Miguel narrando
Entramos dentro do
restaurante e ela segue com os seus olhos por todo ele, sei que ela tinha
esperança deles está aqui,mas eu já sabia que não iriam aparecer, tudo isso era
um plano deles para que a gente se conhecesse. De alguma forma e por algum
motivo na cabeça deles , eles acreditavam que a gente poderia dar certo. Ela
não era uma menina feia, era bonita, elegante e educada, mas estava tremendo de
mais e ficou toda sem graça quando me viu.
- Eles não vão vir - Ela
diz sorrindo. - Eles nos enganaram - eu sorrio para ela.
- Não vão mesmo.- Eu falo
para ela. - Você aceita tomar uma taça de vinho comigo?
- Sim\, aceito. - Ela diz
sorrindo.
- Suave ou seco? - Eu
pergunto.
- Suave. - Ela responde.
- Assim como você. - Eu
falo e ela me encara com um sorriso de leve. Eu ainda sabia conquistar uma
mulher, isso era bom.
Eu peço as nossas taças de
vinhos e também a gente faz o pedido dos nossos pratos.
- Então você é do interior
de São Paulo? - Eu pergunto para ela que assente com a cabeça. - Oque veio
fazer no Rio de Janeiro?
- Estudar\, eu curso direito
na UFRJ. - Ela responde. - Faz dois anos que estou aqui.
- Os seus pais não são
daqui? - Ela nega. - Deve ser ruim ficar longe delas - ela assente com á
cabeaça.
- Não\, eu sou sozinha aqui.
Não falo completamente porque tenho a Renata. Mas - Ela diz sorrindo e levando
a taça de vinho até sua boca , eu encaro ela bebendo o vinho delicadamente e
prendo meus olhos em sua boca. - E você? Já falei tanto de mim.
- Não tenho muita coisa
para falar de mim, eu dirijo à empresa do meu pai, prático corridas de motos
três vezes por semana e corro na praia todos os dias bem cedo, um pouco pacata
à minha vida. - Eu falo para ela que sorri.
- Duvido que seja tão fácil
assim dirigir uma empresa do tamanho da sua - Ela diz me olhando. - Deve ter
problemas o tempo todo.
- Tem sim - Eu falo para
ela - Você não imagina o quanto, preciso matar um leão por dia.
- Nem quero - Ela diz bem
sincera e rindo. - Prefiro ter carteira assinada e ganhar meu salário apenas
exercendo a minha função. - ela sorri.
- E você trabalha com a
Renata? - Eu pergunto para ela.
- Quem me dera - Eu falo -
Na verdade acho que não daria muito certo trabalhar em uma galeria de arte ,
não sou nada delicada e nãos ei nada sobre arte, sou péssima nisso. - Eu sorrio
com a sua observação. - Eu trabalho em uma cafeteria na mesma rua da sua
empresa.
- Cafeteria Dolce ? - Eu
pergunto lembrando que a cafeteria era da minha prima e seu marido.
- Sim\, Essa mesmo. - Ela
pergunta me olhando. - Vários funcionários vão lá, Mas nunca vi você por lá.
- Não me dou bem com o dono
de lá, é o Daniel ainda? - Eu pergunto.
- É sim - Ela diz arqueando
a sombrancelha. - Ele é um babaca mesmo.
- Você trabalha lá a muito
tempo? - Eu pergunto para ela.
- Dois anos já\, desde que
eu cheguei no Rio. - Ela responde.
- Luana à esposa dele é
minha prima, mas Daniel é um mala e trai ela com Deus e o mundo e só a Luana
não ver isso. - Ele diz.
- Bom\, confesso que vou ter
que concordar com você. - Ela diz me olhando. - Eu tenho pena da sua prima, ela
é muito apaixonada por ele e faz de tudo para que dê certo o casamento deles.
- É eu sei - Eu falo para
ela. -Ela é cega por ele e não vê o quanto ele é um babaca - ela assente
concordando com á minha observação.
Luana era irmã de Willian e
ambos filhos do meu tio Alberto o mesmo que está tentando me tirar da
presidência à todo custo.
Nos saimos da praia e vamos
andar na praia , eu paro para comprar uma cerveja e Yasmin pega uma água de
Coco.
- Não gosto de misturar -
Ela diz - Se não eu vou passar mal.
- Entendo. - Eu falo para
ela. - Eu não gosto muito também, mas hoje à noite está quente e pede. - Ela
sorri.
Caminhamos mais um pouco
pela praia e conversamos mais um pouco, mas Yasmin não era muito de dar
abertura.
Entramos dentro do carro
para levar ela ir embora.
- Amanhã Renata e Pedro vão
encher muito à nossa paciência para saber como foi o encontro que eles
amaram. - Eu falo para ela.
- Se já não tiver mensagem
no celular - Ela diz rindo. - Renata colocou na cabeça que preciso ter alguém
na minha vida, mas não tenho nem tempo para isso. Minha vida já é tão agitada.
- Mas você precisa ter
tempo para você também. - Eu falo para ela.
- Olha quem fala. - Ela diz
me olhando e rindo. Ela liga o celular e mostra as mensagens de Renata. -O dia
será longo para nós. - Eu falo para ela. Ela coloca o celular em cima do painel
e começa a rir.
- Nossos amigos loucos\,
arrumar par romântico para os outros eles querem. Marcar a data do casamento
eles não querem ne? - Ela diz.
- Vão ficar um enrolando o
outro para sempre. - Eu falo e ela sorri.
Estaciono o carro na frente
da sua casa.
-Obrigada pela noite - Ela
fala - Foi muito agradável.
- Eu que agradeço. - Falo
para ela que me dar tchau com um beijo no rosto. - Até mais.
- Boa noite. - Ela diz
sorrindo e a gente se encara por alguns segundos ela continua sorrindo e sai do
carro.
Eu ligo o carro e dou à
volta para ir embora, ando alguns minutos e o celular dela começa a tocar no
painel e vejo que era à Renata.
- Ela esqueceu o celular. -
Eu falo para mim mesmo.
Espero chegar em um trevo e
faço à volta e quando aproximo o carro da casa da Yasmin, Eu vejo um cara
armado ameaçando ela. Eu abaixo o vidro e começo à escutar oque ele dizia
para ela, Yasmin tremia de mais com aquele cara armado ameaçando ele, ela mal conseguia
abrir á boca para dizer uma palavra.
capítulo5
Yasmin narrando
- Boa noite - Eu falo
sorrindo para ele e a gente se encara por alguns minutos. Confesso que
ele era bem atraente , ele sorri de volta e eu me fascino em seu sorriso. Desço
do carro pensando em seu sorriso e balanço á cabeça querendo não pensar e nem
poderia.
O que eu e ele a gente tem
em comum? Bom, á não ser a solterice, o resto não tinha nada.
Eu desço do carro e ele sai
com o carro, eu paro na frente do portão procurando à minha chave na bolsa e
vejo que meu celular não está ali.
- Merda \, Miguel- Eu me
viro para chamar ele e dou de cara com Reni armado atrás de mim. - Você? - eu
encaro ele quase sem ar. Esse homem me dava medo de mais, e eu não sei o que eu
tinha na cabeça quando peguei dinheiro com ele. Sim, eu sei o que eu tinha,
medo de perder o meu pai.
- Boa noite Yasmin - Ele
fala sorrindo. - Uma bmw te buscando e te trazendo aqui?- Ele me pressiona
contra o portão. - Tá namorando com homem rico e diz que não tem como me pagar
todo o dinheiro? - Ele fala rindo - está querendo me enganar Yasmin? você acha
que eu sou otário? - eu abro a boca para falar fecho,mas abro de novo e
respondo ele.
- Eu Não estou namorando
com ninguém. O Dinheiro da parcela do mês está dentro de casa. Vou lá buscar -
Eu falo olhando para ele. - Por favor me deixe ir até lá dentro buscar - eu
tento ir mas ele segura meu braço.
- Você acha que me engana?-
Ele fala me olhando. - Eu quero o dinheiro todo - Ele coloca a arma na
minha cabeça e eu vejo o carro de Miguel se aproximando. - Anda eu quero todo o
meu dinheiro. - Eu seguro ás lagrimas.
- Você sabe que eu não
tenho todo o dinheiro.- Eu falo para ele. - Eu peguei o dinheiro para ajudar na
cirurgia e no tratamento do coração do meu pai, você já está me cobrando o
triplo só com os juros. Eu não tenho como te pagar, eu já te dou tudo oque
sobra do meu dinheiro.
- Cala boca Yasmin - Ele
grita - Eu quero a porcaria do meu dinheiro. Estava fazendo oque saindo da aquele
carro? Fazendo programa. - ele ri - então você pode começar á me pagar de outro
jeito - eu balanço á cabeça rapidamente.
- Eu Não sou garota de
programa seu imundo - Eu falo para ele. - eu não sou garota de programa - eu
tento me soltar já que ele segurava meu braço.- me larga por favor - eu grito e
ele pressiona seu corpo contra o meu.
- Larga ela - Miguel fala
atrás dele e Reni se vira para ele. - Larga ela. - Ele diz olhando sério para
ele.
- Oque foi? Veio defender a
namoradinha? - Reni fala - Eu largo ela quando ela me pagar tudo oque me deve -
Eu começo a chorar vendo na merda que eu tinha me metido.
Eu só peguei dinheiro com
um agiota porque eu precisava ajudar meu pai. Só por causa disso, eu me sentia
mal, humilhada e envergonhada com toda essa situação. As lagrimas desce em meu
rosto e eu não consigo segurar elas.
- Qual é o valor total? -
Miguel pergunta para ele. - Qual é o valor total? - Ele repete se aproximando
de Miguel.
- Teu carro paga - Reni
fala para ele. - Me passa às chaves do teu carro e a dívida dela tá quitada. -
Eu arregalo os olhos para Miguel que me encara.
- Não é tudo isso. - Eu
falo para ele. - Eu não devo tudo isso á ponto de ele ter que dar o carro, por
favor eu não devo tudo - Miguel me faz gesto para me acalmar.
- Você pegou 15mil comigo\,
me pagou mil e quinhentos até agora só, em três meses. Os juros são altos - Ele
diz agora ficando de lado e sorrindo para mim - Sua dívida já está em mais de
cinquenta mil.
- A gente combinou que você
deixaria eu pagar parcelado. Eu não tenho nada com ele, não tem porque ele
entregar o carro dele. - Eu falo para ele. - Vai embora Miguel, por favor você
não tem nada haver com isso - eu falo para ele que me encara.
- Não vou deixar você
aqui. - Ele diz me olhando. - ainda mais com esse cara - ele olha para Reni.
- Então\, passa a chave do
carro - Reni fala olhando para ele. - Está tão preocupado com ela, então deixa
ela livre de qualquer divida.
- Eu vou ter três mil reais
agora - Miguel fala para ele. - E Você me encontra na minha empresa amanhã na
Ferrari Tec.ltda , sabe a Onde fica ? - Reni encara ele.
- Sei - Reni fala. - Qual é
a garantia que vou receber meu dinheiro?
- A parcela que ela vai te
dar e de quinhentos reais , Eu vou te dar três mil agora. - Ele diz - E o
restante amanhã, você vem com a dívida dela calculada.
- Miguel. - Eu falo para
ele que levanta a mão para eu ficar calma mais uma vez.
- Ok. - Reni fala - Amanhã
cedo estarei na empresa.
- Vou buscar o dinheiro no
carro -Miguel fala se virando e indo até o carro.
- Você tem sorte princesa.
- Reni fala me olhando - Muita sorte \, porque se não a sua saída seria- Eu
interrompo ele.
- Você é nojento. - Eu falo
olhando para ele. - Nojento.
capítulo6
Miguel se aproxima.
- Pega o dinheiro e nunca
mais apareça perto da Yasmin - Miguel fala para ele.
- Até amanhã chef - Reni
fala para ele e me encara - Até a próxima princesa. - Ele diz passando a mão
pelo meu rosto e Miguel pega no braço dele.
- Oque eu falei que não era
para você encostar nela? - Ele diz olhando para Reni. - Não encosta nunca mais
as suas mãos imundas .
- Por favor Miguel -Eu falo
tentando fazer que ele não brigue com Reni para não trazer problemas para ele.
- Não se preocupa não irei
encostar a mão na sua princesa - Reni fala debochado e Miguel solta ele.
Reni sobe em cima da sua
moto e sai da nossa visão.
Eu encaro Miguel em pânico
e sem saber oque falar ,oque pensar,como agir e nem como iria pagar esse
dinheiro.
- Eu Não tenho como pagar
esse valor à vista. Você não pode assumir uma dívida que não é sua. - Eu
falo para ele que se aproxima de mim.
- Tem uma forma que você
pode pagar esse valor - Ele diz me olhando e eu arregalo os olhos para você.
- Vai embora - Eu falo
empurrando ele.
- Espera - Ele levanta às
mãos em forma de redenção. - Eu te ajudo e você me ajuda - Eu encaro ele.
- Oque você está falando ?
- Eu pergunto para ele.
- Eu posso entrar ? - Ele
pergunta e eu o encaro com receio e assinto com á cabeça.
Miguel narrando
" Você precisa achar a
mulher certa mas provavelmente essa mulher só vai aceitar ser sua esposa por
contrato se ela tiver algum problema que só se resolve com dinheiro" - As
palavras de Igor ecoava na minha cabeça nesse exato momento.
Yasmin caiu de bandeja na
minha vida. Tem como ser mais certa do que ela? Alguem mais necessitada em
pagar uma divida? ela não teria como recusar e ela vai ter noção disso.
- Eu Não estou entendendo
oque você quis dizer com isso. - Ela diz me olhando. - Se não é sexo, oque é?
Deixo claro que jamais faria algo do tipo - ela diz nervosa - Você não deveria
ter se metido.
- Não tem nada haver com
sexo, só se rolar clima mesmo - Eu falo dando de ombros. - Mas, relaxa.
- Para de brincadeira. -
Ela diz brava me olhando. Ela coloca uma térmica de café com duas xícaras
na mesa. - Aceita um café?
- Puro. - Eu falo
para ela. - Se eu não tivesse voltado Yasmin, ele teria te agarrado á força -
ela me encara engolindo seco - e vai saber o que mais ele poderia fazer.
- Dizem que pessoas que
toma café puro não são gente. - Ela diz sentando na minha frente e colocando
todo açucareiro no café quase.
- Isso é nervosismo? - Eu
pergunto e ela me encara.
- Você quer que eu fique
como? Eu acabei de ser ameaçada com uma arma na minha cabeça. - Eu pergunto
para ele.- E quem vai pagar minha dívida é um completo estranho que agora está
sentado na minha mesa dizendo que eu posso ajudar ele. - Ela suspira. - Eu não
sei se eu corro ou fico nessa casa aqui com você. - eu a encaro.
-Primeiro se acalme,eu
jamais te faria mal - eu falo calmo para ela e ela me olha - Porque você
pegou essa grana toda ? - Eu pergunto. - Deixou acumular tantos juros.
- Meu pai precisava de uma
cirurgia de urgência, pelo sus demoraria meses e até anos, ele poderia não
aguentar. Eu fiquei nervosa , apreensiva e uma colega da cafeteria pega
dinheiro com o Reni e me indicou ele. Eu não pensei duas vezes. Mas não tinha
como devolver o dinheiro por inteiro, eu trabalho na cafeteria não ganho grande
coisa, pago aluguel, tantas coisas - Ela coloca as mãos na cabeça . - Eu eu -
Ela gagueja. - Posso tentar tirar um empréstimo no banco para te pagar.
- Não é preciso.-Eu falo
para ela. - Não precisa tirar um emprestimo para me pagar, podemos negociar
esse pagamento de outra forma - ela arregala os olhos.
- Essa conversa está me
dando medo. - Ela diz me olhando. - Você disse que não tinha segundas intenções
- ela lembra\,
- Se acalma. - Eu falo para
ela tranquilo e ela me olha ainda mais assustada. - eu sorrio.
- Anda fala de uma vez -
Ela diz mais ansiosa do que nervosa.
- Você não precisa devolver
à quantia que vou pagar para o Reni se você assinar um contrato comigo. - Ela
ergue o olhar e me olha confusa.
- Que tipo de contrato? -
Ela pergunta.
- Por ser solteiro\,
clientes holandeses muito importante para empresa não quiseram negociar com à
Ferrari Tec, eu ainda acho que isso é uma armação do meu tio que também é sócio
da empresa. Então meu pai,meu tio e outros sócios menores se juntaram e me
deram uma condição está casado ou noivo até o final do ano, se não, O meu primo
que nunca fez nada na vida , sempre ganhou tudo nas mãos vai assumir à empresa
por ser casado. E eu que batalhei para tirar à empresa da falência vou perder o
cargo de presidente dela. - Ela paralisa me encarando.- Preciso achar uma
mulher que finge ser minha noiva , case comigo através de um contrato, e
precisa ser à mulher certa, inteligente , educada , cativante e bonita. - Eu
encaro ela.
- Que absurdo. - Ela diz
tentando assimilar tudo. - Espera, deixa eu ver se eu entendi. Você quer que eu
ajude você à arrumar alguém com essas qualidades para ser sua esposa?
Difícil. Eu não conheço ninguém Miguel, não vou conseguir te ajudar - Ela
diz nervosa.
- Não. - Eu digo sorrindo
para ela.- Você não entendeu - Ela me olha assustada. - Eu quero que você
seja a minha noiva por contrato. - Ela abre a boca e fecha, engole seco e me
olha.
capítulo7
Yasmin narrando
Eu olho para ele sem
acreditar na suas palavras. Era um tamanho absurdo.
- Você só pode está
drogado, é o vinho - Eu falo apontando para ele e levanto. - O vinho está
fazendo efeito, você misturou com cerveja e você deve ter ficado meio louco das
ideias. - Ele me olha e nega com a cabeça e eu tiro as duas xícaras da mesa e
coloco até a pia, minha mão tremia toda e eu não sei se eu jogava a xicara nele
ou o café quente.
- Estou muito sã Yasmin. -
Ele diz - Estou desesperado e preciso arrumar alguém, você é perfeita - Ele
fala se levantando - Olha, você é bonita , meiga , cativante ,
inteligente, esforçada. Minha mãe iria te amar e qualquer outra pessoa também,
você pode me ajudar assim como eu posso te ajudar também - eu olho para ele
pegando o bule do café na mão , mais uma palavra erra dele eu jogava o café
quente nele.
- Isso foi armado\, não foi?
Renata e Pedro armaram isso com você . - Eu falo para ele. - Isso tudo foi uma
armação? Espera - eu encaro ele - Você está acumunado com Reni? - ele nega
rapidamente com a cabeça e eu ainda seguro o bule na mão.
Eu jogaria café quente nele
para me defender.
- Não\, eles nem imaginam
que eu estou te pedindo isso. Eu não ia pedir , eu juro. Mas quando voltei e vi
o agiota te ameaçando. Eu também não posso pagar cinquenta mil em uma dívida
sua de graça. Eu te ajudo e você me ajuda. - Ele diz e eu ando até a
porta e abro ela e ainda segurava o bule na mão.
- Vai embora - Eu falo para
ele. - Isso é muita loucura , um absurdo. Você é completamente
louco. Você quer enganar todos à sua volta? Enganar à sua família?
- Você não entende - Ele
diz parando na minha frente e me olhando. - Oque estão fazendo comigo é um
golpe, eles vão me tirar da presidência da empresa que eu reergui. Estou
desesperado, eu não posso perder o cargo de presidente.
- Isso é loucura. Você está
louco - Eu falo olhando em seus olhos. - Você é completamente maluco, agora eu
entendo porque seu pai quer te tirar da presidencia da empresa, você é louco -
eu digo com o bule na mão e virando o café no chão - era para jogar esse café
em você e não no chão - eu digo nervosa.
-Porque agir com violência?
- ele pergunta com um sorriso no rosto.
-Porque você é louco - eu
falo para ele - louco de pedra, maluco, sei lá o que mais posso te chamar - eu
digo nervosa.
- Olha só\, eu posso te dar
muito mais que cinquenta mil, é só você me pedir - Ele diz me olhando.
- Eu não sou interesseira
, eu trabalho para conseguir às minhas coisas , tudo oque eu tenho eu consegui
com muito esforço. Você está me ofendendo. - Eu falo para ele.
- Tudo bem - Ele diz
me olhando. - Mas amanhã quando o Reni bater na sua porta te cobrando o dinheiro
você vai dizer oque? - Eu engulo seco. - Vai dizer que o maluco não vai pagar?
Você precisa de mim e eu de você.
- Vai embora - Eu falo
apontando para rua - Agora.
- Se o seu pai precisou de
uma cirurgia é porque ele está bem doente - Ele olha em meus olhos. - Eu
proporciono todo o tratamento dele, se precisar ir para fora do país ele vai,
os remédios mais caro eu pago, tudo isso em contrato para você apenas fingir
ser minha noiva e nada mais.
- Você não está falando
sério. - Eu falo para ele.
- Eu trago seus pais para
cá, dou uma casa para você morar com eles. Eu faço oque você quiser - Ele diz
me olhando. - Mas aceita ser a minha noiva por contrato. - Eu fecho os olhos
tentando pensar , raciocinar em algo. - Eu te dou até amanhã de meio dia para
pensar. Você sabe à onde me encontrar. - Ele diz passando por mim e fechando o
portão.
Ele entra no carro e sai ,
eu fecho e tranco à porta.
Eu sento no sofá e começo a
chorar de nervoso, eu ainda estou com a cena de que Reni aponta à arma para
mim, na minha cabeça. Eu fecho os olhos e ela vêm na minha mente.
(..)
Eu acordo quando o
despertador toca e era 6h da manhã, vejo que dormi no sofá mesmo. Acordo com
dor no pescoço e nas costas pelo mal jeito que eu dormi.
Esse sofá era horrível.
Eu ainda não sei oque eu
iria fazer , tinha várias mensagens de Renata no meu celular e eu deixo de lado
para responder depois. Como ritual de todo dia eu pego e ligo para minha mãe.
- Oi mãe. - Eu falo assim
que ela atende.
- Bom dia filha. - Ela diz
.
- Como vocês estão? O
papai? - Eu pergunto para ela.
- Eu estou indo fazer uma
faxina para conseguir juntar um pouco mais de dinheiro, seu pai vai ter que
fazer uns exames à mais. - Ela diz - Não sei se vou dar conta de pagar tudo
sozinha. Tentei pelo sus mas como à cirurgia foi particular , não conseguimos
fazer pelo sus mais.
- Mas é exame do que? - Eu
pergunto.
- Para ver como está o
coração do seu pai após a cirurgia e porque o médico está suspirando de um
câncer de estômago. - Meu chão se abre.
- Eu vou ajudar à senhora.
- Eu falo para ela.- irei mandar dinheiro hoje mesmo.
- Você não vai ficar sem? -
Ela pergunta.-Eu não quero que você passe trabalho por nossa causa, eu vou
dobrar minhas faxinas - Eu interrompo ela.
- fica tranquila - Eu falo
para ela. - Graças a Deus esse mês sobrou um pouco mais. Eu amo vocês e não
custa nada ajudar, vocês sempre fizeram tudo por mim.
- Obrigada meu amor. - Ela
diz no telefone.
Depois de desligar à
ligação, eu fecho os olhos e só conseguia pensar em uma única saída.
Saber se ele está falando
mesmo à verdade.
- Como posso ajudar? - Uma
mulher de cabelos longos pretos e alta pergunta atrás de uma mesa.
- Eu preciso falar com
Miguel Ferrari, diz para ele que é Yasmin Souza , ele sabe do que se trata -
Ela me olha com uma cara de tédio.
- Só um segundo. - Ela diz
caminhando e entrando por uma porta , logo ela volta - Ele mandou a senhorita
entrar. - Eu sorrio para ela.
- Obrigada. - Passo por ela
e entro pela porta dando de cara com ele sentado na mesa. - Eu assino o
contrato se você cumprir com oque você disse ontem, em bancar toda o tratamento
do meu pai do começo ao fim, sem contar moedas - Eu termino de falar antes
mesmo de chegar na frente dele na mesa , Ele me encara pensativo. - Por favor ,
eu preciso assinar esse contrato e não é por você e nem por mim,é pelo meu pai
- ele me olha ainda sem dizer nada - Por favor diga alguma coisa.
Abre a gaveta e puxa uma
pasta preta e abre ela , revelando alguns papéis.
- É só escolher qual
contrato fica melhor para você e assinar - Ele diz e eu encaro os papéis e
encaro ele - Essa caneta é melhor. - Ele tira a caneta da mesma gaveta e coloca
em cima dos papéis. - E coloquei uma clausula extra , a onde é proibido jogar
café quente em mim - eu o encaro arqueando a sombrancelha.
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Comments
Adriane Alvarenga
🤣🤣🤣🤣🤣🤣 estou gostando da história....❤❤❤❤❤
2025-01-04
0
Cleane Lima Do Nascimento
kkkkk
2024-03-05
0
Cristiane-10 oliveira
Kkklkkk eu estou adorando e gostei da cláusula extra de não joga café nele !/Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm//Facepalm/
2023-12-27
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