Sequestrada.

Estou confusa e assustada, não entendo o que está acontecendo comigo.

— Não preciso que você cuide de mim, só me leve para a minha casa, por favor!

Tento me levantar da cadeira, mas tudo gira, William vem ao meu encontro e me segura sentando-me novamente. Ele chama o garçom e paga a conta. O garçom olha curioso para mim.

— Está tudo bem senhora? precisa de alguma coisa?

Tento dizer alguma coisa, é minha oportunidade de pedir para que ele ligue e avise alguém da minha família onde estou, este restaurante é afastado demais da cidade, não sabem da minha localização. Tento falar, mas minha voz não sai, estou grogue demais para esboçar qualquer reação. William toma a frente e responde:

— Ela está bem sim cara, só tomou uns goles a mais de bebida, fique tranquilo que levarei ela para casa.

Ele passa o braço em volta do meu pescoço e me levanta, saindo comigo do local. Não tenho controle sobre meu corpo, não posso fazer outra coisa a não ser segui-lo.

Estamos no carro, William dirige depressa, percebo que estamos no sentido contrário de minha casa, estou apavorada. Olho para ele como se estivesse pedindo uma explicação, ele me olha acariciando meus cabelos.

— Dorme gata, já já chegamos ao nosso destino. Na verdade se eu pudesse eu desistiria dessa encomenda, acabei me interessando muito por você, mas infelizmente já recebi muito dinheiro e negociei com um cara muito influente, se eu desistisse de te entregar agora, eu, você e nossas famílias estaríamos correndo risco de vida.

Aquelas palavras me doeram como um soco no estômago, como assim encomenda? negociar o que? meu Deus, acaba de cair minha ficha, estou sendo sequestrada!!!

Não consigo mais resistir, apago.

Acordo em um local escuro, minha cabeça e meu corpo estão doloridos, tento entender onde estou. Veio a lembrança das ultimas palavras de William, na minha cabeça, sinto um enjoo e um ódio enorme, só consigo pensar na minha filha, pobrezinha, tão pequena e sem mãe, começo a chorar desesperada.

Tento organizar minhas idéias para conseguir sair daqui, me levanto com dificuldade e começo a andar pelo quarto, mas só me vem na cabeça que eles querem meus órgãos, e se for isso mesmo não tenho a mínima chance.

Escuto vozes no quarto ao lado, tento me concentrar.

— William, parabéns pelas entregas, essas moças são realmente valiosas, aquela morena é uma gata hein, como é mesmo o nome dela? Sara?

Fico paralisada ao escutar o meu nome, malditos.

— Já tenho o destino certo para elas. Junte-a com as outras cinco meninas que vamos embarcar daqui a pouco, a viagem será longa, tem um avião monomotor nos esperando.

Fico chocada, esse William desgraçado é um maldito traficante de mulheres. Agora tudo faz sentido, a forma como ele andou me sondando no restaurante, a insistência de ir até o meu trabalho. Tudo se encaixa, ele usa da sua beleza para atrair mulheres e depois sequestra-las, como pude cair num golpe tão baixo?

Começo a chorar de desespero, como ele pode fazer isso comigo sabendo que tenho uma filha tão pequena? sabendo que minha mãe depende de mim? Meu Deus quanta crueldade.

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