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Emily Narrando

   Jogada no sofá recebo uma mensagem de Yolanda, já devorei a metade da garrafa do meu vinho, espero não falar nenhuma besteira.

— Boa noite, musa. A que devo a honra?

— Emily, você está bem? — pergunta Yolanda aparentemente preocupada, mas logo volta a falar. — O Fernando

esteve aqui hoje e eu o ouvi comentando com o Matheus que você está tirando ele do sério.

— Isso é ruim?

— Claro que não, meu filho já está caidinho por você, só não percebeu.

  Me recordo daqueles belos braços em volta de mim e talvez ele não esteja caidinho sozinho, aquelas mãos enormes e...

— Já tem mais de 1 ano que eu não transo.

    Do outro lado da linha Yolanda começa a rir, mas que porcaria, eu falei isso em voz alta? Coloco a garrafa de vinho longe.

— Que merda, em? Mais de um ano? — ela ri — Vai garota, tira uma casquinha, mas depois você precisa agir

indiferente, pois Fernando está acostumado a ter só uma noite com as mulheres e depois ter elas se arrastando aos seus pés.

   De repente ouço um grito do outro lado da linha.

— Yolandaaaaaaaaaaaaaaa — Yolanda fala logo em seguida — Preciso ir Emily, meu filho está no apartamento dele, é a prova de sons, mas suas varandas não.

Ela desliga a ligação e acho que entendi o recado.

 Coloco uma playlist com músicas sensuais, que tocam em todo apartamento e com esse vinho me sinto a mulher mais sexy do mundo.

  Vou até o meu closet e coloco um biquíni, o menor que encontro, sigo para a varanda e depois de preparar a jacuzzi, dou o comando a Alexa para colocar o volume no máximo, quero irritar o vizinho do meu andar.

    Entro na jacuzzi, lentamente, da água sai um pouco de vapor, mas meu corpo está mais quente que ela.

    Brinco com a espuma em meus seios e escuto a campainha tocar.

    Pego a minha garrafa de vinho e minha etiqueta talvez tenha se exalado, bebo nela um grande gole que molha meus lábios, saio da Jacuzzi ainda com a garrafa na mão, esqueci de pegar uma toalha, então caminho molhada pelo apartamento, até que abro a porta.

— Você sabia que a sua varanda é ao lado do meu quarto e eu preciso dormir? O som está insuportável.

— Oi Fernandinho.

    Só então ele me olha dos pés a cabeça, seus olhos fazem minha pele arder, mas dou um passo em direção a ele e com meus dedos levanto levemente seu queixo para que ele olhe nos meus olhos.

— Tenho certeza de que você não perdeu nada aqui embaixo. — Falo sensualmente.

— Emily

  A voz de Fernando soa como um rosnado, me viro de costas para ele e falo em voz alta, para que o comando de voz me ouça…

— Alexa, diminua o volume.

   Quando olho para Fernando ele lambe os lábios e em seguida morde o lábio inferior.

— Alexa, aumente o som no último volume. — Diz Fernando avançando em minha direção.

    Não consigo deixar de soltar um gemido quando em um movimento rápido ele me pega em seu colo. Sua boca passeia pelo meu pescoço e desce em direção aos meus seios, suas mãos seguram minhas coxas com firmeza.

— Não abra mais a porta vestida um pedaço de pano, poderia ter sido outra pessoa e só quem pode te ver assim

sou eu.

— Você fala demais.

   Beijo seus lábios com desejo, como nunca beijei antes, nossas línguas se entrelaçam, enquanto meus cabelos caem sobre seus ombros, eu mordo o lábio de Fernando e em seguida ele chupa o meu.

— Você só precisava ser menos gostos@ bonequinha.

    Ele me olha e puxa o cordão da parte de cima do meu biquíni, sinto um grande volume me tocar.

— Aaahh Fernandoo.

— Dessa vez você não vai fugir de mim.

   Já é muito tarde e eu diria que nem tenho como fugir, mas a porta do meu apartamento se abre e eu escuto Camila.

— Ops...

Sinto que Fernando não quer me colocar no chão, mas eu o empurro levemente e ele se afasta.

— Eu não vi nada, vou para o meu quarto e eu não vi nada.

     Eu amarro meu biquíni novamente.

— Que bom que você chegou, Camila, eu precisava falar com você.

— Não precisava não. — Diz Fernando.

— Eu precisava sim e desculpe o som alto mais uma vez, boa noite senhor Fernando.

 Toco as costas de Fernando o empurrando para a porta, quando ele está do lado de fora eu a fecho de uma vez e escoro nela, sinto o murro dele na porta que estremece todo o meu corpo.

— Você quer mesmo conversar comigo Emily?

— Sem conversas, boa noite.

  Corro para o meu quarto e tranco a porta. Ainda sinto as mãos de Fernando em minhas coxas.

   Caio na cama lembrando de como ele me tocou, meus sentidos desaparecem e levo minha mão a minha região sensível, solto um gemido quando a aperto. Não costumo fazer isso, mas meu corpo implora.

   Começo a movimentar meus dedos com os olhos fechados e chamo por ele baixinho.

— Fernandooooo.

— Vai bonequinha, goz@ sozinha e depois eu te mostro como se faz…

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