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Ele morde o lábio inferior a poucos centímetros dos meus, com um leve sorriso que me deixa em chamas. Tudo bem cabecinha, já entendi que ele é lindo, agora controla o meu corpo. Consigo falar bem baixinho com nossas bocas quase se tocando...

— O que eu esqueci? —merda acho que suspirei quase em um gemido.

— Meu chapéu senhorita em chamas.­

Ele fala sedutoramente e tenho certeza de que o desejo dele é o mesmo que o meu. Por Deus, o que deu em mim? Meu corpo parece implorar por um toque, qualquer toque.

— Claro cowboy, aqui está.­— Entrego o chapéu a ele e me afasto um pouco, mesmo contra a minha vontade saio desses braços e que braços.

Quando me afasto não noto que um entregador de bebidas está vindo em nossa direção para entrar na boate, ele estava carregando um monte de peso e não conseguia me ver. O cowboy me puxa contra seu corpo para me tirar do caminho do entregador e aquele toque dos meus seios contra o peitoral exuberante e firme dele nos faz suspirar, essa química ou fogo é inevitável.

— Eu nunca disse que sou casado, não estou traindo ninguém e vou ser bem direto, estou desejando seus lábios nos meus agora e posso me arrepender disso amanhã, mas ao seu primeiro sinal que também me deseja eu não irei ser tão gentil.

Ele entrelaça os dedos nos meus cabelos e segura meu pescoço, enquanto a outra mão se encaixa na minha cintura e parece que nossos corpos foram feitos para se encaixar.

Meus pés se inclinam levemente, para me deixar mais próximo da boca carnuda dele e então fecho meus olhos, naquele instante ele toma meus lábios com um beijo que nos faz perder todos os sentidos. As nossas línguas bailam em perfeita sintonia, já posso sentir como ele está me desejando através de suas calças, aquilo aumenta mais ainda meu desejo.

Minhas mãos procuram pelos botões da camisa dele e eu chego a abrir dois, ele pega minha mão e beija.

— Vamos sair daqui?

Eu não consigo dizer não, sendo bem sincera, a cada segundo que passa sinto que seria capaz de trans@r com ele aqui mesmo, na rua.

Ele faz sinal para um taxi e nós entramos. A partir daí, já não tenho meus sentidos. Só lembro que começamos a nos beijar e fomos parar em um quarto de hotel.

Recordo dos nossos beijos e da maneira que tiramos nossas roupas com urgência, mas depois disso até o rosto dele fica turvo em minhas lembranças.

...

No dia seguinte meu celular toca e acordo procurando ele para desligar. Abraço algo ao meu lado e sinto um cheiro de lavanda delicioso, mas esse não é o cheiro do meu travesseiro...

— Aiiii, que dor de cabeça insuportável é essa?

Abro meus olhos devagar e lentamente observo ao meu redor.

— Onde que eu estou?

Me sento na cama e vejo minhas roupas espalhadas pelo chão, minha calcinha está rasgada no chão.

— Ai meu Deus, o que foi que eu fiz?

Pulo da cama, vou até o banheiro e não tem ninguém, quando volto, pego minhas roupas no chão e visto rapidamente, quero sair o quanto antes daqui.

Quando vou pegar minha bolsa para sair, em cima de uma mesinha, tem um cheque por baixo.

 — Mas só pode ser brincadeira. Eu não lembro de tudo que fiz ontem, mas pelo o que estou vendo aqui, ele acha que sou uma mulher da vida? Filho da putã.

Pego o cheque e jogo em cima da cama, quando estou perto da porta de saída, volto.

— Pensando bem, eu vou precisar de dinheiro, então é melhor eu pegar só por garantia. — Pego o cheque e olho o valor. — Pelo menos ele não me acha uma puta barata.

Sorrio e saio do quarto de hotel.

Me encontro com Diogo em uma cafeteria, sobre a mesa já tem um copo de suco para mim.

— Pediu um suco, para mim? Que fofo.

— Pedi, antes que você queime a língua com o café quente e não me conte o que aconteceu ontem. — Diogo dá risada e quando vou responder, ele enfia um biscoito na minha boca. — Você precisa se alimentar amiga.

Termino de mastigar quase me engasgando, pois é, impossível estar perto de Diogo e não rir.

Conto a ele tudo que me lembro da noite passada.

— Está querendo me dizer que trãnsou com o gato da boate e não se lembra?

— Isso mesmo.

Continuamos conversando até pensar na possibilidade de Daniela ter colocado algo em nossa bebida.

— Luana, se vocês fizeram sem camisinha no seu período fértil, que é exatamente no mesmo dia que fez a inseminação e acabar ficando grávida, como vai saber se o filho é do doador ou do homem que você pegou, saboreou e não se lembra?

— Merda Diogo, eu não tinha pensado nisso e agora? O que eu faço?

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