Cap 01
24 de dezembro de 2016
Miguel narrando
Madalena está no banho e eu estou sentado no escritório resolvendo algumas
coisas da empresa, meu telefone toca e era à minha mãe.
- Oi mãe. - Eu falo assim que eu atendo.
- Vocês vão vir? Porque já é 12h \, até vocês chegarem aqui na fazenda vai
no mínimo umas 4h.
- Madalena está no banho\, ela ficando pronta estamos saindo de casa.
- Tá bom\, me avisa assim que sair e por favor não se atrase \, vai está
toda a família aqui.
- Pode deixar\, vamos chegar antes da meia noite \, um pouco antes. - Eu
começo a rir e sinto seu resmungo no outro lado da linha.
- Não brinque com isso\, quero você bem antes aqui.
- Até daqui a pouco mãe.
- Espero. - Ela desliga a chamada.
Eu respondo os últimos email que eu ainda tinha para abrir na caixa de
entrada e desligo o notebook , coloco o notebook na pasta e guardo dentro do
cofre, esse feriado seria para descansar ao lado de Madalena.
- Miguel? - Escuto a sua doce voz pelos corredores e quando abro a porta
do escritório para sair , eu dou de cara com ela. Ela abre um sorriso. - Estou
pronta.
- Você está linda. - Eu sorrio beijando os seus lábios e passa a mão pela
sua barriga - O próximo natal e ano novo vamos ser nós três.
- Você já imaginou que loucura\, em menos de três meses vamos ser pais. -
Ela me olha emocionado. - Nossa pequena Maria vai está com a gente.
- O nosso presente - Eu sorrio para ela - Agora vamos? Minha mãe já ligou
ansiosa.
- Eu imagino\, dona Rute sempre sonha com esses natais em família\, todos os
anos.
- Minha mãe gosta de ter a família reunida. - ela se abaixa para pegar a
mala. - Pode deixar que eu pego, vai entrando no carro que eu levo.
- Ok. - Ela abre um sorriso e vai em direção ao carro.
Eu pego às malas , aperto o botão na chave para abrir o porta mala e
coloco as malas dentro do carro. Pelo porta mala eu vejo Madalena passando o
batom em seus lábios se olhando no espelho da proteção de sol do carro, ela
abre o sorriso mais lindo e doce que eu já vi na minha vida quando me vê
olhando para ela.
- É melhor a gente ir. - Ela diz irônica e rindo\, eu sorrio para ela e
fecho o porta mala.
Entro dentro do carro e começo a dirigir, Madalena coloca uma música.
- Você terminou oque tinha para fazer da empresa? - Ela pergunta.
- Sim\, consegui adiantar tudo. Nem estou levando o notebook\, o feriado
será nosso.
- Eu nem acredito\, estou cansada de ter que dividir você com a empresa.
- Eu sou o presidente \, não posso parar.
- Deveria ser ao contrário\, né? - Ela franzi os olhos e eu começo a rir.
- Você ainda fica mais linda irritada\, sabia? - Ela balança a cabeça em
sinal de negação e abre o cinto. - Não abre o cinto. - Eu falo preocupado.
-É rápido, é que a nossa menina mexeu. - Ela diz e eu tiro a mão do
volante e coloco em sua cabeça e sinto ela mexer. E olho para ela rapidamente.
- Miguel - Madalena olha para frente apavorada - Miguel - Ela grita e eu olho
para frente vendo um carro na contramão.
Eu tiro o carro para o lado para não bater de frente , mas o carro pega no
meio fio.
- Miguel. - Madalena diz desesperada e o carro desce o barranco com tudo e
eu tentava puxar algum freio mas era impossível, Ele descia muito rápido. Ele
bate em uma pedra e capota três vezes
Eu bato a minha cabeça contra a porta e o airbag do carro funciona depois
apenas, eu passo a mão pelo meu rosto e tinha sangue. Meio tonto eu olho para
Madalena que estava desmaiada e sangrava muito.
- Madalena - Eu bato em sua mão\, mas ela não me respondia. - Madalena - Eu
começo a ficar desesperado. - Madalena fala comigo - Eu grito e ela não me
respondia. Eu tento me mexer mas era impossível. - Madalena fala comigo, não
faz isso, Madalena. - Eu grito e grito e nada adiantava.
Madalena não me responde.
Alguns meses depois...
- Mais um por favor - Eu peço para o garçom e Pedro se aproxima da minha
mesa.
- Não consigo acreditar que você está bebendo de novo. - Ele diz - Olha o
jeito que está a sua vida. - Eu o encaro.
- A minha vida não tem mais sentido. A culpa foi minha \, por culpa minha
Madalena morreu.- Eu falo para ele.
- Você acha que era isso que Madalena ia querer? - Pedro fala me encarando
- Você se acabando na bebida ? - ele me olha.- Você precisa dar um novo sentido
para sua vida.
- A minha vida toda girava em torno de Madalena. - Eu falo para ele.
- Você precisa sair desse buraco que você mesmo se enfiou. Você já viu o
estado que está a empresa ? - Ele me olha . - O estado que você está?
Eu encaro Pedro e ele tinha razão. Madalena foi o grande amor da minha
vida , mas não era isso que ela iria querer para minha vida. Não era dessa
forma que ela iria querer me ver.
- Vem eu te ajudo ir para casa - Pedro fala estendendo à mão para mim. -
Vamos sair desse lugar. - Eu largo o copo de bebida e abaixo à cabeça.
Cap 02
3 anos depois...
Miguel narrando
Eu me apeguei em algumas coisas depois da morte da Madalena. E uma delas
era a corrida de motos, aqui no kartódromo correndo em cima de uma moto eu
esquecia do mundo lá fora.
Pedro foi essencial para me ajudar à sair do fundo do poço, se não fosse
ele eu tinha me afundado seriamente na bebida. Eu também me dediquei à empresa
da família e agora estou começando a colocar ela no mercado estrangeiro.
Não iria demorar muito para a Ferrari Tec.LTDA ser conhecida no mundo
todo.
- Já disse que você deveria competir - Pedro fala.- tá correndo de mais
cara.
- Não faço isso para competir - Eu respondo para ele que me entrega
uma garrafa da água.
- Mas deveria. - Ele fala me olhando. - Opinião de técnico e de melhor
amigo.
- Quem sabe um dia eu penso nessa possibilidade. - Ele começa à rir e
balança a cabeça em sinal de negação.
- Renata quer fazer um jantar. - Ele fala.
- Para eu conhecer outra amiga dela?esquece. Uma pior que à outra - Ele
começa à rir. - Já não pasta a última doida lá, Como era o nome?
- Marcela. - Ele diz rindo.
- Sim\, essa mesmo. Louca de pedra. - Eu respondo.
- Os problemas não são às mulheres e sim você\, que procura em todas uma
Madalena. - ele fala e eu o encaro. - Estou mentindo? - Eu respiro fundo.
- Preciso ir para o serviço. Eu perdi uma negociação com os holandeses e
sabe porque ? - Eu pergunto.
- Porque eles não negociam com presidentes solteiros?- Ele fala rindo.
- Sim. - Eu falo para ele.- Você tem noção nesse absurdo?
- Mais um motivo para você ir no jantar. A amiga que ela quer apresentar é
muito diferente de todas às outras. - Pedro fala me olhando.
- Porque devo acreditar nisso? - Eu
pergunto para ele.
- Porque eu estou te garantindo isso. O
nome dela é Yasmin - Eu olho para ele. - A mulher perfeita para o presidente da
empresa.
- Esquece - Eu falo para ele - Não vou
casar por contrato como você me sugeriu. Ainda mais com uma das amigas da
Renata.
- Renata nem imagina essa possibilidade. -
Ele diz me olhando.
- Vou para a empresa \, tenho muita coisa para fazer por lá. - Ele assente.
- Até amanhã para o treino.
Eu sei que o fato de não ser casado era mal visto por alguns dos nossos
clientes e até mesmo os sócios da empresa, mas eu não conseguia achar alguém
que eu decidisse dividir à minha vida com aquela pessoa.
(...)
Assim que saio do elevador no andar do meu escritório, Alana me encara com
um olhar meio assustado.
- Bom dia senhor Miguel - Alana diz\,ela era à minha secretaria e também um
rolo.
- Bom dia Alana.- Eu falo parando em sua frente.- Aconteceu algo?
- Seu pai está no seu escritório.- Ela diz e eu suspiro. - Ficou me
perguntando sobre uma negociação mas disse que não sabia de nada.
- Ele está no Brasil. - Eu
suspiro. - Tenho certeza que quem entrou em contato com ele foi meu tio
Alberto.
- Não consegui impedir ele
de entrar no esceitorio. - Ela diz me olhando.
- Quem impede o seu José de
fazer algo? - Eu falo para ela. - Obrigado, irei falar com ele.
Passo por Alana que abre um
sorriso leve e entroesceitorio vendo meu pai sentado na minha mesa mexendo em
alguns papéis.
- Não achei que iria vir
para O Brasil tão cedo - Eu falo olhando para ele.
- Iria vir apenas para o
Natal, daqui alguns meses - Ele me olha - Mas parece que a gente tem um
problema por aqui.
- Alberto já foi te
procurar ? - Eu pergunto - Engraçado que quando uma negociação apenas falha,
todas às outras que renderam milhões se apaga da memória dele e de todos.
- Os holandeses meus filhos
são muito importante para nossa empresa , se a gente fechar negócio com
eles , a Ferreira Tec entra no mercado estrangeiro. - Ele me diz.
- Oque devo fazer então?
Porque já fiz tudo que tinha ao meu alcance. Eu não posso fazer nada se eles
estão julgando a minha capacidade de dirigir uma empresa e de negociar com eles
porque meu estado civil é solteiro. - Eu falo para ele.
- Aí que está\, o seu TIO
Alberto convenceu os outros sócios da empresa que se você não tiver casado até
a data dos holandeses virem para o Brasil - Ele me olha e suspira. - Eles
querem que você seja substituído.
- Como é que é? - Eu
pergunto para ele.
- Na verdade eles já
queriam uma votação essa semana mesmo, e acredite o candidato para te
substituir é seu primo Willian, casado, pai e sua esposa esperando o segundo
filho.- Olho para o meu pai com ódio. - Eu consegui convencer eles à te dar um
tempo, você sempre está com seus rolos tenho certeza que você consegue arrumar
uma noiva até as festas de final do ano.
- Isso é um absurdo.- Eu
falo nervoso. - Eu fiz tudo por essa empresa meu pai, eu coloquei essa empresa
no mapa novamente , e aí vem dizer que vou ser substituído porque eu sou
solteiro por aquele merda do Willian?
- Desculpa meu filho\, mas
não posso fazer nada , foi uma votação. Eu e sua mãe também concordamos que você
tem que dar um rumo para sua vida , você não se faz presente em mais nada , a
gente mal consegue ver você. - Ele me olha.
- Isso é um absurdo.- Eu
grito dando um soco na mesa.
- Não podemos perder mais
negociações. É isso ou você perde tudo - Ele me olha - Arrume uma noiva até o
final do ano ou se despeça da presidência da Ferreira Tec. - Ele me encara
sério e eu olho para ele com raiva.
Eu não conseguia acreditar
que ele está me ameaçando depois de tudo que eu fiz pela empresa, eu tirei essa
empresa da lama e levantei o nível dela lá em cima, era muita sacanagem tudo
isso, muita mesmo. Eu estava inconformado com tantas ameaças vindo do meu pai.
Ser substituido por WIllian? Aquele cara não sabia nem fazer conta direito,
imagina tocar uma empresa no nível que era a Ferrari.Tec.
- O que o senhor está
fazendo é um absurdo - eu falo para ele que me encara.
- Estou pensando nos
negocios - ele fala.
-Não - eu respondo - você
está pensando em si mesmo apenas. - ele me olha. - Coloque Willian no meu lugar
e veja a empresa afundar de vez, é isso mesmo que o senhor quer?
- Arrume uma noiva Miguel -
ele fala antes de entrar no elevador. - É uma coisa simples para você - ele
entra no elevador e eu respiro fundo.
Cap 03
Yasmin narrando
- Esse café está frio. -
Uma moça com o cabelo escovado, uma maquiagem perfeita e um perfume doce, fala
me olhando com uma cara de poucos amigos. - Será que você pode trocar? - Ela
continua me olhando com um pouco de ódio em seu olhar.
- É claro que sim. - Eu
falo abrindo o meu mais belo sorriso e pego o copo de isopor da sua mão, jogo
fora na lixeira e refaço o café o mais quente possível. - Aqui está.
- Obrigada. - Ela fala
pegando o café. - Está um pouco quente.
- Infelizmente\, só existe
café quente ou frio. - Ela me olha e franzi os olhos. - Tenha um ótimo
dia,obrigada por escolher a cafeteria Doce café. - Me viro para atender o
próximo cliente.
Eu fecho os olhos e só
conseguia pensar nas contas para
- Olá. - Renata fala
sorrindo assim que chega para pedir seu café.
- Bom dia. Oque vamos hoje?
Um café com leite com um pouco de raspa de chocolate?
- Você sabe como eu gosto.
Você me entende. - Ela sorri.
- Não é atoa que somos
amigas à tanto tempo.
- E vamos continuar sendo
para sempre. - Eu entrego o seu café.
- Pedro não está com você
hoje? Que milagre, ele largou a noiva sozinha. - Ela se afasta um pouco para o
lado para não atrapalhar se por acaso entrar clientes. Eu me aproximo e fico na
sua frente no outro lado do balcão.
- Ele foi falar com Miguel\,
aquele amigo dele sabe ? Que às vezes a gente comenta com você.
- Aquele que perdeu à
esposa grávida, alguns anos atrás?
- Noiva. - Ela me corrige.
- Sim\, ele mesmo. Falando nisso\, eu queria te fazer um convite.
- Um convite? - Eu pergunto
para ela. - Se é para eu sair com vocês para conhecer esse Miguel, desiste.
Você sabe que não tenho cabeça para encontros.
- Você precisa sair Yasmin\,
você só ficou com uma pessoa sua vida toda e foi o dono desscafeteria que
mentiu para você dizendo que era solteiro e tinha uma noiva e que agora está
casado e fica te assombrando.
- Eu e Daniel não temos
nada. - Eu falo olhando para ela. - Esquece isso, eu passo o dia trabalhando e
depois faculdade. Nem tenho tempo para pensar em sair.
- Sexta você não tem
faculdade, eu sei. Você me deve um favor, lembra? - Eu olho com ela com cara de
tédio.
- Você quer me jogar para
cima dele, eu não vou admitir isso. - Eu falo para ela que começa sair.
- Vamos sair\, você precisa
sair. Olha, eu pago tudo , você nem precisa se preocupar com gasto. Você é
linda, maravilhosa, não consigo achar normal você aqui sem ter ninguém.
- Eu não tenho necessidade
disso, não agora. A minha vida já é bem agitada.
- Fazendo café atrás desse
balcão e aguentando as reclamações? - Ela suspira. - Um único dia, um único
jantar e nada mais. Vai ter mais gente , eu prometo que não vai ser um encontro
de casais, eu juro. - Ela começa a piscar os olhos.
- Tudo Bem. - Eu falo para
ela. - Mas espero que você não me meta em furada. - Ela comemora.
- Você precisa ter outras
relações também, você só transou só com o Daniel e pelo oque você disse ele tem
pau pequeno, então você precisa ter novas descobertas na cama - Ela fala e eu
encaro ela.
- Cala boca Renata.-Eu falo
para ela que começa a rir.
- Um café\, por favor - A
voz de um homem conhecida ao meu lado soa, eu encaro ele e ele abre um pequeno
sorriso e eu quase tenho um infarto.
- Passado ou expresso? - Eu
pergunto para ele.
- Passado e puro - Ele fala
me olhando bem sério e eu desvio o meu olhar.
- Eu passo na sexta na sua
casa. - Renata fala e eu assinto e ela vai em direção à saída.
- Muito bonita a sua amiga
dona Yasmin Souza - Ele fala me olhando.
- Deixa ela em paz. Oque
você está fazendo aqui Reni? - Eu pergunto para ele.
- Eu quero lembrar para
você que sua parcela está vencendo - Ele diz.
- Ainda tem alguns dias e
no dia eu vou ter o seu dinheiro, não se preocupa. - Eu falo entregando seu
café. - Não tem necessidade de você vir no meu emprego.
- Cortesia da casa o café.
- Ele diz tomando o café e saindo. Eu fecho os olhos e respiro fundo.
Maldita hora que eu fui
pegar dinheiro emprestado com esse agiota de merda , mas oque eu ia fazer ? Meu
pai está doente, oque ele e minha mãe ganha de aposentadoria não cobre todas às
despesas. Eu me matava nessa cidade para conseguir me manter com todas às
despesas que eu tinha.
E agora isso, eu tinha um
agiota no meu pé , o tempo todo.
Eu limpo ás lagrimas que
desce pelo meu rosto, eu só queria uma vez na vida fazer ás coisas certa, mas
parece que cada vez que eu tento melhorar ás coisas, elas pioram. Eu pensei que
conseguiria juntar o dinheiro do agiota para pagar ele mas percebi que jamais
iria conseguir essa grana toda e cada dia que passa só aumenta ainda mais os
juros.
Daniel me olha de canto de
olho e eu passo uma água em meu rosto e ele se aproxima de mim.
- Está com problemas? - ele
pergunta - Quem era aquele cara?
-Não era ninguem - eu falo
para ele.
-E porque você está
chorando? - ele pergunta.
-Eu já falei que não era
ninguem - eu falo para ele - foi apenas a falta dos meus pais,me desculpe. Você
não irá ver mais sua funcionaria chorar - ele me encara e eu sorrio fraco
voltando para o balcão.
Ele fica ali parado me
encarando e eu tento disfarçar todo o meu nervosismo, era algo impossivel. Só
um milagre poderia acontecer para eu me livrar de Reni ou ganhar na loteria.
Mas como iria ganhar na
loteria se eu nem jogo?
Miguel narrando
Hoje era sexta feira e eu
já estou desde cedo na empresa tendo uma reunião com meu tio Alberto cujo tinha
10% da empresa e acha que por isso manda em tudo por aqui.
- O senhor quer passar por
cima de mim, agora que à empresa tem dinheiro nos cofres - Eu falo para ele.-Ai
você quer dar um golpe me tirando da presidência? - Ele me olha e começa à rir.
- Golpe? - Ele pergunta. -
Estamos perdendo uma grande negociação para empresa , milhões de reais - Eu
franzino o olho para ele - Por causa do seu estado civil, fala sério Miguel.
Você só está na presidência por causa do seu pai.
- Como é ? - Eu me
exalto e me levanto. - Eu peguei a empresa afundada em dívidas.
- Ok. Você conseguiu
reerguer algum fundo nas nossas contas bancárias, mas agora estamos prestes à
perder um lucro de milhões.- Ele diz me olhando. - Você acha justo isso?
- Tudo isso para colocar
Willian , que não faz esforço nenhum na vida. O senhor não vai conseguir fazer
isso. - Eu falo para ele.
- Posso saber porque? Por acaso
vai contratar uma noiva? Uma garota de programa? Vai apresentar à sua
secretária como sua noiva ? Aquela que você pega aqui dentro dessa sala - Ele
diz me olhando.
- Pegava - Eu falo olhando
para ele. - Eu tenho uma namorada e faz alguns meses já. Só que não queria
apresentar ainda para ninguém, por causa da minha mãe que não gosta de
ninguém.- Ele me olha. - Eu quero ver o Willian assumir o meu cargo.
- Você está blefando. - Ele
fala se levantando e me encarando. - Você está blefando.
- Não estou não. - Eu falo
para ele. - O meu cargo ninguém pega.- Ele me olha com raiva. - Agora por favor
saia da minha sala.
- Futura sala do Willian -
Ele diz me encarando e eu começo à rir na cara dele.
- Sonha - Eu falo para ele.
- Vai sonhando. - Ele me encara sério.
Ele sai da sala e eu passo
a mão na cabeça, pensando à merda que eu falei.
Eu iria apresentar quem
como minha noiva à amiga maluca da Renata chamada Marcela ? Não tinha como,
ninguém compraria que ela era à minha namorada já.
Eu precisava pensar , eu
ando de um lado para o outro dentro do escritório, quando lembro das palavras
de Pedro,arrumar uma noiva por contrato e tinha que ser à noiva perfeita.
- Você me chamou? - Igor
meu advogado pergunta.
- Sim. - Eu falo. -
Senta - Ele senta. - Você já sabe do absurdo que meu tio fez ne ? Das
condições que ele me deu junto do meu pai.
- Já. E ele saiu com raiva
de dentro da sua sala falando que você está blefando que tem uma namorada. -
Ele diz me olhando.
- Pior que eu estou por
isso preciso da sua ajuda. - Eu falo para ele.
- Que tipo de ajuda? - Igor
pergunta.
- Preciso arrumar uma
namorada por contrato, uma noiva que aceite se casar comigo e depois de um
tempo a gente se separa , Um relacionamento contratual - Eu falo e ele me
encara.
- E como vou fazer isso? -
Ele pergunta me olhando. - Vou abordar as mulheres na rua pedindo se elas vão
aceitar ? - Igor pergunta - Impossível.
- Preciso arrumar alguém\,
uma forma de encontrar a garota certa. - Eu falo para ele.
- A garota certa e ainda
com uma necessidade muito grande de dinheiro. - Ele fala - Porque a garota
certa para se passar por sua noiva e fazer todos acreditarem não iria aceitar
isso jamais se não tivesse um bom motivo.
- Obrigado Igor por tirar
todas às minhas esperanças. - Eu falo para ele.
Chega uma mensagem no meu
celular e era de Pedro.
" Passa nesse endereço
e pega à Renata e à Yasmin para mim, por favor? É que não vou conseguir passar
lá, vou direto para o restaurante."
Eu respondo ok e guardo o
celular.
- Alana \, não serve? - Ele
pergunta.
- Minha mãe odeia a Alana\,
seria uma briga sem fim . Preciso fazer todos acreditar que realmente eu tenho
uma namorada e que ela é de verdade. - Eu sento na cadeira colocando à cabeça
para trás.
- Vai ser difícil eu te
ajudar. - Ele diz.
- Eu vou dar meu jeito. -
Eu falo para ele que assente.
- Qual é o seu prazo final
? - Ele pergunta
- As festas de finais de
ano, o Natal com à minha família toda. Você acredita nisso? - Eu pergunto para
ele.
- Os natais da sua mãe. -
Ele diz me olhando. - Inesquecíveis como sempre.
- O Natal para mim é
inesquecível e não é por um motivo bom.- Ele me encara e eu suspiro. - Alberto
pensou em tudo nos mínimos detalhes para me derrubar da presidência, a data em
que ele marcou com os holandeses perto da data em que Madalena morreu, O Natal,
no qual eu não comemoro à três anos.
- Nós sabemos o quanto o
seu tio é um filho da puta. - Ele fala me olhando. - Mas você não pode julgar
seu pai, ena cabeça dele ele está pensando na empresa.
- É\, não precisa me dizer
isso. - Eu falo com raiva.
- Calma - ele fala.
-Não tem como ficar calma
quando pessoas tentam decidir á sua vida - eu falo olhando para ele - perder á
empresa , o cargo que eu conquistei e tudo que eu fiz por ela, por causa de um
casamento? - eu digo rindo e balançando á cabeça - isso é patético.
-Eu sei disso - ele fala -
Precisa manter á calma.
-Está dificil - eu falo
para ele bufando.
Logo Igor sai da minha sala
e eu abro um site de companheira de luxos , mas também não iria dar certo, eu
estou apenas me iludindo.
No escritório mesmo eu tomo
um banho e troco de roupa, entro dentro do carro e coloco o endereço que Pedro
me deu e entro em um bairro bem humilde do Rio de Janeiro, paro na frente de
uma casa e dou duas buzinadas para Renata entender que era eu.
Uma moça loira sai de
dentro de casa , seu corpo modelado na calça jeans e na blusa que vestia , um
salto alto, os cabelos soltos fazendo movimento com o vento. Ela abre à porta
do carro.
- Quanto tempo que eu não
via você Pedro. - Ela fala entrando e sentando, quando ela me vê arregala os
olhos e fica toda sem graça e com o rosto vermelho.
- Prazer\, Miguel - Eu falo
sorrindo de leve para ela - ela me encara assustada e em pânico e eu sorrio
tentando diminuir o impacto do seu susto.
capítulo 3
Yasmin narrando
Era sexta e hoje era o dia
em que eu era a primeira chegar na cafeteria, eu entro super cedo. Assim que
chego já vejo o carro de Daniel estacionado na frente, Luana sua esposa está
viajando e é claro que eu iria ter que aguentar às suas investidas.
Quando eu cheguei no Rio de
Janeiro à dois anos atrás, eu vim para cá porque tinha passado na faculdade de
direito, uma bolsa 70% paga pelo governo, eu tinha pouco dinheiro em mão e
apenas o número de telefone de Renata que era tão antigo que não consegui
contato com ela logo que cheguei.
Dei a sorte que na pensão à
onde eu fiquei morava uma menina que trabalhava aqui na cafeteria e conseguiu
essa vaga para mim, Daniel na época não estava mais noivo de Luana, e a gente
começou a se envolver , ele me ajudou muito, me ajudou à arrumar o lugar à onde
eu moro, me acolheu, me deu um ombro amigo e acabamos nos envolvendo bastante e
ficando, ele foi o primeiro homem da minha vida. Eu morava no interior com meus
pais que são muito conservadores , então nunca tinha me envolvido com ninguém.
Alguns meses depois descobri de Luana e me acabei o relacionamento que a gente
tinha, ele voltou com Luana de birra e ela engravidou do primeiro filho e agora
do segundo, mas mesmo assim ele não superava nós dois.
- Bom dia.- Ele fala assim
que me vê entrar na cafeteria.
- Bom dia - Eu falo para
ele sem abrir os dentes . - Madrugou?
- Muita coisa para
resolver. - Ele diz me olhando. - Hoje é dia de pagamento.
- Graças a Deus - Eu falo
brincando e ele abre um sorriso de canto.
- Luana está viajando - Ele
diz se aproximando de mim - Porque não saímos um pouco para conversar ?
- Não vai dar \, não saio
com homem casado e mesmo que saísse, Hoje eu tenho um encontro. - Ele me encara
de cara feia.
- Como assim um encontro? -
Ele pergunta.
- Um encontro. - Eu falo
dando de ombros. - Não entendo porque você esta tão preocupado? Você deveria
está preocupado com à sua esposa grávida,o seu filho em casa. Luana é uma
mulher maravilhosa e mesmo assim você não dar valor para ela. Homem é bicho
burro.
- Você gosta de me xingar
mesmo - Ele diz rindo e se afasta.
- Quero você longe de mim -
Eu pego a faca e aponto para ele. - Eu só quero começar mais um dia de trabalho
normal. - Ele levanta às mãos para cima em forma de redenção.
- Vou para o escritório. -
Ele fala me olhando.
Eu respiro fundo e continuo
arrumando às coisas para abertura da cafeteria. Logo começa à chegar os outros
funcionários e as coisas começa andar.
- Ei - Renata fala
assim que me vê saindo da cafeteria. - Esqueceu de hoje à noite ?
- Tem como esquecer? Você
me mandou mensagem lembrando à cada cinco minutos. - Ela começa a rir.
- Nossa noite vai ser muito
legal, vamos nos divertir bastante. - Ela fala ligando o carro.
- Olha oque você fala não
parece que o viúvo vai fazer a minha noite interessante. - Eu olho para ela.
- Relaxa\,nós vamos beber e
muito. - Ela sorri - Quero ver quem não vai se animar hoje. - Eu olho para ela
e vejo um sorriso enorme em seu rosto.
- Alguma coisa vocês estão
aprontando. - Ela começa a rir e eu balanço a cabeça em sinal de negação.
Quando chegamos na frente
da minha casa eu vejo Reni rondando à minha casa. Amanhã era o dia de eu pagar
mais uma parcela do empréstimo que eu fiz com ele, ele deixou eu parcelar mas
eu ia ficar pagando o resto da minha vida porque cada dia que passa aumenta
juros. Eu estou perdida , não tinha como pedir ajuda para Renata , era um valor
muito alto que eu precisei mandar para os meus pais.
- Já pode começar a se arrumar.
- Ela diz toda empolgada.
- Eu vou trocar de roupa à
cada cinco minutos? - Eu olho tantas opções.
- Essa aqui é perfeita -
Ela me entrega uma roupa e eu encaro ela - Você vai ficar linda, você precisa
ousar os seus modelos de roupas. E você vai ficar lindo aqui.
- Não sei Não Renata. - Eu
resmungo. - Não faz meu estilo.
- Você vai ficar linda. -
Ela diz me olhando.
- Esse vestido tem esse
decote até o peito. - Eu falo mostrando para ela.
- Oque é bonito é para ser mostrado.
O vestido é comprido, Então precisa mostrar algo. - Suspiro e o celular dela
toca. - Eu já volto,veste ai.
Eu tiro a toalha e coloco
uma calcinha,não dava para usar soutien com esse vestido, coloco p vestido e me
olho no espelho. Prendo o meu cabelo em um coque que combinou muito bem com o
vestido preto básico.
- Eu Não tinha razão?- Ela
fala me olhando. - Você está linda.
- É o vestido ficou bonito.
- Eu falo e ela sorri.
- Eu vou ter que socorrer à
minha mãe em uma clínica e já volto.
- Agora?- Eu pergunto para
ela.
- Relaxa. O Pedro vai vir
te pegar.
- que horas?
- Daqui uma meia hora. -
Ela fala me olhando. - Eu deixo a minha mãe na clínica e encontro vocês lá.
- Tudo Bem.- Eu falo
sorrindo para ela.
- Pedro trocou de carro \,
agora é uma BMW vermelho.
- Nossa que Chick.
- Sabe como ele é para
carro. - Ela suspira pegando sua bolsa. - Nos encontramos lá então.
- Combinado. - Sorrio fraco
para ela e ela sai.
Eu vou para frente do espelho
para terminar de me arrumar.
Pego a minha bolsa e vejo a
hora no celular, quando escuto uma buzina de carro. Vou em direção à porta,
abro a porta vendo o carro novo de Pedro, tranco à porta e vou em direção ao
carro.
Abro a porta e entro com
tudo, olho para a porta fechando ela.
- Pedro quanto tempo que a
gente não se ver - A porta trava e quando eu olho para o lado eu vejo que não
era o Pedro e eu arregalo os olhos.
- Prazer\, Miguel. - Ele diz
dando um leve sorriso e eu encaro ele e eu perco o ar todo do meu corpo, fico
branca,rosa, bege. Eu iria matar ainda á Renata,
- Meu Deus\, a Renata disse
que Pedro iria me buscar. - Eu falo para ele. - Por isso entrei assim nessa
intimidade toda. Desculpa. - Eu falo sem graça. - me desculpa.
- E Pedro falou que Renata
estaria com você. - Ele diz rindo. - Acho que caimos em um plano. - ele me olha
e eu tentos sorrir.
- Acho que foi uma armação\,
não foi? - Eu pergunto para ele rindo. - Bem à cara deles, Renata fala para mim
o tempo todo que sou uma encalhada.- Ele começa à rir.- Desculpa, quando eu
fico nervosa eu falo de mais.
- Não tem problema. - Ele
me responde.- Já que estamos aqui, vamos jantar. Vai que eles nos
encontre lá ainda.
- Duvido\, mas vai ne. - Eu falo
para ele.
- Só coloca o cinto\, por
favor. - Ele diz.
- Ah\, claro.- Eu falo para
ele que assente com a cabeça e liga o carro.
Eu tento disfarçar o meu
nervosismo e como fiquei sem graça com toda essa situação. Como Renata poderia
ser capaz de algo assim?
Miguel narrando
Entramos dentro do
restaurante e ela segue com os seus olhos por todo ele, sei que ela tinha
esperança deles está aqui,mas eu já sabia que não iriam aparecer, tudo isso era
um plano deles para que a gente se conhecesse. De alguma forma e por algum
motivo na cabeça deles , eles acreditavam que a gente poderia dar certo. Ela
não era uma menina feia, era bonita, elegante e educada, mas estava tremendo de
mais e ficou toda sem graça quando me viu.
- Eles não vão vir - Ela
diz sorrindo. - Eles nos enganaram - eu sorrio para ela.
- Não vão mesmo.- Eu falo
para ela. - Você aceita tomar uma taça de vinho comigo?
- Sim\, aceito. - Ela diz
sorrindo.
- Suave ou seco? - Eu
pergunto.
- Suave. - Ela responde.
- Assim como você. - Eu
falo e ela me encara com um sorriso de leve. Eu ainda sabia conquistar uma
mulher, isso era bom.
Eu peço as nossas taças de
vinhos e também a gente faz o pedido dos nossos pratos.
- Então você é do interior
de São Paulo? - Eu pergunto para ela que assente com a cabeça. - Oque veio
fazer no Rio de Janeiro?
- Estudar\, eu curso direito
na UFRJ. - Ela responde. - Faz dois anos que estou aqui.
- Os seus pais não são
daqui? - Ela nega. - Deve ser ruim ficar longe delas - ela assente com á
cabeaça.
- Não\, eu sou sozinha aqui.
Não falo completamente porque tenho a Renata. Mas - Ela diz sorrindo e levando
a taça de vinho até sua boca , eu encaro ela bebendo o vinho delicadamente e
prendo meus olhos em sua boca. - E você? Já falei tanto de mim.
- Não tenho muita coisa
para falar de mim, eu dirijo à empresa do meu pai, prático corridas de motos
três vezes por semana e corro na praia todos os dias bem cedo, um pouco pacata
à minha vida. - Eu falo para ela que sorri.
- Duvido que seja tão fácil
assim dirigir uma empresa do tamanho da sua - Ela diz me olhando. - Deve ter
problemas o tempo todo.
- Tem sim - Eu falo para
ela - Você não imagina o quanto, preciso matar um leão por dia.
- Nem quero - Ela diz bem
sincera e rindo. - Prefiro ter carteira assinada e ganhar meu salário apenas
exercendo a minha função. - ela sorri.
- E você trabalha com a
Renata? - Eu pergunto para ela.
- Quem me dera - Eu falo -
Na verdade acho que não daria muito certo trabalhar em uma galeria de arte ,
não sou nada delicada e nãos ei nada sobre arte, sou péssima nisso. - Eu sorrio
com a sua observação. - Eu trabalho em uma cafeteria na mesma rua da sua
empresa.
- Cafeteria Dolce ? - Eu
pergunto lembrando que a cafeteria era da minha prima e seu marido.
- Sim\, Essa mesmo. - Ela
pergunta me olhando. - Vários funcionários vão lá, Mas nunca vi você por lá.
- Não me dou bem com o dono
de lá, é o Daniel ainda? - Eu pergunto.
- É sim - Ela diz arqueando
a sombrancelha. - Ele é um babaca mesmo.
- Você trabalha lá a muito
tempo? - Eu pergunto para ela.
- Dois anos já\, desde que
eu cheguei no Rio. - Ela responde.
- Luana à esposa dele é
minha prima, mas Daniel é um mala e trai ela com Deus e o mundo e só a Luana
não ver isso. - Ele diz.
- Bom\, confesso que vou ter
que concordar com você. - Ela diz me olhando. - Eu tenho pena da sua prima, ela
é muito apaixonada por ele e faz de tudo para que dê certo o casamento deles.
- É eu sei - Eu falo para
ela. -Ela é cega por ele e não vê o quanto ele é um babaca - ela assente
concordando com á minha observação.
Luana era irmã de Willian e
ambos filhos do meu tio Alberto o mesmo que está tentando me tirar da
presidência à todo custo.
Nos saimos da praia e vamos
andar na praia , eu paro para comprar uma cerveja e Yasmin pega uma água de
Coco.
- Não gosto de misturar -
Ela diz - Se não eu vou passar mal.
- Entendo. - Eu falo para
ela. - Eu não gosto muito também, mas hoje à noite está quente e pede. - Ela
sorri.
Caminhamos mais um pouco
pela praia e conversamos mais um pouco, mas Yasmin não era muito de dar
abertura.
Entramos dentro do carro
para levar ela ir embora.
- Amanhã Renata e Pedro vão
encher muito à nossa paciência para saber como foi o encontro que eles
amaram. - Eu falo para ela.
- Se já não tiver mensagem
no celular - Ela diz rindo. - Renata colocou na cabeça que preciso ter alguém
na minha vida, mas não tenho nem tempo para isso. Minha vida já é tão agitada.
- Mas você precisa ter
tempo para você também. - Eu falo para ela.
- Olha quem fala. - Ela diz
me olhando e rindo. Ela liga o celular e mostra as mensagens de Renata. -O dia
será longo para nós. - Eu falo para ela. Ela coloca o celular em cima do painel
e começa a rir.
- Nossos amigos loucos\,
arrumar par romântico para os outros eles querem. Marcar a data do casamento
eles não querem ne? - Ela diz.
- Vão ficar um enrolando o
outro para sempre. - Eu falo e ela sorri.
Estaciono o carro na frente
da sua casa.
-Obrigada pela noite - Ela
fala - Foi muito agradável.
- Eu que agradeço. - Falo
para ela que me dar tchau com um beijo no rosto. - Até mais.
- Boa noite. - Ela diz
sorrindo e a gente se encara por alguns segundos ela continua sorrindo e sai do
carro.
Eu ligo o carro e dou à
volta para ir embora, ando alguns minutos e o celular dela começa a tocar no
painel e vejo que era à Renata.
- Ela esqueceu o celular. -
Eu falo para mim mesmo.
Espero chegar em um trevo e
faço à volta e quando aproximo o carro da casa da Yasmin, Eu vejo um cara
armado ameaçando ela. Eu abaixo o vidro e começo à escutar oque ele dizia
para ela, Yasmin tremia de mais com aquele cara armado ameaçando ele, ela mal conseguia
abrir á boca para dizer uma palavra.
capítulo5
Yasmin narrando
- Boa noite - Eu falo
sorrindo para ele e a gente se encara por alguns minutos. Confesso que
ele era bem atraente , ele sorri de volta e eu me fascino em seu sorriso. Desço
do carro pensando em seu sorriso e balanço á cabeça querendo não pensar e nem
poderia.
O que eu e ele a gente tem
em comum? Bom, á não ser a solterice, o resto não tinha nada.
Eu desço do carro e ele sai
com o carro, eu paro na frente do portão procurando à minha chave na bolsa e
vejo que meu celular não está ali.
- Merda \, Miguel- Eu me
viro para chamar ele e dou de cara com Reni armado atrás de mim. - Você? - eu
encaro ele quase sem ar. Esse homem me dava medo de mais, e eu não sei o que eu
tinha na cabeça quando peguei dinheiro com ele. Sim, eu sei o que eu tinha,
medo de perder o meu pai.
- Boa noite Yasmin - Ele
fala sorrindo. - Uma bmw te buscando e te trazendo aqui?- Ele me pressiona
contra o portão. - Tá namorando com homem rico e diz que não tem como me pagar
todo o dinheiro? - Ele fala rindo - está querendo me enganar Yasmin? você acha
que eu sou otário? - eu abro a boca para falar fecho,mas abro de novo e
respondo ele.
- Eu Não estou namorando
com ninguém. O Dinheiro da parcela do mês está dentro de casa. Vou lá buscar -
Eu falo olhando para ele. - Por favor me deixe ir até lá dentro buscar - eu
tento ir mas ele segura meu braço.
- Você acha que me engana?-
Ele fala me olhando. - Eu quero o dinheiro todo - Ele coloca a arma na
minha cabeça e eu vejo o carro de Miguel se aproximando. - Anda eu quero todo o
meu dinheiro. - Eu seguro ás lagrimas.
- Você sabe que eu não
tenho todo o dinheiro.- Eu falo para ele. - Eu peguei o dinheiro para ajudar na
cirurgia e no tratamento do coração do meu pai, você já está me cobrando o
triplo só com os juros. Eu não tenho como te pagar, eu já te dou tudo oque
sobra do meu dinheiro.
- Cala boca Yasmin - Ele
grita - Eu quero a porcaria do meu dinheiro. Estava fazendo oque saindo da aquele
carro? Fazendo programa. - ele ri - então você pode começar á me pagar de outro
jeito - eu balanço á cabeça rapidamente.
- Eu Não sou garota de
programa seu imundo - Eu falo para ele. - eu não sou garota de programa - eu
tento me soltar já que ele segurava meu braço.- me larga por favor - eu grito e
ele pressiona seu corpo contra o meu.
- Larga ela - Miguel fala
atrás dele e Reni se vira para ele. - Larga ela. - Ele diz olhando sério para
ele.
- Oque foi? Veio defender a
namoradinha? - Reni fala - Eu largo ela quando ela me pagar tudo oque me deve -
Eu começo a chorar vendo na merda que eu tinha me metido.
Eu só peguei dinheiro com
um agiota porque eu precisava ajudar meu pai. Só por causa disso, eu me sentia
mal, humilhada e envergonhada com toda essa situação. As lagrimas desce em meu
rosto e eu não consigo segurar elas.
- Qual é o valor total? -
Miguel pergunta para ele. - Qual é o valor total? - Ele repete se aproximando
de Miguel.
- Teu carro paga - Reni
fala para ele. - Me passa às chaves do teu carro e a dívida dela tá quitada. -
Eu arregalo os olhos para Miguel que me encara.
- Não é tudo isso. - Eu
falo para ele. - Eu não devo tudo isso á ponto de ele ter que dar o carro, por
favor eu não devo tudo - Miguel me faz gesto para me acalmar.
- Você pegou 15mil comigo\,
me pagou mil e quinhentos até agora só, em três meses. Os juros são altos - Ele
diz agora ficando de lado e sorrindo para mim - Sua dívida já está em mais de
cinquenta mil.
- A gente combinou que você
deixaria eu pagar parcelado. Eu não tenho nada com ele, não tem porque ele
entregar o carro dele. - Eu falo para ele. - Vai embora Miguel, por favor você
não tem nada haver com isso - eu falo para ele que me encara.
- Não vou deixar você
aqui. - Ele diz me olhando. - ainda mais com esse cara - ele olha para Reni.
- Então\, passa a chave do
carro - Reni fala olhando para ele. - Está tão preocupado com ela, então deixa
ela livre de qualquer divida.
- Eu vou ter três mil reais
agora - Miguel fala para ele. - E Você me encontra na minha empresa amanhã na
Ferrari Tec.ltda , sabe a Onde fica ? - Reni encara ele.
- Sei - Reni fala. - Qual é
a garantia que vou receber meu dinheiro?
- A parcela que ela vai te
dar e de quinhentos reais , Eu vou te dar três mil agora. - Ele diz - E o
restante amanhã, você vem com a dívida dela calculada.
- Miguel. - Eu falo para
ele que levanta a mão para eu ficar calma mais uma vez.
- Ok. - Reni fala - Amanhã
cedo estarei na empresa.
- Vou buscar o dinheiro no
carro -Miguel fala se virando e indo até o carro.
- Você tem sorte princesa.
- Reni fala me olhando - Muita sorte \, porque se não a sua saída seria- Eu
interrompo ele.
- Você é nojento. - Eu falo
olhando para ele. - Nojento.
capítulo6
Miguel se aproxima.
- Pega o dinheiro e nunca
mais apareça perto da Yasmin - Miguel fala para ele.
- Até amanhã chef - Reni
fala para ele e me encara - Até a próxima princesa. - Ele diz passando a mão
pelo meu rosto e Miguel pega no braço dele.
- Oque eu falei que não era
para você encostar nela? - Ele diz olhando para Reni. - Não encosta nunca mais
as suas mãos imundas .
- Por favor Miguel -Eu falo
tentando fazer que ele não brigue com Reni para não trazer problemas para ele.
- Não se preocupa não irei
encostar a mão na sua princesa - Reni fala debochado e Miguel solta ele.
Reni sobe em cima da sua
moto e sai da nossa visão.
Eu encaro Miguel em pânico
e sem saber oque falar ,oque pensar,como agir e nem como iria pagar esse
dinheiro.
- Eu Não tenho como pagar
esse valor à vista. Você não pode assumir uma dívida que não é sua. - Eu
falo para ele que se aproxima de mim.
- Tem uma forma que você
pode pagar esse valor - Ele diz me olhando e eu arregalo os olhos para você.
- Vai embora - Eu falo
empurrando ele.
- Espera - Ele levanta às
mãos em forma de redenção. - Eu te ajudo e você me ajuda - Eu encaro ele.
- Oque você está falando ?
- Eu pergunto para ele.
- Eu posso entrar ? - Ele
pergunta e eu o encaro com receio e assinto com á cabeça.
Miguel narrando
" Você precisa achar a
mulher certa mas provavelmente essa mulher só vai aceitar ser sua esposa por
contrato se ela tiver algum problema que só se resolve com dinheiro" - As
palavras de Igor ecoava na minha cabeça nesse exato momento.
Yasmin caiu de bandeja na
minha vida. Tem como ser mais certa do que ela? Alguem mais necessitada em
pagar uma divida? ela não teria como recusar e ela vai ter noção disso.
- Eu Não estou entendendo
oque você quis dizer com isso. - Ela diz me olhando. - Se não é sexo, oque é?
Deixo claro que jamais faria algo do tipo - ela diz nervosa - Você não deveria
ter se metido.
- Não tem nada haver com
sexo, só se rolar clima mesmo - Eu falo dando de ombros. - Mas, relaxa.
- Para de brincadeira. -
Ela diz brava me olhando. Ela coloca uma térmica de café com duas xícaras
na mesa. - Aceita um café?
- Puro. - Eu falo
para ela. - Se eu não tivesse voltado Yasmin, ele teria te agarrado á força -
ela me encara engolindo seco - e vai saber o que mais ele poderia fazer.
- Dizem que pessoas que
toma café puro não são gente. - Ela diz sentando na minha frente e colocando
todo açucareiro no café quase.
- Isso é nervosismo? - Eu
pergunto e ela me encara.
- Você quer que eu fique
como? Eu acabei de ser ameaçada com uma arma na minha cabeça. - Eu pergunto
para ele.- E quem vai pagar minha dívida é um completo estranho que agora está
sentado na minha mesa dizendo que eu posso ajudar ele. - Ela suspira. - Eu não
sei se eu corro ou fico nessa casa aqui com você. - eu a encaro.
-Primeiro se acalme,eu
jamais te faria mal - eu falo calmo para ela e ela me olha - Porque você
pegou essa grana toda ? - Eu pergunto. - Deixou acumular tantos juros.
- Meu pai precisava de uma
cirurgia de urgência, pelo sus demoraria meses e até anos, ele poderia não
aguentar. Eu fiquei nervosa , apreensiva e uma colega da cafeteria pega
dinheiro com o Reni e me indicou ele. Eu não pensei duas vezes. Mas não tinha
como devolver o dinheiro por inteiro, eu trabalho na cafeteria não ganho grande
coisa, pago aluguel, tantas coisas - Ela coloca as mãos na cabeça . - Eu eu -
Ela gagueja. - Posso tentar tirar um empréstimo no banco para te pagar.
- Não é preciso.-Eu falo
para ela. - Não precisa tirar um emprestimo para me pagar, podemos negociar
esse pagamento de outra forma - ela arregala os olhos.
- Essa conversa está me
dando medo. - Ela diz me olhando. - Você disse que não tinha segundas intenções
- ela lembra\,
- Se acalma. - Eu falo para
ela tranquilo e ela me olha ainda mais assustada. - eu sorrio.
- Anda fala de uma vez -
Ela diz mais ansiosa do que nervosa.
- Você não precisa devolver
à quantia que vou pagar para o Reni se você assinar um contrato comigo. - Ela
ergue o olhar e me olha confusa.
- Que tipo de contrato? -
Ela pergunta.
- Por ser solteiro\,
clientes holandeses muito importante para empresa não quiseram negociar com à
Ferrari Tec, eu ainda acho que isso é uma armação do meu tio que também é sócio
da empresa. Então meu pai,meu tio e outros sócios menores se juntaram e me
deram uma condição está casado ou noivo até o final do ano, se não, O meu primo
que nunca fez nada na vida , sempre ganhou tudo nas mãos vai assumir à empresa
por ser casado. E eu que batalhei para tirar à empresa da falência vou perder o
cargo de presidente dela. - Ela paralisa me encarando.- Preciso achar uma
mulher que finge ser minha noiva , case comigo através de um contrato, e
precisa ser à mulher certa, inteligente , educada , cativante e bonita. - Eu
encaro ela.
- Que absurdo. - Ela diz
tentando assimilar tudo. - Espera, deixa eu ver se eu entendi. Você quer que eu
ajude você à arrumar alguém com essas qualidades para ser sua esposa?
Difícil. Eu não conheço ninguém Miguel, não vou conseguir te ajudar - Ela
diz nervosa.
- Não. - Eu digo sorrindo
para ela.- Você não entendeu - Ela me olha assustada. - Eu quero que você
seja a minha noiva por contrato. - Ela abre a boca e fecha, engole seco e me
olha.
capítulo7
Yasmin narrando
Eu olho para ele sem
acreditar na suas palavras. Era um tamanho absurdo.
- Você só pode está
drogado, é o vinho - Eu falo apontando para ele e levanto. - O vinho está
fazendo efeito, você misturou com cerveja e você deve ter ficado meio louco das
ideias. - Ele me olha e nega com a cabeça e eu tiro as duas xícaras da mesa e
coloco até a pia, minha mão tremia toda e eu não sei se eu jogava a xicara nele
ou o café quente.
- Estou muito sã Yasmin. -
Ele diz - Estou desesperado e preciso arrumar alguém, você é perfeita - Ele
fala se levantando - Olha, você é bonita , meiga , cativante ,
inteligente, esforçada. Minha mãe iria te amar e qualquer outra pessoa também,
você pode me ajudar assim como eu posso te ajudar também - eu olho para ele
pegando o bule do café na mão , mais uma palavra erra dele eu jogava o café
quente nele.
- Isso foi armado\, não foi?
Renata e Pedro armaram isso com você . - Eu falo para ele. - Isso tudo foi uma
armação? Espera - eu encaro ele - Você está acumunado com Reni? - ele nega
rapidamente com a cabeça e eu ainda seguro o bule na mão.
Eu jogaria café quente nele
para me defender.
- Não\, eles nem imaginam
que eu estou te pedindo isso. Eu não ia pedir , eu juro. Mas quando voltei e vi
o agiota te ameaçando. Eu também não posso pagar cinquenta mil em uma dívida
sua de graça. Eu te ajudo e você me ajuda. - Ele diz e eu ando até a
porta e abro ela e ainda segurava o bule na mão.
- Vai embora - Eu falo para
ele. - Isso é muita loucura , um absurdo. Você é completamente
louco. Você quer enganar todos à sua volta? Enganar à sua família?
- Você não entende - Ele
diz parando na minha frente e me olhando. - Oque estão fazendo comigo é um
golpe, eles vão me tirar da presidência da empresa que eu reergui. Estou
desesperado, eu não posso perder o cargo de presidente.
- Isso é loucura. Você está
louco - Eu falo olhando em seus olhos. - Você é completamente maluco, agora eu
entendo porque seu pai quer te tirar da presidencia da empresa, você é louco -
eu digo com o bule na mão e virando o café no chão - era para jogar esse café
em você e não no chão - eu digo nervosa.
-Porque agir com violência?
- ele pergunta com um sorriso no rosto.
-Porque você é louco - eu
falo para ele - louco de pedra, maluco, sei lá o que mais posso te chamar - eu
digo nervosa.
- Olha só\, eu posso te dar
muito mais que cinquenta mil, é só você me pedir - Ele diz me olhando.
- Eu não sou interesseira
, eu trabalho para conseguir às minhas coisas , tudo oque eu tenho eu consegui
com muito esforço. Você está me ofendendo. - Eu falo para ele.
- Tudo bem - Ele diz
me olhando. - Mas amanhã quando o Reni bater na sua porta te cobrando o dinheiro
você vai dizer oque? - Eu engulo seco. - Vai dizer que o maluco não vai pagar?
Você precisa de mim e eu de você.
- Vai embora - Eu falo
apontando para rua - Agora.
- Se o seu pai precisou de
uma cirurgia é porque ele está bem doente - Ele olha em meus olhos. - Eu
proporciono todo o tratamento dele, se precisar ir para fora do país ele vai,
os remédios mais caro eu pago, tudo isso em contrato para você apenas fingir
ser minha noiva e nada mais.
- Você não está falando
sério. - Eu falo para ele.
- Eu trago seus pais para
cá, dou uma casa para você morar com eles. Eu faço oque você quiser - Ele diz
me olhando. - Mas aceita ser a minha noiva por contrato. - Eu fecho os olhos
tentando pensar , raciocinar em algo. - Eu te dou até amanhã de meio dia para
pensar. Você sabe à onde me encontrar. - Ele diz passando por mim e fechando o
portão.
Ele entra no carro e sai ,
eu fecho e tranco à porta.
Eu sento no sofá e começo a
chorar de nervoso, eu ainda estou com a cena de que Reni aponta à arma para
mim, na minha cabeça. Eu fecho os olhos e ela vêm na minha mente.
(..)
Eu acordo quando o
despertador toca e era 6h da manhã, vejo que dormi no sofá mesmo. Acordo com
dor no pescoço e nas costas pelo mal jeito que eu dormi.
Esse sofá era horrível.
Eu ainda não sei oque eu
iria fazer , tinha várias mensagens de Renata no meu celular e eu deixo de lado
para responder depois. Como ritual de todo dia eu pego e ligo para minha mãe.
- Oi mãe. - Eu falo assim
que ela atende.
- Bom dia filha. - Ela diz
.
- Como vocês estão? O
papai? - Eu pergunto para ela.
- Eu estou indo fazer uma
faxina para conseguir juntar um pouco mais de dinheiro, seu pai vai ter que
fazer uns exames à mais. - Ela diz - Não sei se vou dar conta de pagar tudo
sozinha. Tentei pelo sus mas como à cirurgia foi particular , não conseguimos
fazer pelo sus mais.
- Mas é exame do que? - Eu
pergunto.
- Para ver como está o
coração do seu pai após a cirurgia e porque o médico está suspirando de um
câncer de estômago. - Meu chão se abre.
- Eu vou ajudar à senhora.
- Eu falo para ela.- irei mandar dinheiro hoje mesmo.
- Você não vai ficar sem? -
Ela pergunta.-Eu não quero que você passe trabalho por nossa causa, eu vou
dobrar minhas faxinas - Eu interrompo ela.
- fica tranquila - Eu falo
para ela. - Graças a Deus esse mês sobrou um pouco mais. Eu amo vocês e não
custa nada ajudar, vocês sempre fizeram tudo por mim.
- Obrigada meu amor. - Ela
diz no telefone.
Depois de desligar à
ligação, eu fecho os olhos e só conseguia pensar em uma única saída.
Saber se ele está falando
mesmo à verdade.
- Como posso ajudar? - Uma
mulher de cabelos longos pretos e alta pergunta atrás de uma mesa.
- Eu preciso falar com
Miguel Ferrari, diz para ele que é Yasmin Souza , ele sabe do que se trata -
Ela me olha com uma cara de tédio.
- Só um segundo. - Ela diz
caminhando e entrando por uma porta , logo ela volta - Ele mandou a senhorita
entrar. - Eu sorrio para ela.
- Obrigada. - Passo por ela
e entro pela porta dando de cara com ele sentado na mesa. - Eu assino o
contrato se você cumprir com oque você disse ontem, em bancar toda o tratamento
do meu pai do começo ao fim, sem contar moedas - Eu termino de falar antes
mesmo de chegar na frente dele na mesa , Ele me encara pensativo. - Por favor ,
eu preciso assinar esse contrato e não é por você e nem por mim,é pelo meu pai
- ele me olha ainda sem dizer nada - Por favor diga alguma coisa.
Abre a gaveta e puxa uma
pasta preta e abre ela , revelando alguns papéis.
- É só escolher qual
contrato fica melhor para você e assinar - Ele diz e eu encaro os papéis e
encaro ele - Essa caneta é melhor. - Ele tira a caneta da mesma gaveta e coloca
em cima dos papéis. - E coloquei uma clausula extra , a onde é proibido jogar
café quente em mim - eu o encaro arqueando a sombrancelha.
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