Maktub Capítulo IV

Mansur, foi à casa de Clara saber informações de quando ela voltaria.

Mansur:

"Boa tarde, d. Socorro!

Tudo bem?"

Socorro (mãe de Clara) :

"Boa tarde, meu filho. Tudo bem! E você? ...a família? Como estão?"

Mansur:

"Estamos todos bem"

Socorro:

"Que bom, meu filho. Que bom. E o quê o traz aqui? Sei que não veio até aqui por saudades minhas." — Ela fala rindo, e deixando Mansur um pouco desconcertado, com um sorriso amarelo.

Mansur:

"Então, d. Socorro. Queria saber quando a Clara volta do Uruguai. Precisava falar com ela um assunto urgente, mas o Carlos não sabe bem o dia certo e como ele estána fazenda dos pais dele, resolvi vir perguntarà senhora."

Socorro:

"Ah sim...

A Clarinha deve chegar amanhã cedo. Mas pela Gorete ela ficava por lá mesmo..." rsrs

💭 Se ela soubesse o que está acontecendo aqui, ela também iria preferir ficar por lá mesmo... — pensa Mansur

Mansur então agradece à d. Socorro e se despede dela.

...

No dia seguinte, assim que Clara desce na rodoviária, por coincidência duas amigas de Marla passa por ali, e a ver. Logo, vão já soltando veneno como se não tivessem visto Clara ali.

Lúcia:

"Você já foi na costureira ver o vestido que vai usar no casamento da MARLA E DO CARLOS"

Helena:

"Claro! Vai ser a festa do ano. E eu também quero arrumar um marido"

Depois do veneno despejado, as duas riem e saem todas saltitantes.

Manoel (pai de Clara):

"Filha! quanta saudades estávamos de você!!!" — fala a abraçando e sem perceber o semblante triste da filha.

Clara ao ouvir as palavras *casamento *Marla e *Carlos todas numa frase só, enche os olhos de lágrimas, e seu coração antes feliz por voltar para casa, agora está em pedaços.

Mansur percebe que chegou atrasado. Ele então corre para amparar a amiga.

Mansur:

"Tudo bom, sr. Manoel? Sei que a Clara deve estar cansada, mas o senhor pode deixar ela um pouco comigo? Minha prima chegou de viagem e quer muito encontrar com a Clara" - o que não era totalmente mentira

Manoel olha para a filha, que assente com a cabeça.

Mansur:

"Não se preocupe, depois eu a deixo em casa sã e salva"

O senhor Manoel levou a mala de Clara. E ela e Mansur seguiram para a praça do Santuário, onde estavam seus amigos, que também estavam aflitos por Clara. Nem ela, e nem Carlos mereciam passar por isso!

E como todos sabiam da história, Mansur entregou a carta de Carlos ali mesmo entre os amigos. Todos apoiaram Clara, e contaram suas versões sobre o que sabiam. E ali, todos prometeram proteger Clara caso Alexandre e Marcos se aproximassem dela.

Clara por sua vez, só chorava. Sabia que tinha perdido o seu grande amor. Porém ela estava feliz em saber que tinha bons amigos.

Durante toda a manhã todos se esforçaram para animar Clara. Cantaram, conversaram sobre suas férias e o que fariam depois desse último após a formatura escolar. Clara até se arriscou a dar uma tragada no "cigarro" para relaxar. — coisa que os meninos nunca permitiram antes, mas naquele dia eles aceitaram que as meninas experimentassem.

● ○ ● \> ♡ < ● ○ ●

Clara tinha que reagir. Ela acreditava em Carlos. Mas quanto a isso, eles não poderiam fazer nada. E ela não conseguiria viver ali. Não tendo que os ver sempre.

Clara ao chegar em casa contou toda a história desde o início aos pais. Contou tudo: A repulsa dos pais de Carlos; Os insultos na escola; As ameaças dos irmãos de Marla; ...e tudo o que os meninos contaram como ocorreu a armação para que o casamento de Carlos e Marla acontecesse.

Os pais de Clara ficaram muito chateados por saberem a humilhação que a filha passava na escola, com os pais de Carlos... e sofreram por verem sua filha tão meiga passar por tudo isso sozinha.

Eles se culparam por não terem dado a atenção que a filha merecia, e nem terem percebido nada. Então, em comum acordo, os três tomaram uma decisão.

...

Clara respondeu a carta de Carlos, e pediu que Mansur o entregasse. Era uma carta de despedida.

✉ Querido Carlos,

acredito em tudo o que me escreveu.

Até acho que demorou para ela fazer algo do tipo.

O que eu sinto por você é muito forte, verdadeiro, e estará para sempre vivo em mim.

Mas eu não posso ficar aqui assistindo você se casar e construir uma família com outra pessoa.

Eu não suportaria!

Eu decidir voltar para o Uraguai. Vai ser melhor para você e para mim.

Bom, se aconteceu assim, talvez seja da vontade de Deus que permaneça assim.

Desejo à você toda a sorte do mundo, e que seja feliz.

Eu sempre vou te amar.

Eternamente sua,

Clara.

...

Os pais de Clara foram à casa de telefonia — um local onde podiam fazer ou esperar ligações — Lá, eles conseguiram explicaram toda a situação aos compadres, que ficaram felizes com a estadia de Clara por lá, mas tristes pela situação pela qual receberia a afilhada.

Sempre quem pagava as passagens de Clara eram os padrinhos. Mas desta vez não daria para esperar o dinheiro chegar. Então Manoel e Socorro pegaram suas poucas economias e compraram a passagem da filha, que por coincidência caiu bem na data do casamento de Carlos.

Clara mal conseguia sair de casa, pois os irmãos de Marla a seguia em cada passo que dava. Eles faziam questão de mostrar que andavam armados — naquela época, principalmente os fazendeiros andavam armados com um facão ou espingarda. Afinal eles andavam a noite pelas estradas escuras, onde ao redor tinha somente mato, e até mesmo para protegerem seus rebanhos de algum ladrão ou outro bicho. — Clara morria de medo que eles pudessem machucar Carlos, ou até mesmo os pais delas, e por esse motivo ela fazia de tudo para não por a vida dos seus em risco.

● ○ ● \> *Continua*... < ● ○ ●

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Comments

Fiona Mey

Fiona Mey

😭😭Não acredito a mala da Marla vai conseguir vencer essa.

2022-12-31

3

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