*** Maya Miller***
— Natasha Caldeirão.
O garoto do pepino deu uma inclinada na cabeça para mim, encarar confuso, já a garota, ela revirou os olhos e logo se virou para o doidão aqui.
Eu sinceramente, já não gostei de nenhum dos dois.
Esse colégio não é para mim.
Preciso ser expulsa.
Tenho certeza que não será difícil…
— Eu tava te procurando faz séculos! — Sorriu a garota. — Preciso que você me ajude com o trabalho de história, você sabe o quanto sou ruim e o quanto você e bom em tudo o que faz.-Piscou para ele e foi a minha vez de revirar os olhos.
Suspirei pegando as minhas duas malas e abrindo a porta do meu quarto.
— Bom, garoto do pepino, obrigada por me trazer e se a gente se encontrar nos corredores é melhor correr. — Sorri.
Chutei as minhas malas para dentro do quarto e em seguida fechei a porta, não deixando o garoto do pepino se despedir.
— Mal posso esperar para colocar fogo nesse lugar. — Sussurrei com ódio.
— Colocar o quê? — Perguntou uma voz assustada e eu levantei a cabeça para encarar a pessoa.
Arregalei os olhos encarando a garota e dei o meu melhor sorriso a garota. Ela vestia o mesmo uniforme que todo mundo e ficava adorável nela, tinha o cabelo rosa em um tom bem claro e segurava um livro. Sentada na cama.
— Eu quis dizer “colocar fogo”, mas do jeito de… ser super gata, ou ser ótimas nas matérias, sabe? — Ri nervosa e a garota continuava me encarando assustada.
Traumatizei ela, não foi?
— Puta merda… Falou a garota olhando para o nada. — VOCÊ é a garota nova, expulsa do último colégio! —
Disse ela toda animada se levantando e caminhando até minha direção.
— E como você sabe disso?-Perguntei assustada.
— E quem não sabe? — Questionou sorrindo.
Ela ainda sorria e me analisava cada parte do meu rosto e corpo.
— Eu me sinto adorável sendo a parceira de quarto da nova celebridade do colégio. — Disse ela balançando os braços, igual uma criança. — Todo mundo ficou chocado quando a diretora aceitou ter uma garota que já foi expulsa, não só uma vez, mas 5 VEZES. — Contou ela toda animada.
Eu a encarava ela com olhar assustado e surpreso enquanto a mesma surtava.
— Você não tinha que está em aula agora? — Perguntei confusa.
— O quê? O café da manhã começa daqui a 4 minutos. — A garota do cabelo rosa diz.
Que estranho… Eu tinha certeza que ouvi a mãe do garoto do pepino mencionar algo sobre ter atrapalhado a aula dele.
Incrível que prestei atenção nisso, mas não prestei atenção no nome do garoto.
— Sou a Alyssa, mas pode me chamar de Aly.
— Maya. — Sorri simpática.
— Que nossa amizade dure enquanto nos fizer bem. — Disse ela com um sorriso sincero.
[…]
— Aquela dali, é a Lola, a maconheira do colégio, mais não contra para ninguém que te falei isso. — Disse Alyssa piscando para mim. Aqueles dali, são o casalzinho, pior que boomerang, termina pega fulana e fulano, depois volta como se nada tivesse acontecido. Aqueles dali são o time de futebol, não passa nem perto, eles fedem, e se for passar mira um desodorante na cara deles, e corre.
A gente estava no refeitório, tomando café da manhã, na verdade, ela tava, eu peguei meu toddynho e tô bebendo sem ter agitado.
O quê? Vocês acharam mesmo que eu conseguiria passar um dia sem minas drogas?
Sobre o uniforme, ele era lindo… Com certeza vou rouba alguns quando for expulsa, eles são melhores que minhas roupas de mendigo.
Falando em ser expulsa…
— Alguém aqui já foi expulso daqui? — Perguntei como não quer nada.
— Assim, sim, teve uns dois caras. Eles arrumaram uma briga enorme. — Disse ela dando uma mordida na maça.
Então e isso que preciso fazer? Arruma uma briga enorme? Isso será fácil…
[…]
A Alyssa disse que eu precisava buscar meu horário com a diretora, então fui lá.
Me perdi uma 2 vezes naqueles corredores enormes, mas achei um casal trasando no armário da limpeza. Foram bem legais, mostraram onde eu tinha que ir.
Finalmente achei.
Dei três batidas e entrei.
Garoto do pepino.
Ele estava sentando na cadeira da diretora, todo desajeitado, com uns papéis na mão e lia atentamente, até que notou minha presença. Foi um motiva para dá, um sorriso de lado lindo.
— Garoto começa a correr. — Falei pegando um lápis afiado da mesa para enfiar nele.
— A gente não está nos corredores. — Lembrou ele para os papéis segurar na mão.
— Melhor ainda posso te matar e ainda dá tempo para fugir.-Sorri girando o lápis entre meus dedos de um jeito habilidoso.
— Acho que você veio buscar isso. — Falou me entregando um dos papéis que estava em sua mão. — A menos que já está sentindo minha falta. — Sorri, revirei os olhos tentando esconder que quase corei.
Falei que “quase” corei ok?
Espera, por que ele tava com meu horário na mão dele?
Encarei meu horário naquela hora e quase chorei de desespero.
Preciso ser expulsa rapidamente daqui.
— Matemática 4 vezes por semana? Isso e castigo? Já não bastava aquela senhora ter arrancado meu celular com aquelas mãos frias e mortas? — Reclamei e o garoto deu risada.
— Boa sorte, Maya. — Desejou com um sorriso de lado encantador.
Continua…
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Atualizado até capítulo 30
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