O silêncio reina entre nós, e por um momento acredito que a ausência das palavras seja necessária, para não corrermos o risco de falar algo que traga arrependimento. Ele volta a sua atenção para o relógio no seu pulso, quebrando o silêncio entre nós.
— Observo, que as horas passaram depressa, tem um restaurante em frente a empresa e modéstia parte a comida é ótima. Deseja conhecer?
💭... Isso foi um convite?
— A minha mãe está a minha espera.
💭... Digo a única coisa, que vem em mente, somente para recusar o 'possível' convite do meu chefe.
Ele sorri, e diz que 'compreende' e logo se afasta. Mesmo me odiando por tentar afastá-lo, lá no fundo acredito que essa é a melhor decisão. Ele quebrou a nossa promessa, deixou o meu coração em pedaços e vê-lo agir de forma indiferente dói demais.
Os minutos passam, e dirijo até a minha casa. Preciso tirar uma história a limpo com a minha mãe, afinal o que se passa na cabeça dela em enviar o meu currículo para o Ceo mais desejado do país, que por ironia do destino um dia foi o meu melhor amigo.
— Olá minha menina, como foi a entrevista?
💭... Apesar do sorriso lindo que a minha mãe possui, isso não vai aliviar as minhas perguntas.
— A quanto tempo sabe que o biel retornou ao nosso país?
— Imagino, que já se reencontraram?
— Sim.
— E qual é a razão para essa carinha triste minha filha?
Como se todas as minhas emoções fluíssem de uma única vez, acabo a desabar em lágrimas nos braços da minha mãe, e ali encontro conforto para a minha dor.
— O que aconteceu minha filha?
As lágrimas se misturam com as palavras.
— Ele não sabe quem sou mamãe... ele quebrou nossa promessa...
— Como isso é possível, vocês eram tão unidos, apesar do tempo passado o seu sorriso e os olinhos intensos continuam o mesmo. É estranho que o menino biel não se recorde?
— Talvez eu não fosse assim tão importante para ele.
— Isso é impossível! Sei que o menino biel cresceu, se tornou um grande empresário, mas ignorar alguém que foi tão especial durante a infância, não faz sentido nenhum. Deve haver alguma explicação para ele agir com indiferença?
— Tudo bem dona Alice, talvez eu tenho agido como uma menina, ao pensar que as coisas não mudariam após anos passado. O tempo muda algumas pessoas, essa é a resposta para o biel ter me apagado das suas lembranças.
— Me desculpa filha por te colocar nessa situação.
— Não se culpe, isso foi necessário para preservar as boas lembranças do passado.
— É uma pena! Eu gostava tanto do menino biel.
💭... É doloroso ouvir essas palavras da minha mãe, e vê-la decepcionada e se sentindo culpada me deixa ainda mais triste com toda a situação.
— Mas nem tudo foi um fracasso, fui bem na entrevista de emprego, e ganhei a oportunidade de um mês de experiência, se passar nesse período eles me efetivará na empresa.
A minha mãe não comemora muito a notícia.
— Mila, é boa ideia permanecer na empresa onde o seu amigo de infância é o Ceo?
💭... Essa pergunta ainda não posso responder.
— Mãe, não se preocupe, vou me esforçar e aproveitar a oportunidade que ele está me dando, o grupo diniz é bastante reconhecido no nosso país e trabalhar num lugar como esse trará muitos benefícios ao meu currículo.
Ela ainda parece relutante.
— Não quero que sofra minha menina.
— Vou dar o melhor, e caso não passar no estágio vou tentar vaga em outras empresas.
— Sabe que vou estar aqui para te aplaudir e te acolher caso as coisas sairem do planejado?
— Sei sim.
Nos abraçamos e somente então, consigo saborear a comida deliciosa da minha mãe.
Durante o retorno a empresa...
Não aguento a curiosidade e durante o percurso até a empresa, pesquiso um pouco mais sobre a vida do meu chefe. É nítido o quanto ele é popular pela beleza e pelo seu patrimônio.
'Empresário Gabriel Diniz é visto saindo de uma (balada) acompanhado de mulheres e amigos. Segundo uma pesquisa recente o Ceo tem sido motivo de destaques no mundo dos negócios, com isso desperta interesse em belas mulheres, entre elas a modelo' ...
Sinto uma raiva crescente nascendo em mim e me pego tão distraída que ao entrar na empresa acabo a trombar em alguém, com o impacto quase cai no chão, porém uma mão envolve a minha cintura e impede a minha queda.
— Continua desastrada, mila?
Todos a nossa volta nos encara, é possível sentir o seu perfume a madeirado e intenso próximo a mim, a minha respiração está lenta, o coração dá indícios que se continuarmos assim é provável que ele salte pela boca.
— Desculpa, senhor.
Levanto depressa, tentando me recompor.
— Cuidado, poderia se machucar.
Busco ao máximo evitar contato fisico, é bem visível que nesse momento as minhas bochechas está vermelhas, sinto o meu rosto quente. Lentamente ele retira as mãos da minha cintura até se afastar e prosseguir pelo longo corredor da empresa.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
iranete teofilo
Hum!! Cada capítulo mais enteressante que. o outro
2024-01-05
5
Imaculada Abreu
gostando muito desta estória
2023-10-22
3
Maria Da Penha Nascimento
lindinho esse romance!
2023-05-25
3