Consulta com o especialista

Ele então me olhou e perguntou ainda sobre o mesmo tema:

-" Vocês usam algum tipo de proteção?" Nesse momento mudei de cor e fiquei vermelha, eu então respondi de forma tímida:

-" Eu tomo anticoncepcional, fora isso nada mais." Ele assentiu e voltou a anotar na sua prancheta, após alguns minutos eu já estava tensa esperando ele disse o motivo de suas perguntas, e felizmente resolveu voltar a falar:

-" Vou pedir que você faça um exame de gravidez e traga para mim ver, o uso a longo prazo dos remédios para ansiedade e depressão podem interferir na eficácia do anticoncepcional, caso você não esteja grávida eu passarei outro remédio para ver se você de adapta melhor."

Ao escutar o que ele havia acabado de falar fiquei muito ansiosa e apreensiva, eu não podia estar grávida e temia a reação de Cristian caso eu ficasse grávida. O doutor viu o quanto estava apreensiva e ansiosa e falou na tentativa de me acalmar:

-" Não se preocupe é apenas por precaução." Eu assenti e após algumas formalidades fui direto para um laboratório fazer um exame de gravidez de sangue. Durante o tempo que esperava sair o resultado fiquei cada vez mais nervosa e ansiosa, eu estava quase surtando quando a recepcionista chamou meu nome. Com o papel em minha mão comecei a me tremer, era só por precaução não iria dar positivo, eu repeti isso várias vezes em minha mente. Após abrir o laudo eu desabei em choro, o exame deu positivo, eu estava grávida de um filho de Cristian, ele iria ficar muito irritado e iria dizer que eu estava usando o bebê para força ele ficar comigo. Sai do laboratório atordoada, mas me senti observada e eu olhei ao meu redor e não tinha ninguém, entrei em meu carro e respeitei fundo, pensei por um tempo e fui para casa, eu só queria ficar trancada em meu quarto.

Quando cheguei em casa por sorte Cristian estava em seu escritório e não viu quando fui para meu quarto, me tranquei e não sabia o que pensar.

POV: Cristian

Fiquei meu escritório trabalhando, parei de beber após alguns copos de bebida, fiquei tão concentrado que só percebi que já estava quase anoitecendo quando o meu detetive particular me ligou:

-" Alguma novidade?" Eu perguntei de forma direta, ele logo respondeu sem enrolação:

-" Ela realmente foi ao psiquiatra e perguntei a recepcionista e ela disse que faz um bom tempo que Alice está sendo acompanhada pelo Doutor Gouveia, a mais ou menos um ano." O que Alice havia contado era real, ela realmente estava doente e conseguiu esconder de todos durante todo esse tempo ou eu nunca havia reparado ela. Perguntei na intenção de encerrar a ligação:

-" Mais alguma coisa ou foi só isso?" Ele me respondeu:

-" Ela saiu do consultório do Doutor Gouveia e foi para um laboratório fazer alguns exames, após isso ela saiu atordoada e voltou para casa. Sobre o emprego que ela informou também é verdade, fui até a empresa que o senhor disse que ele falou que trabalha e todos a conhecem e falam muito bem dela." Eu não tinha mais nada para escutar então falei:

-" Okay até a próxima."

Desliguei a ligação e comecei a pensar 'O que será que devo fazer agora? qual será meu próximo passo?'. Resolvi que iria levar Alice para jantar, tentaria fazer ela se aproximar de mim e depois decidiria o que iria fazer. Fui até o quarto de Alice e para minha surpresa seu quarto estava trancado. Da última vez que ele ousou trancar o quarto eu arrombei a porta bastante irritado, mas dessa vez não iria fazer nada do tipo pois não queria assustar ela, eu tinha que agir minuciosamente para que ela confiasse em mim. Bati na porta de seu quarto e ela não respondeu, após alguns minutos batendo em sua porta ela abriu, seus olhos estavam inchados e ela pareceu ter chorado recentemente, por instinto eu toquei em seu rosto levantando para fazer com que ela me olhasse diretamente e falei:

-" O que aconteceu? você estava chorando?" Ela ficou assustada com minha atitude, parecia que eu havia feito algo anormal e rapidamente respondeu:

-" Nada, eu apenas acordei agora, cheguei e peguei no sono." Eu sabia que não era verdade mais também não podia obriga lá me contar, então mudei de assunto:

-" O que você acha de irmos jantar fora?" Minha voz era calma e amigável, não queria espanta lá, ela ficou ali paralisada por um tempo, parecia que ela estava perdida em pensamentos quando ela em fim respondeu em um tom de voz baixo:

-" Claro." Não queria que ela se sentisse obrigada então falei:

-" Mas se você não estiver se sentindo bem e estiver indisposta podemos deixar para outro dia."

POV: Alice

Cristian estava me chamando para jantar fora, depois dele educadamente bater em minha porta, ele parecia outra pessoa. O Cristian que eu conhecia teria arrombado a porta e nunca me chamaria para jantar fora. Fiquei dispersa em meio aos meu pensamentos antes de aceitar, não sabia o que estava acontecendo e se eu recusasse ele poderia ficar chateado mesmo dizendo que se eu não estivesse me sentindo bem poderíamos deixar para outro dia. Eu falei para ele:

-" Vou me arrumar, quando estiver pronta eu descerei ."

Ele deu um sorriso meigo e depois um beijo em minha testa e saiu. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, o que será que deu nele para mudar tão bruscamente sua atitude em relação a mim. Após tomar banho eu fui para meu closet e coloquei um vestido longo com algumas flores vermelhas, ele tinha um decote que evidenciava meus seios agora maiores por conta da gravidez, mas ele não era nada vulgar, suas alças eram finas e deva mais destaque ao meus bustos, coloquei alguns acessórios de ouro e deixei meu cabelo solto, nos pés um salto fino branco, um batom vermelho, e uma maquiagem simples, passei o único perfume que não me enjoava e desci para encontrar Cristian que ao me ver ficou boquiaberto, me senti desconfortável com seu olhar.

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