Capítulo 10

Depois de quase duas horas esperando uma resposta, sem fazer nada, Maya resolve ir ajeitando os quartos das crianças para passar tempo e assim lhe responderem sobre sua decisão.

Quando termina de arrumar as camas das crianças, no quarto de cada um deles, ela volta para o seu quarto e verifica no seu celular se a coordenadora respondeu a sua mensagem.

Porém, não obteve nenhuma resposta, sua mensagem nem foi visualizada.

_ Meu Deus! Por que ela está demorando tanto para responder? Não é final de semana e, desde que me inscrevi na agência que ela me responde rápido.

_ Hum... talvez esteja muito ocupada e, infelizmente terei que esperar mais.

Ela volta na cozinha com o celular na mão, toma um copo cheio de água e quando escuta seu celular apitar três vezes seguidas, ela o desbloqueia ansiosa e vê que é a mensagem tão esperada.

A coordenadora manda ela manter a calma, que tudo irá se ajeitar com o tempo e que é apenas o segundo dia.

Ainda logo abaixo ela explica que o período de adaptação é ruim, que a entende, mas era para ela dar mais outra chance antes de procurar outra família, por ela ter começado agora pode ser sim meio complicado para ela e para a família

Pois não estão adaptados com sua presença nem ela com o ambiente e com eles.

Maya faz de tudo para poder sair e diz resumidamente sem expor o ocorrido, que sua Host Mom está sendo muito desagradável com ela, desde que ela chegou.

A coordenadora incompreensiva torna a dizer.

Que pelo histórico ela é a primeira Babá estrangeira, ela não é acostumada com pessoas de fora certamente, mais logo ela irá se acostumar e isso mudará, para ela não se preocupar.

E finaliza a mensagem logo abaixo dizendo para ela tentar manter a calma e tudo dará certo, e nisso lhe deseja um bom dia.

Vendo que não chegará a nada, pois a coordenadora enrola o tempo todo para ela poder aceitar ficar, Maya resolve manter a calma mesmo algo tão absurdo ter acontecido.

_Talvez eu deva realmente dar mais tempo, e assim as coisas mudarão e caso continue aí sim escolherei outra família a todo custo!

Ela olha para frente, suspira fundo, com as mãos em cima das pernas e diz para si mesma.

_ Ok, só foi um mal entendido, ela estava de cabeça quente, continuar a insistir para mudar a família ao que parece não vai chegar em lugar algum.

_ Mais da próxima vez, não terá nada que me convença a não mudar, a agência tem que me conceder isso, como no acordo.

Ela volta para o quarto andando em passos largos e, continuará com o trabalho mais tarde.

Agora irá aproveitar que as crianças estão na escola para poder marcar um horário para ir fazer os testes para tirar a sua carteira de motorista.

Depois de tanto esperar, ela finalmente consegue agendar para ir daqui a dois dias.

Um pouco mais aliviada em ter conseguido o primeiro passo para poder tirar a habilitação, ela aproveita e procura por outro site, dessa vez um do curso de inglês que pretende fazer.

Ela fica indecisa entre duas faculdades e como ainda não tem o dinheiro que será dado especialmente para o curso, ela resolve fazer uma escolha final depois.

Mais tarde, as crianças chegam da escola e Maya os segue até seus quartos, ela pede aos meninos para que eles retirem os sapatos e vá diretamente para o banho.

Em seguida ela segue com a menina para o quarto dela e então retira os sapatinhos dos pés dela e em seguida as roupas e diz.

_ Vamos tomar banho agora? Fiz um lanche pra você, mais primeiro tem que tomar banho e pentear os cabelos, ok?

A garotinha faz bico e diz em um tom dengoso.

_ Ah!! Eu queria agola!!

Maya olha para ela respira fundo e diz.

_ Olha vai ser bem rápido, e ainda vamos fazer bastante esfuma e bolinhas de sabão.

Aria pula do banquinho e diz correndo em direção ao banheiro.

_ Eu queloo!!

Maya ri com o grande entusiasmo da pequena, ela se põe de pé, e vai dar banho nela.

Aria é bem delicada e agora neste momento está bem animada para ver as espumas e bolhas de sabão que Maya prometeu fazer.

.

Dois dias se passam, e Maya agora está terminando de se arrumar para ir para o local onde irá fazer a sua habilitação na Motor Vehicle Commission of Oakland.

Ela vestiu depois do banho, uma blusa branca social de manga longa com botões, deixou apenas dois deles desabotoados e para completar colocou uma calça preta e tênis branco.

Maya já tinha essas roupas, as quais comprou uns dois anos atrás no Brasil, era caro há alguns meses antes e quando as coisas entraram em promoção ela agarrou a oportunidade e comprou.

Seus cabelos foram bem penteados e para amenizar o frio e deixá-la com uma aparência mais elegante, ela os deixou soltos.

Ela usou uma make básica para poder tirar a palidez da pele de quem acabou de acordar deixando algo mais aparente nos lábios que ficaram levemente avermelhadinhos.

Mesmo não tendo passado muito tempo se arrumando, ela acabou se atrasando um pouco porque teve que arrumar logo a cama das crianças e algumas bagunças que fizeram depois que acordaram.

Deixaram roupas pelo chão, e alguns materiais escolar espalhados na escrivaninha.

Para não sair com fome, ela foi a cozinha em seguida e comeu algo rápido, café e leite e um pão com queijo e presunto.

Ela abre a porta e sai praticamente correndo andando em passos largos, não faz a mínima ideia se o local é longe ou não.

Ao pensar nisso, ela pega o celular e olha no mapa do Google e percebe que é muito longe.

Maya já está com um dinheiro adiantado que recebeu da Host family quando chegou para que ela já fosse ajeitando tudo o que fosse necessário e pagasse pelas coisas da viagem.

As informações importantes que deu a agência foram passadas para a família, isso incluindo a conta a qual irão transferir dinheiro para ela, que foi criada pela própria agência, pois Maya ainda não tinha uma antes de chegar aos Estados Unidos.

Sem querer continuar a perder tempo, ela volta a andar rapidamente, olhando para os lados a procura de um táxi para levá-la ao local.

Mais não há sinal de um táxi nas proximidades. Depois de uns seis minutos andando e procurando um táxi, uma Mercedes-Benz classe C branca, para ao seu lado, ela olha sem entender nada e continua a andar.

O carro então continua vagarosamente a seguindo e o motorista abaixa o vidro da janela do carro e revela a sua face, quando ela vê que é Silas Declan o seu Host Daddy, ela para sem reação e ele diz com um semblante calmo.

_ Para onde está indo? Quer uma carona?

Ela olha para frente demonstrando está apressada e mesmo estando também atrasada, ela diz receosa em aceitar ir com ele.

_ Não, obrigada. Estou indo na Motor Vehicle Commission of Oakland.

Silas Declan aperta os lábios e diz com sinceridade.

_ Não está nem um pouco perto de chegar, vai chegar atrasada se não aceitar que eu te leve lá.

Ela olha por uns segundos para ele com semblante pensativo e não diz nada, apenas se decide e da a volta e entra no carro ao lado dele, e põe o cinto toda agoniada e desconfortável em está ali sozinha no carro com ele.

Vendo que ela não para de sacudir as pernas e de olhar pela janela do carro, ele logo presume que o motivo da ansiedade dela é em chegar a tempo no local e não que a razão do seu nervosismo e ansiedade é ele.

Ele dá um sorriso maldoso olhando brevemente ela sacudir as pernas lentamente, volta a olhar para frente ao ver que quase atravessou o sinal vermelho por está se distraído com as coxas grossas e deliciosas dela e diz tentando descontrair.

_ Posso te dar uma dica sobre dirigir?

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