Cap. 5 ( assunto importante )

~continuando~

Com alguns minutos depois Eros estava em seu quarto, precisava tomar um banho e trocar aquela roupa suja de suco. Ele retirou a sua camisa e a jogou sobre uma cadeira alí presente, em seguida ele retirou a suas calças e a jogou junto da camisa. Quando alguém bateu na porta. Mesmo estando somente de cueca ele permitiu que entrasse:

— Entra!

Eros disse em voz alta. A porta se abriu e era Leila. Eros surpreendeu-se ao vê-la, e aquela vinda dela ao seu quarto o deixou curioso, mas ele ainda estava bravo pelo que Leila havia feito.

Com um tom sarcástico perguntou:

— Olha só. O que você quer aqui? Veio derramar suco de acerola no restante das roupas que eu tenho?

Leila fechou a porta e se aproximou se explicando:

— Eu vim te pedir desculpas e dizer que isso não se repetirá.

— Tá com medo que eu te ponha no olho da rua?

Eros perguntou sem remorso algum. Leila olhou para baixo, enquanto ele não desviava os seus olhos dela. Leila sentiu aquele homem enorme se aproximar perigosamente dela, e continuou a encarar o chão como opção única. Eros ficou tão perto, tão perto, ele iria se aproveitar da situação ao máximo. Ele tocou o ombro direito de Leila e disse:

— Você me irritou de verdade.

— Eu fiquei desconfortável com... err... Aquilo, e descuidei-me.

Leila tentou explicar-se, mas Eros apenas ordenou:

— Olhe para mim quando eu estiver falando com você, garota.

Leila olhou-lhe bem nos olhos claros dele. Aqueles olhos tinham um brilho de um certo desejo. Com um sorriso pervertido Eros disse:

— Ok, ok. Eu posso esquecer esse seu mau comportamento, mas você vai ter que fazer por merecer.

— Como assim?

— Não se faça de desentendida, nem de tonta, eu sei que você é esperta o suficiente pra entender as minhas verdadeiras intenções.

— Não... não, eu...

— Cale-se. Você vai fazer o que eu mandar.

Disse Eros encostando o seu dedo indicador esquerdo sobre os lábios de Leila. Logo ele desceu as mãos pela cintura da mesma e a beijou sem se conter. O seu desejo era enorme de ter aqueles lábios avermelhados de cereja dela nos seus.

O gosto de Leila era bom, como um doce de inverno. Ele não queria parar de beija-la. Eros a tomou nos braços a levando até a cama, mas naquele momento Leila o interrompeu, afastando os seus lábios dos dele, o preveniu a dizer:

— Não! E se chegar alguém? Não.

Eros afastou-se um pouco se dando conta de que fazer aquilo, agora não era um bom momento. Leila se afastou daquele homem. Ainda sentindo o gosto dos lábios dela, Eros a encarou dizendo:

— Esteja aqui as 21:00 em ponto, ou então pode esquecer. Agora saia.

Leila retirou-se dalí atordoada. Eros iria ter que se segurar até a noite.

~enquanto isso~

Na mansão Albuquerque, Celine conversava com a sua amiga Suzane, as duas no jardim da mansão, sentadas numas cadeiras ao redor de uma pequena mesa falavam a respeito de Liah e Anthony, sobre a possibilidade de um relacionamento entre os dois.

Naquele assunto Suzane pronunciou-se:

— Eu penso que seria ótimo se a minha Liah e o seu Anthony se aproximassem um do outro, eles formariam um casal espetacular.

— Eh! eu concordo. E eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para juntar eles dois.

— Conte comigo.

Disse Suzane sorridente.

Nos fundos da mansão estavam Anthony e Liah conversando em volta da piscina, eles haviam se tornado apenas bons amigos. Anthony viu que havia chegado o momento de revelar a Liah o seu segredo:

— Liah agora que somos amigos eu quero te contar o meu segredo.

— Sou toda a ouvidos.

— Primeiro prometa-me que você jamais irá contar isso a alguém.

Anthony pediu para ela prometer. Liah com um sorriso prometeu-lhe:

— Tá eu prometo.

Anthony viu sinceridade no olhar de Liah e resolveu contar a ela aquilo:

— Primeiramente a minha mãe e a sua se juntaram para elas conseguirem fazer você e eu ficarmos juntos, isso é um fato, mas sendo sincero eu só quero apenas amizade, só quero ser seu amigo, Liah, porque eu sou apaixonado por outra pessoa, e, essa pessoa é um homem. Eu sou gay.

Liah apenas sorriu para ele. Anthony viu que ela não parecia nenhum pouco surpresa e aquilo o intrigou. Anthony perguntou:

— Você não está surpresa?

— Não.

— Porquê?

— Eu já sabia que você era gay.

Liah revelou pegando Anthony muito de surpresa, já preocupado ele perguntou:

— O quê? Como?

— A uma hora atrás quando eu cheguei aqui com a minha mãe, eu vim sozinha procurar você e eu ouvi você conversando com o seu namorado pelo celular. O nome dele que eu me lembre é Rael.

— Ah, meu Deus! E mais alguém ouviu?

— Não. Fica tranquilo, e eu não contei pra ninguém. Anthony você tem que tomar mais cuidado ao falar pelo celular com ele. E se outra pessoa ao invés de mim, tivesse escutado? Você tem que ser cuidadoso. Isso serve pra ele também.

— Tá bom, eu vou tomar mais cuidado. Esse segredo só quem sabe é você.

— E vai continuar assim até você mesmo criar coragem de assumir esse relacionamento, você e o seu namorado.

Disse Liah supercompreensiva, Anthony apenas sorriu para a sua mais nova melhor amiga, pois naquele momento em que ele compartilhou seu mais íntimo segredo, ele criou um forte laço com Liah, pois ela havia sido compreensiva e respeitosa com aquele segredo.

~horas depois~

Rael estava a trabalhar, ele havia ido acompanhar um cliente na compra de um dos imóveis, era um apartamento. Os dois já estavam lá, o milionário de 40 anos, de cabelos loiros, olhos azuis, alto e bonito chamado Miguel Sampaio acompanhava Rael que lhe apresentava cada parte do apartamento:

— E aqui é onde fica a cozinha.

Disse Rael abrindo espaço para Miguel adentrar o local. Miguel bastante admirado deu a sua opinião em relação ao imóvel:

— É impressionante é muito espaçoso, cada cômodo deixou-me muito satisfeito. E o condomínio é seguro?

— Sim e muito. Que bom que gostou. Além de ser seguro o condomínio é muito bonito. Você ainda não viu o pôr do sol.

— Oh! Sim! Tudo que eu preciso. Então é negócio fechado.

Miguel fechou negócio, ele apertou a mão de Rael com um amigável sorriso:

— A nossa empresa agradece em fechar negócio com o senhor, e eu garanto que você não se arrependerá.

Rael garantiu. Logo o celular de Rael tocou, ele retirou do bolso das calças e viu que quem lhe ligava era Anthony. Rael em seguida olhou para Miguel e se explicou:

— Desculpe-me, é uma ligação importante.

— Não se preocupe, eu vou continuar observando o apartamento.

Disse Miguel sem problemas algum. Rael retirou-se para poder atender. Já num lugar sem perigo Rael atendeu o amado:

— Oi! amor.

— Oi! lindo. E aí você ainda tá trabalhando?

— Sim, e você?

— Hoje eu não fui pra empresa.

Anthony respondeu. A empresa de sua família trabalhava com cosméticos, era muito bem sucedida e aclamada nas vendas.

Anthony logo continuou a dizer:

— Desculpe por estar te atrapalhando, mas era importante.

— Não se preocupe, você nunca me atrapalha.

— Hoje a noite vamos nos encontrar no seu apartamento, eu quero ter uma conversa com você.

— Tá! Mas sobre o que é essa conversa?

— Sobre o nosso relacionamento.

Anthony respondeu deixando Rael preocupado:

— Você quer terminar comigo?

Rael perguntou, mas felizmente Anthony negou:

— Não, eu não quero terminar com você, é outra coisa. E eu quero falar pessoalmente num lugar sem perigo, pois você sabe que falar sobre esse assunto por celular é complicado.

— Tudo bem, então, as 20:00 a gente se encontra lá.

— Perfeito. Eu vou desligar, tchau beijo.

— Beijo, tchau.

Rael despediu-se, e assim a ligação encerrou-se. Mesmo sabendo que a conversa não era sobre terminar aquele relacionamento, Rael ainda sim, estava preocupado.

Mesmo com aquela preocupação ele tinha que voltar a trabalhar, o cliente estava a sua espera e fechar negócio com Miguel Sampaio seria muito importante para a empresa Valquer. Rael pôs o seu celular de volta em seu bolso e seguiu até a cozinha onde ainda estava Miguel.

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