Capítulo 13

Ela se levanta da cama ao perceber que a voz é de um dos meninos que grita desesperado. Silas também acorda com os gritos e choro do garoto, pois o quarto dele é igualmente próximo.

Ele acende a luz do abajur e chama Talia que dorme profundamente de barriga para cima com uma venda preta de dormir nos olhos.

_ Eii, Talia!

Talia o responde murmurando, brava por ter a acordado.

_ Hum?

Ele lhe explica o que aconteceu em um preocupado.

_ O Henry está gritando e chorando, você deveria ir ver o que ele tem.

Talia suspira fundo mostrando sua total indiferença, se vira para o lado e diz grosseiramente.

_ Isso é falta de uns tapas! não irei até lá, ele que se cale e volte a dormir!

Silas passa a mão nos cabelos, olha para ela e diz franzindo as sobrancelhas, indignado com a indiferença dela para com o filho.

_ Ele é seu filho, como pode deixá-lo ficar tão assustado e não ir acalmá-lo?

Talia cobre a cabeça com o cobertor e diz rispidamente.

_ Não enche! Não tenho culpa de ele ter tido um pesadelo ou sei lá o quê!

Vendo que tentar fazer com que a própria mãe vá acalmar o filho não vai dar em nada, ele se levanta e vai até o quarto de Henry, ver o que de fato aconteceu e assim tentar acalmá-lo.

Ele está usando um short cinza em cima dos joelhos com uma camisa de manga longa azul escuro.

Quando entra no quarto de mansinho, vê a Babá acariciando os cabelos de Henry e falando baixinho.

_ Calma, só foi um pesadelo, está tudo bem agora.

Silas se aproxima dele, ao lado de Maya, também se senta na cama e diz.

_ O que foi garotão, por que estava gritando tanto?

Henry arregala os olhos ao vê-lo e diz com um semblante decepcionado com sigo mesmo.

_ Ah, pai! Eu tive um pesadelo! Agora estou com raiva por ter gritado tanto feito uma garota!

Maya olha para ele franzindo as sobrancelhas e lhe pergunta.

_ Você acha tão ruim assim os gritos de uma garota?

Ele assente firmemente e diz em um tom bravo.

_ Sim!

Silas olha para ele e depois para Maya e diz.

_ Quando você crescer e namorar com uma garota bem linda, verá que há um momento de amor que os gritos dela será muito interessante, você vai amá-lo e ela mais ainda de poder gritar pra você.

Sem entender nada Henry lhe questiona.

_ E desde quando gritos de garotas são boa coisa, pai?

Silas ri e quando está prestes a responder, Maya responde por ele.

_ Neste caso não são, o seu pai só está brincando.

Maya olha para Silas e diz com um olhar sério.

_ Senhor, Silas, não deve dizer tais coisas, ele é uma criança e pode acabar entendendo errado.

Silas desce o olhar sobre o seu corpo descaradamente, atraído pela forma que ela está vestida, com uma roupa de dormir, composto por uma blusa branca de alça e um shortinho também branco de tecido fino.

Ele morde os lábios da um sorriso malicioso e diz.

_ E você entendeu?

Maya respira fundo de nervoso e desconfortável com o seu olhar e responde gaguejando, se achando totalmente vulnerável a ele nesse momento, mesmo estando no quarto da criança.

_ Sim, eu... eu entendi, mais, mais....

Silas se levanta, beija a cabeça de Henry e diz.

_Vale lembrar, filho, que a garota irá gritar de felicidade, pois vocês estarão brincando muito, com muita emoção e diversão!

O menino cobre a metade da cabeça e diz, achando o que Silas disse nojento.

_ Credo!

_Brincar com uma garota?! Tô fora!

Ele olha para Maya, arqueia as sobrancelhas rindo do que o garoto disse sobre “brincar com uma garota.”

Silas da um passo a frente em sua direção e ela então se levanta ligeiramente e diz de repente bastante apressada.

_ Bom! Já que ele está tranquilo agora, eu irei voltar a dormir. Boa Noite!

Silas a segue e diz com um semblante curioso.

_ Calma! Por que de repente ficou tão apressadinha?

Maya olha para ele com as mãos juntas a frente e diz.

_ É que eu estou com muito sono.

Silas boceja também sentindo muito sono e lhe diz olhando em seus olhos como se estivesse tentando ler os seus pensamentos.

_ Você é uma Babá muito eficiente! atua até mesmo fora do horário de trabalho.

Maya abre a boca, olha para o lado lhe indicando que quer sair dali.

_ Eu só fiz o que qualquer um faria, que é tentar acalmar a criança, pesadelo é uma coisa horrível.

Silas gesticula negativamente e diz com seriedade ao lembrar das atitudes de sua esposa.

_ Não, qualquer um não faria, veja só a mãe dele, era quem deveria estar com ele, mas não estava porque prefere o sono de beleza dela.

Maya aperta os lábios e fala sentindo seu ar faltar de nervoso, porque sempre ouviu falar:

“Jamais fique sozinha com um homem a noite, é certo que os seus pensamentos sobre você serão impuros.”

_ É realmente uma pena. Boa noite!

De volta ao seu quarto, Maya tranca a porta e respira fundo com a respiração pesada.

_ Silas é um depravado! Não é coisa da minha cabeça, ele realmente estava olhando para mim com malícia.

_ E aquilo que ele disse, Meu Deus, eu não sei como conseguir olhar para ele e repreendê-lo por falar aquilo.

Ela se deita em sua cama, desliga a luz e tenta voltar a dormir e nisso se lembra que a menina e o menino mais velho deve ter acordado com os gritos do irmão, mas logo descarta essa possibilidade, pois se estivessem acordado poderiam ter saído de seus quartos para ver o Henry.

A Aria então por ser a mais novinha poderia até chorar assustada com os gritos.

Alguns minutos depois, Maya é acordada novamente, dessa vez com batidas leves em sua porta.

Parece que em uma só noite a paz lhe abandonou e o caos a abraçou, mas não pode reclamar com ninguém já que não está em sua própria casa.

Ela gela com essas batidas na porta e sem querer pensa.

_ Meu Deus! é ele o meu Host Daddy?

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