Capítulo 5

Capítulo 5

Rebeca ao descer do carro olhou em direção onde iria ser realizado o casamento em um salão de festa. Respirou fundo para tomar coragem, em tentar fugir.

Ao ver seu pai se aproximar, Rebeca tirou forças das pernas, olhou em todas direções e onde não havia os capangas do pai ficou seu olhar. Segurou a barra do seu vestido o suspendeu e saiu correndo sem pensar muito nem olhando para trás.

➖ Rebeca sua… ➖ ela ouvia seu pai gritar. Mas continuou correndo.

➖ O que estão esperando corram atrás dela!

Seus homens começaram a correr.

➖A pé não seus idiotas!

Então os homens correram para seus carros.

➖ Que berros são esses Jeferson? ➖ Ingrid sai de dentro do salão andando toda formosa como se fosse em uma passarela.

A cada oportunidade de eventos chiques ela fazia questão de andar glamorosa esbanjando seu poder.

➖ Sua filha está fugindo.

➖ O quê não é possível? Depois de tudo… ➖ com raiva ela gritou mas logo se tratou de disfarçar. ➖ Querido convidados, me dêem um minuto com noivo. ➖ assim que os convidados e o próprio noivo se aproximavam ela foi até Michael.

Rebeca escondeu entre os arbustos que ficavam perto de um muro feito de trepadeiras e como era magra se escondeu muito bem. Os homens passaram com seus carros e nem a notaram.

Assim que achou seguro sair, ela caminhou sem direção, pois não conhecia o lugar. E só torcia para que não a encontrasse. Mesmo com medo nunca pensaria em voltar para casa, começou a pensar o que faria da sua vida não tinha para onde ir sem amigos ou parentes, já que não os conhecia, tinha uma irmã adotiva da mãe porém a viu uma única vez. Tinha o seu tio, porém há muito tempo também havia perdido o contato. Nem o nome deles ela sabia, pois a mãe proibiu de voltar a vê-los.

Atrás daquele bairro de granfinos, ela fugia, cautelosa, correndo e caminhando para disfarçar até achar uma rua deserta e no final da rua uma área de mato extensa, ela entrou nela sem direção.

Buiu que estava espionando alguma falha da família Costa para atacar novamente, assim que ficou sabendo da fuga de Rebeca, filha de seu inimigo, a fuga do próprio casamento ele viu uma oportunidade incrível de vingança.

➖ Não percam os olhos dela! É assim qualquer novidade, me avisem.

➖ Sim senhor!

Como um dos seus capangas conseguiram localizá-la, estavam esperando o momento certo para raptá-la.

Rebeca nem fazia ideia que estava sendo perseguida, entretanto eles mal sabiam que ali também tinha um par de olhos castanhos escuros de olho nos passos dela, pois ele temia que ela fugisse do seu casamento. E acabou acertando.

Ele já admirava mesmo nunca tê-la a visto pessoalmente, foi somente por fotos e notícias e se apaixonou pela pequena doce Rebeca. Aquele olhar sem brilho triste que parecia que precisava de cuidados, e ele queria ser esse seu porto seguro, mesmo que tivesse que raptá-la e quando ele sentiu que ela estava em perigo ele se aproximou falando naquele sotaque charmoso :

➖ Venha comigo! ➖ Rebeca gritou e o mesmo tampou-lhe a boca. ➖ Não tenha medo!

De repente eles já estavam cercados por vários homens do Buiu.

➖ Não sejam covardes seus porcos. Vocês são vários contra um. E ainda querem usar arma de fogo!? Que tal… ➖ O homem puxou as mangas do seu casaco as dobrando até os cotovelos, chamando-os para a luta.

Um a um foi em sua direção o homem lutava muito bem, mas até que um ato de covardia dos homens o pega desprevenido. Três foram de uma vez só atacar.

Rebeca desesperada com medo saiu correndo naquela escuridão, se perdendo em seus pensamentos, seu corpo já cansado, sua cabeça rodando. Ela ouviu um tiro e se abaixou tampando os ouvidos chorando, minutos depois com a calmaria, ela tentou se levantar, mas seu coração batendo acelerado ela acabou perdendo os sentidos e desmaiou, naquela mata escura. E hora mais tarde quando abriu os olhos, percebeu está deitada, se sentou e viu uma silhueta de um homem alto perto dela em pé, em um lugar estranho.

➖ Ne kahrolası bir korku, kadın ( que porcaria de medo, mulher)

Ela tinha se afastado para o canto da cama, como numa tentativa inútil de fugir dele, mas ouviu o homem falar e gemer logo depois como se fosse de dor. Cautelosa ela se aproximou e viu o homem ferido no ombro. Depois seus olhos percorreram o ambiente observando o local que estavam e parecia ser uma cabana abandonada.

➖ De nada! ➖ disse ele indo em sua direção, porém ele se desviou dela e deitou na cama improvisada que Rebeca tinha acabado de se levantar.

➖ Você me salvou deles! Mas o que pretende com isso? ➖ ele não respondeu e Rebeca chegou perto e percebeu que ele já dormia.

Sua ferida e um sinal de tiro ele tinha feito um curativo porém já estava todo sujo de sangue. Rebeca colocou a mão na testa dele de leve e se assustou com o suspiro que ele soltou. Ela retirou a mão rapidamente, mas reparando que o homem já dormia profundamente colocou novamente e constatou que ele estava com febre.

Ela procurou por água e panos revirando a pequena cabana até ouvir a porta ser aberta ela se assustou gritando. Até que o morador perguntou:

➖ O que faz aqui em minha casa?

Rebeca explica o que aconteceu e pede ajuda ao homem que fica comovido e vai em busca de analgésicos, ele mostra onde fica a água e panos limpos.

➖Eu não demoro, não abre a porta para estranhos! ➖ ela consente.

Rebeca pega uma bacia, enche de água e ia molhando os panos e passando no rosto do homem e ela pos a notar a sua beleza. Um homem forte, com rosto marcante, barba bem feita, sobrancelhas bem desenhadas, cabelos meio grandes, ondulados e sedosos, ela constatou assim que tocou neles.

O homem dono da barraca voltou e Rebeca saiu de perto do seu herói e deixou que o homem a partir dali, agisse para cuidar do ferido.

➖ Meu nome é Diego e o seu? ➖ puxou assunto com Rebeca enquanto retirou a bala alojada no ombro e fez os pontos certos.

➖ Rebeca! ➖ Respondeu ela, mesmo fazendo caretas, tanto de dor e como de agonia.

Ficou se perguntando como um senhor que parecia que tinha tanto conhecimento morasse num lugar assim?.

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