Capítulo 4

No mesmo dia a noite

Minha mãe e minha tia conversaram por horas, além disso eu tive que ficar trancada no quarto até elas acabarem além de que eu termine de fazer as minhas atividades de literatura, etiqueta dentre outros, mas como minha mãe sabia dessas coisa? pensei que ela não fosse uma aristocrata e sim uma plebeia será que nesse mundo os plebeus sabem ler e escrever? fiquei curiosa com isso. mas é melhor não perguntar por agora, terminei de fazer as minhas últimas atividades e sai do quarto, ao fazer isso vi minha tia e mãe arrumando algumas coisas na cozinha e no quarto, fiquei por olhar já que não sabia o que deveria fazer e nem o que estava acontecendo, quando finalmente minha mãe percebeu que estava olhando elas chegou perto de mim falando

— filha, minha pequena arrume suas coisas aqui está ficando perigoso devemos ir agora mesmo — falou com os olhos muito tristes

— por que mamãe? o que aconteceu?

— Delancy só obedece sua mãe e arrume suas coisas temos que sair daqui um pouco antes do que esperamos— minha tia falou com várias coisas nas mãos e costas

— tá bom— voltei para o meu quarto e só peguei o necessário ao voltar minha mãe aparece em minha frente

— então querida abra as janelas vamos sair por lá, Dália! Dália!!? — ninguém respondeu — Delancy se esconda atrás da porta

Concordei com ela, a mesma sai do quarto e pega algo que deixa tudo ainda mais curioso, quem será o meu pai qual era o problema de ser ruiva? será que tem alguém querendo me matar? sai um pouco da porta para ver o que estava acontecendo, porém só ouvia minha mãe na porta da sala vendo algo. Depois ouvi um grito alto mais não era de minha mãe, só o segundo grito que era dela

— Dália!!!!!? o que fizeram com ela!!— quando ouvi isso tive que chegar mais perto de minha mãe já que a mesma estava bem longe

Quando cheguei perto o suficiente vejo minha mãe lutar com uma espada que pegou de um dos homens, fiquei paradinha sem me mexer e sem falar nada só olhava aquela cena, só queria chorar com tudo aquilo, o que eu poderia fazer? será que devo me esconder de novo ou ajudar a minha mãe? se eu for com que arma eu faria isso? entrei em pânico total, minhas pernas não se mexia e eu derramava lágrimas silenciosas, via minha mãe toda machucada e minha tia ao seu lado morta, o que eu faço? eu deveria me mexer para ao menos me proteger né?

Com essa confusão vi a minha mãe ser quase atingida por uma espada, nesses poucos segundos sai correndo para perto de minha mãe, para proteger ela fiquei onde ela estava, a mesma pegou em mim e ficou em minha frente em fração de segundos e foi atingida pela espada. assim ela caiu e em seus últimos suspiros ela falou

— filha viva não importa como, viva! seja feliz e não sinta medo seu familiar te protegerá e mais uma coisa lembre do que te ensinei, eu te amo Delancy— assim ela respira bem fundo e fica ainda mais pesada nos meus braços

comecei a soluçar e gritar de dor, estava doendo muito, o meu coração se despedaçou de novo. qual era o problema deles?! matar a mãe de uma garotinha na frente dela?! chorei por ela e por Dália nunca iria perdoar quem fez isso com elas

— por que fizeram isso?! você são loucos! por que mataram a minha mãe!!!?

— minha senhorita venha conosco para a sua proteção — um dos homens falou

— não quero ir com os assassinos de minha mãe!! e minha tia! e eu já estava protegida com elas

— você virá por bem ou por mal, peguem ela e enterre essas mulheres— todos juntos acenaram com a cabeça, um me pegou no colo e me colocou em suas costas e os outros dois pegaram a minha mãe e tia

— me soltem!!! quem são vocês para me pegarem assim?! me deixem em paz por favor me deixar ficar com elas!! por favor não me leve embora de minha mãe eu preciso dela ahhhh

Não deu muito certo para me soltarem, fiquei me esperniando sem parar, batendo nele mais não acontecia nada, por que minha mãe teve que morrer? eu só queria uma mãe como ela é tão difícil me dar uma?! depois de tanto chorar e me mexer fiquei com sono e dormir, quando acordei de novo fiquei na esperança de que tudo fosse um pesadelo, mas estava em uma casa enorme e em minha frente estava um homem aparenta ter uns 40 anos e uma mulher que deve ter uns 37 à 39 anos, os dois mais velhos que minha mãe que tinha 30 anos... minha mãe, nas frente deles comecei a chorar e fala bem alto que queria minha mãe

— pare de chorar sua menina insolente!!— o homem falou para mim, reparei que ele era muito sério e tinha um bigode grande mais não tanto era ruivo, grisalho igual ao seus fios de cabelos

— Como ela pode ser um de nós? — a mulher ao seu lado falou com desgosto na voz e fazendo careta, a mesma tinha cabelos pretos e olhos pretos vestia umas vestimentas muito chique para esse tempo

— mamãe essa é a minha irmã?— falou uma garota que deve ter a minha idade ou mais, tinha cabelos pretos e olhos verdes. que estranho ela não se parece com o homem, mas com a mulher se parece um pouco, por que será?

— infelizmente sim minha filha, mas não se preocupe ela não irar lhe incomoda — falou com seus dedos na testa parecendo ter dor de cabeça

— ela é mesmo de minha linhagem, veja tem cabelos ruivos!— falou ele sem emoção e ainda sério

— ah sim, porém tem os olhos daquela mulher olha só! não vamos dizer que é nossa família certo? a final o que o nosso povo iria pensar ?! melhor mantermos aqui como criada não acha?

— mamãe não gostei dela! quero que fique longe de mim!— a menina falou com deboche nos olhos

Eu ainda queria chorar muito, por que eles mataram a minha família se eles não me queriam? tudo isso só para me julgar? eles são nojentos, bem que minha mãe falou para ficar longe deles os infelizes devem ser aristocratas, odeio eles. Os dois me olharam por alguns minutos sem nem ao menos falarem nada até que um guarda chegou perto do homem ruivo que logo lhe dar uma ordem, o guarda ficou ao meu lado e o homem que estava sentado se levanta e pronuncia suas palavras

— você como minha filha, não irá ser tratada como uma pessoa da nobreza, porém será uma de nós sem título e ficará trancada em seu quarto só irá sair se um de nós três lhe pedir, caso desobedeça irar ser chicoteada vinte vezes, está claro para você?— falou em alto e bom som, então ele era o meu pai? fazer isso com sua própria filha é mais absurdo que parece

— sim, mas por que eu não devo sair do meu quarto ? era só por isso que mataram a minha mãe?? então por que não me mata logo se eu sou um fardo

— por que ainda assim é minha filha, mesmo que seja de uma criada e que seja fora do casamento eres minha filha e você faz parte de minha linhagem com esses seus cabelos ruivos! quero que entenda com quem está falando me ouviu bem? você é uma Moonflower Sweet do ducado Golden Dawn Merry mas não terá o mesmo direito do resto dos Moonflower Sweet estamos entendidos?

— Nunca vou me sentir destinada a tal sobrenome, vou ficar feliz de só ter o meu nome Delancy — falei e dei um pequeno sorriso, para uma garota da minha idade sou melhor que todos aqui, o homem levanta a mão e sou levada para um pequeno quarto onde tem poucas meninas algumas bem mais velha e outras mais nova, entretanto todas adultas

— essa é a nova ajudante de vocês ensine bem ela em seguir as suas demandas, caso aconteça algum deslize todas iram pagar o preço

— sim senho pode deixa-lá aqui cuidaremos bem dela – o mesmo saí e fico com elas, todas me ajudam muito a me sentir confortável, eu só queria chorar

— vai ficar tudo bem você vai ficar bem — uma mulher que parece ser a mais gentil fala comigo

— você é ruiva né deve ser da família deles por que está aqui? fez algo de errado?— falou outra parece ser a mais tagarela e fofoqueira do grupo

— para! vai deixar ela constrangida, e não pergunte mais sobre isso entendeu bem?

— obrigada por me acolherem são muito gentis — falei

— para uma garotinha sabe ter bons modos, melhor que aquela filha adotiva Akriti, eita nome feio me fala o seu?

— Delancy

— bonito nome Delancy– sorri com seu elogio ao meu nome

Continua.....

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