Capítulo 3

No dia seguinte Anna se levantou cedo para preparar o café da manhã, ela tinha um fundo de esperança de que Giuseppe desistiria de levar a sua neta embora para entregá-la a um mafioso, Luna após chorar noite adentro ainda dormia quando a sua avó se levantou. Anna ao chegar a cozinha se depara com Giuseppe e os seus homens sentados à mesa, que já estava posta para o café da manhã e a esperança que tinha é destruída naquele momento.

Giuseppe: Bom dia!

Anna: Bom dia!

Giuseppe: Sente-se, precisamos conversar.

A senhora sentou-se e então Giuseppe começou a fazer várias perguntas sobre Luna, ele queria saber tudo sobre a vida da filha desde que ela chegou ao vilarejo, e assim Anna o fez, respondeu a cada uma das perguntas feitas pelo homem.

Giuseppe: Agora vá chamá-la, a viagem é longa e não quero passar mais tempo do que necessário nesse lugar.

Anna: Prometa que não deixará que façam mal a ela.

Giuseppe: Não faço promessas.

Giuseppe disse de maneira fria, ignorando completamente o pedido de Anna. Ao retornar ao quarto ela encontra Luna já acordada, ela estava em frente ao espelho ajeitando aos cabelos.

Anna: Bom dia minha menina!

Luna: Bom dia vovó!

Anna: Eu sinto muito que tenha que passar por isso, saiba que sou completamente contra essa loucura.

Luna: Eu sei, a senhora sempre cuidou de mim, me amou, ensinou-me tudo que eu sei e nunca iria querer meu mal.

Anna: Eu te amo tanto minha filha.

Luna: Também te amo.

Anna: Vou rezar todos os dias para que nada de ruim lhe aconteça.

Luna: Sei disso.

Anna: Agora vamos, ele já está aí lhe esperando.

As duas caminham até a sala, Luna carregava nas suas mãos uma pequena mala. Após tomarem café, o que Luna fez lentamente para ganhar mais tempo, chegou o pior momento, a hora de se despedir da sua a avó. Até para os seguranças de Giuseppe o momento foi tocante, Luna chorava de soluçar abraçada a sua avó, a mulher tentava consolar a neta, enquanto Giuseppe olhava para elas com semblante frio e imparcial.

Já no carro durante todo o trajeto Luna permaneceu em silêncio, o choro já havia cessado, mas tristeza por deixar a sua avó sozinha permanecia com ela, nem mais se importava pelo motivo que estava indo embora.

Enquanto isso na mansão dos Bergamaschi um almoço para receber Luna estava sendo preparado, Martina pediu que fossem preparadas diversas coisas já que não sabia o que Luna estava acostumada. Um quarto próximo ao de Emma também foi devidamente arrumado para ela, e lá Luna ficaria até o casamento.

Emma: Minha nova irmã já chegou?

Martina: Ainda não querida.

Emma: Como ela é mãe?

Martina: Não sei filha, também não a conheço. Mas a julgar pela mãe, imagino que ela seja linda.

Ângelo: Ou pode ser como as bruxas cheias de verrugas dos livros de princesa.

Ângelo fala em tom de brincadeira enquanto faz cócegas na irmã.

Emma: Pare irmão, vai atrapalhar o meu penteado.

Martina: Ângelo, viu o seu irmão? Ele já deveria estar aqui.

Ângelo: Deve estar em algum puteiro.

Martina: ÂNGELO!

Ângelo: O quê foi? Só respondi a sua pergunta.

Emma: O que é um puteiro?

Martina: Não é nada querida.

Ao terminarem de falar, Mattia adentrou a casa, os seus cabelos bagunçados e a roupa amaçada e o cheiro de álcool que vinha dele entregavam que a noite foi longa para ele.

Ângelo: Irmão, você está péssimo!

Mattia: E ainda sim sou mais bonito que você.

Martina se aproximou do filho, o analisou de cima a baixo e deu um tapa no seu rosto.

Martina: Suba e tome um banho frio, mandarei que levem um café para você. Te quero com o melhor dos sorrisos para receber o Giuseppe e a filha, e espero que se comporte como o verdadeiro homem que é.

Mattia: Sim, senhora.

Mattia subiu as escadas deixando uma furiosa Martina no andar de baixo, ela era uma mulher na maioria do tempo calma e compreensiva, mas não aceitava algumas situações e sempre agia com firmeza com os filhos.

Finalmente Giuseppe e Luna chegam a mansão dos Bergamaschi, Aldo que também estava chegando na sua casa, os recebeu ainda na entrada.

Aldo: Meu amigo!

Cumprimentou Giuseppe com um abraço e logo dirigiu-se a Luna.

Aldo: Olha só para você, é uma cópia fiel da sua mãe. Seja bem-vinda, Luna!

Luna: Obrigada, senhor!

Aldo: Me chame de Aldo, vamos ser família, dispenso as formalidades.

Luna apenas assentiu e eles entraram na casa, Salvatore ajudou a moça com a sua mala. E logo Martina, Ângelo e Emma aproximaram-se e se apresentaram a Luna. O desconforto e a timidez eram nítidos, mas Martina tentava ao máximo deixar a futura nora confortável. Todos aguardavam que Mattia se juntasse a eles, já fazia quase uma hora que os Pellegrini haviam chegado e o homem permanecia no seu quarto. Martina discretamente se aproximou de Ângelo e pediu para que o filho fosse atrás do irmão, então Ângelo subiu as escadas e entrou no quarto do irmão que estava sentado numa poltrona com um copo de bebida na mão.

Ângelo: Imagino que isso não seja o café forte e sem açúcar que o Salvatore fez.

Mattia: Sai!

Ângelo: Todos estão aguardando por você lá em baixo.

Mattia: Não vou descer.

Ângelo: Deixe de bobagem, não está mais com idade para fazer essas ceninhas.

Mattia: Me deixe sozinho, por favor!

Ângelo: A sua noiva chegou, e irmão, tirou a sorte grande. Além de linda, ela é um perfeito cordeirinho ao contrário da fera que arrumaram para mim.

Mattia: Então fique com ela.

Ângelo: Pode ter certeza de que se não fosse um homem comprometido, me tornaria um sem reclamar.

Mattia atirou o copo que estava na sua mão contra a parede atrás do irmão.

Mattia: Já disse para sair!

Ângelo: Ok, te vejo lá em baixo.

Mattia se sentia sufocado com toda a responsabilidade que carregaria com sigo a partir do momento que ocupasse o lugar de seu pai, teria que abrir mão de muitas coisas e a principal delas era sua liberdade. E dentre todas as regras e mandamentos da máfia que ele conhecia muito bem um em especial rondava sua cabeça: "Se você é capaz de trair quem confia em fechar os olhos e dorme ao seu lado, você não é digno da confiança de ninguém". Isso basicamente queria dizer que era inaceitável que um membro da máfia e principalmente um Don, trair sua mulher pois se o fizesse não era digno de confiança. E para Mattia que estava acostumado com noites regadas a mulheres e sexo fácil, um casamento agora seria um martírio.

Ainda tomado por pensamentos ele se levanta, termina de se arrumar e sai do quarto em direção ao primeiro andar.

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Comments

Luana Santos

Luana Santos

eu cinceramente espero que a Luna, faça ele se arrastar aos pés dela kkkk

2025-03-24

1

Anatalice Rodrigues

Anatalice Rodrigues

Tomara que Luna seja forte e deixe ele caidinho por ela. /Facepalm//Facepalm//Facepalm/

2025-02-26

1

Hanah Oliveira

Hanah Oliveira

Espero que ele rasteje aos pés da Luna...isso sim!

2024-11-25

1

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