《 Entre Sonhos e Despertares 》

O denso silêncio da noite foi rompido abruptamente quando Darwin acordou, um arrepio gelado percorrendo sua espinha. Seu corpo estava entorpecido, cada célula paralisada pela lembrança vívida do pesadelo que acabara de sofrer. O sonho ainda vibrava em sua mente — uma chamada do hospital com a notícia devastadora de que seu pai havia falecido.

Uma onda de desespero o envolveu, apertando-lhe o peito como um torno implacável. Tentou respirar, mas sua mente estava inundada pela voz fúnebre do médico, aquelas palavras empoeiradas de tristeza que haviam deixado sua garganta seca, incapaz de formular uma resposta de dor.

Com mãos trêmulas, Darwin pegou o telefone ao lado da cama. O coração parecia querer escapar do peito enquanto ele discava o número do hospital. O toque ecoava pela casa silenciosa, cada reverberação intensificando sua ansiedade. Finalmente, uma voz respondeu, trazendo, em sua simplicidade, a calmaria de que tudo não passara de um sonho — seu pai estava vivo e bem.

O alívio o inundou como uma onda, uma explosão de gratidão e felicidade aliviando o peso em seu peito. Lágrimas que ameaçavam cair transformaram-se em rios de alívio. Ele respirou fundo, sorvendo a realidade salvadora que seu pai estava seguro e saudável.

Com o medo dissipada, ele levantou-se e encaminhou-se ao banheiro para suas rotinas matinais. Sob a água do chuveiro, o mundo parecia encaixar-se de novo, e vestiu sua roupa social com uma nova perspectiva sobre o dia que se iniciava.

Passos firmes o levaram pela casa até a cozinha. Ele se preparava para sair, mas a voz gentil de Dona Angela, a governanta, interrompeu seus pensamentos:

— Senhor, o café está pronto! — avisou ela, sempre zelosa.

— Não precisava, Dona Angela! — respondeu Darwin, recusando educadamente. — Vou tomar café na empresa.

— Mas o senhor vem para almoçar? — insistiu ela, o tom esperançoso.

— Não venho, mas muito obrigado pela preocupação! — E com uma despedida tranquila, pegou as chaves do carro.

— Tchau, senhor Darwin! — Dona Angela se despediu, um presente invisível de cuidado pairando nas palavras.

Na garagem, ele se acomodou confortavelmente em um de seus carros, pronto para enfrentar o dia de trabalho.

Enquanto isso, na casa de férias, Bethany foi despertada pelas amigas que pulavam em sua cama, cheias de energia e animação.

— O que está acontecendo? — murmurou Bethany, ainda envolta no sono. — Por que vocês estão pulando em cima de mim?

Alinny, quase sem fôlego de tanta excitação, respondeu: — Bethany, precisa ver isso! Chegou uma mensagem no seu celular!

Ainda sonolenta, Bethany pegou o telefone que lhe foi entregue e verificou a mensagem.

— É o Eduardo! — informou, um leve desdém em sua voz. — Ele me convidou para jantar hoje à noite.

Talyta soltou uma exclamação: — Que maravilhoso! Eduardo é tão bonito! Você precisa aceitar esse convite!

As amigas continuaram a pular e encorajar Bethany, enquanto ela ainda digeria a proposta. Sentando-se na cama, segurando o celular, ela pensava nas próximas palavras.

— Eu definitivamente ainda não sei se vou aceitar, — confessou Bethany, hesitante.

— Tenho certeza de que será um jantar incrível! — Alinny encorajou.

— Sim, aproveite cada momento! — Sabrina acrescentou, sorridente.

Guiada pela pressão carinhosa das amigas, Bethany acabou respondendo ao convite de Eduardo.

— Eduardo, eu adoraria jantar com você! — escreveu, sentindo a impulsividade amigável atrás de sua decisão.

Enviando a mensagem, ela ergueu os olhos para as amigas.

— Meninas!

— Nós amamos você, Bethany, e só queremos vê-la feliz. Divirta-se muito no jantar! — exclamou Sabrina, o apoio ressoando calorosamente.

Kamilly, por sua vez, permaneceu em silêncio, já que nutriam uma cautela invisível com relação a Eduardo.

Naquele mesmo momento, enquanto Bethany lidava com seus planos para a noite, Darwin, já a caminho da empresa, dirigia pelas ruas que começavam a ganhar vida com a rotina matinal de Nova York.

No Carro...

🍂Imagens tiradas da ‘internet’

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