No dia seguinte...
Aldo acordou cedo e foi ao encontro da sua família para o café da manhã, ele decidiu comunicar a todos a decisão que havia tomado.
Aldo: Bom dia família!
Todos presentes respondem ao cumprimento, na mesa estavam Mattia, Emma, Martina e Ângelo. Era sagrado na casa dos Bergamaschi fazer pelo menos uma das refeições em família, pois era o único momento em que pareciam uma família comum.
Aldo: Não posso mais adiar o seu casamento, estou sendo muito cobrado pelas outras famílias.
Mattia: Pai, nós já conversamos sobre isso.
Aldo: Sim, e você não me apresentou nenhuma opção, então eu decidi por você. Amanhã a sua noiva estará aqui, e permanecerá até o dia do casamento.
Emma: Oba, vou ganhar uma irmã!
Martina: Quem é a moça, querido?
Mattia: Pai eu já disse que não quero nenhuma daquelas coisas fúteis e interesseiras.
Aldo: Ela não é filha de nenhum dos nossos aliados, a moça é filha do Giuseppe.
Martina: A bebê que a Mia teve? Não sabia que ela estava viva.
Ângelo: Ele tem uma filha?
Aldo: Sim, a moça vive num vilarejo no interior com a avó. Giuseppe irá buscá-la, quero que a recebam muito bem e a façam se sentir em casa.
Martina: Cuidarei dela como se fosse minha filha.
Mattia: Pai, eu não acredito que uma caipira seja a melhor escolha para esposa de um Don.
Aldo bate com força na mesa e se dirige ao filho com o tom de voz alterado.
Aldo: CHEGA! Eu te dei tempo para apresentar alguém do seu agrado, mas tem me enrolado e vou dar um, basta nisso. Se casará com Luna, e fará dela a mais feliz das mulheres, ou se verá comigo. Não importa que seja agora o capo, ainda sim, será meu filho.
Mattia: Como quiser, Don Aldo Bergamaschi!
Mattia se retira da sala de jantar a passos largos caminhando para fora da mansão, ao lado de fora seu primo Dante o aguardava. Ambos entram no carro e seguem em silêncio durante todo o trajeto até a sede da máfia, onde tudo já estava sendo organizado para a posse de Mattia.
Já na sede da máfia eles vão direto para sala de Don Aldo, Mario já aguardava por eles.
Mario: Bom dia, senhores. Aqui estão todos os papeis que o seu pai pediu para estudar, vou deixá-los a sós.
Mattia: Obrigado!
Mario se retira deixando os primos a sós.
Dante: O que tirou a sua paz tão cedo meu amigo?
Mattia: Meu pai encontrou a minha noiva.
Dante: Eu te disse que a paciência do tio Aldo não duraria por muito tempo. Quem é a sortuda?
Mattia: A filha do Pellegrini, a filha que ninguém nunca viu.
Dante: Então temos uma misteriosa princesa dos vinhos?!
Mattia: É o que parece.
Dante: Quando vamos conhecer a futura senhora Bergamaschi?
Mattia: Meu pai disse que ela chega amanhã, o Pellegrini foi buscá-la num vilarejo no interior.
Dante: Boa sorte meu caro, você vai precisar.
Longe dali Giuseppe chegava no vilarejo onde Luna e a sua avó viviam, a senhora estava sentada na varanda quando viu um carro desconhecido se aproximando, então ao estacionar ela reconheceu o genro que não via há muito tempo. Anna estava surpresa e intrigada com a presença do homem ali depois de tantos anos, ela o observava se aproximar em silêncio.
Giuseppe: Anna.
Anna: Giuseppe. A que devo a honra da sua presença?
Giuseppe: Vou ir direto ao ponto, vim buscar a Luna.
Anna: Como?
Giuseppe: Vou levar ela comigo para Palermo.
Anna: Não pode fazer isso, não pode tirar a minha menina de mim! Por que está fazendo isso agora?
Giuseppe: Em breve ela irá se casar com o filho de Don Aldo.
Anna: Se casar com o filho de um mafioso?! Que absurdo está dizendo, ela é só uma menina.
Giuseppe: Ela já tem dezoito anos, não é nenhuma criança.
Anna: Não pode fazer isso com ela, Luna ainda não está preparada para isso.
Giuseppe: Não se preocupe, se não a tiver orientado, Martina fará isso com maestria.
Anna se joga aos pés do homem e começa a implorar pela neta.
Anna: Eu imploro Giuseppe, não tire a única família que me restou de mim.
Giuseppe: Tenha um pouco de dignidade mulher, se levante e diga-me onde está Luna.
Anna com os olhos tomados por lágrimas vai até à parte de trás da casa e chama pela neta que estava na horta, Luna vem correndo toda sorridente, mas logo nota a expressão triste da sua avó. Giuseppe entra na casa e faz o mesmo caminho que Anna fez, então ele depara-se agora de muito perto com a sua filha, e a moça mais do que nunca estava idêntica a sua falecida mãe.
Luna: Vovó, por que está chorando? Quem é esse senhor?
Anna: Minha querida, esse é o seu pai.
Giuseppe: Olá, Luna.
Luna fica sem reação diante do homem que sempre sonhou em conhecer.
Giuseppe: Vim te buscar.
Luna: Eu e a avó Anna vamos voltar para a cidade com você?
Giuseppe: Vim buscar somente você.
Luna: Então não irei.
Giuseppe: Não tem escolha, não é um convite.
Luna: Nunca veio me ver em todos esses anos e agora quer me levar embora?
Giuseppe: Agora a situação é diferente.
Luna: Como?
Giuseppe: Vai se casar com um homem muito importante.
Luna: Casar? Com uma pessoa que não conheço?
Giuseppe: Vai ter uma vida inteira para conhecê-lo.
Luna: Eu não quero, só me casarei quando encontrar o amor.
Giuseppe: Não diga besteiras, dei a minha palavra. Não quero mais discutir sobre isso, arrume as suas coisas, sairemos amanhã bem cedo.
Luna correu para o quarto acompanhada da avó, ela estava em prantos. Sonhava conhecer o pai, mas não daquele jeito, não em meio a uma discussão. Ela deita-se na cama enquanto a sua avó tentava acalmá-la, aquele era um momento difícil para as duas, Anna estava com o coração partido por não saber o que o destino reservava para sua amada neta.
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Atualizado até capítulo 55
Comments
Anatalice Rodrigues
Que pai escroto é esse. Nunca quis saber da filha, agora vai obrigar ela se casar com um desconhecido. É abandonar a avó sozinha no vilarejo. Que maldade. /Scream/
2025-02-26
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Angela Maria Jaques Dos Santos
espero que ela consiga leva a avó com a mesma e não liga pra esse ser que nunca quis fica com ela dane a dor ela é filha dele tbm.
não merece se chamado de pai.
2025-01-31
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Hanah Oliveira
Esse escroto não pode ser chamado de pai!
Separar tão drasticamente a menina da avó...que é a única pessoa que ele tem na vida!
Que homem horrível!
2024-11-25
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