Capítulo 2

Capítulo 2

E foi o melhor dia de Rebeca, mesmo sabendo do perigo de ser pega, ela andava sentindo o vento contra seu rosto feliz da vida. E mal sabia ela que por seu ato o inimigo de seu pai estava à espreita.

Ela tomou sorvete, comeu cachorro quente, brincou na rua, mesmo não tendo mais a idade. Ela brincou com crianças de bola, pique esconde e até polícia e ladrão onde ela ficou muito brava com um menino que disse que odiava polícias.

➖ Não deveria odiar quem coloca ordem para um pai de família não morrer. ➖ o menino deu de ombro.

Mas tarde notando as horas, estava atrasada e voltou correndo e quase se perdeu, porém uma criança que já a conhecia, pois seu pai trabalhava de jardineiro para a mãe dela, ele a via pela janela, a ajudou.

Rebeca agradeceu com um abraço e o chamou para dentro para ajudar a comer o bolo e o mesmo rejeitou. Mas antes de Rebeca se virar de costas o menino deu um beijo rápido nela, que a fez corar e logo passou a mão com as pontas dos dedos na boca. Ela que se achava sem graça tinha recebido um beijo.

➖ Menina onde estava? Está atrasada. Se seus pais descobrem me mata e aí assim nunca poderá sair de casa.

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Depois das fotos, das poses de família perfeita, Ingrid fingia amar a filha, a abraçava para as fotos e sorria, assim que a festa acabou ela mandou Rebeca para o quarto pois agora iria começar as reuniões e negociações, para o futuro dela. 

 O bandido Buiu conseguiu com espiões, seguir a menina e descobriram um ponto fraco na defesa dos seguranças de Dendê. 

➖ Hora que a festa acabar, coloquem fogo na casa! ➖ Ele ria pois agora acreditava que acabaria com os Costa e seria o dono do morro.

Ingrid depois de escolher quem seria o pretendente da filha. E Dendê concordar com o negócio, pois com essa união conseguiria o controle de armamentos ilegais que entram no Brasil, tudo passaria por ele e inclusive até o dinheiro. Ele venderia e a passaria o valor para o dono e ficaria com uma ótima porcentagem. Ele teria o controle de tudo.

➖ Fogo, fogo! ➖ Escutam um dos homens gritando, e os buscando para sair da casa. Todos haviam saído com segurança, pois o que Buiu não sabia era que Dendê tinha uma passagem secreta na casa caso isso acontecesse. 

 Contudo, como Rebeca, estava em sua biblioteca, escondida no seu quarto o lugar que poderia viajar, e feliz pelo dia resolveu contar aos seus amigos os personagens dos livros.

➖ Ahh como estou feliz, hoje foi o melhor dia da minha vida, consegui senti um pouco da liberdade antes de ser entregue a um homem. ➖ Ela se sentiu triste por lembrar. Qual o motivo que sua mãe a trouxe ao mundo, pois a mesma sempre a lembrava que ela nasceu para ser vendida e fazer negócios. Ela desconfiava que se casasse seria a mesma cadeia ou até pior, pois teria que se entregar a um homem, rezava que pelo menos o homem fosse um pouco atraente. 

 ➖ Mas chega de chorar! Estou feliz vou contar a vocês… ➖ e de repente, ela viu a fumaça invadir o biblioteca e ela correu para seus livros para salvá-los, ela não se importava com a morte, sentia que poderia ser sua liberdade já que sempre era proibida de sair, ela foi atingida com o fogo, que rápido se alastrava e ela gritava de dor até desmaiar.

➖ Cadê Rebeca? ➖ Gritou um homem.

➖ O que está fazendo aqui? ➖ Dendê perguntou surpreso.

➖ Eu vim para presentear minha sobrinha e não saio daqui até vê-la. 

➖ Você não está vendo que minha casa está pegando fogo!? ➖ Dendê gritou com o irmão o empurrando.

➖ E estou vendo que você está preocupado só com isso, e sua filha, cadê?

➖ Ela deve estar  ➖ Dendê olhou em volta e viu o segurança da filha e foi em direção a ele.

 ➖ Cadê minha filha porra? ➖ O segurança tremeu nas bases, pois com medo saiu correndo esquecendo de procurar por mais tempo a menina.

➖ Eu a procurei no quarto, mas ➖ e antes de ter chance de terminar de falar, Dendê pegou a arma da cintura do próprio arrependido e atirou em sua cabeça.

  E seu irmão percebendo que sua sobrinha ainda estava na casa brigou com o Dendê pela irresponsabilidade, os bombeiros chegaram e ainda conseguiram resgatar Rebeca com vida, porém seu corpo tinha sido atingido por chamas a deixando com queimaduras de terceiro grau. 

➖ Deixe eu ir com ela Dendê? Posso chamar a minha esposa…

Dendê se afastou sem responder e mandou a ambulância levar a filha para o melhor hospital do Rio de Janeiro, seu irmão queria ir junto porém foi impedido pelos homens que trabalhavam com o irmão. Os capangas.

Gabriel já havia tentado pegar a guarda da sobrinha para criar junto com seus filhos. Sua esposa super apoiava, mas como seu irmão tinha dinheiro sujo, e conhecia as pessoas certas para chantagear e mesmo comprar, Gabriel não conseguiu.

 Rebeca chegou gravemente ferida, seus órgãos quase parando, foram longas cirurgias, a recuperação foi de longos meses e Ingrid culpava o marido por não ter prestado atenção no traidor, pois descobriram quem colocou fogo. E o homem seria com certeza torturado até a morte. E Dendê a culpava por não ter tirado a filha de lá, cada um por seus motivos, Ingrid com medo da perda do dinheiro que ganharia com um bom casamento para a filha. E Dendê pela perda da filha, ele não demonstrava mas ele diferente da mãe tinha um apreço sentimental por ela, porém, sabia dos atributos da filha e sabia que ela seria um bom negócio, com um casamento arranjado, para seu futuro com sociedade com pretendentes importantes no ramo do crime. 

➖ Sinto muito mas sua filha ficará deformada fisicamente. ➖ Comentou o médico depois da quinta duradoura cirurgia. 

Dendê sentou no banco do hospital puxando os cabelos até que viu seus homens se aproximando e disfarçou sua dor, enquanto Ingrid somente lamentava o casamento que não iria acontecer. Pois o homem só se interessou na filha por causa do corpo. Dendê não sabia, mas Ingrid tinha tirado fotos da filha quase nua para mostrar aos homens sem que o marido soubesse.

➖ Vamos perder um negócio…

➖ Nem ouse terminar o que iria dizer. ➖ Ele olhou com ódio para aquela mulher fria e sem coração.

E pela primeira vez se arrependeu de ter casado com ela. Ingrid deu de ombros não se importando com aquele olhar.

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