THOMAS - Mas ela também queria, eu queria sentir seu corpo quente, sua respiração ofegante. Por que ela insiste em dizer não? Droga, mulher difícil. Já sei, vou oferecer o que toda mulher gosta.
Thomas volta ao quarto de Melissa. Ela está sentada na cama, com as mãos no rosto e os cotovelos apoiados nas coxas. Assim que escuta a porta se abrir, ela olha e vê que é Thomas novamente.
MELISSA - Qual é? Me deixa em paz.
THOMAS - Tenho uma proposta para te fazer.
MELISSA - Sério? E qual é?
THOMAS - Me diga quanto você quer para passar a noite comigo. Pago o que pedir.
MELISSA - Eu não estou acreditando nisso. Olha, eu não sou como essas mulheres com as quais você está acostumado.
THOMAS - Todas as mulheres gostam de dinheiro. Me diga quanto você quer?
MELISSA - Eu quero que você suma. Eu não estou à venda, seu babaca.
THOMAS - Qual é, Melissa? Me fala seu preço. Eu costumo ter a mulher na minha cama e depois não querer mais. Eu te prometo que depois não vou mais te incomodar.
MELISSA - Você não me conhece. Acha mesmo que seu dinheiro vai me comprar? Eu tenho nojo desse tipo de pessoa, igual a você, que acha que tudo pode ser comprado. Não quero seu dinheiro, não quero saber de você. Não quero você, entendeu?
THOMAS - Já estou cansado. Nunca precisei correr atrás de mulher. Sabe de uma coisa, Melissa? Eu poderia te dar tudo o que você quisesse, mas já que você não quer, então já era. Mesmo que você queira, para mim você a partir de hoje é um homem barbudo.
MELISSA - Ótimo, demorou para entender.
Thomas vira para sair e volta para falar.
THOMAS - Vou voltar para minha vida de sempre. Espero que você não se incomode com os sons que ouvirá do quarto ao lado.
Ele fala e fecha a porta.
MELISSA - Agora pronto, era só o que me faltava.
Thomas desce as escadas possesso de raiva. Theo tenta falar com ele, mas ele passa sem nem olhar para os dois.
THEO - Acho que o bicho pegou.
MEG - Vou falar com a Mel, tá?
Theo balança a cabeça e ela sobe as escadas.
MEG - Mel, tá tudo bem?
MELISSA - Estou ótima, por quê?
MEG - Thomas saiu igual um foguete e vermelho de raiva. O que aconteceu?
MELISSA - Aconteceu que ele entrou aqui, me beijou, depois saiu e depois voltou querendo me comprar. Perguntou quanto eu cobraria para passar uma noite com ele. Um idiota.
MEG - Tá falando sério?
MELISSA - Eu lá tenho tempo para contar mentiras, Meg.
MEG - Meu Deus, que homem sujo.
MELISSA - Imundo. Olha, Meg, você sabe que é minha irmãzinha que eu tanto amo, né?
MEG - Lá vem.
MELISSA - Vou ficar aqui até o seu casamento, depois eu vou embora.
MEG - Ah, não, Mel. Você não pode me abandonar.
MELISSA - Eu não vou embora, só não vou mais morar aqui. Você terá toda a proteção, ninguém nunca mais vai tocar em você, e não precisaremos mais fugir. Eu também vou estar livre, já que você estará casada.
MEG - Ah não, Mel, mas vai ser a mesma coisa, e você vai ficar sozinha.
MELISSA - De qualquer jeito, eu vou estar sozinha. Não dormiremos mais juntas, você vai dormir com seu marido. Por favor, me entenda, não posso ficar na mesma casa que esse doente.
MEG - Se eu sentir saudades...
MELISSA - Você manda mensagem e eu venho aqui ficar com você, ou você fica lá comigo.
Meg dá um abraço na Mel, não queria ficar sem ela, mas entendeu o motivo dela querer ir embora. Ela pega na mão da Mel e elas descem as escadas. Theo olha para Mel e vê que ela está estranha.
MEG - Você acredita que o seu irmão quis comprar a minha irmã?
THEO - Como assim?
MEG - Assim mesmo que você entendeu, ofereceu dinheiro para ela dormir com ele.
THEO - Não acredito. (Passa a mão no rosto)
MEG - Pois acredite, minha irmã não mente.
THEO - Não disse que ela está mentindo, eu quis dizer que não acredito que ele fez essa merda.
MELISSA - Pois fez, e agora me disse que sou homem barbudo e disse que espera que eu não me incomode com os barulhos do quarto ao lado.
THEO - É... olha... eu não tenho culpa.
MELISSA - Por que no quarto ao lado? O quarto dele não é ao lado de onde estou dormindo.
THEO - Isso é porque ele... não, olha, um dia ele vai te falar, tá bom?
MELISSA - Vou ficar aqui só até o casamento de vocês dois, depois vou voltar para minha casa.
THEO - Você não precisa ir, Mel. Pode ficar aqui sem problemas.
MELISSA - Eu ficar aqui será o problema. Vocês vão para a lua de mel e eu vou ter que ficar aqui com seu irmão?
THEO - É, éééé...
MELISSA - Destrava, Theo.
THEO - Tudo bem, não vou me meter, Mel.
MELISSA - Ótimo, cunhado.
Eles conversam sobre a festa de casamento. Malu ajuda Meg a escolher as flores. Como elas não podem sair, amanhã uma equipe trará alguns vestidos de noiva para Meg escolher. A comida já está tudo certo com o buffet. Eles chegaram cedo para arrumar tudo. A noite chega e nem sinal de Thomas.
MELISSA - Estou achando que estou incomodando seu irmão, Theo.
THEO - Está sentindo falta dele? Aaaiiiii!
Ele reclama ao levar um tapa no braço da Mel.
MELISSA - Só estou falando que minha presença incomoda ele, palhaço.
THEO - Ele deve estar na sede, logo ele chega.
Eles jantam e Theo vai para seu quarto sozinho, fazendo bico de novo. Mel e Meg riem da cena dramática dele. Mel deixa Meg no quarto dela e vai para seu quarto, toma um banho e vai dormir.
"SONHO ON"
MÃE - Você não pode levá-la para lá, ela é muito pequena.
PAI - Ela vai, tem que se tornar o que eu preciso. Ela tem que assumir seu posto de herdeira, e você está tratando ela como mulherzinha.
MÃE - Mas ela é uma menina, não pode fazer isso com ela.
PAI - Se você tivesse me dado um filho homem, isso seria diferente. Mas nem pra isso você presta.
MÃE - Não vou permitir que você a leve.
PAI - Quem você pensa que é para me impedir? Vou te mostrar quem é o homem dessa casa.
Ela vai para cima da mãe de Melissa e bate nela. Melissa corre para tirar seu pai de cima e é empurrada. Ela bate a cabeça e apaga. Quando ela acorda, está em um lugar desconhecido, parece um lugar de tortura.
HOMEM - Olá, Melissa. Espero que goste da sua estadia aqui. Vamos começar com o treino básico: suportar a dor.
Ele pega um aparelho de choque e o segura na barriga de Melissa.
"SONHO OFF"
Melissa acorda gritando. Thomas, que estava chegando em seu quarto, escuta os gritos e vai até o quarto dela, mas está trancado, e ela não para de gritar. É um grito doloroso, como se alguém estivesse machucando ela. Theo e Meg saem e vão até a porta. Todos chamam para ela abrir a porta, mas Melissa não para de gritar.
Thomas manda eles se afastarem e dá um chute, derrubando a porta. Ela está na cama dormindo, mas suas costas estão arqueadas, como se a cama estivesse machucando-a. Meg vai até ela e começa a chamá-la pelo seu nome.
Mas parece que Melissa está presa. Aquele sonho, nada a faz acordar. Thomas senta na cama, a coloca em seu colo e fala em seu ouvido.
THOMAS - Melissa, escuta a minha voz. Se acalma, eu estou aqui. Abre os olhos, me vê, eu estou aqui, Mel. Abre os olhos, eu estou aqui. Olha pra mim, você consegue.
Mel vai se acalmando ao ouvir a voz de Thomas. Ela abre os olhos devagar e vê o rosto dele bem próximo ao seu.
Então, ela o abraça forte. Thomas sente ela tremer. Theo olha para Meg e pega na mão dela, levando-a para fora do quarto.
MELISSA - Foi horrível, eu lembrei da pior parte.
THOMAS - Me conta o que você lembrou?
MELISSA - Eu vi meus pais brigando de novo, meu pai queria me levar para um lugar e minha mãe não queria deixar. Ele bateu nela e depois eu bati a cabeça quando ele me empurrou. Acordei em um lugar que parecia uma sala de tortura. O homem disse que ia começar com um treinamento básico pela dor e senti minha barriga sendo queimada por um aparelho de choque.
THOMAS - Mas você acha que isso foi uma lembrança ou um sonho?
MELISSA - Eu senti a dor de verdade, Thomas, como se estivesse queimando bem aqui.
Melissa levanta a blusa e mostra onde ela sentiu a dor, e naquele lugar há uma marca branca fraca. Thomas franze a sobrancelha.
THOMAS - Você conseguiu ver o rosto do seu pai ou apenas ouviu a voz dele?
MELISSA - Consegui ver o rosto dele.
THOMAS - Se eu te mostrar uma foto, você conseguirá reconhecê-lo?
MELISSA - Sim, claro que sim.
Thomas ajuda ela a ficar de pé, pega em sua mão e a leva até o escritório. Lá, ele abre o notebook e uma pasta. Na pasta, há várias fotos de homens que são aliados de Thomas.
Ele chega na foto do homem e vira o notebook para Melissa ver.
MELISSA - Sim, é ele. Na foto, ele parece mais velho, mas é ele sim. Por que você tem uma foto do meu pai?
THOMAS - Porque ele é um dos meus aliados, Mel. E digo mais, ele está pagando muito bem para quem te encontrar.
MELISSA - Como assim?
THOMAS - Você fugiu de um casamento vantajoso para ele, Mel. Houve muito dinheiro envolvido nesse negócio. No dia do casamento, em vez de ir para o altar, você fugiu para outro lugar, deixou o vestido de noiva em um banheiro no aeroporto e desapareceu.
MELISSA - Os documentos falsos, por isso eles não me encontraram. Eu não uso meus documentos originais, eu nem sei onde estão. Eu só uso os documentos da tal Isabela Broch.
THOMAS - Sabe quem é essa?
MELISSA - Não, nem faço ideia de como consegui esse nome.
THOMAS - Preciso avisar que te encontrei, Mel.
MELISSA - Como assim?
THOMAS - Posso ser chamado de traidor se não disser que encontrei a filha do magnata Ramires.
MELISSA - Você não pode me entregar a ele. Eu nem sei quem ele é. Não pode fazer isso comigo.
THOMAS - Seu casamento ainda está de pé, Mel. Assim que eu te entregar a ele, você se casará.
MELISSA - Você está brincando comigo, não está?
THOMAS - Eu queria estar, Mel.
MELISSA - Não me chame de Mel. Sabe de uma coisa, chame ele aqui. Deixa que venha me buscar.
THOMAS - A sua marra não vai adiantar em nada, Melissa. Você não entende nada, uma ordem tem que ser cumprida custe o que custar.
MELISSA - Não faço parte dessa merda, não vou nem perder meu tempo com você. Avise à Meg que eu a amo e manterei contato.
Melissa sai do escritório de Thomas e vai até a portaria para sair. Thomas pega o rádio e avisa os seguranças que ela não pode sair pelo portão.
Depois, ele se levanta e vai até a porta, vendo ela xingando os soldados.
MELISSA - Estou pedindo com educação, abre essa merda de portão, seus cachorrinhos de mafioso.
SEGURANÇA - Ordens do patrão, senhorita. Você não pode passar.
MELISSA - Aquele merda é seu dono, não o meu. Abre logo.
THOMAS - Eles não vão abrir, Melissa. Para com isso, está se comportando como uma menina mimada.
MELISSA - Não, eu não estou. Estou fazendo de tudo para salvar a minha liberdade. Se eu não quis me casar antes, por que acha que quero me casar agora, me diga?
THOMAS - Você não tem o que querer, ordens são ordens.
MELISSA - Vai dar ordens à puta que pariu, não a mim.
THOMAS - Chega, você já me irritou.
Thomas vai até ela e a pega pelo braço, puxando-a de volta para o escritório.
MELISSA - Parece que eu sou feita de plástico, mas eu não sou, tá? Vai quebrar meu braço me puxando desse jeito.
Ele não responde, eles entram e ele tranca a porta, guardando a chave.
THOMAS - Presta atenção no que eu vou dizer.
MELISSA - Nem começa com esse papinho, já até imagino o que você vai fazer.
THOMAS - Ah é? E o que acha que eu vou fazer?
MELISSA - Vai querer fazer igual ao Theo e Querer me salvar se casando comigo. Eu me caso com qualquer um, menos com você.
THOMAS - Então você se lascou legal, minha cara.
MELISSA - E por que eu me lasquei?
THOMAS - Porque, minha linda, eu sou o homem que fez negócio com seu pai. Eu sou o noivo de quem você fugiu uma vez, mas não vai fugir de novo.
Melissa olha para ele desacreditada.
MELISSA - Como é que é?
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Josi Gomes
NEM TODAS AS MULHERES SÃO COMO AS PROSTITUTAS QUE VOCÊ ESTÁ ACOSTUMADO A TRANSAR .
NÃO ACEITA SER RECUSADO , E ESTÁ LOUCO PARA TÊ-LA
2025-01-25
1
Adriacmacez
AMIGOOOOOOOOOO...
Vc extrapolou o negócio ☺️
aaaaaaa Acabou com todas as expectativas q eu tinha sobre vc cara 👌😠😠
2024-12-31
2
Ilma Matias da Cruz
vixe Maria agora é que o bicho vai pegar kkkkk
2025-03-08
1