Desejo de Vingança
Fui muito bem recebida na casa da dona Silvia, a Letícia tem um quarto enorme, eu vou dormir ali com ela, colocaram uma cama extra e trocaram o guarda-roupa por um maior. A Lelê ficou muito feliz com a minha chegada, nós íamos trabalhar juntas. Assim que cheguei liguei pra minha mãe pra ela saber que está tudo bem. Depois de arrumar minhas coisas, tomar um banho e comer a dona Silvia levou a gente até a pizzaria.
Mas eu ia ficar só observando no primeiro dia, a Letícia ia me ensinar tudo que eu precisava saber. Prestei bastante atenção em tudo, o movimento era bem corrido mas era um ambiente muito gostoso. Fiquei viajando quando vi alguns casais tomando vinho numas mesas, era tão romântico, os olhares e as risadas, fiquei encantada imaginando se algum dia conheceria alguém que fosse me conquistar. Gostaria muito de saber como é estar apaixonada.
Miguel narrando...
Segunda feira, levanto cedo e faço minha higiene matinal, tomo meu banho e coloco meu terno. Tudo isso no modo automático já que essa é minha rotina há anos. Desço e meu café já está arrumado na mesa, impecável como sempre. A Marta já trabalha aqui em casa há muitos anos, já trabalhava quando meus pais eram vivos. Ela me viu nascer e ajudou minha mãe a cuidar de mim, ela conhece todas as minhas manias e meus gostos.
— Bom dia Marta! - sento e tomo um gole do café - Que delícia! Eu já falei que seu café é o melhor?
— Já sim - ela ri - mas pode continuar falando que não me importo não viu.
Tomo meu café enquanto dou uma olhada nas notícias do dia no celular. Vou passando e de repente vejo uma foto, quase engasgo com o café, mas quando volto a foto era só uma pessoa parecida. Estou ficando louco, preciso de alguma forma superar aquela maldita mulher.
Há quase um ano atrás eu conheci uma moça, se é que se pode chamar assim. A desgraçada era linda, se dizia vinda do interior, tinha um ar meio angelical. Não demonstrava nenhum interesse pelo que eu tinha ou pelo que eu poderia comprar. Ela foi trabalhar lá na empresa como faxineira, trombei com ela sem querer saindo do elevador. Sabe aquelas coisas que acontecem nos filmes? Pois é, achei que estivesse acontecendo comigo. Fiquei encantado por ela, uma semana depois nós saímos e ela se mostrava toda vergonhosa, sorria e baixava o rosto. Quando a beijei ela chorou e disse estar emocionada, que era seu primeiro beijo.
Depois de sair com tantas mulheres interesseiras e rodadas de repente me cai no colo de presente uma donzela, linda, educada e totalmente inocente. O lobo mau dentro de mim foi despertado e eu fui ficando cada vez mais apaixonado por aquela menina doce e pura.
Começamos a namorar, nunca fui preconceituoso quanto a classe social, cor, idade ou qualquer outra diferença. Meus pais sempre me ensinaram que o dinheiro não nos torna melhores que ninguém. Mas para não dar o que falar tirei ela da faxina e coloquei como minha assistente pessoal.
Nunca tive uma, sempre tive uma secretária e meu braço direito que é meu tio Afonso. Mas inventei esse cargo porque já não conseguia ficar longe dela. Três meses depois eu a pedi em casamento, esse foi o meu primeiro passo em direção ao abismo.
Ela sempre disse que não tinha ninguém no mundo, que foi abandonada em um orfanato onde viveu a vida inteira. Dei a ela um cartão sem limites para comprar tudo que iríamos precisar. Abri uma conta pra ela, deixei que ela soubesse o segredo do cofre no meu quarto. Enfim eu estava de quatro por ela e faria qualquer loucura por aquela vagabunda.
Quando faltava uma semana para o casamento, ela me chamou dizendo que se sentia pronta para se entregar pra mim. Isso mesmo, eu não tive nenhuma intimidade com a bandida pois ela dizia que era virgem e não se sentia preparada para dar esse passo, que preferia casar primeiro. Mas nesse dia ela afirmou que não se aguentava mais de desejo por mim, que nosso casamento já estava tão próximo, então poderíamos ter nossa primeira noite.
Levei ela para jantar no restaurante mais caro, pedi o vinho mais caro, peguei o anel de rubi que era do casamento dos meus avós e havia passado para meus pais e agora estava comigo. Achando que aquele era o momento certo e aquela era a mulher certa dei a ela o anel. A maldita era tão boa atriz que caiu no choro, se dizendo emocionada e que não merecia tudo que eu estava fazendo por ela.
Estávamos sozinhos em casa, meu tio havia saído e a Marta estava de folga, a casa era toda nossa e a tão esperada noite também. Ela quase não bebia mas como era uma noite especial pediu que eu abrisse um champanhe. Peguei o melhor e mais caro, coloquei nas taças. Fizemos um brinde e ela pediu que eu colocasse uma música, fui até o som procurar algo especial e acredito que foi nessa hora que ela colocou alguma coisa na minha taça.
Daí pra frente não me lembro de quase mais nada. Nos beijamos e ela começou a tirar a roupa, mas espera, o que houve com a timidez dela? Não importava, tudo que eu queria era tocar naquele corpo perfeito, ser o primeiro a penetrá-la, fazê-la se derreter em meus braços. A última coisa que me lembro é de olhar aquele corpo maravilhoso nu na minha frente. Mas eu já estava totalmente grogue e fazia um esforço tremendo para me manter acordado, ela me beijou, não da forma tímida e recatada de sempre mas com tesão e habilidade.
Ela foi descendo beijando meu corpo sem nenhum pudor, me chupou com toda maestria de uma profissional, eu lutava para não apagar. Foi então que ela virou de costas e sentou no meu membro, eu apenas olhava pra ela lutando para manter meus olhos abertos. Ela mexia, rebolava, eu pensava "como assim? ela não era virgem?" Não consigo nem lembrar se cheguei ao limite, tudo que lembro é dela se afastando, aquela tatuagem, engraçado como meu cérebro guardou esse pequeno detalhe, uma pequena mariposa no final das costas.
Depois disso eu apaguei, lembro de acordar com a Marta chorando muito e meu tio batendo no meu rosto. Eu estava sem roupa, meu tio me cobriu com minha camisa. Ele ligou pro meu médico que veio e logo constatou que fui drogado, como se alguém quisesse me apagar. Eu custava a acreditar que fui enganado dessa forma, meu tio checou as imagens das câmeras mas não havia nada, ela desligou todas naquela noite.
Não havia provas de que ela esteve ali comigo, meu cofre estava aberto e vazio, várias jóias que eram lembranças de família foram levadas, a conta que eu abri pra ela estava limpa e fechada. Mandei cancelar o cartão sem limites que eu dei a ela mas já era tarde, ela havia gastado uma fortuna, compras de roupas, móveis, jóias, carro e vários saques em dinheiro, afinal eu confiava nela e não checava o que ela comprava. Aquela garota pura e delicada era apenas uma golpista.
Meu tio Afonso havia me alertado para ter cuidado pois essas garotas do interior são um perigo. Meus melhores amigos Gael e Sharon também me alertaram. Até mesmo a Marta já havia falado mas eu estava completamente cego. Coloquei os melhores detetives atrás dela mas a maldita desapareceu, talvez até o nome dela seja falso. Jade! Nome de jóia preciosa mas na verdade era uma grande vadia golpista.
--- Miguel! - Marta estala os dedos diante do meu rosto - Miguel meu filho, de novo pensando naquela fulaninha?
--- Eu vi uma foto aqui numa notícia e achei que fosse a maldita mas não era.
--- Esqueça essa mulher meu filho. Ela já te fez tanto mal.
--- Não posso Marta, eu ainda vou encontrá-la e quando isso acontecer ela vai se arrepender do dia que nasceu.
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Atualizado até capítulo 69
Comments
Dulce Gama
nossa ela usou o nome da irmã misericórdia ela é pilantra mesmo
2024-11-27
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VÓ CICI
É sabia que era a safira passando por Jade. E lá vem sofrimento 😞
2024-06-27
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Maria Lucilia De Souza Pereira
ai vem pobremas!
2024-03-16
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