?
— Em meio de tanta guerra, destruição e morte eu to vivo e se não fosse por você naquele momento que o Li veio pra cima, teria levado a facada, — ele ri baixo — obrigado.. — nos olhamos agradecidos.
— sabe.. — desvio o olhar corado — você me lembra alguém..
— quem? — ele não para de me encarar.
— Yan Jin, o meu ex noivo... — é difícil conter as lágrimas. — ele morreu em um atentado de Rubya. — limpo meu rosto.
— Sinto muito por isso, mas o que te faz pensar isso? — ele ainda me olha mas agora é com curiosidade, meu corpo arrepia quando ele toca meu ombro vendo que estou limpando minhas lagrimas.
— Você.. você é diferente, ele era doce e gentil me ensinou a perdoar e a lutar. — olho para o Tai que esta prestando atenção. — eu ainda não te conheço, mas pelo que vi você é cuidadoso e.. difícil, não me leve a mal — sorrio desviando o olhar.
— eu tive uma infância difícil, — ele interrompe — aprendi que com a violência eu posso conseguir muitas coisas e muitas vantagens, mas ainda assim.. me sinto vazio, é como se nada desse um resultado agradável. Você nao me entenderia Wang, deve ter tudo a mão beijada, não? — ele se vira para deitar na cama — *suspira*.
— Você acha? — elevo minha sobrancelha provocando-o.
— Você é bom nisso — rimos.
Estamos nos dando bem, pois ainda no entanto isso ainda é novo e devastador para mim.
Lençóis retirados e lavados apenas com a agua do rio ou no pequeno quintal, a primavera virá, flores e frutas virão do solo e sera mais fácil a colheita. Dias difíceis, mas todo trabalho duro tem seu devido resultado.
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