Capítulo 6

Capítulo 6

Eu fico o dia inteiro olhando para aquelas fotos, não consigo ver nada anormal, isso tá me deixando doida, não fiquei sozinha quase em momento nenhum, quando Nick não estava aqui o Keven estava e agora era o Lucas que estava aqui, isso já estava me incomodando também.

_Lucas por que não vai dá uma volta.

_Não precisa, estou bem.

_Por favor, só preciso de meia hora.

Ele olha para mim e concorda.

_Volto daqui apouco.

_Obrigado.

Enfim estou sozinha, penso melhor quando estou sozinha, o Nick teve que resolver algumas e falou para o Keven vim ficar comigo, pedi ele para ir buscar o meu carro que já estava pronto e deixa no condomínio, e ele pediu para o Lucas vim ficar comigo, pelo menos o Lucas e o mais de boa dos três e concordo em me dá um pouco de espaço, não sei o que eles acham que eu vou fazer se fica sozinha.

Eu já tinha a lista completa de todas as pessoas que estavam na cena de crime, dentro e fora dela, começo a olhar idade e onde estavam nos dias dos crimes, descarto a maioria, os que eu não consegui acha onde estavam, olho se foram para Madri nos últimos 12 anos, mais uma lista enorme que não me levou a ligar nenhum, acho que minha teoria pode estar errada e pode ter sido apenas coincidência a Ester está vestida daquela forma.

Decido sair do laboratório um pouco já estou lá desde madrugada, saio da delegacia e vou para um café que tinha do outro lado da rua, pego algo para comer e um capucino, me sento em uma das mesas do lado de fora e respiro fundo, eu estou vendo alguma coisa do jeito errado, mais o que era, começo a comer meu croissant e um cara se senta na cadeira na minha frente e não fala nada, olho para ele e me lembro de ter visto ele na cena de crime, ele era um dos repórteres que estavam lá, o nome dele era Mateo Casano.

_Posso te ajuda em algo?

_Sou Mateo, vi que você estava na cena de crime hoje de manhã, nunca tinha te visto antes, então imagino que seja uma nova integrante da equipe de investigação, gostaria de fazer uma pergunta, se não se incomoda?

_Não tenho nada a declarar.

_Sou jornalista investigativo, também quero saber quem é o ceifador, talvez podemos trabalhar juntos, o que acha?

_Que você deveria ir embora.

_Não deram nenhuma informação sobre essa cena de crime, por quê? Tinha algo diferente nela? Vocês têm alguma pista?

_É uma investigação em andamento, não daremos nenhuma informação por enquanto, agora vá embora.

_Ainda nós veremos de novo, me ligue se mudar de ideia, ou se quiser sair para beber.

Ele coloca um cartão em cima da mesa e vai embora, me levanto logo o cartão no lixo e volta a delegacia, odeio jornalistas, eles são pessoas cruéis, fazem de tudo para consegui uma matéria, não ligam para os sentimentos das pessoas, vou para minha sala e tomo um susto quando vejo Nick lá.

_Onde você estava?

_Que porra Nick, me assustou, só sair para tomar um ar, o que quer?

_Eu te procurei no laboratório, você não estava lá, ninguém sabia onde você estava e você não atendia o celular.

_Não foram nem vinte minutos, não surta Nick.

_Vinte minutos, sabe o que poderia ter acontecido nesse tempo? O ceifador podia ter pegado e te matado, e eu não poderia impedir.

Eu apenas vou até Nick estava e abraço ele, ele me segura com força e coloca a cabeça no meu ombro.

_Me desculpa Nick, não queria te deixa preocupado.

Nick apenas me aperta mais, ele parecia precisa muito daquele abraço, ficamos um bom tempo abraçados, nós separamos quando o Keven veio avisar que o resultado das amostras que eu peguei na cena de crime tinham saído, Nick me solta e se afasta de mim, vejo que os olhos dele estavam vermelhos e minha blusa meio molhada, ele estava chorando.

_Pode ir, só me avise se for sair.

_Tem certeza que está bem?

_Sim, pode ir.

Nick continua de costa para mim, decido que é melhor deixar ele sozinho, saio da sala e Keven estava me esperando lá e nos dois vamos para o laboratório, Keven estava me olhando como uma criança querendo algo.

_O que foi Keven?

_Vocês dois voltaram?

_Não.

_Não? Vocês dois pareciam bem próximos na sua sala.

_Foi só um abraço, ele surtou um pouco quando não me achou.

_Um pouco? Ele quase bateu no Lucas por te deixado sozinha, mais sabe que ele tem razão né?

_Eu sei tinha que ter avisado, eu só precisava tomar um pouco de ar e queria ficar sozinha.

_A cena de crime de hoje de manhã deixou todos que te conhece muito preocupados, só estamos tentando te proteger.

_Eu sei disso.

_Você não parece nem um pouco preocupada ou com medo, por quê?

_É isso que ele quer, e eu não vou dar isso a ele.

Olho todos os resultados das amostras e não tinha nada, nunca tem nada.

_Não se preocupe, vamos pega ele.

_Tenho que volta ao trabalho, vai fica aqui?

_Vou ir ver como o Nick está.

Keven me dá um beijo na testa e me deixa no laboratório, fico lá mais um pouco e depois vou para a sala do Nick, bato na porta, e ele fala para eu entrar, ele não estava com uma cara muito boa.

_Vim ver como você está.

_Estou bem, achou algo nas amostras?

_Não, mas ainda pode ter algo na autópsia.

Me sento na cadeira de frente para Nick e ele continua olhando para os papéis na mão dele.

_Se não precisa de mais nada, pode ir.

_Só vou sair depois que me dizer realmente como está?

Ele olha para mim, pela primeira vez desde que eu entro na sala, os olhos ainda estavam meio vermelho, acho que ele chorou de novo.

_Já disse que estou bem.

_Seus olhos dizem outra coisa.

_Me diga Bianca, o que meus olhos estão te dizendo?

Ele está brava comigo, ele só me chama de Bianca quando está bravo ou chateado comigo, odeio quando ele fica assim.

_Que você está assustado e com raiva.

_Tem razão, eu estou assustado, tenho medo que algo aconteça a você e estou com raiva daquele maluco, eu quero matar pelo oque fez com seu, pelo que vez comigo, pelo que fez você e todas as famílias das passarem, era isso que queria ouvir Bianca?

_Sei como se sente e também quero ele morto.

_Posso isso, não queria você com uma arma, se você descobrir quem ele é vai querer puxar o gatilho, não quero que você faça isso, que tenha sangue nas mãos, nem mesmo o daquele cretino.

_O que vai acontecer quando pegamos ele?

_ Deixaremos a lei agi, ele vai ser sentenciado a pena de morte, nós não precisamos puxa o gatilho.

_Vamos deixar isso para quando chega a hora, no que você está trabalhando?

_Estou seguindo o rastro da Ester para ver se achamos algo, mais como sempre não tinha câmeras, só sabemos que ele pegou ela no estacionamento do Shopping.

_Acha que ele pode ser algum ex-militar? Talvez até de uma Força-tarefa.

_Ainda acha que é um dos nossos?

_Sim, ele sabe se esconde das câmeras, nunca deixa nada nas cenas de crime, ninguém nunca viu o rosto dele, e você disse no seu testemunho que quando ele atacou você e o Antony, que ele sabia lutar muito bem, eu e meu irmão temos aula de luta desde criança, meu irmão era muito bom e você também não era ruim, ele detonou vocês dois sozinho, ele deve ter tido algum treinamento.

_Tá, sua teoria não é tão ruim, mais ainda pode ser apenas alguém que aprendeu lutar cedo e que pesquisa os lugares antes de ataca.

_Pode ser, você acabou de me dar uma ideia.

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