Inconclusivo

Passado o susto e o nervosismo, após receber as notícias que a sra. Valentina me deu, sento novamente ao lado do meu pequenino e o observo atentamente...

Segurando firmemente em sua pequena mão que agora me parece menos fria que antes... espero pacientemente que ele reaja.

ENQUANTO ISSO NA CABEÇA DE JAYDEN

Olho em volta...

 Onde estou? Porque não reconheço este lugar? Onde estão todos?

-TAESUNG...

Esses corredores brancos e vazios parecem-me tão assustadores...

Preciso continuar caminhando, não posso parar.

- TAESUNG ONDE VOCÊ ESTÁ?

Sinto os meus olhos ardendo... 

~ estou prestes a chorar. ~ 

Vejo uma porta ao longe e corro até ela... mas, está trancada. 

- ALGUÉM AÍ? POR FAVOR... SOCORRO!

Desesperado, já não consigo mais correr, falar e muito menos andar... simplesmente sento-me no chão encostado a porta chorando muito... 

~Estou com frio...~ 

Me encolhendo o máximo que posso fico ali ouvindo apenas minha respiração e meu choro, até que adormeço... Não sei por quanto tempo... mas desperto com o som familiar da voz dele perto ao meu ouvido...

 Taesung...

- \~Você precisa acordar amor... estou esperando você aqui, não demore... por favor!~

Juntando toda força que tenho... (Sussurro)

- \~Taesung\~

Sinto ele apertar minha mão enquanto com a outra mão toca meu rosto.

- Você está bem? Sente alguma dor ou dormência?

Tomando consciência do meu corpo respondo calmamente 

- Não sinto nenhuma dor... mais estou com muito sono e meu corpo parece estar mais pesado.

Olho para baixo e vejo o porquê... (Sorri) 

Claro que ficaria pesado... você está deitado sobre mim. (Corando)

- Desculpe por isso...

Me ajeitando para sair de cima dele, sento ao seu lado.

- Estava cansado e tive receio de adormecer e não ver quando o médico viesse te visitar então, deitei sobre você...

Toco seu rosto... 

- Você é muito fofo Tae...

Me sento na cama, olho para ele que me observa fixamente. 

- O que há?

- Nada... só estou olhando para você.

- Não\, não... você está me olhando como se eu fosse um espessime raro. O que há? O que os médicos disseram? porque me senti daquele jeito?

- Até agora o diagnóstico é inconclusivo... então\, eles estavam esperando você acordar para fazer mais alguns exames e para refazer a tomografia.

- Certo... (Preocupado) 

- Taesung, chame o médico, por favor... preciso conversar com ele sobre as poucas informações que tenho sobre minha família biológica.

Sem dizer nada... ele simplesmente levantou e saiu e busca do médico. 

Sempre soube que isso poderia acontecer mais nunca achei que seria enquanto eu estivesse tão jovem...

Poucos minutos depois da saída dele a porta se abre e entram juntos, ele é um senhor de meia idade muito parecido com ele... 

- Bom dia Sr Chang como posso ajudá-lo?

- Bom dia Dr. eu soube que a equipe deste hospital me examinou enquanto eu estava inconsciente por não encontraram nada conclusivo...

- Isso é verdade mas\, soubemos pelo seu marido que vocês se casaram a poucos dias e que em seguida você entrou no cio...

- Isto não tem nada haver com minha condição\, eu sei porque estou assim e posso esclarecer as coisas para que vocês não percam mais tempo comigo...

Sinto um mão forte segurar a minha e olho para ele com todo carinho que sinto e digo para ele sentar. 

Olho para o Doutor e continuo... 

- O senhor tratou uma paciente com sintomas parecidos com os meus a quinze anos? Uma jovem de aproximadamente trinta anos chamada Christie Blaster?

Sem entender muito o médico apenas ouve... 

- Ela era minha mãe... descobri quando tinha doze anos que não fui abandonado por ela e sim que ela faleceu aqui por causas desconhecidas... o fato é que ela tinha uma doença que fazia com que ela parecesse bem mais velha e debilitada do que era realmente... pensei que não tinha esse problema mais acho que me enganei. 

Olha para Tae e o vejo pálido e apático. 

- Senhor Jayden, posso lhe fazer uma pergunta simples?

- Claro que sim Dr.

- Podemos iniciar seu tratamento ainda hoje?

- Mais este problema tem tratamento?

- Sim... três anos após o falecimento daquela mulher descobrimos que ela tinha uma disfunção que foi acentuada pelos remédios que tomava para inibir o cio... portanto, a partir do início do tratamento você não poderá mais tomar supressores, fui claro? 

- Sim, senhor!

- Esteja pronto daqui a quarenta minutos a equipe virá para levá-lo a sala de coleta de material para análise\, apenas para sabermos quanto a doença progrediu... tão logo em seguida iniciaremos a ministração do medicamento adequado.

Dizendo isto, ele saiu da sala apressadamente...

Após um pesado silêncio, olho para Taesung ainda sentado ao meu lado.

- Diga alguma coisa...

- O que quer que eu diga... você sempre soube que estava doente e me deixou no escuro\, você poderia ter morrido mais preferiu não me contar nada... me sinto traído. 

- Então, esta é a sua chance de pular fora... (Suspiro)

Eu o exclui, deveria ter contado tudo mas, você parece ter esquecido que você era apenas meu empregador que do dia para a noite tornou-se meu marido ao usar um ardil sujo me fazendo acreditar que era para me ajudar... 

Olho para o outro lado. 

- Espero que possa me perdoar Sr D'Angelo...

Solto minha mão que ainda estava sendo segurada por ele... 

- Acredito que a partir de agora não terei condições de continuar trabalhando com o senhor... desculpe o transtorno que causei e obrigado por tudo...

Deito novamente e aguardo a equipe que logo chega para me levar.

Passei dos limites... não tinha ou melhor não tenho o direito de cobrar nada dele quando eu fui o primeiro a errar... mas, o que ele pensa que está fazendo? Depois que entreguei meu coração a ele... ele simplesmente quer me deixar assim? não permitirei...

Sento e espero que a equipe volte com ele para o quarto...

Duas horas depois eles o trazem inconsciente para o quarto.

- O que houve com ele? porque está tão pálido?

- Ministramos a primeira dose do tratamento dele... provavelmente ele sentirá muito desconforto e terá febre\, más isso é normal... nos chame se ele acordar sentindo algo além de náuseas.

Se despendindo educadamente a enfermeira sai do quarto junto com os dois maqueiros.

Continua...

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