O CEO E A SUA PAIXÃO
Cap 01
24 de dezembro de 2016
Miguel narrando
Madalena está no banho e eu estou sentado no escritório resolvendo algumas
coisas da empresa, meu telefone toca e era à minha mãe.
- Oi mãe. - Eu falo assim que eu atendo.
- Vocês vão vir? Porque já é 12h \, até vocês chegarem aqui na fazenda vai
no mínimo umas 4h.
- Madalena está no banho\, ela ficando pronta estamos saindo de casa.
- Tá bom\, me avisa assim que sair e por favor não se atrase \, vai está
toda a família aqui.
- Pode deixar\, vamos chegar antes da meia noite \, um pouco antes. - Eu
começo a rir e sinto seu resmungo no outro lado da linha.
- Não brinque com isso\, quero você bem antes aqui.
- Até daqui a pouco mãe.
- Espero. - Ela desliga a chamada.
Eu respondo os últimos email que eu ainda tinha para abrir na caixa de
entrada e desligo o notebook , coloco o notebook na pasta e guardo dentro do
cofre, esse feriado seria para descansar ao lado de Madalena.
- Miguel? - Escuto a sua doce voz pelos corredores e quando abro a porta
do escritório para sair , eu dou de cara com ela. Ela abre um sorriso. - Estou
pronta.
- Você está linda. - Eu sorrio beijando os seus lábios e passa a mão pela
sua barriga - O próximo natal e ano novo vamos ser nós três.
- Você já imaginou que loucura\, em menos de três meses vamos ser pais. -
Ela me olha emocionado. - Nossa pequena Maria vai está com a gente.
- O nosso presente - Eu sorrio para ela - Agora vamos? Minha mãe já ligou
ansiosa.
- Eu imagino\, dona Rute sempre sonha com esses natais em família\, todos os
anos.
- Minha mãe gosta de ter a família reunida. - ela se abaixa para pegar a
mala. - Pode deixar que eu pego, vai entrando no carro que eu levo.
- Ok. - Ela abre um sorriso e vai em direção ao carro.
Eu pego às malas , aperto o botão na chave para abrir o porta mala e
coloco as malas dentro do carro. Pelo porta mala eu vejo Madalena passando o
batom em seus lábios se olhando no espelho da proteção de sol do carro, ela
abre o sorriso mais lindo e doce que eu já vi na minha vida quando me vê
olhando para ela.
- É melhor a gente ir. - Ela diz irônica e rindo\, eu sorrio para ela e
fecho o porta mala.
Entro dentro do carro e começo a dirigir, Madalena coloca uma música.
- Você terminou oque tinha para fazer da empresa? - Ela pergunta.
- Sim\, consegui adiantar tudo. Nem estou levando o notebook\, o feriado
será nosso.
- Eu nem acredito\, estou cansada de ter que dividir você com a empresa.
- Eu sou o presidente \, não posso parar.
- Deveria ser ao contrário\, né? - Ela franzi os olhos e eu começo a rir.
- Você ainda fica mais linda irritada\, sabia? - Ela balança a cabeça em
sinal de negação e abre o cinto. - Não abre o cinto. - Eu falo preocupado.
-É rápido, é que a nossa menina mexeu. - Ela diz e eu tiro a mão do
volante e coloco em sua cabeça e sinto ela mexer. E olho para ela rapidamente.
- Miguel - Madalena olha para frente apavorada - Miguel - Ela grita e eu olho
para frente vendo um carro na contramão.
Eu tiro o carro para o lado para não bater de frente , mas o carro pega no
meio fio.
- Miguel. - Madalena diz desesperada e o carro desce o barranco com tudo e
eu tentava puxar algum freio mas era impossível, Ele descia muito rápido. Ele
bate em uma pedra e capota três vezes
Eu bato a minha cabeça contra a porta e o airbag do carro funciona depois
apenas, eu passo a mão pelo meu rosto e tinha sangue. Meio tonto eu olho para
Madalena que estava desmaiada e sangrava muito.
- Madalena - Eu bato em sua mão\, mas ela não me respondia. - Madalena - Eu
começo a ficar desesperado. - Madalena fala comigo - Eu grito e ela não me
respondia. Eu tento me mexer mas era impossível. - Madalena fala comigo, não
faz isso, Madalena. - Eu grito e grito e nada adiantava.
Madalena não me responde.
Alguns meses depois...
- Mais um por favor - Eu peço para o garçom e Pedro se aproxima da minha
mesa.
- Não consigo acreditar que você está bebendo de novo. - Ele diz - Olha o
jeito que está a sua vida. - Eu o encaro.
- A minha vida não tem mais sentido. A culpa foi minha \, por culpa minha
Madalena morreu.- Eu falo para ele.
- Você acha que era isso que Madalena ia querer? - Pedro fala me encarando
- Você se acabando na bebida ? - ele me olha.- Você precisa dar um novo sentido
para sua vida.
- A minha vida toda girava em torno de Madalena. - Eu falo para ele.
- Você precisa sair desse buraco que você mesmo se enfiou. Você já viu o
estado que está a empresa ? - Ele me olha . - O estado que você está?
Eu encaro Pedro e ele tinha razão. Madalena foi o grande amor da minha
vida , mas não era isso que ela iria querer para minha vida. Não era dessa
forma que ela iria querer me ver.
- Vem eu te ajudo ir para casa - Pedro fala estendendo à mão para mim. -
Vamos sair desse lugar. - Eu largo o copo de bebida e abaixo à cabeça.
Cap 02
3 anos depois...
Miguel narrando
Eu me apeguei em algumas coisas depois da morte da Madalena. E uma delas
era a corrida de motos, aqui no kartódromo correndo em cima de uma moto eu
esquecia do mundo lá fora.
Pedro foi essencial para me ajudar à sair do fundo do poço, se não fosse
ele eu tinha me afundado seriamente na bebida. Eu também me dediquei à empresa
da família e agora estou começando a colocar ela no mercado estrangeiro.
Não iria demorar muito para a Ferrari Tec.LTDA ser conhecida no mundo
todo.
- Já disse que você deveria competir - Pedro fala.- tá correndo de mais
cara.
- Não faço isso para competir - Eu respondo para ele que me entrega
uma garrafa da água.
- Mas deveria. - Ele fala me olhando. - Opinião de técnico e de melhor
amigo.
- Quem sabe um dia eu penso nessa possibilidade. - Ele começa à rir e
balança a cabeça em sinal de negação.
- Renata quer fazer um jantar. - Ele fala.
- Para eu conhecer outra amiga dela?esquece. Uma pior que à outra - Ele
começa à rir. - Já não pasta a última doida lá, Como era o nome?
- Marcela. - Ele diz rindo.
- Sim\, essa mesmo. Louca de pedra. - Eu respondo.
- Os problemas não são às mulheres e sim você\, que procura em todas uma
Madalena. - ele fala e eu o encaro. - Estou mentindo? - Eu respiro fundo.
- Preciso ir para o serviço. Eu perdi uma negociação com os holandeses e
sabe porque ? - Eu pergunto.
- Porque eles não negociam com presidentes solteiros?- Ele fala rindo.
- Sim. - Eu falo para ele.- Você tem noção nesse absurdo?
- Mais um motivo para você ir no jantar. A amiga que ela quer apresentar é
muito diferente de todas às outras. - Pedro fala me olhando.
- Porque devo acreditar nisso? - Eu
pergunto para ele.
- Porque eu estou te garantindo isso. O
nome dela é Yasmin - Eu olho para ele. - A mulher perfeita para o presidente da
empresa.
- Esquece - Eu falo para ele - Não vou
casar por contrato como você me sugeriu. Ainda mais com uma das amigas da
Renata.
- Renata nem imagina essa possibilidade. -
Ele diz me olhando.
- Vou para a empresa \, tenho muita coisa para fazer por lá. - Ele assente.
- Até amanhã para o treino.
Eu sei que o fato de não ser casado era mal visto por alguns dos nossos
clientes e até mesmo os sócios da empresa, mas eu não conseguia achar alguém
que eu decidisse dividir à minha vida com aquela pessoa.
(...)
Assim que saio do elevador no andar do meu escritório, Alana me encara com
um olhar meio assustado.
- Bom dia senhor Miguel - Alana diz\,ela era à minha secretaria e também um
rolo.
- Bom dia Alana.- Eu falo parando em sua frente.- Aconteceu algo?
- Seu pai está no seu escritório.- Ela diz e eu suspiro. - Ficou me
perguntando sobre uma negociação mas disse que não sabia de nada.
- Ele está no Brasil. - Eu
suspiro. - Tenho certeza que quem entrou em contato com ele foi meu tio
Alberto.
- Não consegui impedir ele
de entrar no esceitorio. - Ela diz me olhando.
- Quem impede o seu José de
fazer algo? - Eu falo para ela. - Obrigado, irei falar com ele.
Passo por Alana que abre um
sorriso leve e entroesceitorio vendo meu pai sentado na minha mesa mexendo em
alguns papéis.
- Não achei que iria vir
para O Brasil tão cedo - Eu falo olhando para ele.
- Iria vir apenas para o
Natal, daqui alguns meses - Ele me olha - Mas parece que a gente tem um
problema por aqui.
- Alberto já foi te
procurar ? - Eu pergunto - Engraçado que quando uma negociação apenas falha,
todas às outras que renderam milhões se apaga da memória dele e de todos.
- Os holandeses meus filhos
são muito importante para nossa empresa , se a gente fechar negócio com
eles , a Ferreira Tec entra no mercado estrangeiro. - Ele me diz.
- Oque devo fazer então?
Porque já fiz tudo que tinha ao meu alcance. Eu não posso fazer nada se eles
estão julgando a minha capacidade de dirigir uma empresa e de negociar com eles
porque meu estado civil é solteiro. - Eu falo para ele.
- Aí que está\, o seu TIO
Alberto convenceu os outros sócios da empresa que se você não tiver casado até
a data dos holandeses virem para o Brasil - Ele me olha e suspira. - Eles
querem que você seja substituído.
- Como é que é? - Eu
pergunto para ele.
- Na verdade eles já
queriam uma votação essa semana mesmo, e acredite o candidato para te
substituir é seu primo Willian, casado, pai e sua esposa esperando o segundo
filho.- Olho para o meu pai com ódio. - Eu consegui convencer eles à te dar um
tempo, você sempre está com seus rolos tenho certeza que você consegue arrumar
uma noiva até as festas de final do ano.
- Isso é um absurdo.- Eu
falo nervoso. - Eu fiz tudo por essa empresa meu pai, eu coloquei essa empresa
no mapa novamente , e aí vem dizer que vou ser substituído porque eu sou
solteiro por aquele merda do Willian?
- Desculpa meu filho\, mas
não posso fazer nada , foi uma votação. Eu e sua mãe também concordamos que você
tem que dar um rumo para sua vida , você não se faz presente em mais nada , a
gente mal consegue ver você. - Ele me olha.
- Isso é um absurdo.- Eu
grito dando um soco na mesa.
- Não podemos perder mais
negociações. É isso ou você perde tudo - Ele me olha - Arrume uma noiva até o
final do ano ou se despeça da presidência da Ferreira Tec. - Ele me encara
sério e eu olho para ele com raiva.
Eu não conseguia acreditar
que ele está me ameaçando depois de tudo que eu fiz pela empresa, eu tirei essa
empresa da lama e levantei o nível dela lá em cima, era muita sacanagem tudo
isso, muita mesmo. Eu estava inconformado com tantas ameaças vindo do meu pai.
Ser substituido por WIllian? Aquele cara não sabia nem fazer conta direito,
imagina tocar uma empresa no nível que era a Ferrari.Tec.
- O que o senhor está
fazendo é um absurdo - eu falo para ele que me encara.
- Estou pensando nos
negocios - ele fala.
-Não - eu respondo - você
está pensando em si mesmo apenas. - ele me olha. - Coloque Willian no meu lugar
e veja a empresa afundar de vez, é isso mesmo que o senhor quer?
- Arrume uma noiva Miguel -
ele fala antes de entrar no elevador. - É uma coisa simples para você - ele
entra no elevador e eu respiro fundo.
Cap 03
Yasmin narrando
- Esse café está frio. -
Uma moça com o cabelo escovado, uma maquiagem perfeita e um perfume doce, fala
me olhando com uma cara de poucos amigos. - Será que você pode trocar? - Ela
continua me olhando com um pouco de ódio em seu olhar.
- É claro que sim. - Eu
falo abrindo o meu mais belo sorriso e pego o copo de isopor da sua mão, jogo
fora na lixeira e refaço o café o mais quente possível. - Aqui está.
- Obrigada. - Ela fala
pegando o café. - Está um pouco quente.
- Infelizmente\, só existe
café quente ou frio. - Ela me olha e franzi os olhos. - Tenha um ótimo
dia,obrigada por escolher a cafeteria Doce café. - Me viro para atender o
próximo cliente.
Eu fecho os olhos e só
conseguia pensar nas contas para
- Olá. - Renata fala
sorrindo assim que chega para pedir seu café.
- Bom dia. Oque vamos hoje?
Um café com leite com um pouco de raspa de chocolate?
- Você sabe como eu gosto.
Você me entende. - Ela sorri.
- Não é atoa que somos
amigas à tanto tempo.
- E vamos continuar sendo
para sempre. - Eu entrego o seu café.
- Pedro não está com você
hoje? Que milagre, ele largou a noiva sozinha. - Ela se afasta um pouco para o
lado para não atrapalhar se por acaso entrar clientes. Eu me aproximo e fico na
sua frente no outro lado do balcão.
- Ele foi falar com Miguel\,
aquele amigo dele sabe ? Que às vezes a gente comenta com você.
- Aquele que perdeu à
esposa grávida, alguns anos atrás?
- Noiva. - Ela me corrige.
- Sim\, ele mesmo. Falando nisso\, eu queria te fazer um convite.
- Um convite? - Eu pergunto
para ela. - Se é para eu sair com vocês para conhecer esse Miguel, desiste.
Você sabe que não tenho cabeça para encontros.
- Você precisa sair Yasmin\,
você só ficou com uma pessoa sua vida toda e foi o dono desscafeteria que
mentiu para você dizendo que era solteiro e tinha uma noiva e que agora está
casado e fica te assombrando.
- Eu e Daniel não temos
nada. - Eu falo olhando para ela. - Esquece isso, eu passo o dia trabalhando e
depois faculdade. Nem tenho tempo para pensar em sair.
- Sexta você não tem
faculdade, eu sei. Você me deve um favor, lembra? - Eu olho com ela com cara de
tédio.
- Você quer me jogar para
cima dele, eu não vou admitir isso. - Eu falo para ela que começa sair.
- Vamos sair\, você precisa
sair. Olha, eu pago tudo , você nem precisa se preocupar com gasto. Você é
linda, maravilhosa, não consigo achar normal você aqui sem ter ninguém.
- Eu não tenho necessidade
disso, não agora. A minha vida já é bem agitada.
- Fazendo café atrás desse
balcão e aguentando as reclamações? - Ela suspira. - Um único dia, um único
jantar e nada mais. Vai ter mais gente , eu prometo que não vai ser um encontro
de casais, eu juro. - Ela começa a piscar os olhos.
- Tudo Bem. - Eu falo para
ela. - Mas espero que você não me meta em furada. - Ela comemora.
- Você precisa ter outras
relações também, você só transou só com o Daniel e pelo oque você disse ele tem
pau pequeno, então você precisa ter novas descobertas na cama - Ela fala e eu
encaro ela.
- Cala boca Renata.-Eu falo
para ela que começa a rir.
- Um café\, por favor - A
voz de um homem conhecida ao meu lado soa, eu encaro ele e ele abre um pequeno
sorriso e eu quase tenho um infarto.
- Passado ou expresso? - Eu
pergunto para ele.
- Passado e puro - Ele fala
me olhando bem sério e eu desvio o meu olhar.
- Eu passo na sexta na sua
casa. - Renata fala e eu assinto e ela vai em direção à saída.
- Muito bonita a sua amiga
dona Yasmin Souza - Ele fala me olhando.
- Deixa ela em paz. Oque
você está fazendo aqui Reni? - Eu pergunto para ele.
- Eu quero lembrar para
você que sua parcela está vencendo - Ele diz.
- Ainda tem alguns dias e
no dia eu vou ter o seu dinheiro, não se preocupa. - Eu falo entregando seu
café. - Não tem necessidade de você vir no meu emprego.
- Cortesia da casa o café.
- Ele diz tomando o café e saindo. Eu fecho os olhos e respiro fundo.
Maldita hora que eu fui
pegar dinheiro emprestado com esse agiota de merda , mas oque eu ia fazer ? Meu
pai está doente, oque ele e minha mãe ganha de aposentadoria não cobre todas às
despesas. Eu me matava nessa cidade para conseguir me manter com todas às
despesas que eu tinha.
E agora isso, eu tinha um
agiota no meu pé , o tempo todo.
Eu limpo ás lagrimas que
desce pelo meu rosto, eu só queria uma vez na vida fazer ás coisas certa, mas
parece que cada vez que eu tento melhorar ás coisas, elas pioram. Eu pensei que
conseguiria juntar o dinheiro do agiota para pagar ele mas percebi que jamais
iria conseguir essa grana toda e cada dia que passa só aumenta ainda mais os
juros.
Daniel me olha de canto de
olho e eu passo uma água em meu rosto e ele se aproxima de mim.
- Está com problemas? - ele
pergunta - Quem era aquele cara?
-Não era ninguem - eu falo
para ele.
-E porque você está
chorando? - ele pergunta.
-Eu já falei que não era
ninguem - eu falo para ele - foi apenas a falta dos meus pais,me desculpe. Você
não irá ver mais sua funcionaria chorar - ele me encara e eu sorrio fraco
voltando para o balcão.
Ele fica ali parado me
encarando e eu tento disfarçar todo o meu nervosismo, era algo impossivel. Só
um milagre poderia acontecer para eu me livrar de Reni ou ganhar na loteria.
Mas como iria ganhar na
loteria se eu nem jogo?
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Comments
Dayane Ka
eu todo final de ano querendo ganhar a mega da virada sem jogar
2024-02-21
1
Cristiane-10 oliveira
lendo em plena madrugada e ja gostando dos dois capítulos! 27/12/23
2023-12-27
3
Lucia Carla
quero ver os personagens
2023-12-04
2