Maktub Capítulo II

Carlos realmente estava apaixonado por Clara. Ela era diferente de todas as outras meninas. Ela parecia brilhar para ele.

Diferente das outras garotas, ela não ficava se insinuando para nenhum garoto. Não ficava tentando aparecer e nem provar nada para ninguém.

Mas Carlos, apesar de ser 1 ano mais novo que os outros da turma de Mansur, ele era o mais "experiente" — Se é que me entendem! 😏

Ele é magro, alto, bonito, cabelos de anjo... mas de anjo, ele não tinha absolutamente nada. Ele é filho caçula do maior fazendeiro de todo o vale. Tem 3 irmãos: Geraldo, Catarina e Agnes.

Carlos se dava muito bem com Geraldo. Pode-se dizer que eram melhores amigos.

Já com as duas irmãs, era mais por interesse nas amigas delas... 😉

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Clara, apesar de saber que o seu namoro estranho era meio fictício, estava triste pelo o término. Fora o lance do "cigarro", ela gostava de estar na companhia de Mansur.

Mas, por outro lado, ela estava pensando no porquê de não ter dito logo um NÃO ao Carlos. Ela conhecia bem o tipo dele. E a família dele nunca a aceitaria.

●○● >♡< ●○●

Passaram-se alguns dias...

Carlos sempre acompanhava Clara depois da aula até a sua casa. Mas ela ainda não tinha uma reposta para ele. Mesmo ele dizendo todos os dias que era real, que ele de fato gostava muito dela.

Certo dia, Carlos decidiu agir. Roubou de Clara um beijo, um selinho.

Clara ficou corada, sem reação.

Carlos, então, foi se aproximando, olhando nos olhos de Clara, como se tivesse pedindo permissão para um beijo.

Ela somente fechou os olhos, assim, assentindo que ele "se aproximasse".

Carlos não perdeu tempo, deu-lhe AQUELE beijo. Clara foi ao céus. Nunca tinha dado um beijo daqueles. Um beijo que enchia seu estômago se borboletas, que fazia seu coração acelerar, e que ela queria mais e mais, sempre.

À partir daquele dia, tudo foi muito intenso. Mas com muito respeito e limites. Mas os dois não se desgrudavam mais. Era nítido o amor genuíno entre os dois.

As meninas que antes não gostavam da Clara, agora gostavam menos ainda.

Carlos estava calmo. Só tinha olhos para a sua Clara. E isso fazia com que as meninas implicassem mais ainda com Clara.

Elas ficavam falando coisas que, supostamente, tinham feito com Carlos. No entanto, Clara não absorvia nada do que elas falavam. Até porque Carlos era grudado nela quase 24horas por dia.

Carlos a pediu oficialmente namoro. Os pais de Clara, obviamente, e aceitaram a escolha da filha. Pois era melhor que namorassem em casa, do que escondidos. Sabiam bem o que era o fogo dos adolescentes.

Porém, com a família de Carlos foi diferente. Primeiro por que ficaram sabendo por um casal de amigos, que tinham interesse em casar sua filha com Carlos. Pois a mesma, Marla — sempre foi apaixonada por Carlos, e era uma das meninas que ficavam "lançando veneno" contra Clara. — E segundo, porque a namorada do filho, tinha origem humilde e era 1 ano mais velha que o seu filho precioso.

Clara era de origem humilde sim. E tinha muito orgulho de suas origens. Seus pais eram de grande caráter, íntegros, amorosos e cuidados. Eles eram uma família unida, sempre muito religiosos.

No entanto, toda essa castidade de Clara estava começando a irritar Carlos. Já tinham quase 2 meses de namoro, e ele mal podia encostar nela.

Para ele, ela não se entregava tanto quanto ele.

Carlos estava acostumado a sempre ter tudo o que queria das meninas. E quanto mais Clara se negava a ele, mais vontade de tê-la, ele tinha.

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Marla era uma menina muito bonita. Tinha cabelos negros, lisos, parecia uma ceda preta que chegava até a altura do seu bümbüm. Porém, ela tinha apenas 150cm de altura.

Marla era totalmente o oposto de Clara: atirada, falsa, ardilosa. Ela era muito mimada, e fazia qualquer coisa para ter o que queria. Seus pais, e seus dois irmãos mais velhos se empenhavam em realizar todos os desejos da garota. E o seu maior objeto de desejo era, sem dúvida, Carlos. E sendo venenosa como é, armou uma situação comprometedora, que faria Clara ficar chateada com Carlos, e, possivelmente, terminar o seu namoro.

Ela, junto das suas amigas, armaram o seguinte:

《 Quando Carlos estivesse sozinho, na saída do colégio esperando Clara, ela puxaria qualquer conversa com ele. E quando as meninas vissem que Clara estava saindo, elas empurrariam Marla para cima de Carlos, e ela o beijaria para que Clara pudesse vê-los.》

Clara vendo aquela cena voltou para dentro do colégio — que era dividido em três blocos: o dos meninos, o das meninas e a habitação das freiras. — Ela foi direto para a capelinha que havia na habitação das freiras, pois sabia que lá, Carlos não poderia entrar.

Clara ficou lá por horas, chorando.

Carlos ficou possesso de raiva com a armadilha de Marla, a empurrou e disse a ela que isso iria ter troco.

Marla:

" Estarei ansiosa esperando. 😘"

Ele ficou esperando Clara a tarde inteira na saída do colégio. E Clara só saiu de lá por que uma das freiras a viu, e disse que ela não poderia mais se demorar por lá.

Clara respirou fundo, e saiu de lá triste, cabisbaixa. Mas certa de quê não encontraria Carlos e de quê não queria vê-lo tão cedo. Mas para a sua surpresa, lá estava ele sentado no chão, debaixo da marquise da entrada principal.

Ela até tentou não falar com ele. Mas Carlos não ia jogar tudo para o alto por causa daquela pirralha venenosa.

Carlos a convenceu de irem a uma padaria ali próximo, para tomarem um café e conversarem sobre o que aconteceu.

Carlos:

"Você precisa acreditar em mim. Aquilo foi tudo armado por Marla, para que você visse e terminasse comigo. Sua atitude é tudo o que ela espera.

Você sabe que, desde que estamos juntos, eu mudei muito. Sou somente seu."

Clara:

"Vou lhe dar o poder da dúvida. Mas estou cansada de ficar ouvindo histórias suas com outras meninas. Estou cansada disso tudo. Eu quero paz na minha vida. E ainda tem a sua família, que nem conheço, mas já sei que são contra o nosso namoro. Se os meus pais souberem disso... aí sim não existirá mais nós" — fala apontando a mão para ele e ela.

Carlos:

"Tudo bem. Você tem razão. Vou ter uma conversa com eles sobre isso. Você é a única garota que quero namorar, casar, ter filhos..."

Clara fica vermelha de vergonha, mas balança a cabeça em positivo, concordando que, se eles querem ter um namoro de verdade, ele deve enfrentar os seus pais primeiro.

●○●☆ Continua ☆●○●

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Comments

Fiona Mey

Fiona Mey

Essa Maria foi muito ardilosa ainda bem que Carlos percebeu a armadilha. aguardando atualização da história. 😘❤

2022-12-29

3

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