desencadear

Adele — Love in the dark

Sato: — Naoto!

Sato:— Não, por favor, Não!

Matsumo: — cala a boca, Yamazaki

Sato: — Por favor, Naoto!

Matsum:— Yamazaki?

Sato: — Não, Não, não.

Ele ainda dormia, mas chorava e gritava pelo seu nome, ele estava preso em um tipo de pesadelo, o seu corpo estava em puro desespero, o seu corpo tremia, as suas mãos soavam, o pesadelo que o atormentava era tão profundo que isso fazia o seu corpo receber os danos emocionais.

Ele estava bem a minha frente implorando para alguém ficar, mas esse alguém não o ouviu, ele estava totalmente vulnerável, sem aquele escudo, sem palavras grosseiras ele só parecia um cachorrinho que se perdeu e procura pelo seu dono, ele está sozinho e com medo, eu entendo-o.

Matsumo: — Yamazaki?

Matsumo:— Yamazaki, acorda!

Matsumo: — Yamazaki!?

ele não conseguia voltar, ele estava preso lá, eu sabia o que tinha que fazer, eu fui até o banheiro e enchi um balde com água e peguei um pano, eu fiquei ao lado da sua cama e o chamei mais uma vez sem nenhuma resposta eu joguei o balde de água em cima dele.

Sato: — Que porra você ta fazendo?

Matsumo: — Você parecia estar a ter um pesadelo

Sato: — e é assim que você ajuda uma pessoa que está a ter um pesadelo?

Matsumo: - normalmente eu tento acorda-la, mas como que com isso não tive resultado optei por isso.

Sato: — eu estou todo molhado e nem se fala da minha cama.

Matsumo: — sem problema, pode dormir na minha.

Sato: — mas é você?

Matsumo: — não é óbvio? Vou dormir com você

Matsumo: — haha

Sato: — do que você ta rindo?

Matsumo: — tinha que ver a sua cara

Matsumo: — tu ficaste assim, baa, bem bobão de boca berta

Sato: — cala boca, dorma no chão!

Matsumo: — sim, senhor!

O pano? Bom o pano era para mim, limpar a bagunça, eu podia ter feito o que qualquer pessoa teria feito, ajudado ele a se acalmar, mas eu não sou assim e não começaria a ser agora, quando terminei de trocar a roupa de cama e botar para lavar, ele já havia dormido e não teve pesadelos pelo resto da noite, e como eu sei? Bom eu fiquei sentado no chão do lado da cama onde ele dormia vendo ele dormir, talvez se alguém ficasse a proteger seu sono os pesadelos não viriam. Naoto, poderia ser você aqui.

Eu sou o Matsumo Kaoro, eu conheço o Yamazaki e a turminha dele desde sempre, eu também conheci o Naoto, o bom samaritano, ele era alguém diferente, ele transmitia tudo o que sentia para todos, não escondia nada de ninguém, ele tirava sorrisos de todos, todos queriam que o Naoto soubesse os seus nomes, todos o achavam incrível, mas eu sempre pensei que ele era uma farsa, eu podia ver que ele escondia alguma coisa por trás de toda aquela coisa de bom menino, eu o achava um idiota por deixar todos verem os seus sentimentos, isso deixava o vulnerável, suas fraquezas expostas, eu conheci o Yamazaki muito antes dele, quando eu conheci o Yamazaki algo dentro de mim, mudou, e mesmo eu sendo apenas uma criança sabia que essa sensação estranha não mudaria tão facilmente, mas um dia tudo o que eles faziam passou a incomodar-me, e eu fazia coisas erradas, mas eu não queria os machucar, mas nem mesmo assim o sorriso deixou os seus rostos, a forma com que se olhavam era uma coisa que eu nunca teria, olhar para alguém com aquela intensidade e ter o mesmo olhar direcionado a mim na mesma intensidade era algo que eu não poderia ter, mas eu o odiava, ele me roubou algo muito importante, eu acabei-me metendo com coisas erradas e isso resultou na minha expulsão da escola antes do último ano, antes do que aconteceu, eu pensei que nunca mais iria os ver ou ouvir falar deles, mas quando o Yamazaki entrou por aquela porta eu sabia que estava certo quando criança, aquele sentimento dentro de mim não mudou, eu pensei que todos esses anos longe isso iria desaparecer, mas quando vi seu rosto outra vez, foi como a primeira vez, seu olhar triste e perdido ainda é o mesmo.

No começo do último ano eu recebi a notícia da morte do Naoto, eu fiquei com tanta raiva dele que cheguei a chorar, ele desistiu da vida ele foi egoísta por fazer essa escolha e isso deixou-me triste, talvez porque eu sabia como era isso e sabia que as coisas não voltariam a ser como eram e eu sabia que o coração dele tinha sido estrassalhado, eu fui ao seu funeral, eu fiquei bem ao fundo para que ninguém me visse e do outro lado da sala estava ele, Yamazaki, paralisado, parecia estar tão vazio, nenhuma lágrima escorreu dos seus olhos, quando ele saiu de lá ninguém percebeu, mas eu, eu fui atrás dele, eu não sabia o por que, mas algo dentro de mim só queria ter a certeza que ele ficaria aqui, ele caminhou sem nenhuma direção, ele correu como se estivesse a fugir de alguma coisa, ele chorou, ele gritou descontroladamente, ele estava tão vulnerável, ele estava vazio, eu poderia ter ido até ele o abraçado, mas meus pés não se moveram, eu só fiquei a assistir sua dor de longe, eu não fiz nada naquele tempo, e agora também não sou capaz de fazer nada, não que eu poderia fazer algo, ele agora estava sempre por perto e eu realmente queria que isso me deixasse irritado, mas não consigo, eu sempre trago o seu jantar, mas ele nunca come, eu deixo bolinhos para ele antes de sair pra as minhas aulas, mas sempre que volto eles continuam ali, hoje eu fiz o de sempre, quando terminou as minhas aulas passei e comprei o seu jantar, mesmo sabendo que ele não iria comer, o quarto estava em um silêncio absoluto, mas suas coisas estavam aqui, quando andei até a minha cama a água tocou os meus pés, a água vinha do banheiro, eu andei lentamente até a porta, eu bati, mas ele não respondeu.

Matsumo: - Yamazaki?

Matsumo: - Yamazaki, abre a porta!!

Eu entrei em desespero, eu chavama o seu nome e ele não respondia, aqueles malditos “flashs” começaram a invadir a minha cabeça, eu sem pensar chuto a porta com tanta força que eu a derrubo, eu entrei e ele não estava lá, eu caio de joelhos em frente a banheira, o meu coração estava disparado a dor que um dia existiu em mim, voltou a tomar o meu ser outra vez.

Sato: — Que porra você fez?

Sato: — Porra, eu deixei a torneira aberta.

Sato: — Matsumo?

Sato: — Matsumo?!

Matsumo:— seu idiota!

Matsumo: — Você sabe o quão isso me assustou?

Sato: — do que você ta falando?

Matsumo: — SEU IDIOTA, VOCÊ PELO MENOS PODIA PENSAR NAS PESSOAS A SUA VOLTA!

Eu empurrei-o e sai daquele quarto, eu só caminhei para longe, a dor no meu peito era insana eu não conseguia respirar, era como se tivesse uma tonelada sobre o meu peito, eu senti o frio daquela água, eu senti as minhas roupas encharcadas, a ferida havia sido aberta, eu, eu precisava chorar, eu só precisava fazer com que isso paresse de doer.

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Comments

Melissa

Melissa

Matsumo é o legítimo tipo de homem que ama intensamente e verdadeiramente, já é óbvio que ele vai sofrer

2023-05-06

2

Kuina

Kuina

mesmo que e o Ichiro e o Matsumo não enteragem muito

2022-12-31

0

Kuina

Kuina

porém tambem shippo o Matsumo com o Ichiro

2022-12-31

0

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