# 11

Violeta

— Se como diz é mais seguro para mim, ficar longe de você porque vem aqui tão frequentemente?

Criatura

— Por que sou egoísta.

Violeta

—Eu não entendo.

Criatura

—Você é muito linda , parece um anjo , seu jeito de sorrir e o jeito que olha para as pessoas, é tão oposta à mim é acho que isso me atrai , como se ficar perto de você me fizesse alguém melhor.

Violeta

—Espera! Você me viu sorrir ? Quando e onde ? Tem me seguido ?

Criatura

—Me desculpa.

Violeta

—Ok , se prometer não me machucar então esta tudo bem.

Criatura

— rsrs Você é estranha .

Violeta

—Acho que também sou egoísta.

Criatura

— rsrs acho que só é estranha mesmo.

Violeta

—Você arranca o coração de alguém , tem asas e eu que sou estranha?

Criatura

—rsrs , eu preciso ir , vai descansar .

Violeta

— Só me responde uma coisa , você vai voltar?

Criatura

—Você quer que eu volte ?

Violeta

— Se prometer não me machucar nem machucar a minha mãe tudo bem.

Criatura

— Então me responde honestamente , está me chamando para voltar para escrever uma matéria?

Violeta

— Se me deixar escrever sobre você, eu não vou recusar, mas na verdade não é por isso, sabe por incrível que pareça, mesmo que inicialmente eu tenha sentido tanto medo de você, alguma coisa me diz que estou segura , mas se me deixar escrever posso mostrar a verdade e poderia mostrar a todos que você não é alguém ruim.

Criatura

— Eu sou ruim , preciso matar para sobreviver, se falar sobre mim , eu seria caçado até a morte pelos humanos. Não que isso seja ruim.

Violeta

— Você quer ser caçado?

Criatura

— Preciso ir , e você precisa dormir, podemos falar disso em outro momento.

Ele abre as grandes asas e voa, naquele momento Violeta abre a janela e vê ele indo já longe e acaba sorrindo, afinal aquela mesma cena já deixou ela apavorada por duas vezes.

No dia seguinte ela vai para o trabalho e o faz perfeitamente, Eliot sempre que esbarra com ela desvia e finge que não a viu, o que para ela é o melhor, toda a noite ela volta para casa, janta com a sua mãe, ajuda com as tarefas e depois espera por sombra, foi o nome que ela deu a ele, Violeta até mesmo deixou um banquinho, uma garrafa de água e bolachas ali caso ele tenha fome.

Quando ele chega e vê aquilo sorri .

Sombra

— Isso é para mim ?

Violeta

—Sim.

Sombra

— Vai me esperar toda noite ?

Violeta

— Depende sombra , vai vir aqui toda noite?

Sombra

— Se quiser. Me diz por que me chama de sombra?

Violeta

— Bem , você não me disse o seu nome e uma sombra é tudo que vejo a semanas.

Sombra

— Entendi, eu gostei .

Violeta

—Você sempre me diz ser um monstro, mas nunca me disse que tipo de monstro.

Sombra

— Por que isso depende muito do lugar, eu já tive vários nomes com o passar dos séculos.

Violeta

— Me conta um pouco .

Sombra

— Sou um demônio Ghouls - normalmente traduzido como “carniçal”, sou um demônio mas me pareço a um humano na maior parte do tempo , somos mais conhecidos na mitologia árabe pré-islâmica , somos associados a cemitérios e consumo de carne humana.

Violeta

— Nossa .

Sombra

— Apesar de sermos chamados carniçais a carne humana nos dar a energia que precisamos, mas é bem melhor fresca, ganhamos esse nome, pois na época em que viemos para o mundo de vocês, as guerras entre vocês, era como um banquete ao ar livre e nos alimentávamos dos seus mortos.

Violeta

— Eca, sabia que temos carnes muito boas e mais saborosas ?

Sombra

— Sim , quem não gosta de uma belo bife , mas a carne animal não tem o que precisamos, um coração humano fresco pode nos saciar por meses .

Violeta

— Agora entendi por que o arrancou, mas me diz ao invés de caçar um morador em situação rua inocente que não vai atrás de homens maus?

Sombra

— E vou, aquele homem não era só um morador de rua, ele fez coisas ruins.

Violeta

— Sério? Entendo!

Depois dessa simples conversa o Sombra vai embora e Violeta se prepara para deitar, ela nem pode imaginar o quão estranho essa situação é, afinal ela estava conversando com um ser Sobrenatural que se dizia um demónio, mas que prometeu não machucá-la, e ela é doida o suficiente para acreditar na sua palavra. Na manhã seguinte Violeta vai para o trabalho cedo como todos os dias só que dessa vez apareceu uma oportunidade de trabalho com outro jornalista, mas em uma cidade vizinha ela teria que passar três dias fora, mas o estranho mesmo foi ela pensando se deveria aceitar, pois, assim o sombra ficaria e dias sozinhos.

Repórter

—Você aceita Violeta?

Amanda

— Claro que ela aceita, é uma oportunidade única, né Violeta?

Ela respira fundo sorri e confirma, afinal as conversas com o sombra eram boas, mas ela precisava focar na sua carreira.

Violeta

— Sim, claro que aceito, muito obrigado pela oportunidade.

O homem confirma e sai e Amanda está super feliz por ela, afinal os dias de experiência dela estavam chegando ao fim, assim como o prazo da última alimentação de Adrian, que já estava começando a ficar nervoso com isso.

Adrian está em uma ligação com seu pai.

Oliver

_ Você já deve está começando a sentir os efeitos, vem jantar em casa hoje.

Adrian

— Eu não vou fazer isso .

Oliver

— Não seja hipócrita Adrian, vai precisar matar só mesmo jeito.

Adrian

— Mato pessoas que merecem, vocês matam a seu prazer.

Oliver

— Pensa assim, vai comer alguém que já está morto e não vai precisar sujar as mãos, prometo que guardo a sua parte favorita.

Ele pensa um pouco e olha na direção de Violeta o sorri ao no seu rosto, ficar reprimindo pode colocar a vida dela em perigo, então talvez a ideia do seu pai não seja ruim.

Adrian

—Tudo bem, mas só dessa vez.

Oliver

— Perfeito meu filho, eu fico muito feliz que tenha aceitado, aos poucos as coisas voltam para o lugar.

Adrian

— Preciso desligar tenho que trabalhar.

Após desligar ele mais uma vez olha para Violeta, ele não poderá vê- lá hoje, mas ele pode avisar a ela no dia seguinte que teve um problema é não pode ir .

Amanda

— Vou te deixar sair mais cedo hoje para fazer as suas malas, afinal viaja amanhã cedo.

Violeta

— Amanhã?

Amanda

— Sim porquê? Algum problema?

Violeta

— Não, eu só preciso falar com alguém hoje.

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