Surpresas Da Vida
No dia seguinte acordei as 6:30am religiosamente, ainda que eu não precisasse me levantar para trabalhar, gosto
de fazer exercícios físicos e ainda mais depois do tanto de comida que eu comi ontem, dou risada sozinho quando penso no que a minha nutricionista iria achar se me visse comer daquele jeito.
Me viro de barriga para cima coloco os braços atrás da cabeça e me lembro de trechos do dia anterior, devaneio com seu lindo sorriso, o seu olhar, sua voz e de repente cinto minha circulação correr toda para uma parte única no meu corpo, olho em direção dos meus pés e vejo minha ereção lentamente forçar a calça de malha que estou vestindo, solto minha cabeça nos travesseiros e fecho os olhos apertando-os bem para lembrar mais dos detalhes, do som da sua voz e fico cada vez mais excitado, quando na confusão de pensamentos escuto.
_ Mamãe, mamãe!
- abro os olhos depressa\, chacoalho a cabeça para limpar tudo e sinto minha flacidez e o sangue que vai voltando a circular pelo corpo todo novamente.
Me levanto, caminho até o banheiro, enquanto ligo a ducha desço a calça com ajuda dos pés. Entro com tudo
debaixo da água que está quase fria e lá permaneço até limpar todos os pensamentos, fiquei na ducha por quase uma hora. Faz algum tempo que não fico com ninguém, mais ou menos uns 18 meses, é bastante tempo para um cara, a minha antiga namorada, ela só queria curtir e algumas coisas que ela gostava não eram minha praia.
Quando terminei o banho e lavei até os pensamentos desliguei a ducha e fui saindo, alcancei uma toalha limpa
que estava à disposição, me enrolei com ela na cintura e fui ainda pingando pela casa até o closet, comecei a resmungar.
_ ela não retornou, deve ser porque tem marido e filhos. Nossa, mas ela parece ser tão nova.
Mas pode ser que seja sobrinha dela. Mas a chamou de “mamãe”. Não pode ser isso. Será que ela está casada ainda? De verdade, tenho que parar de pensar nisso. Ela tem família e não vou ser eu a destruir isso. Mas por que será que se retirou para falar comigo? Ela saiba que era eu, falei meu nome, né? Falei!
Enquanto fiquei resmungando comigo mesmo fui me vestindo, escolhi uma roupa bem leve para correr no parque,
peguei minha braçadeira de carregar o celular e coloquei no bolso, arrumei meu cabelo teimoso e fui para cozinha preparar uma vitamina de frutas e por fim tomei terminando de arrumar as coisas para eu sair, já era por volta das 8:00am quando desci de escadas parei na portaria antes de sai para a rua ajeitando o celular na braçadeira e colocando os fones.
_ Bom dia!
- cumprimentei o novo porteiro enquanto passava pelo portão.
Minha corrida até o Central Park durou uns 30 minutos, fiz um percurso diferente do que faço para ir trabalhar
todos os dias, aproveitei para limpar minha mente, respirar um pouco de ar puro, escutando músicas.
Precisava tirá-la da minha cabeça antes que... Por um minuto pensei ter visto...
_ Nossa!
E era ela, passeando de mãos dadas a uma menininha de cabelos loiros, olhos bem verdes, voz meiga e a chamava de mamãe, não conseguia entender, mas quem sou eu?! Nem a conheço, como posso julgar pelas poucas informações que tenho.
Me sentei em um banco bem perto de onde elas estavam, então continuei observando as duas brincando, a menininha parecia ter entre 3 e 4 anos, ela se afastou um pouco e pude ouvi-la chamar.
_ Sophie, venha mais perto da mamãe, tem florezinhas aqui olha.
- ela falou estendendo a mão e mostrando onde estavam as flores.
Fiquei boquiaberto com toda a cena e perdi meu olhar na menina, quando voltei para a cena completa lá estava
ela, linda, me olhando e sorrindo, meu olhar congelou, sorri de canto arcando as sobrancelhas, me levantei e fui em sua direção. De longe ela fazia gestos a cada passo que eu dava ao seu encontro, mostrando que havia certa fragilidade na sua história com a linda menina. Então dei o meu famoso.
_ Oi!
- ela se aproximou mais\, me deu um beijinho no rosto e disse:
_ Oi! Como você está? Desculpa não te retornar ontem, foi complicado.
Balancei a cabeça como quem diz tudo bem, mas meu pensamento era.
- nem fiquei te esperando com bolhas no estomago por horas e acabei pegando no sono ainda no sofá. Mas olhei para a menina e ela me apresentou.
Sophie.
- chamando a menina.
Olha, esse é um amigo da mamãe, quer dizer oi para ele?
- e sem me olhar direito ela disse:
_ Oi! Meu nome é Sophie! Como é o seu nome?
- agora já me olhando nos olhos ela perguntou.
Respondi me abaixando ao nível do olhar dela.
Oi, Sophie, meu nome é Lucas. Posso ser seu amigo também?
- rapidamente ele começou a tagarelar muitas coisas.
E eu tenho um amiguinho que se chama Lucas, lá da minha escola, ele gosta de brincar de carrinhos e de bonecas comigo.
Perguntei a ela.
_ E quantos anos você tem Sophie?
- ela me mostrou com os dedos\, o indicador e o dedo do meio de cada mão formando o número quatro e falou.
_ Quatro, já sei contar até dez, você quer ver?
- e começou a contar bem lentamente\, desviei minha atenção para a Jullia que estava toda boba com o meu jeito de lidar com a criança\, isso deu a iniciativa para ela começar a me contar.
Sophie, é uma menina incrível, tem uma imaginação, fico muito impressionada como ela está crescendo rápido.
Ela é minha filha de coração sabe...
- assenti com a cabeça e soltei um pouco sonoro.
Aaahhh.
- e ela continuou.
_ Minha melhor amiga Sarah, engravidou de um cara muito babaca e logo que ficou sabendo da gravidez ele
sumiu, a Sarah e eu cuidamos de tudo da gravidez desde o início, até sou madrinha da Sophie.
- quando escutou seu nome correu até a Jullia e abraçou suas pernas olhando para cima\, como se aguardasse a mãe falar algo. Jullia colocou as mãos nas costas da menina e se balançou devagar como se girasse sem
sair do lugar.
_ Essa é minha princesa, a princesa Sophie.
- com o olhar mais terno e maternal do mundo.
_ Mas... o que aconteceu? Por que ela está com você?
- Jullia atenta a tudo viu uma borboleta pousando nas flores e disse:
_ Meu amor, vai lá, ver a dona borboletinha de perto.
- mostrando para Sophie onde ela pousara.
_ Bom... vou te contar como tudo aconteceu. A gravidez da Sophie foi muito complicada muito estresse e o cara, o
pai biológico dela em uma briga com a Sarah acabou empurrando-a contra a porta que estava mal fechada e se abriu, então a Sarah rolou uma escada de uns 6 degraus e pior caiu de costas para proteger a barriga e fraturou algumas vertebras.
- meu semblante foi mudando a cada palavra dita por Jullia.
_ A Sarah entrou em trabalho de parto prematuro, porque teve que fazer uma cirurgia muita grave na coluna.
- as lágrimas foram escorrendo pelo seu lindo rosto enquanto me contava e eu fiquei bem tenso com tudo o que estava ouvindo.
_ Antes dela entrar em cirurgia a Sarah me fez jurar que ficaria com a Sophie e que eu seria a mamãe dela.
- em meio as lágrimas vi um quase sorriso.
_ Assinamos os papeis da guarda e a Sarah foi para a cirurgia, mas não voltou com vida, e aí está minha menina
linda.
- todo o tempo de olho em Sophie enquanto me contava.
_ Então você tem a guarda...?
- olhando apreensivo
_ Não, sou a mãe no registro dela, ela tem meu sobrenome e o segundo nome mais lindo. Sophie Sarah Phypper!
- a menina olhou com desconfiança para a mãe que dissera seu nome completo\, logo pensou que teria feito algo de errado.
Oi mamãe. veio até próximo e com a barra do seu vestido verde água florido nas mãos para enxugar as lágrimas da mãe.
_ Você está chorando mamãe?
- dando pulinhos como se fosse alcançar os olhos da mãe para enxugá-los.
_ Não foi nada meu amor. Foi só o vento que trouxe uma poeirinha nos olhos da mamãe.
- falou isso se abaixando na altura de Sophie.
_ E sobre o pai dela?
- quando me ouviu dizer a palavra pai\, olhou procurando em volta.
_ Onde está o papai, mamãe?
- Jullia ainda agachada falou baixinho no ouvido da menina.
_ O papai está trabalhando, lembra? Para poder levar a Sophie para viajar.
- a menina sorriu e Jullia sorriu com ela\, se levantou e pegou a Sophie no colo que a abraçou forte.
Mamãe, quero ir embora para casa.
- Jullia então arrumou Sophie em seu colo.
Tchau Lucas amigo da mamãe.
- me jogou um beijinho e com a mão me deu um tchauzinho.
_ Tchau Sophie! Tchau Jullia!
- pisquei com os dois olhos e para minha timidez voltar muito rápido ela respondeu piscando com os dois olhos e Jullia fez o mesmo e sussurrou por trás das costas de Sophie.
_ Mais tarde te ligo e nos falamos melhor.
- e saiu caminhando por um longo trecho do parque com a menininha no colo até sumir do meu campo de visão.
Minha manhã tinha começado muito bem, então voltei a correr por mais um trecho e depois de uns 20km parei a corrida no portão de casa. Segui minha rotina de entrada no apartamento, deixei a carteira, o celular com a braçadeira no aparador, tirei os tênis na calçadeira e entrei descalço, fui até o closet peguei uma toalha limpa pois não havia tempo de secar a toalha usada pela manhã. Entrei para uma ducha rápida, depois só coloquei uma boxer e fiquei deitado no sofá de olhos fechados só pensando, repassando tudo na memória.
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Atualizado até capítulo 52
Comments
Silvana Vana
realmente está estória promete fortes emoções 🥰
2023-02-18
3
Lourdes Rodrigues
olha, história incrível amando ❤️😏
2023-01-18
3
Jessy Navarro
Sophie é tão fofa. 💕
2023-01-08
1