*** EMMA MILLER***
Bati a cabeça no vidro, entediada, e de ressaca.
Nunca mais invento de comprar drogas com um cara chamado JP.
O caminho para o colégio interno seria silencioso se não fosse pelo rádio tocando uma música do Bruno Mars, o meu pai não disse nem uma palavra, mas sei muito bem que só faltava ele soltar fogos de tão feliz que tava, por se livrar de mim de uma vez por todas.
**Eu também ficaria feliz\, se pudesse enfiar uma estaca de borracha pela goela dele. **
O que o meu pai não sabe é que em menos de duas semanas, ele vai me ver de novo.
Eu não tenho explosivos comigo, mas com certeza será muito fácil ser expulsa desse lugar.
Vocês realmente pensaram que eu ficaria naquele colégio de adolescentes certinhos e que nunca sofreram nada na vida?
Lição número 1: Nunca tire conclusões precipitadas.
O colégio ficava em uma cidade minúscula, longe de tudo e sem graça. Logo de cara dava para notar ele, era gigante e se destacava, parecia um castelo ou um lugar histórico.
Hogwarts, eu diria.
Só queria encontrar o meu Dumbledaddy…
Levantei minha cabeça do vidro para observar melhor e notei o gramado extenso e os enormes portões de ferro.
O meu pai abriu a porta para mim e me encarou com uma cara feia, eu dei o meu melhor sorriso saindo do carro. O meu pai fez a gentileza de ser útil uma vez na vida e pegou as minhas malas, começando a carregar as mesmas.
Eu só trouxe 2 malas porque não tinha muito o que trazer, o que eu ia colocar lá dentro? Minhas roupas de moradora de rua?
Eu segui meu pai pelo gramado e pelos corredores daquele luga. Tinha tanta escada que certeza que minha academia desse ano todo já tava feita.
As pessoas, que se encontravam no gramado e tanto como nos corredores, me olhavam feio e torto.
Eles nunca viram uma maconheira?
Maconheiros estudam, infelizmente.
Mal posso esperar para ser expulsa desse lugar e começar a vender pulseiras e cristais na praia.
Após tanto andar pelo que mais parecia a vida da rainha Betinha, o meu pai parou na frente de grandes portas de madeira, em uma das portas, tinha uma placa dourada com um nome que parecia italiano. O meu pai, por fim, deu três batidas em uma das portas.
Tomei a iniciativa de abrir as portas já que o meu pai era tão lerdo para ver a maçaneta na frente dele e entrei.
Nossa, que cheiro de droga…
Ah, não espera, é cheiro de livros.
Melhor ainda.
Era a diretoria, uma sala não muito decorada, mas com tons de branco e cinza predominantes, várias estantes com livros e papéis espalhados pela mesa. No final da mesa, tinha uma mulher sentada e que nos receberam com um sorriso brilhante.
Não querendo falar nada, mas que mulher gata…
Sentamos nas cadeiras de frente para a mesa da diretora e ela começou a conversar animadamente com o meu pai.
Eu não prestei atenção na conversa, eu estava mais ocupada tentando achar um jeito de ser expulsa mesmo antes de pisar em uma sala de aula.
Não tem nada que possa me fazer querer ficar aqui.
— Mãe, antes da senhora tentar me culpar por alguma coisa, eu juro que aquele pepino tava lá antes de eu chegar… — A nossa atenção foi tomada por uma voz masculina entrando na sala.
— Eita jesus… — Disse assim que o seu olhar maravilhado e chocado caiu sobre mim.
Fiquei levemente paralisada também, enquanto encarava o garoto do pepino. Ele usava o mesmo uniforme que os outros alunos que vi nos corredores e no gramado, o uniforme era um azul-escuro, quase preto e detalhadamente em vermelho. Essa roupa caia estranhamente bem nesse garoto… Ele tinha os olhos castanhos escuros, assim como o seu cabelo ondulado que estava levemente desarrumado, o seu nariz era meio empinado e os seus lábios eram avermelhados.
Qual hidratante será que ele usa?
Será que posso ser expulsa por roubo de hidratante labial?
O garoto do pepino com certeza não vai se importar se eu roubar o hidratante dele.
Espera aí…
Oque ele fez com o pepino?
— Marcus. — chamou a diretora com um olhar envergonhado e duro. — Filho me desculpe por interromper sua aula, eu te chamei porque preciso que você mostre para a senhora Miller, aonde fica o dormitório dela.
Intercalei olhares entre a diretora e o garoto do pepino.
— Sem problema. — Respondeu ele sorrindo para a diretora.
Ele me encarou e eu me levantei da cadeira, brevemente me despedindo do meu pai e da diretora. Saindo do escritório, o garoto fechou as portas atrás de mim e se preparou para pegar as minhas duas malas.
— Por favor, me diz que você enfiou o pepino na sua bunda. — Mencionei assim que ele pegou as minhas malas, mais interessada na fofoca do que em ir para o meu dormitório.
— O meu amigo Siriús… Ele… Espera, o quê?
Continua…
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Atualizado até capítulo 30
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