Capítulo 4

A imagem que viu quando entrou na sala nunca mais sairia da sua cabeça, isso foi exatamente o que Mattia pensou quando os seus olhos pousaram sobre Luna, a pequena mulher a sua frente tinha uma beleza angelical. Mas o que saiu da sua boca não foi tão doce quanto os seus pensamentos, fazendo todos olharem para ele.

Mattia: Po*rra, ela é linda.

Martina: MATTIA!

Ângelo não conseguiu segurar o riso diante da reação do irmão ao ver Luna, e ninguém ali esperava essas palavras de futuro do Don.

Aldo: Finalmente se juntou a nós, venha meu filho.

Mattia se aproxima e cumprimenta Giuseppe e Luna, a moça agora estava ainda mais deslocada depois da chegada do seu futuro marido. Todos vão para mesa e desfrutam do belo almoço preparado por Francesca, e tudo estava perfeito como sempre. Após almoçarem eles retornam a sala para discutir os detalhes do casamento, mas antes que possam começar a falar são surpreendidos por Giuseppe.

Giuseppe: Vou indo, me avisem se precisarem de mim para algo mais.

Martina: Não quer dar à sua opinião sobre a cerimônia e a festa?

Giuseppe: Já fiz a minha parte e arranjei a noiva, o resto não me importa.

Ele se despede e sai, deixando para trás um clima tenso e constrangedor.

Aldo: A posse de Mattia será amanhã, e no final de semana anunciaremos para todos o noivado e a data do casamento.

Ângelo: Onde será a cerimônia de posse?

Aldo: Na sede, será breve e apenas para alguns membros. Avise o seu primo, já que escolheu ele como o seu braço direito.

Mattia: Certo.

Martina: Vou começar a preparar tudo para o noivado, e quero a sua ajuda querida.

Luna: Não sei como posso ajudar, mas estou a disposição da senhora.

A presença de Luna quase não era notada, todos falavam muito e sem parar, e ela com o seu tom de voz baixo passava despercebida diante da família que falava alto.

Após todos os detalhes acertados, Martina levou Luna até o seu quarto, e a moça não conseguia disfarçar o seu encantamento ao observar o lugar. O quarto era amplo e muito bem arejado, a decoração em tons claros e luxuosos faziam os olhos de Luna brilharem, ela que até então não conhecia tamanho luxo ficou admirada com cada detalhe.

Martina: Gostou do quarto?

Luna: É lindo!

Martina: O seu quarto e do Mattia é ainda mais bonito.

Luna: Imagino.

Martina: Luna, sei que só nos conhecemos a poucas horas, mas preciso conversar sobre alguns assuntos com você.

Luna: Pode falar.

Martina: Como era sua vida lá com a sua avó?

Luna: Era tranquila, sempre fazíamos tudo juntas e tudo que sei foi ela que me ensinou.

Martina: Frequentou a escola?

Luna: Sim, tem um colégio bem próximo a nossa casa e estudei lá.

Martina: Certo. E teve algum namorado?

Luna: Não.

Martina: Já se interessou por alguém?

Luna: Não senhora, nem ao menos conheci muitos rapazes, o único que tinha um pouco de contato era com o sobrinho do padre da nossa igreja.

Martina: Preciso te fazer uma pergunta um pouco invasiva, não me entenda mal, mas são coisas da máfia. É virgem?

Luna corou instantaneamente com a pergunta, e Martina não precisava nem ouvir a resposta.

Luna: Sim.

Martina: Certo. Luna, quero que me tenha como uma mãe, sei que não está aqui por vontade própria, mas prometo que vou cuidar de você como se fosse minha filha.

Luna: Obrigada, a senhora demonstra ser uma boa mulher.

Martina: Pode confiar e sempre contar comigo, estarei a sua disposição, assim como todos nessa casa. E aproveite esses dias antes do casamento para conhecer o Mattia, apesar do seu jeito todo sério e reservado, o meu filho é um bom homem e saberá disso quando se aproximar dele.

Martina abraça Luna carinhosamente e em seguida a deixa descansar. Enquanto isso na área externa os irmãos Bergamaschi conversavam, enquanto bebiam juntos.

Ângelo: Queria ter filmado a sua cara quando viu a Luna.

Mattia: Deixa de exagero.

Ângelo: Não sabia que as santinhas faziam o seu tipo.

Mattia: E não fazem.

Ângelo: Mas vai se casar com uma, que tal uma despedida de solteiro hoje?

Mattia: Por quê hoje?

Ângelo: Assim que assumir o lugar do nosso pai não poderá mais frequentar bordéis e as casas noturnas que está acostumado.

Mattia: Não estou a fim de sair.

Ângelo: Então vou ligar para Dante e Paolo e convidá-los para vir até aqui, beber ainda podemos certo?

Mattia: Por enquanto sim.

O dia passa rápido e logo a noite cai, e como combinando os rapazes chegam a mansão, Dante acompanhado da sua esposa Aurora, que estava ansiosa para conhecer Luna. Os homens ficam reunidos na área externa, Aurora sobe as escadas e vai direto para o quarto de Luna, lá ela encontra a jovem acompanhada de Emma, as duas assistiam a um filme.

Aurora: Olá!

Emma: Prima!

Emma corre e abraça a prima, e Luna também se levanta para cumprimentá-la.

Aurora: Você deve ser a Luna, prazer sou Aurora.

Luna: Sim, é um prazer conhecê-la.

Aurora: Sou sua nova prima, e se quiser também posso ser sua amiga.

Luna: Ficarei feliz, já que nunca tive ambas as coisas.

Aurora: Você é uma fofa, vem vamos conversar.

Elas se sentam na cama e Aurora enche Luna de perguntas e também a conta várias coisas sobre a sua família e principalmente sobre Mattia, Luna se sente a vontade com a nova amiga e a risada das duas era ouvida pelos rapazes do lado de fora.

Dante: Acho que as nossas mulheres deram-se bem.

Mattia: Ela ainda não é minha mulher.

Dante: Mas será muito em breve, anime-se primo o casamento é um benção na vida homens como nós.

Ângelo: Sem falar no quanto minha cunhada é linda, Mattia teve muita sorte.

Dante: Então o novo capo do cosa nostra só tem motivos para comemorar.

Paolo: Um brinde ao novo capo e futuro homem casado, Mattia Bergamaschi!

Eles sorriem com o brinde e os quatro conversam noite adentro, até que se recolhem para seus quartos, pois o dia seguinte seria muito importante para ambos.

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