De Barriga De Aluguel A Bailarina
Atenção, esse livro não terá conclusão, avisando para caso iniciem a leitura não me cobrem. Não posso deletar, pois tem contrato.
O livro era de Esboço e pediram modificações por dizerem que a qualidade era ruim, mas eu não estava disposta a mudar, então foi cancelado.
Peço desculpas pelos transtornos.
Cuiabá- Mato Grosso 23:00 Horas
Mais uma noite termina, graças a Deus poderei ir para casa descansar, não aguento mais olhar para esses asquerosos que vem até aqui. Trabalho como dançarina de uma boate, talvez você se pergunte se sou uma garota de programa e irei te responder que não, mas também não diria que sou pura, não após ter sido uma adolescente rebelde, que infringia as regras.
Luana Oliveira
21 anos, sempre foi apaixonada por balé.
— De novo ele está me enchendo o saco para ficar com esses idiotas, eu odeio esse homem Diogo.
Diogo olha atrás de mim e percebe o nosso chefe me olhando, já que estou de costas para ele é bem provável que aquele asqueroso esteja olhando para a minha bunda. Ele sempre oferece um cachê alto para me convencer a me deitar com os homens que vem na boate, isso me irrita muito, pois deixei bem claro quando entrei aqui que jamais faria esse tipo de trabalho.
Diogo sorri amigavelmente para mim, enquanto sento-me no banquinho do bar ao lado dele e me empurra uma cerveja. Claro que eu não vou perder a oportunidade de beber um pouco.
— Fiquei sabendo que terá um concurso de balé na Rússia, você deveria participar.
Diogo fala entusiasmado me olhando, com aqueles olhos de um sonhador, não aguento olhar para ele assim e não sorrir.
Diogo 23 anos, gerente de boate.
— Claro que com o salário que eu ganho dançando aqui, conseguiria ir para a Rússia, né Diogo?
— Vamos encontrar alguma outra maneira, eu vou te ajudar, amanhã darei uma pesquisada, não se preocupe.
Sorrio para Diogo amigavelmente, mas sem qualquer esperança. Encerro meu turno, como se não bastasse os clientes dando em cima de mim, o meu chefe também é um cretino que não para de me provocar, vejo ele se aproximando de nós e saio o quanto antes dali com Diogo, melhor eu ir para casa.
No dia seguinte, logo cedo, Diogo liga acordando-me e diz que precisa falar comigo pessoalmente. Combinamos e nos encontramos em uma pequena cafeteria ao lado da minha casa.
— Dá para você me dizer o motivo de ter me tirado da cama tão cedo? — Falo enquanto puxo a cadeira para me sentar.
— Lembra que te falei da clínica clandestina para barrigas de aluguel?
Pergunto, enquanto queimo a minha língua tomando um café fumegante.
— Ai... Sim, o que tem essa clínica?
— Ontem escutei um homem no bar dizendo que iria precisar de uma barriga de aluguel, pois tem um cliente que está muito interessado. Como sou ousado, entrei na conversa e perguntei quanto pagaria por isso e acredite em mim, ele está oferecendo uma fortuna. Disse a ele que tenho uma amiga que trabalha na boate que poderia aceitar.
Fico o interrogando com o meu olhar e faço um sinal com a minha mão para que ele prossiga falando, mas ele adora se fazer de misterioso.
— Fala logo Diogo, quanto ele está pagando?
Diogo me olha com os olhos brilhando e fala sorrindo.
— 2 milhões de reais.
Queimo novamente a minha língua com a droga do café, por que sou tão desastrada? Mas a empolgação de Diogo me faz responder rápido.
— É uma proposta tentadora, mas eu não sei se conseguiria.
— Para com isso, você já disse que não quer ter filhos.
Diogo conhece o meu passado e ouvir aquilo faz com que me perca nos meus pensamentos. Jurei que nunca teria filhos, depois de tudo que passei, isso está bem longe de ser uma possibilidade. Além disso, não acredito em amor materno, após ter visto a minha mãe matar a própria filha, a minha irmã gêmea, quando tínhamos apenas 5 anos. Depois, justificou o seu ato horrendo e criminoso numa carta, dizendo que fez aquilo porque não aguentava mais o choro dela e que aquela teria sido a maneira de calar a minha outra metade. A minha mãe escreveu a carta e em seguida cometeu suicídio.
Cheguei em casa com o meu pai, estava voltando da escola e fui direto ao quarto da minha irmãzinha, contar para ela como foi o meu dia, já que ela não havia ido porque estava doente, isso mesmo, o choro dela era por conta da febre. Entrei no quarto e encontrei as duas mulheres que eu amava naquela situação, hoje eu penso que se estivesse lá no momento não estaria mais aqui também, talvez isso tenha sido o que desejei por muito tempo.
O meu pai entrou no mundo das drogas depois disso e acabou se perdendo nessa vida, eu não sei sobre o paradeiro dele, pois fui enviada para um orfanato. Lá encontrei uma professora maravilhosa que cuidava de mim com muito carinho.
Também tinham uma professora de balé e sempre fui apaixonada, já fazia aulas antes de tudo ter acontecido. Esse foi um dos motivos deles terem levado o balé para o orfanato, pois era uma maneira de preencher a minha dor e também de outras crianças. Destacava-me entre as outras crianças, como se tivesse nascido para aquilo.
Saio dos meus pensamentos.
— Você tem razão, Diogo. Eu nunca conseguiria ser mãe de alguém e além disso, não preciso ver a criança.
— Então, você vai aceitar?
— Vou pensar, Di.
— Mas você acabou de dizer que nunca conseguiria ser mãe e quero tanto lhe ver brilhar como uma bailarina famosa. Tenho certeza de que ganhará aquele concurso, você merece ser feliz amiga.
— Está legal, me convenceu, quero conhecer a clínica.
Diogo segura na minha mão e com a outra pega o telefone ligando para a clínica. Agenda um horário para irmos conhecer o lugar e quando chegamos, parece uma clínica médica comum, mas por trás das cortinas nem tudo é o que parece. Ele conversa em particular com uma mulher dizendo quem somos e para que estamos lá.
Sou encaminhada para uma parte secreta na clínica, onde foram feitas inúmeras perguntas, inclusive da minha infância, onde a parte obscura faço questão de esconder.
Medidas, cor de pele, cabelo, olhos, tudo é anotado para que fique na ficha. Também são feitos exames de diversos tipos e quando finalizam, Diogo vai para a casa do namorado e vou para a minha.
Não paro de olhar para o meu celular esperando uma ligação da clínica, já que eles disseram ter um cliente esperando por alguém com as minhas características e que iam contactá-lo.
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Comments
marciamattos mattos
coitada da Luanna imagino o trauma que ela tem
2024-10-16
0
Amore
relendo novamente essa história amo demais meu casal César e Lunaaaaaa😍😍😍😍😍😍😍😍🤗🤗🤗🤗🤗🤗
2023-01-09
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Maria Jose de Oliveira Freitas da Silva
vai ter babado forte
2022-12-16
0