Capítulo 4

Depois do almoço, Maya tenta interagir um pouco com as crianças na sala, para já ir ficando mais próxima deles.

O mais velho, é o primeiro em que ela se aproxima e puxa assunto.

_ Oii, você é o Brandon, não é?

Brandon assente e continua concentrado em seu jogo de corrida de carros no tablet. Vendo que seria ignorada por conta do jogo, ela diz aleatoriamente, chamando a atenção do garoto.

_ Eu aprendi a dirigir carro com o do meu pai, quando mais nova.

_ Eu fiquei com muito medo! mais consegui. Teve uma vez que eu quase bati na parede, e depois disso meu pai não queria mais me dar o carro para eu continuar treinando.

Brandon olha para ela bastante interessado no assunto e então começa a interagir com ela.

_ E o que você fez para ele, pra ele... te dar o carro de novo?

Maya sorri docemente e lhe responde em um tom divertido, cerrando os punhos em demonstração da sua insistência para conseguir convencer o pai a deixá-la voltar a dirigir.

_ Eu fui uma boa filha, e esperei e lutei por mais um voto de confiança do meu pai e ele então deixou eu pegar o carro de novo.

_ O peguei, e fui até no meio do caminho e o carro de repente fez vrumm! E parou. Resultado! eu tive que voltar para casa a pé.

Brandon abre a boca e cai na gargalhada com o bico que Maya fez, ao dizer isso.

_ Hahaha. Que azar você tem!!

Henry está no outro sofá vendo televisão e até então não estava dando a mínima para o que Maya e seu irmão está conversando até ouvi-lo rir.

Ele grita com Brandon em um tom bem grosseiro o deixando triste.

_ Cala a boca, Brandon!! Você

parece uma hiena rindo desse jeito, que ridículo!

Maya acaricia o ombro do garoto que volta a mexer no tablet com um semblante entristecido.

_ Não ligue pra isso, Brandon. Você tem um riso muito divertido!

Á Noite, Maya termina de pentear os seus cabelos quando de repente alguém bate na porta do seu quarto e diz.

_ Oii, é a Brianna, eu vim dizer que o senhor Jones está à sua espera na sala.

Brianna é a mesma funcionária que a recebeu quando chegou na casa dos Jones, logo cedo.

_ Ok, obrigada.

Responde Maya com uma voz baixa e delicada.

Maya estranha o seu chamado e reflete sobre isso em pensamentos.

_ Eles mudaram de ideia e já querem me passar a lista de tarefas e regras hoje?

Ela bate levemente na própria testa e reprime a si mesma.

_ Unf! Eu e minha mania de pensar de mais e inventar inúmeras teorias.

_ Deve ser apenas o jantar e ele se voluntariou a mandar me chamar dessa vez.

Ela vai por um pouco de perfume e em seguida pega o celular já indo em direção a saída de seu quarto, é neste momento que vê a mensagem de seu amigo de infância, o Caio.

Caio tem 22 anos, ele é um rapaz bem engraçado e de bom coração.

Lá no Brasil eles conversavam não tão frequente, porque Caio trabalha muito e quando chega do trabalho, tem que fazer muita coisa em casa para depois ficar com o tempo livre.

Na mensagem ele diz ainda sem acreditar que Maya está fora do Brasil.

_ Maya, eu não acredito que você fez isso! Você é louca e seu pai ainda mais maluco em te apoiar nessa decisão.

_ Você imagina o perigo que pode correr, mesmo tendo sido enviada por uma Agência?

_ Oh, Deus!!

Maya responde logo abaixo o tranquilizando.

_ Calma, Caio! Está indo tudo bem, ok?

_ Qualquer coisa que acontecer, e se tiver ao meu alcance não deixarei passar. A minha coordenadora está me acompanhando em tudo, vou até mandar uma mensagem para ela mais tarde.

_ Bom! Eu tenho que sair agora, tenho que ver o meu Host Daddy.

Caio no mesmo momento visualiza sua mensagem e responde.

_ Ver seu host daddy? O que ele quer com você?

Maya responde em seguida também se perguntando a mesma coisa.

_ Não faço ideia, estou indo ver agora. Tchau!

Caio já sabe um pouco sobre o programa para Au Pairs, por isso não lhe perguntou o que significa Host Daddy.

Como estava se arrumando para descer e, ir jantar, ela apenas calça uma sandália dourada e vai até a sala, usando uma calça preta jogger com uma blusa de manga longa e gola alta, verde escuro.

Está um clima fresco para os norte-americanos que são acostumados com as baixas temperaturas dos EUA, mas para Maya desde que chegou considera o clima frio, por isso veste uma blusa de manga longa e gola alta.

Ao chegar na sala, ela encontra apenas ele, ali a esperando, sentado no sofá com as pernas abertas.

Quando a vê, ele se ajeita no sofá, inclina-se para frente e entrelaçando os dedos.

Maya fica apreensiva, por está apenas ele ali, mesmo que tenha sido ele que mandou lhe chamar.

Silas olha em seus olhos com um olhar atrevido e pergunta.

_ Está cansada?

Ela faz uma careta e lhe responde toda nervosa, ainda em pé de frente para ele, querendo saber o que ele quer com esse chamado.

_ Não! quer dizer um pouco.

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