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Uma semana depois, Emily narrando.

Vamos para o jatinho da minha família, Clara e eu, juntamente com uns 10 seguranças que o meu pai colocou para me acompanhar. Meu pai sempre foi extremamente extravagante em tudo que faz, só para constar, ele comprou um apartamento para eu ficar somente 6 meses no México. Foi qualquer apartamento? Não, foi no condomínio mais caro da cidade. Podem pensar que eu sou uma patricinha mimada por conta disso, claro que sou grata a tudo isso, mas eu ficaria tranquilamente em um local mais simples. Ele me ouviu quando falei? Não. Então fui denominada como a patricinha de Nova York, fazer o que.

Horas depois chegamos a Cidade do México, a visão dessa cidade por cima é simplesmente incrível.

— Você está pronta senhorita Cooper? — Clara me pergunta com um sorriso desafiador.

— Eu nasci pronta.

Descemos do jatinho com aqueles seguranças ao nosso redor, uma limousine nos espera e nós vamos para a cobertura.

Passamos por lá somente para nos arrumar para ir para a empresa, mas o local de fato é um espetáculo.

Coloco uma roupa elegante de calça e blazer, com um certo decote na frente, de uma maneira sensual sem ser vulgar.

Encontro com Clara na sala e vamos para a empresa do Senhor Fernando.

Quando chegamos Clara pede licença para fazer uma ligação e me diz para ir na frente.

Eu entro e na recepção da empresa, que por sinal é muito bonita, os meus seguranças são parados na porta, um rapaz muito bonito passa por nós, ele para na nossa frente.

— O que está acontecendo aqui?

Ele olha para mim dos pés a cabeça e parece se lembrar quem sou, ele faz sinal para que os seguranças que atrapalharam nossa passagem se afastem e é o que eles fazem.

— Emily Cooper?

— Sim, eu mesma, você é?...

— Javier Hernández, sou o diretor financeiro. Meu irmão não nos informou que a senhorita estaria aqui hoje, mas por gentileza entrem.

Clara entra na empresa jogando seus cabelos, distraída no celular e eu quase pego um paninho para secar a baba de Javier, que olha para minha amiga hipnotizado, acho até engraçado ele acompanhando cada movimento dela.

Javier

— Essa é a Clara Navarro, minha conselheira financeira, acredito que os senhores a partir de agora vão trabalhar juntos.

Clara tira os olhos do celular e olha para Javier dos pés a cabeça, discretamente, não foi como ele fez, mas eu a conheço.

Ele pega a mão dela e da um leve beijo, todo galanteador, ela joga os cabelos.

— Será um prazer trabalhar com você, senhorita Navarro.

— O prazer é todo meu, mas pode me chamar só de Clara.

Eu pigarreio, para que eles possam focar no que viemos fazer aqui, o clima estava bem quente, ele solta a mão de Clara e eles dois disfarçam.

— E então, pode me mostrar minha sala?

Pergunto para Javier e ele parece desconcertado.

— Desculpa, Emily. Posso lhe chamar de Emily? — Sorrio para ele gentilmente e concordo acenando. — Então, como disse, meu irmão não está aqui e não me informou que era para preparar uma sala para você.

— Não precisa se preocupar com isso, eu fico com a sala do seu irmão.

Quero só ver a expressão daquele arrogante quando me ver instalada em sua sala, sorrio internamente e sigo em direção ao elevador, não tenho a mínima ideia de como chegar a sala dele, mas sigo andando elegantemente.

Javier nos acompanha, visivelmente confuso, ele entra no elevador e aperta o botão do último andar.

— Meu irmão costuma ter uma personalidade um pouco difícil as vezes, mas ele é um cara legal.

— Engraçado, é bom saber, pois até agora não conheci a parte boa.

Clara e Javier me olham preocupados e eu sorrio para eles.

Entramos na bela sala de Fernando.

Passo tudo que vou precisar para Javier e Clara, ele coloca uma cadeira para eu me sentar ao lado de Fernando, e como hoje estou boazinha vou me sentar na que ele me deu.

— Seu irmão costuma chegar sempre atrasado?

Clara resolve brincar.

— Dizem que a primeira impressão é a que fica

— Não, meu irmão é sempre muito pontual, mas ele chegou de viajem ontem tarde da noite, claro que estava viajando a negócios. Como eu ia dizendo ele deve estar chegando logo.

Sorrio gentilmente para Javier, afinal não tenho nenhum problema com ele e sou muito educada com quem é educado comigo e visivelmente ele é um rapaz muito gentil.

— Vou precisar de informações de suas últimas parcerias, inclusive preciso saber o que o Senhor Fernando foi fazer nessa viagem. — Diz Clara.

Javier assente.

As portas do elevador se abrem e Fernando entra vestido com um terno, perfeitamente elegante.

Clara e Javier se levantam me escondendo do campo de visão de Fernando.

— O que está acontecendo na minha empresa Javier? Que bando de seguranças são aqueles lá em baixo.

Clara acena para ele e eu me levanto. Javier e Clara dão um passo para o lado e agora estamos nos olhando como dois predadores, talvez ele como um predador irritado, já eu com um sorriso confiante.

Posso perceber ele engolindo sua raiva e colocando um sorriso no rosto, ele cumprimenta Clara, sempre muito galante e depois caminha a passos firmes em minha direção.

Ele toca levemente meu quadril e me cumprimenta com um beijo no rosto.

— Desculpe-nos a invasão.

Posso sentir o autocontrole dele, quando ele aperta um pouco mais meu quadril, mas logo solta.

— É uma honra recebê-las aqui e você como sempre radiante.

Visivelmente ele está sendo galanteador e eu sei bem o que ele quer com isso.

— Obrigada, gentileza sua.

— Você pode providenciar uma boa sala para ela Javier.

Javier vai responder, mas eu falo antes.

— Acho que será melhor dividirmos a sala, assim podemos ter mais informações para o que precisamos.

No caso eu vou te derrubar senhor Fernando, ele respira fundo e sorri.

— Claro, Emily, é uma excelente ideia.

Clara e Javier saem da sala e me vejo a sós com Fernando, ele puxa a cadeira para que eu me sente ao lado dele.

— Vamos começar?— Diz Fernando

— Ao trabalho. — respondo desafiadoramente.

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