...Volume 01...
Ela pediu para que ele largasse a katana e fosse para bem longe dela. Assim tudo o que ele precisava fazer era levantar a mão direita e abri-la bem, dessa forma a katana viria em direção ao rapaz de uma forma que não o machucasse. Ele só precisava pegar na empunhadura a tempo. Como seu sangue estava na Katana ambos estavam interligados. O motivo de ser somente a mão direita se dava ao fato de ter sido dela o sangue tirado. Então ela era o ímã que puxaria a Katana de volta para seu mestre.
E quando o teste foi feito o deixou ainda mais surpreso, pois realmente funcionava, ela realmente veio até ele. Tudo o que ele sentiu foi apenas uma leve pressão na hora do encontro entre a mão e a empunhadura, que quase o fez cair para trás. Entretanto era tudo questão de adaptação. Ele a agradeceu e ela o perguntou se agora estava pronto, e o mesmo afirmou que sim. Todavia antes de partirem Emily deveria primeiro procurar pelo pai de Otto, para entregar as armas e armaduras para ele. Mas estava tão cansada que quase desmaio. Se não fosse pelo reflexo rápido do garoto ela teria caído com tudo no chão.
Foram longos quatro meses trabalhando arduamente e sem descanso. Dava para ver no seu semblante o quão fadigada a menina estava. Mesmo assim ela ainda precisava fazer o seu serviço completo. Mas o garoto a interviu, ele não permitiu que ela o fizesse mesmo que precisasse, ao contrário, ele a levou para casa, para comer, tomar um bom banho e finalmente dormir, dormir bastante. Quando estivesse recuperada da fadiga e realmente 100% aí sim, ela poderia voltar e concluir o seu trabalho. Emily sabia que tentar ir contra Otto era perca de tempo e que ele não a ouviria mesmo se ela insistisse. Então apenas obedeceu o rapaz e foi para casa.
Onde após banhar e comer, dormiu por longos cinco dias, até finalmente acordar disposta. Era chegado a hora de entregar para os exploradores seus pertences. Eles não pareciam irritados, essa demora deu a eles tempo suficiente para ficarem com suas famílias, e eram gratos a ela por isso. Depois de concluir seu trabalho, Emily não só estava dentro da equipe como também foi presenteada com uma linda bolsa para guarda seus pertences. Aos quais ela pegou somente o diário, algumas de suas reservas alimentícias que ela guardava perto da forja e seus materiais de trabalho.
E agora lá estava ela em marcha junto a Otto e todos os outros exploradores. A caminho da grande entrada para as masmorras. Após todos se despedirem, passaram por uma entrada na montanha que levava para o buraco de minhoca. Passando por lá, um por um foram adentrado a camada subterrânea. Neblinada, com um rio de água escura e um grande barco. Podiam ver também árvores de pinheiro com aspectos enegrecidos devido a neblina, como se tudo ali, não tivesse mais vida. Subindo no barco eles partiram em viajem para a verdadeira entrada das masmorras. A garota estava ansiosa e nervosa, mas se sentia completamente segura. Não só os adultos estavam de olho nela tomando o devido cuidado, mas também Otto, seu melhor amigo. Que compartilhava dos mesmos sentimentos que ela.
Era frio e o sol estava dificilmente visível, embora fosse a primeira vez dela olhando cor, não eram cores tão atraentes, mas não deixava de ser novidade. Ela podia ver peixes que acompanhavam a embarcação, entretanto não conseguia segurar o vômito devido ao fato do barco balançar muito.
Infelizmente, ela teria que suporta este fardo até finalmente atracarem no porto. A sua resistência já estava sendo posta em prática ali, se fosse difícil demais para ela aguentar, já não daria mais para voltar atrás. A viagem de barco levaria por volta de quatro horas, até finalmente chegarem no destino, até lá, tudo o que podiam fazer era admirar a vista que finalmente ficava não só visível, como também belíssima devido ao fato das neblinas desaparecerem.
Regiões montanhosas e mais árvores de pinheiros podiam ser avistadas, tomavam conta de literalmente tudo, era como um grande bosque, não dava para ver o que tinha por dentro, era coberta por árvores e mais árvores. Os exploradores até podiam estar acostumados com aquela vista mas Emily e Otto não esconderam a surpresa e a admiração ao presenciarem algo tão novo. Todavia o céu ainda estava nublado, então a paisagem não era 100% bela. Porém, já era o suficiente.
Todos ali, tinham uma função, ao menos até chegarem no porto era essencial que ambos ajudassem uns aos outros. Tinham os cozinheiros, os faxineiros, os médicos, engenheiros, aventureiros e etc. Eles aproveitavam que ainda estavam embarcados para organiza tudo o que realmente iriam levar. Além de se prepararem vestindo suas armaduras e preparando suas armas. Eles sabiam da existência de animais hostis, não foi atoa que tiveram que começar a procurar pessoas com dons para forja. Desde o começo, lá nos primeiros exploradores, humanos eram almoço e jantar de várias espécies de animais. Forçando o povo da superfície a tomar certas medidas protetivas.
Isso também era o porque de estarem tão de olho em Emily. Eles sabiam que a garota era muito agitada e só ficava ainda pior quando estava animada. Então ver algo novo podia simplesmente fazê-la ir de frente para o perigo sem pensar duas vezes. Mesmo que ainda no barco o pai de Otto tenha alertado eles sobre esses mesmos perigos, ainda sim toda atenção deveria ser voltada para a garota. Perder uma criança, ou deixá-la morrer, era um fardo que eles não queriam carregar consigo. Não se preocupavam tanto com Otto por saber que o rapaz era bem experto e maturo o suficiente para saber que não deveria sair correndo por aí.
Após finalmente chegarem nas docas, foram recebidos pelos exploradores que já estavam montando acampamento por ali há meses. Eles sempre faziam essa troca quando era necessário voltar, claro, não tinham como se comunicar então era questão de sorte ou paciência. Esperar por um novo grupo de exploradores era como esperar pela chuva mesmo que o clima não fosse condizente com o tempo. E nas docas não era diferente, tal como todo o resto, tinha aquele singelo aspecto escuro, envelhecido e apodrecido.
Após desembarcarem, deram permissão para aqueles exploradores de voltarem para superfície e finalmente descansarem. Eles até ficaram surpresos ao ver duas crianças na embarcação mas não entraram muito no assunto, só queriam mesmo era ir embora. Após mais uma despedida, o grupo de exploradores ao qual Emily faz parte começou sua expedição. Saindo das docas eles começaram sua longa caminhada, através daquele chão de terra em meio a mais neblinas. Era apenas questão de tempo até que descessem o subterrâneo ainda mais. Segundo Nicolau Kallen, que era o pai de Otto. Era comum que aquela neblina estivesse por ali, alegou que sempre foi assim, mas quando se chega no ante braço do subsolo as coisas começam a mudar.
O que ele queria dizer com isso, era que assim que chegassem no meio do centro da camada zero do subsolo, finalmente poderiam apreciar o grande e luminoso Sol Das Masmorras. Isso só deixou Emily ainda mais eufórica, ela nunca tinha visto o sol antes, e seria a primeira vez que ela veria a reluzente estrela laranja, brilhando no subterrâneo.
Mas até que chegassem lá eles teriam que caminhar, saberiam que estavam chegando perto quando vissem uma grande montanha que barrava qualquer um de passar para o outro lado. A Grande Muralha De Pedra. Era como se chamava. Não tinha meio e nem fim e não tinha como escalar pois era lisa. Entretanto do seu lado esquerdo havia o que podiam se chamar de Portal. Um enorme buraco em forma de porta que levava para a entrada do primeiro andar das masmorras.
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Atualizado até capítulo 33
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