El Diablo - O Príncipe Italiano
Há 10 anos atrás ...
Antonella: Zoya acorda. Zoya? Ну же (anda)
Zoya: я сонная мама. (Estou com sono, mamãe)
Era madrugada, me lembro vagamente de minha mãe tentando me acordar, parecia desesperada, estava frio, pois essa época do ano na Rússia estava nevando.
Após relutar, minha mãe começava a me ajudar a trocar de roupa, eu mal conseguia mexer o corpo, meu pai ficava o tempo todo parado em frente a janela, parecia estar vigiando alguma coisa.
Antonella: Pegue sua mochila filha, precisamos sair logo antes que amanheça.
Zoya: Aonde vamos tão cedo?
Vladimir: Anda, precisamos sair agora.
Eu não conseguia entender nada, tinha apenas 10 anos, mas pelo jeito que meus pais estavam com muita pressa, parecia sério. Assim que saímos, havia um carro nos esperando. Eu apenas entrei e me deitei no colo de minha mãe e dormi novamente.
Foram horas numa estrada coberta pelo gelo, até chegarmos numa cidadezinha, onde pegamos um trem. Mal sabia eu que ali estava me despedindo e partindo para uma vida nova.
Após alguns dias, chegamos na França, mas precisamente Angers. Foi nessa cidade, inclusive, que comecei meu curso de gastronomia. Na época, quando chegamos, descobri que tinha uma tia que nem conhecia, Tia Polina, uma pessoa muito generosa, um pouco reservada, mas com um coração enorme.
Antes que me esqueça sou Zoya Petrovic, hoje tenho 20 anos, formada em gastronomia na França e atualmente estou tentando fazer um curso de especialização na Itália.
Tenho os cabelos castanhos bem claros, mas não sou loira, olhos azuis, pele bem branca, estatura de 1,65 e 60 kg muito bem distribuídos, apesar de ter nascido na Rússia e criada na França, tive uma criação um pouco diferente por causa de minha mãe que era italiana.
Lembro dela às vezes, acho que puxei um pouco de seu gênio, persistente, alegre e escandaloso kkk, bom como estava contando, assim que chegamos na França ficamos morando com minha tia por algum tempo, era um pouco estranho, porque meus pais quase não saíam de casa e quando o fazia parecia que estavam se disfarçando e às vezes brincávamos disso e eu achava engraçado, sempre quis ser uma espiã, como nos filmes.
Mas percebia às vezes meu pai tocando meu cabelos de uma forma como se estivesse se despedindo e ele falava coisas como: "Me perdoe, Zoya o papai nunca deixará nada de mal te acontecer." Eu apenas o abraçava, ele como um típico russo não gostava muito dessas coisas, mas minha mãe tentava mudar isso nele.
Achava engraçado quando os dois brigavam, era uma verdadeira guerra de idiomas kkk
Antonella: Imbecille, quante volte devo chiederti di non farlo?(Seu estúpido, quantas vezes tenho que pedir para não fazer isso?)
Vladimir: Слушай, я уже просил тебя не разговаривать со мной так. (Olha, já pedi que não fale assim comigo)
No final sempre sobrava para mim, pois minha mãe falava tão rápido que ele não entendia nada, mas acho que era de propósito.
Vladimir: Zoya, que sua mãe falou?
Zoya: Sei lá papai, nem eu entendi kkkk
Minha mãe era uma mulher linda, por dentro e por fora, adorava as coisas que cozinhava, sempre cantando, a cozinha parecia uma festa quando estava cozinhando, acho que foi por ela que decidi me tornar uma chefe de cozinha, tinha um sonho de me especializar e trabalhar na Itália.
Um belo dia, meu pai disse que precisava retornar a Rússia, seriam poucos dias, pois teria recebido uma importante notícia das terras que ele havia deixado para venda, minha mãe foi com ele, eu não pude ir mesmo querendo, eu adorava ficar num parque em frente a casa de minha tia, apesar de não ter muitas crianças consegui fazer amizade com algumas e ficávamos ali a manhã inteira.
Dois dias se passaram, era final de tarde quando bateram na porta, minha tia atendeu e voltou com uma cara de assustada e os olhos cheios de lágrimas, ela ficou me olhando e depois me abraçou, foi naquele momento que soube que algo de ruim teria acontecido.
Meus pais haviam sofrido um acidente de carro voltando para casa, se soubesse que isso aconteceria tão cedo, acho que teria os abraçado mais, porém era muito pequena, não conseguia entender muita coisa. Ao longo dos dias comecei a sentir uma dor no peito, uma vontade enorme de abraçar minha mãe e sentir aquele perfume de jasmim que ela usava.
O tempo foi se passando e eu passei a dedicar meus dias para meus estudos e seguir meu sonho ....
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 75
Comments
Marcia Patette
Comecei 20/11/24
2024-11-21
0
Eva Garbin
comecei hoje 16/11/2024
2024-11-17
0
Ana Maria Dias
Começando a ler hoje dia 8/11/24 já estou a gostar do início, muito triste por sinal 😢😢
2024-11-08
0