Capítulo 17

Hannah~

Após brincar com o porquinho da Índia, eu me levanto, indo ao banheiro e tomar um banho leve.

E penso em tudo que a senhora moore falou, e ela está certa. A minha situação está muito difícil, mais se eu me entregar á ela, tudo irá piorar ainda mais. Eu estou muito fraca, mas dizem que é na fraqueza que somos forte. Então eu preciso encontrar essa minha força! Eu preciso provar que eu não tenho culpa de nada disso. A primeira coisa que eu tenho que fazer é ligar para a minha mãe! Se tem alguém que deve saber dessa mulher que ele era obcecado é ela! E pelo o que ela me falou os dois já se conheciam. E só pode ser a irmã do Rodrigo. Eu preciso conhecer ela! Preciso de alguma forma tentar me livrar desse peso e dessa culpa toda. Ainda tem a minha irmã, oh.. que Deus me ajude!

Mais o meu maior medo é que o Rodrigo dê essa crise de bipolaridade dele. Pois uma hora ele está bem e uma outra hora ele está mal! Como pode me amar, se na primeira oportunidade não pensa duas vezes em me ferir? Eu preciso agir com sabedoria e estratégia. Mais eu não posso negar que eu não consigo me controlar na frente do Rodrigo. Eu sinto raiva dele.. pois ele é muito cínico! E me dá vontade de encher o rosto dele de tapa.. de puxar os seus cabelos, de morder a sua boca.

Tá, isso não é normal! Acho que eu estou muito selvagem. Mais ele me tornou assim! Na verdade, ele tornou o nosso relacionamento dessa forma.

Olha para todo o meu corpo, que está todo marcado.

Minha pele é branca demais, e ele  sentia prazer em morder o meu pescoço, apertar os meus braços.

E eu nem sei como esconder essas marcas.

E quer saber, eu pego um blusão dele grande. Ele não dorme aqui no quarto comigo, mais as vezes ele esquece as suas roupas aqui.

E só assim para eu tampar tudo e não me sentir incomodada.

Penteio o meu cabelo e saio do banheiro.

Saio do quarto e começo a descer as escadas de forma devagar.

E a casa está vazia como sempre e eu tomo um susto quando vejo uma mulher de meia-idade, com uniforme de empregada pela casa.

– Com licença, você deve ser a esposa do senhor Rodrigo.

Ela me olha e sorri para mim, de forma simpática.

— A senhora precisa de alguma coisa? O seu marido está lá no escritório, se quiser eu posso chama-lo para a senhora.

— Não..  não precisa.

Falo baixa.

— E por favor, não me chame de senhora, pois assim eu me sinto muito velha.

Falo sorrindo fraca.

— Bom, é que você é minha patroa.

— Não, eu não mando nada aqui. O único que é o seu patrão é o Rodrigo.

Falo um pouco rude e ela me olha sem entender.

— Bom senhora, eu estarei lá na cozinha, se precisar de alguma coisa é só me falar.

Ela fala simpática e sai da sala.

E eu começo a olhar para fora de casa e nunca nem se quer reparei muito nesse lugar. Mais vejo várias plantações de uvas, e sinto uma vontade de ir lá só para provar delas.

E eu aproveito que o Rodrigo está no escritório e eu penso, agora é a hora certa para eu ligar para a minha mãe. É claro que ele não pode saber, pois poderá interpretar mal.. E também, temo pela vida da minha mãezinha. Tenho que ter muita cautela até com o que eu vou falar com ela.

E eu procuro por algum telefone e não acho nenhum! Não é possível que nessa casa não tenha nenhum telefone de gancho! E o meu celular deve está com o Rodrigo e com certeza ele deve ter jogado fora.

E eu me lembro da empregada.. ela pode me ajudar!

É isso! E eu vou até onde ela está.

E eu não sei porque mais eu vejo alguns copos e talheres fora do lugar e eu sei o quanto o Rodrigo fica irritado com isso. E já no automático, eu começo a colocar todos eles em ordem.

Vejo uma mancha estranha no interior do copo, e eu limpo até ela ficar um brilho.

— Senhora.. tudo aqui está impecável.

— Não..  ele não gosta de ver nenhum arranhozinnho se quer. Me passa um outro pano.

Falo um tanto preucupada e nem eu me entendo porque eu estou fazendo isso.

E ela me dá um pano e eu começo a esfregar ainda mais o copo.

— Agora sim, está em perfeito estado.

Falo colocando o copo na mesa.

— Nossa, dá para ver as minhas mãos nele. Está muito brilhoso.. dá até pena de colocar algo nele.

— Tem que ser assim com tudo ouviu bem...

— Maria! Me chamo Maria.

— Maria.. eu não ligo muito para isso. Mais é que o Rodrigo é muito sistemático, você acredita que teve um dia que ele..

E eu paro de falar, quando percebo que eu estou falando demais.

E eu mudo de assunto.

— Eu não encontrei nenhum celular por essa casa.. você poderia me emprestar o seu?

Falo um pouco receiosa.

— Para quem você quer ligar Hannah?

E quando eu ouço a sua voz vindo atrás de mim, eu me tremo.

E eu viro para o Rodrigo suando frio, e ele está com roupa de academia, seus braços forte e torneados ficam bem visíveis.

E eu fico vermelha, e não sei porque.

Eu me sinto uma smurf perto dele, ele é tão alto, tão másculo e enorme, ainda não sei como eu consigo sentir ele todo aqui dentro de mim.

E eu tento não pensar nisso que eu estou pensando! Não, eu não posso aceitar ter esses sentimentos por ele.

— Hannah! Me responde, pra que você queria o celular da Maria?

E sua voz acaba soando alta.

— Euu.. apenas queria ligar para a minha mãe Rodrigo. Mais eu não estava encontrando nenhum telefone nessa casa.

Falo com medo e toda nervosa.

— Eu espero que você não esteja mentindo para mim!

— Eu não estoou..

E ele caminha até a mim, e sinto meu coração querendo sair pela boca, mais eu me recomponho.

E ele pega as minhas mãos.

— Para onde você está me levando?

— Até o meu escritório! Lá tem um telefone.

E ele me leva até o lugar que ele mais fica na grande maioria do tempo.

E eu suspiro fundo ainda.

— Está nervosa Hannah?

Ele fala me soltando e me olhando firme. E nossa, como os seus olhos estão um azul tão claro hoje.

— Não Rodrigo..

— Então porque está tremendo? Por acaso está com medo de mim? Não precisa ter medo, se você vai apenas ligar para a sua mãe.

Ele fala passando as mãos pelo o meu rosto e eu viro imediatamente, ignorando o seus toques.

E sua respiração fica alterada.. E quando eu penso que ele vai fazer alguma coisa comigo, ele me solta.

— Toma! Liga logo para a sua mãe.

Ele fala me dando o seu telefone e eu fico perplexa quando vejo uma foto minha, com a Laila na tela inicial.

Para..  essa foto foi tirada hoje? Como ele conseguiu tirar sem nem eu perceber?

E eu coloco no telefone e disco o número da minha mãe as pressas.

E eu penso que o Rodrigo irá sair, mais ele simplesmente senta na sua mesa e abre o seu notebook.

E isso me dá uma raiva, ainda quando a minha mãe atende e quando ouço, a ligação está no viva-voz.

— Mamãe, sou eu! A hannah.

Falo um pouco emocionada e com cheio de saudades dela.

— Minha filha! Eu nem acredito que consegui falar com você. Tive pesadelos tão ruim contigo! Você está bem meu amor? Eu tentei te ligar, mais só dava caixa-postal.

E como eu sinto vontade de falar tudo para a minha mãe! Que eu realmente tenho vivido um pesadelo e que eu era muito mais feliz quando tinha ela ao meu lado! Quando eu morava naquele virelajo.

E o Rodrigo olha bem fundo para a minha cara.

— Eu estou bem Mamãe.

Falo mentindo, mais por dentro meu coração Sangra.

— Minha filha, como eu estou feliz em ouvir a sua voz! Você sabe que eu te amo muito.. eu sei que eu pegava muito no seu pé, mais você é tudo para mim. E eu sei o quanto você sonhou com essa vida que tem hoje.

Não mamãe, eu não sonhei em estar á onde eu estou hoje.

— Mamãe, se eu pudesse voltar atrás..  eu daria valor á tantas coisas. Jamais desprezaria o que eu tanto desprezava.

E eu falo não me importando com o Rodrigo escutando.

— Oh minha filha..  eu que te peço desculpas! Agora você pode ter tudo do bom e do melhor! Pode ter o que eu nuca fui capaz de te ter. Eu que era a Egoísta, não você.

— Não mamãe.. descobri muito tarde, que as coisas mais simples e belas, não tem preço. E como eu queria apenas te dar um abraço forte.

Falo já sentindo as lágrimas.

— Hannah, assim eu também vou chorar! Eu não quero atrapalhar a sua vida de recém-casada. E eu sei que logo logo, vou ganhar um netinho. Você está se cuidando né minha filha? É importante que você passa em uma ginecologista aí.. E como está a vida de casada? Só de pensar que você não mais uma moça.. meu coração não quer acreditar.

E eu fixo vermelha, pois eu conheço a minha mãe..  ela vai acabar falando besteiras.

— Mamãe.. depois conversamos. Beijos, te amo! E manda um beijo para a Rosita e para o seu Anthony.

Falo as pressas e eu encerro a ligação.

E o Rodrigo está com um sorriso torto.

— Não precisava ter desligado tão rápido Hannah!

— E nem você precisava ficar aqui, escutando a nossa conversa.

Falo entregando o seu celular para ele.

Porem ele segura as minhas mãos e de novo essa corrente elétrica pelo o meu corpo.

— Somos um casal! Não tem que ter nenhum segredo entre nós dois Bambina.

E eu solto uma risada irônica.

— Exceto você né Rodrigo? Que jamais me contaria toda á verdade, se eu não tivesse descobrido naquela noite o seu plano de vingança contra a minha vida.

E eu vejo ele apertar as minhas mãos com força, ao ponto de me machucar.

— Será que você nunca irá acreditar nas minhas palavras? Você é imatura demais Hannah!

— Você que é um cretino e um mentiroso.

Tá.. eu acho que agora eu quero morrer por ter falado assim assim ele.

E ele se levanta todo irado.

— Cretino eu? Repete o que você me disse.

— Além de ser cretino é um abusador!

E eu falo virando o meu rosto.

E ele puxa os meus cabelos de forma nada gentil e toma a minha boca para sí, me beijando de forma violenta e possesso de mim.

E eu tento me desfazer do seu beijo, mais quanto mais eu resisto mais ele me toma para sí.

E quando eu fui ver, comecei a beija-lo, da mesma intensidade. Mordendo todos seus lábios e cravando as minhas unhas com muita força no seus braços músculos. Quero que ele sinta dor.. quero que ele sinta á dor que eu sinto sempre quando eu estou com ele.

E ele me coloca no seu sofá e começa a me beijar loucamente, me fazendo ter desejos por todo o corpo. Ele me toca bem intimamente, e morde toda a minha pele e quando eu penso que ele irá me ter para sí, ele para o beijo, dando risadas provocativa.

— É.. Talvez eu seja mesmo um cretino.. mais um cretino que você não pensa duas vezes em se entregar para mim.

E ele se levanta do sofá e simplesmente sai do seu escritório.

E eu fico com muita raiva de mim e principalmente por ficar tão vulnerável nas mãos dele. Como.. como eu pude.. ter desejos por ele? Eu não posso amar ele! Não posso. Ele é um cretino e abusador!

E eu me levanto um pouco fraca e vejo que ele saiu.. porém esqueceu o celular dele aqui no escritório. E os meus olhos brilham! Brilham por esperança.

E não me passa mais nada na cabeça, do que ligar para a Júlia! Ele com certeza deve ter o número dela. Não vou ligar para a minha mãe, porque sei que a vida dela corre risco. Mais da Júlia? Não! Ela tem o Jensen.. E quando ele souber de toda á verdade, irá vim correndo para me tirar das mãos desse psicopata e irá me levar novamente para a minha mãe. É tudo ou nada!

E eu pego o telefone bem rápido e começo a procurar pelo nome "Júlia"no seus contatos.

E quando eu acho, meu coração acelera bem forte.

E eu penso bem antes de discar.. pois o medo toma conta de mim.

Será que eu ligo ou não ligo para ela?

🤯 Minhas lindas.. o que fazer com esses dois? Confesso que os dois me dão muita dor de cabeça. Mais tô gostando de escrever eles! E aí.. será que a Hannah liga ou nao liga para a Júlia? 😳🤭🤔🙅‍♀️

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