O desespero de estar só

Zoya volta para casa, arrasada se sentindo suja pela forma que foi tratada por Lúcifer, era  muito tarde quando ela tenta ligar para sua tia, Zoya tenta várias vezes sem sucesso e acaba desistindo.

Era madrugada quando Gabrielle chega perguntando o que houve para que ela saísse daquela forma.

Então Zoya conta tudo que houve na sala, Gabrielle tenta acalmar sua amiga.

Gabrielle: Eu te entendo Zoya, mas aqueles homens são assim, sei que ainda é virgem, mas já tem 20 anos né?

Zoya: Sempre me preservei para alguém que amasse de verdade. E não pretendo mudar de opinião.

Gabrielle: Está falando sério? Você tem 20 anos.

Zoya: E qual o problema? Minha criação foi diferente Gabrielle, eu não vou te julgar e espero que faça o mesmo.

Gabrielle: Eu te respeito, mas Enzo disse que se quiser voltar vai ter que pedir para o Lúcifer.

Zoya: Não pretendo voltar, ainda tenho um dinheiro, além disso preciso ligar para minha tia e saber se conseguiu transferir o investimento que meu pai tinha, vou procurar outra coisa, desculpa amiga.

Gabrielle: Falando nisso, conseguiu falar com sua tia?

Zoya: Não, desde que cheguei estou ligando, mas ninguém atende, muito estranho porque minha tia quase não sai de casa. Mas amanhã cedo tento de novo.

No dia seguinte, Zoya levanta logo cedo para procurar um novo trabalho,  mas infelizmente não consegue nada, volta para casa totalmente acabada e chateada.

Zoya: Não acredito que só tem esse bar como alternativa.

Mas ela não desistiria, sairia todos os dias para procurar, pois sabia que uma hora conseguiria alguma coisa.  Assim que retorna para casa totalmente abatida e derrotada, toma um banho e tentar ligar novamente para sua tia. Porém dessa vez uma pessoa a qual ela não conhece atende.

Zoya: A Polina está por favor?

— Quem procura por ela?

Zoya: Eu sou a sobrinha dela, Zoya.

— Sua tia faleceu, que bom que ligou a senhorita precisa retornar para a França com urgência.

Zoya: Como assim faleceu? Mas o que houve?

— Senhorita os detalhes só posso passar pessoalmente.

Zoya: Mas quem é o senhor?

— Sou o oficial de polícia.

Zoya: Está bem, vou fazer o possível, para chegar até a próxima semana.

Então o homem desliza o telefone, Zoya fica em choque, sua lágrimas caem sem cessar, pois definitivamente estava sozinha no mundo, se sentindo mal por ter deixado sua tia só.

Gabrielle que estava no quarto escuta o desespero de sua amiga e vai saber o que houve, ao entrar no quarto de Zoya a vê chorando e tremendo.

Gabrielle: Amiga que houve?

Zoya: Minha tia morreu, eu preciso voltar para a França.

Gabrielle: E vai fazer o que lá? Quem disse para você voltar?

Zoya: Um oficial da polícia atendeu o telefone.

Gabrielle: Sua tia tinha bens?

Zoya: Gabrielle, eu não sei, mas ele disse que preciso ir com urgência.

Gabrielle: Respira, depois ligamos para alguém que estudou conosco e pedimos para ver se precisa mesmo, tudo bem?

Zoya: Agora estou perdida, se não conseguir um trabalho como vou sobreviver, nessa terra tendo que me esconder?

Zoya estava totalmente abalada, se sentindo sufocada; por isso, resolve sair e caminhar, talvez pudesse retornar ao porto e encontrar sua pulseira perdida.

Ela caminha por horas, em casa Gabrielle estava preocupada com Zoya por ainda não retornar, então troca de roupa e vai para o clube pois hoje começaria a trabalhar oficialmente.

Era quase noite quando Zoya chega no porto, o mesmo homem estava na portaria e a reconhece na mesma hora.

Zoya: Moço o senhor se recorda de mim, estive ontem aqui.

— Sim, mas dessa vez tenho ordens para não deixar ninguém entrar, eu sinto muito.

Zoya: Eu acho que perdi minha pulseira aqui ontem, sabe me dizer se alguém a encontrou?

— Moça, olha o tamanho desse lugar, sinto muito mas se perdeu dificilmente irá encontrá-la, agora por favor vá embora, não posso ter problemas com meu patrão.

Zoya: Está bem, me desculpa.

Enquanto isso, na mansão do "El Diablo" Lúcifer recebe uma notícia sobre o documento de que havia solicitado, mas que não o agradaria.

— Senhor tenho as informações que pediu sobre o documento da senhorita Antonella Piazze

Lúcifer: E o que diz nele?

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